Teatro
#ACenaTaPreta – Sobejo estreia com emoção e força de Eddy Veríssimo
Violência física, psicológica, doméstica, violência que machuca o corpo e fere a alma. Essa é a proposta do solo teatral da atriz e produtora Eddy Veríssimo que, em apresentação única na noite desta terça (8), emocionou o público no Teatro Vila Velha.
A peça – escrita e dirigida pelo ator, dramaturgo, diretor e figurinista, Luiz Buranga – integrou a programação do Festival A Cena Tá Preta, realizada pelo Bando de teatro Olodum junto ao Vila.
Eddy falou ao #PortalSoteroPreta como foi interpretar uma mulher como Georgina Serrat, uma dona de casa que apostou no casamento e teve sua felicidade e sonho frustrados pelas agressões de um marido violento.
“No começo eu não aceitei o papel, achava que não iria conseguir. Mesmo com 12 anos de Teatro, me sentia insegura em estar sozinha em cena. Mas quando ele (Buranga) me mandou o texto com a história de Georgina, entendi que são muitas Georginas em nosso país. Aliás é universal, Georgina está em todo canto do mundo”, enfatiza a atriz.
“Sobejo” é o primeiro solo de Eddy Veríssimo e, num misto de flashbacks e depoimentos, ela apresenta um cotidiano de agressões, abordando também a violência estética, religiosa, racial, questiona o e a fragilidade afetiva que enclausura mulheres em casamentos infelizes, violentos em todos estes aspectos. Foi emocionante, mas a emoção não ficou só por conta da intérprete, o público também respondeu.
“Foi surpreendente, superou minhas expectativas, é muito forte. O Festival é muito bom e importante, deveria ter mais edições durante o ano para que mais trabalhos e produções dos pretos tenha mais oportunidade”, afirma Ruthe Luz, integrante do Barracão das Artes.
A professora de Teatro, Josy Neves, que já fez vários trabalhos com Eddy Veríssimo, falou da atuação da amiga: “É sempre bom vê-la. Essa peça transmite a emoção e o sentimento da mulher que é coagida e tem medo de se expor”.
O casal Edimare Santos e Adilto Santos foram prestigiar a amiga. Para Edimari Santos, “um Festival como esse não pode acontecer uma vez apenas por ano. É muito bacana, dá visibilidade ao povo negro e isso é muito legal, o novo é interessante e tem que dá oportunidade para eles”, diz.
A atriz Eddy Veríssimo fala também da importância desse tema em um ano em que a Lei Maria da Penha completa dez anos. “Eu comecei a ver o quanto que valia a pena contar essa história. Para mim, como atriz e mulher, estrear falando sobre violência e sobre mulher é importante. Nunca se cale, respire fundo, levante a cabeça e entenda que tem como reverter esse quadro. É preciso denunciar, olhar no espelho e entender que ela é uma mulher, não é lixo. Que ela é capaz de ser vista pela sociedade como uma mulher digna de respeito”, conclui.
Quer saber o que mais tá rolando no Festival? Veja aqui.
Teatro
Espetáculo Homens de Ogum é apresentado em praças de Salvador
Espetáculo Homens de Ogum é apresentado em praças de Salvador. Para celebrar o mês da Dança e os 20 anos de atuação na área artística, a Cia. Robson Correia retomou o Projeto Circuito da Dança, que apresenta coreografias em praças públicas de Salvador e em municípios do interior da Bahia. Neste fim de semana, 27 e 28 de abril, e também na segunda-feira (29/04), o espetáculo: Homens de Ogum passará pelas praças do Pelourinho e dos bairros do Resgate e Ribeira, respectivamente.
A apresentação, que já passou pelo Bairro da Paz e do Rio Vermelho, sempre começa a partir das 16h30. Homens de Ogum é uma coreografia baseada na história de uma divindade africana, que representa garra, força, coragem, tecnologia, desenvolvimento e trabalho. Em cena, num cenário composto por andaimes, seis bailarinos performam e realizam movimentos que lembram uma construção operária.
Robson Correia, coreógrafo e doutorando em Dança, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), explica que as artes da dança e do teatro se encontram e se completam.
“A vida é uma dança e a arte do movimento é algo intrínseco em nosso cotidiano. Nessa obra, a gente faz uma fusão entre as ações do dia-a-dia e o movimento do corpo, que ‘escreve’ mensagens de reflexão e poder ancestral”.
O projeto Circuito da Dança foi contemplado pelo Edital Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, via Secretaria de Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. A Lei Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.
Exposição
Compondo a programação de celebração dos 20 anos da Cia. de Dança Robson Correia, está acontecendo, aberta à visitação do público, a exposição fotográfica Passos da Cia Ano VI – Circuito da Dança, no foyer do Espaço Xisto Bahia, das 9h às 19h, no bairro dos Barris, até o dia 31 de maio. A mostra reúne imagens das obras coreográficas Triscou-Pegou, Nac-Horuc, Almejo e Homens de Ogum, clicadas pelos fotógrafos André Frutuôso, Cadu Freitas e Fafá Araújo.
