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Teatro

Xica – Coletivo Liliths traz reflexão sobre os dilemas da comunidade LGBT

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Coletivo Liliths

Coletivo Liliths

A narrativa se passa no período colonial, quando a sociedade levava a vida baseada nos dogmas da religião, seja ela católica ou não. Naquela época, assim como ainda acontece muito hoje, a opção sexual e de se transvestir ainda não era aceita por grande parte da população. Francisco lutou por seu direito de se travestir e usar o nome de Xica Manicongo, escravo do Sapateiro Fernando Pires.

Francisco saía ao final do expediente e se transformava em Xica. Nem a sociedade, nem seu dono, entendiam sua necessidade de se identificar com aquele nome. Mas, para ele, não era apenas uma nome – era a sua verdade como pessoa, sua identidade como uma mulher.  A peça traz as questões de direitos e visibilidade da comunidade LGBT.

O diretor da trama, Geogenes Issac, já possui a característica de abordar temas do dia a dia – como preconceito, a intolerância religiosa. Issac dirigiu peças como “Lady Dai”, “Adão, Eva e Circo dos Horrores” e muitas outras. O jornalista Pedro Moraes, fã dos trabalhos do diretor Geogenes Isaac, acompanha suas peças desde 2013. “Precisamos ocupar espaços como esses, que falem sobre essas diferenças. Nós vivemos em mundo diversificado, sempre existiu essa mistura”, diz Moraes.

Coletivo Liliths Ricardo Andrade, ator e diretor teatral, interpreta Xica. Ele descreve como é importante a história de pessoas como Francisco Antônio. “Um travesti que morava nas redondezas da Baixa dos Sapateiros. Homem que lutou pelo o direito de se travestir de mulher e ser chamada por Xica. Para mim, a mensagem que Xica deixa é de que ela está viva, ela está aqui”, diz.

 

Foto: Pedro Moraes

Texto de Suzana Batista (colaboradora do Portal SoteroPreta)

Audiovisual

Valdineia Soriano e Renan Motta integram elenco de “No Rancho Fundo”

Jamile Menezes

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Renan Motta e Valdineia Soriano

Um baiano e uma baiana estarão na próxima novela da Rede Globo, No Rancho Fundo. A novela se passa no Nordeste, e trará o Sertão nordestino como cenário da trama. Nela, os atores do Bando de Teatro Olodum, Renan Motta e Valdineia Soriano integram o elenco, levando mais uma vez a cara preta da Bahia para as telas globais.

Renan interpreta o guarda civil Marconi, que tem orgulho de sua função na cidade de Labão da Beirada, onde todo mundo se conhece. “Estou muito feliz em fazer parte de um projeto como No Rancho fundo. Uma novela leve, divertida, com um elenco diverso e uma equipe maravilhosa. Uma novela com muitos atores e atrizes nordestinos, falando de um lugar nosso, é muito importante. Tem gente de diversos lugares do nordeste, o texto do Mario Teixeira é maravilhoso, sempre certeiro e divertido”, diz Renan.

O ator é oriundo do Bando de Teatro Olodum, uma das mais prestigiadas companhias de teatro negro do país. Para ele, levar esse legado para as casas de milhões de brasileiros é especial.

“O Bando me preparou para tudo na vida, me deu auto-estima e confiança para ser quem eu quiser ser. Ao mesmo tempo, me ensinou a respeitar quem veio antes, então tudo que faço tem muita responsabilidade e compromisso. Ter Valdineia Soriano junto comigo nesse projeto é um luxo. Ela foi minha professora e diretora, depois fomos um casal em Ó Pai Ó (peça). Já foi minha mãe do cinema em “Ilha”, além de amiga é uma pessoa que amo muito. É como ter minha companhia de teatro aqui pertinho. Isso não tem preço”, enfatiza Renan.

Sobre ele

Renan Motta iniciou sua carreira em 2004 no teatro. Formado pela UFBA e pelo “Bando de Teatro Olodum”, grupo do qual faz parte desde 2013, seu primeiro contato com o audiovisual foi em 2014, quando protagonizou o curta “Negra”, com direção de Fred Belchior. Em 2018, fez parte do elenco da novela “Segundo Sol” da Rede Globo, dirigida por Dennis Carvalho. No mesmo ano, protagonizou o longa-metragem “Ilha”, premiado em diversos Festivais com direção de Glenda Nicácio e Ary Rosa. Com direção de Luciano Moura, foi antagonista em um dos Episódios da Série “Destino Salvador”, da 02 Filmes. Integrou elenco de Ó Paí O 2, fazendo o vilão Dantas. Em 2019, esteve no elenco do longa-metragem “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos e, em 2022, deu vida ao hacker Herbert, em “Verdades secretas 2 “ (Globo) e esteve em Terra e Paixão (Globo), na qual deu vida ao personagem Lúcio.