SERVIÇO
O quê:
Circuito da Dança – Espetáculo Homens de Ogum
Quando:
27 de Abril – Cruz Caída – Pelourinho
28 de Abril – Fim de Linha do Resgate/ Cabula
29 de Abril – Praça da Madragoa/ Ribeira
Horário: 16h30
Audiovisual
Produtora abre seleção de elenco para série que será gravada em Salvador
Produtora abre seleção de elenco para série que será gravada em Salvador. A produtora baiana Têm Dendê recebe até o dia 15 de maio a inscrição de atores e atrizes interessados em integrar o elenco principal da série “Iceberg”. A obra é de drama/suspense psicológico com oito episódios e será gravada em Salvador entre novembro de 2024 e janeiro de 2025.
O chamado de elenco é para pessoas com ou sem experiência em dramatização. Vânia Lima, diretora da Têm Dendê, ressalta que são 15 vagas: “Somos uma produtora que valoriza a diversidade em todas as suas formas, na frente ou atrás das câmeras, e nos esforçamos para refletir isso em nossos projetos audiovisuais. Em iceberg, teremos personagens com recorte de idade, mas sem definição de raça, por exemplo. Há uma personagem trans/travesti, mas não determina que tenhamos somente uma pessoa trans, seja menina ou menino, no elenco. Queremos conhecer talentos e construir esse projeto junto”.
Perfil
Personagens adultos: Nelson (50 anos); Mônica (55), irmã de Nelson; Alice (40), mãe de Carol; Rogério (50), pai de Enzo; Robério (45), pai de Sophia e irmão de Rogério; Kelly (42), mãe de Matheus; Regina (47), mãe de Gabriela; e Clímaco (55), pai de Akim.
Personagens jovens: Arthur (18); Carol (17); Enzo (17); Sophia (16); Gabi (17); Felipe (16); e Theo (16).
Inscrições
Quem estiver interessado em participar da seleção de elenco, pode avaliar em qual destes papéis se encaixa melhor e enviar nome social, idade, pronomes, currículo ou portfólio, telefone para contato e vídeo de apresentação para iceberg@temdende.com.br. O título do e-mail precisa ter o personagem escolhido. As inscrições seguem até 15 de maio. Produtora abre seleção de elenco para série que será gravada em Salvador .
A série é assinada pela Têm Dendê, grupo baiano que atua há 24 anos em projetos audiovisuais independentes, comerciais e estratégicos, com uma cartela expressiva com mais de 40 títulos. O roteiro de “Iceberg” é de Newton Cannito, Claudio Simões, Bruna Coutt e Camila Ziviani. Jacques Jaquí é o assistente de roteiro. A produtora de elenco é Alethea Novaes e a direção de produção de Bruno Ramos.
Teatro
Hilton Cobra apresenta espetáculo gratuito no ECOAR
Os eventos são coordenados pelo PÉ NA CENA – Poéticas de Atuação e Encenação, grupo de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA (PPGAC)
Hilton Cobra apresenta espetáculo gratuito no ECOAR. O ator, produtor e gestor cultural Hilton Cobra fará uma apresentação gratuita do espetáculo “Traga-me a Cabeça de Lima Barreto”, dia 25/04, às 19h, no Teatro Martim Gonçalves, dentro da programação do ECOAR – Encontro de Pesquisa e Arte: Seminários Transculturais.
A montagem mostra uma sessão imaginária de autópsia no cérebro do escritor Lima Barreto (1881-1922), conduzida por um Congresso de Eugenistas no Brasil, no início do século XX. A peça entrelaça literatura, racismo e eugenia na vida e obra do escritor e foi escrita pelo diretor e dramaturgo Luiz Marfuz, a pedido do ator Hilton Cobra, protagonista do espetáculo, dirigido por Onisajé. Trechos da peça em vídeo podem ser vistos aqui neste link: https://tinyurl.com/2caa66ry
Logo após a apresentação, o artista, acompanhado de Luiz Marfuz, Onisajé e do diretor e premiado dramaturgo Paulo Henrique Alcântara, participa do seminário “Arte, Racismo e Eugenia: nas Dobras da Peça Traga-me a Cabeça de Lima Barreto”, a partir dos eixos temáticos e transversais que se entrelaçam no espetáculo
ECOAR – Encontro de Pesquisa e Arte: Seminários Transculturais
Apresentação da peça “Traga-me a Cabeça de Lima Barreto” e Seminário “Arte, Racismo e Eugenia: nas Dobras da Peça Traga-me a Cabeça de Lima Barreto”
Coordenadores: Paulo Henrique Alcântara e Luiz Marfuz/ Grupo Pé na Cena/PPGAC-UFBA
DIA: 25/04/24 /// HORÁRIO: 19h
LOCAL: Teatro Martim Gonçalves, Rua Araújo Pinho – Canela – Salvador/Bahia.
Entrada gratuita. Sujeita a lotação do espaço. Senhas distribuídas 1 hora antes do espetáculo.
SOBRE O GRUPO DE PESQUISA PÉ NA CENA
Hilton Cobra apresenta espetáculo gratuito no ECOAR. O grupo de pesquisa PÉ NA CENA, Poéticas de Atuação e Encenação, vinculado ao PPGAC-UFBA-CNPq, desenvolve pesquisas, publicações e experiências cênicas sobre poéticas de atuação e encenação contemporâneas e integra pesquisadores, estudantes da graduação e da pós-graduação. Um dos seus projetos, liderado pelo coordenador, é “Cena e transversalidade: dramaturgia, encenação e interfaces pedagógicas e culturais.