Renan Motta estreia em No Rancho Fundo

Renan Motta

Já para Valdineia, o convite foi uma grata surpresa. Ela interpreta a matriarca Dona Manuela, que enfrenta as agruras da diabetes ao longo da trama. “Foi uma surpresa, Dona Manuela é um personagem muito interessante, é casada, tem um filho adotivo com uma relação de conflitos com o marido, preocupada com o avanço de sua doença. Uma mulher que tem o poder econômico da família, de bom humor. Como toda mulher preta, ela busca o equilíbrio na família sem submissão, é líder, uma verdadeira matriarca e uma mulher preta muito firme”, caracteriza Vadineia.

Também levando o legado do Bando de Teatro Olodum pro Brasil inteiro ver mais uma vez, para Valdineia essa oportunidade é especial por muitos motivos.

“O Bando me deu régua e compasso para me colocar diante desse desafio de atriz. Onde tem um bando, temos o Bando inteiro, como costumamos dizer. Estou sendo muito bem acolhida pela equipe, direção e todo elenco. Estou feliz de tá dentro de um processo diferente, mas levando o nome do Bando. É muito bom ver caras pretas em todas as equipes, isso é bem fortalecedor. Quero levar bem o nome da Bahia e do Bando para as telas”, afirma Val.  

A próxima novela das 6, No Rancho Fundo, tem estreia confirmada para o dia 15 de abril na Rede Globo.

Valdineia Soriano atua na novela

Valdineia Soriano | Foto Valmyr Ferreira

Sobre ela

Valdineia Soriano é atriz do Bando de Teatro Olodum desde sua formação em 1990, atuando também como produtora e diretora de espetáculos. Participou das primeiras montagens da companhia e acompanhou sua consolidação no cenário teatral baiano. Sua experiência de palco envolve mais de 35 montagens, entre elas: ‘Essa é a nossa praia’, ´Ó, Paí, Ó’ e ‘Bai Bai, Pelô’, espetáculos de estreia do repertório do grupo, além de ‘Medeamaterial’ (texto de Heiner Muller), ‘Ópera de Três Reais’ (texto de Bertold Brecht), ‘Cabaré da Rrrrraça’, o infantil ‘Áfricas’, ‘Bença’ , ‘Dô’ (Tadashi Endo), ‘Erê’ e a versão afro-baiana para o clássico de Shakespeare, ‘Sonho de uma noite de Verão’. Entre os filmes estrelados estão: ‘Jenipapo’ (1994) e ‘Ó, Paí, Ó’ (2006), ambos de Monique Gardenberg; ‘O Jardim das Folhas Sagradas’ (2006), de Póla Ribeiro; ‘Tim Maia’ (2014), de Mauro Lima; ‘Café com canela’ (2016) e ‘Ilha’ (2017) de Glenda Nicácio e Ary Rosa; Vivendo (2021), de de Letícia Estela; O Ovo (2021), de Rayane Teles; Alecrim e o Sonho (2022), de Valério Fonseca; e ‘Ó PAÍ,Ó 2 (2023) de Viviane Ferreira. Na televisão, Valdineia atuou em ‘Ó Paí, ó’, o Seriado de 2008 e 2009; ‘O Curioso’, quadro do Fantástico dirigido por Lázaro Ramos; o especial ‘Falas Negras’, o seriado ‘Mister Brau’, ‘O Pequeno Gigante (2020)’, minissérie de Anderson Soares e a novela Vai na Fé.

Foto Valdineia | Valmyr Ferreira

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Teatro

Cabriola Mediação Cultural realiza espetáculos e oficinas gratuitas em Salvador

Amanda Moreno

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Cabriola Mediação Cultural realiza espetáculos e oficinas gratuitas em Salvador
Cabriola Mediação Cultural realiza espetáculos e oficinas gratuitas em Salvador (Foto: Diney Araújo)

Cabriola Mediação Cultural realiza espetáculos e oficinas gratuitas em Salvador. A segunda etapa, que ocorre desde o dia 20 de março até 12 de abril, propõe oficinas de práticas corporais, iniciação musical com ênfase na musicalidade afrobrasileira e uma temporada de espetáculo para escolas públicas e projetos sociais em Salvador.

Com acesso gratuito e ações de acessibilidade – audiodescrição, libras, para pessoas com deficiência física e espectro autista -, o projeto é um pensamento-ação para as infâncias que leva estudantes e professores de escolas municipais da capital baiana e instituições do terceiro setor para vivenciarem o teatro. O “Cabriola: Mediação Cultural Jovens Espectadores” é um projeto que conta com a realização do Ministério da Cultura do Governo Federal, via Lei de Incentivo à Cultura Federal (Lei Rouanet) e patrocínios da Porto Cotegipe e do Banco do Nordeste.

OFICINAS – Dentro do projeto estão previstas oficinas promovidas por integrantes e parceiros do Coletivo DUO, a serem realizadas entre os dias 20 e 27 de março, em bairros do Subúrbio de Salvador – Plataforma, Praia Grande, Coutos, Fazenda Coutos e São João do Cabrito. “O Jogo Físico na Cena”, ministrada por Israel Barreto, propõe jogos de improvisação e composição física a partir da consciência corporal e espacial, enquanto a oficina “Iniciação musical com ênfase nas musicalidades da diáspora africana”, por Marcelo Saback, faz uma imersão no universo dos instrumentos musicais africanos e afro-brasileiros. Cada oficina contará com vinte vagas e serão agendadas e organizadas em coordenação com as escolas e instituições.

ESPETÁCULO – Nesta etapa, o Cabriola traz uma temporada de oito apresentações do espetáculo solo “O Barão nas Árvores”, do ator Marcos Lopes e direção de Guilherme Hunder – inspirado no realismo fantástico de Ítalo Calvino, que traz ao palco a história do menino Cosme Chuvasco de Rondó – filho primogênito do barão de Rondó -, que decide subir às árvores e nunca mais descer. Destinadas especialmente a estudantes de escolas públicas municipais e estaduais e crianças e jovens advindas de projetos sociais, as sessões serão realizadas no Centro Cultural Plataforma, entre 09 e 12 de abril, com duas sessões diárias, às 09h e 14h30.

Sobre o DUO – Criado em 2010, o Coletivo DUO se inicia com o objetivo de aprimorar a prática teatral dos seus integrantes e o local de encontro foram salas cedidas pelo Colégio Central da Bahia. Desde então já montou 10 espetáculos, obras que poeticamente trazem estéticas teatrais que se aproximam do fantástico e buscam sempre por fabulações que dialoguem a musicalidade e o lirismo, e que toquem em temáticas políticas-sociais.

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Teatro

‘Dandara na Terra dos Palmares’ terá sessão única a preço popular

Amanda Moreno

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‘Dandara na Terra dos Palmares’ terá sessão única a preço popular
‘Dandara na Terra dos Palmares’ terá sessão única a preços populares (Foto: Tarciso Ivo)

‘Dandara na Terra dos Palmares’ terá sessão única a preço popular. O espetáculo infantojuvenil “Dandara na Terra dos Palmares” volta a encantar o público baiano no dia 23 de março (sábado) em uma única apresentação. A história comovente de uma criança negra que enfrenta o racismo será apresentada às 16h, no SESC Senac Pelourinho, oferecendo uma oportunidade para os espectadores mergulharem em uma narrativa inspiradora.

A única apresentação de março oferece acessibilidade proporcionada pelos ingressos a preços populares, custando apenas R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Essa política de preços visa tornar o teatro mais acessível e inclusivo, permitindo que um público diversificado tenha a oportunidade de vivenciar essa experiência única.

Sob a direção de Agamenon de Abreu e com um texto cativante de Antônio Marques, o espetáculo se destaca por sua capacidade de abordar temas complexos de maneira acessível e impactante.

O elenco estrelado conta com as atrizes mirins Maria Alice Xavier e Yandra Góes, além de artistas da Arte Sintonia Companhia de Teatro, como Denise Correia, Gilson Garcia e Leonardo Freitas, junto a convidados especiais como Diogo Lopes Filho e Natalyne Santos.

Com canções originais de Emillie Lapa e Natalyne Santos, o espetáculo oferece uma experiência teatral completa, que encanta e inspira pessoas de todas as idades.

Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e mais informações podem ser obtidas pelo telefone (71) 99269-8274.

Serviço

Data: 23 de março (sábado)

Horário: 16h

Local: SESC Senac Pelourinho

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Vendas: Bilheteria do teatro (14h às 19h, de segunda a sábado)

Classificação: Livre

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