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Música

Segundo Canto Skol Salvador pautará empoderamento das mulheres negras

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Foto: primeira edição Canto Skol

Foto: primeira edição Canto Skol

Mulher negra na arte será tema principal da segunda edição do projeto Canto Skol Salvador, que acontece nos dias 9 e 10 de setembro, na quadra do Apaxes do Tororó, em Salvador. A ação faz parte da plataforma de música da Skol e ocupa pontos culturais da cidade com o objetivo de valorizar a “Cidade da Musica”, título concedido a Salvador pela Rede de Cidades Criativas da Unesco, em dezembro de 2015.

O evento é aberto ao público e terá diversas expressões artísticas dialogando com a temática do emponderamento da mulher. O evento contará com oficinas, diálogo temático e performances artísticas, durante a tarde da sexta-feira (9), a partir das 14h, com a produção e curadoria do Minavu, plataforma artística de arte de mulher. O tema será debatido pelas artistas Larissa Luz, Mônica Santana e Laís Machado, que será acompanhado por momentos lúdicos e de performances. Terá ainda oficinas de Break Dance e Rap Freestyle, para as quais as vagas são limitadas.

A programação contará ainda, com o mutirão “Mulheres no Grafite”, coordenado por Carol Su e Chermie, que poderá ter participação das mulheres da comunidade junto às integrantes do Crew Donas do Rolê e outros grupos de mulheres grafiteiras de Salvador.

Shows Gratuitos

No sábado, dia 10, as atividades começam às 17h com instalações artísticas. A partir das 18h, o palco principal recebe a apresentação do grupo Batekoo. Em seguida, haverá uma batalha de MCs, liderada pelo Rima Mina, Viola e participantes da oficinas de Break Dance.

A partir das 20h30 a rapper curitibana Karoline dos Santos de Oliveira, mais conhecida como Karol Conka, assumirá o palco. O Canto Skol

 

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Karol Conka

PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira (9/9)

13h – Mulheres no Grafite – Mutirão aberto para participação das mulheres da comunidade. Participação do Crew Donas do Rolê + orientadora Chermie.

13h às 15h – Diálogo temático e performances artísticas – Emponderamento da mulher negra através da arte. Participação de Larissa Luz, Laís Machado e Mônica Santana

15h – Oficina de Break Dance / BGirling. Mediadora: Viola Luba

16h30 – Oficina de Rap Freestyle. Mediadora: Mira Potira e Cíntia Savoli (Rima Mina)

Sábado (10/9)

17h – Exposição Artística – Curadoria Minavu. Artes visuais, fotografia, moda.

17h – Oficina de Turbante – com Luma

18h – Festa Batekoo (1 ano) – Batalha de MCs liderado pelo Rima Mina e participantes da oficina. Performance de Break Dance com Viola e participantes da oficina

20h30 – Karol Conká

Música

Festival UBAQUE impacta a cena musical de Salvador

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ubaque

Quem esteve na Arena Jardim dos Namorados neste domingo (01), em Salvador, percebeu que a cena musical dita como alternativa, não é preferência de pequenos guetos criados em bairros da capital baiana. Nomes da cena pagotrap como Gibbi, do reggae Migga, da MPB, Cabuloso – O Trio e da “batedeira baiana” do  Attooxxá, aumentam o som cada vez mais amplificado na playlist de jovens das comunidades periféricas de Salvador. Tudo isso diante dessa diversidade de gêneros musicais que atendem as suas expectativas quando o assunto é narrativa urbana e sonora da sua realidade local. A Devassa foi a cerveja oficial do Festival UBAQUE

Idealizado pela produtora cultural Camila Rebouças, o Festival UBAQUE, em seu segundo dia de programação musical, contou com a presença de personalidades baianas como a empresária e jornalista Monique Evelle. “Ainda bem que existe o Festival UBAQUE, para que possamos fortalecer os novos talentos da Bahia que por acaso são pretos e pretas. A gente precisa entender que essa nova geração da música baiana é preta, tem nome e sobrenome e eu estou aqui para prestigiar cada um deles e cada uma delas”, disse a empresária que iniciou a sua carreira empreendedora ainda aos 16 anos, no Subúrbio Ferroviário de Salvador.

Para o vocalista Ricardo Correa, da banda “Cabuloso – O Trio”, festivais como o UBAQUE só fortalecem a cena musical baiana. “Acabamos de fazer um showzaço aqui na Arena UBAQUE e foi maravilhoso mostrar nosso trabalho para toda a cidade através de uma rede bem bacana. E já avisando pra galera que em janeiro de 2025 já começamos a ‘fervura’ de Salvador e que o Cabuloso – O Trio está preparado pra tocar em todos os espaços culturais possíveis da grande Salvador. Vamos fazer nossa música, trazendo nossa raiz que tem origem no bairro do Cabula, tocando nossa história, nossas canções em formato ‘power trio’, com meus irmãos Jacson Almeida e Paulo Beis”, enfatizou Correia.

Com a força do pagode e a energia do trap, o jovem Gibi trouxe ao palco do UBAQUE Musical toda sua narrativa dos becos e vielas da capital baiana aliada às expressões corporais do seu corpo de balé – um capítulo à parte em suas apresentações. Amor, desafios profissionais, dores da adolescência e a violência que existe nas comunidades periféricas de Salvador são alguns dos temas abordados em suas letras autorais ou em parceria com outros cantores da cena musical pagotrap.

“Tô muito feliz em cantar nessa primeira edição do Festival UBAQUE. Preparei um show muito lindo, fervendo e ‘daquele jeito’. Um pagotrap que vocês gostam de escutar e gostam de dançar”, agradeceu. A sonoridade desse gênero combina o rap com sintetizadores, a percussão presente no pagode baiano e a presença do cantar do trap.

Migga Freitas, filho do cantor Carlinhos Brown, também fez sua estreia nos palcos baianos. Cantor e compositor revelado em 2022 como integrante do quarteto baiano Filhos da Bahia, Miguel Freitas faz da base do reggae seu código, mistério e competência musical, que aplaudida pelo público da Arena Jardim dos Namorados.

“Estava ansioso, feliz e animado pra estrear no palco da UBAQUE. Preparamos um repertório bonito, com canções autorais e homenagens. Foi massa”, disse Miga após seu show.

Artista dos palcos e das telas, Elísio Lopes Jr. também estava lá. Roteirista, dramaturgo, escritor, diretor artístico, autor e novelista, ele chegou na Arena Jardim dos Namorados acompanhado de sua família e contou para o Portal Soteropreta o que achou do Festival UBAQUE.

UBAQUE

“Eu acho que a música de Salvador está se renovando a cada dia e tem um monte de artista precisando de palco e o Festival UBAQUE está trazendo isso pra gente, está divulgando esse material novo; é a coroação disso tudo. Eu acho que é um trabalho importantíssimo que precisa continuar e ter várias vezes durante o ano pra que a gente possa curtir, ouvir a obra e a criação dos novos baianos de verdade”, enfatizou.

Pedro Fonseca, músico e instrumentista citado várias vezes pelos artistas no palco da UBAQUE, falou sobre a importância de ter festivais na capital baiana onde se possa prestigiar o som de artistas como Migga, Cabuloso – O Trio, Felipe Barros, o grupo Attooxxá. “Meu desejo é de vida longa ao Festival UBAQUE”, disse.

Encerrando as apresentações da primeira edição do Festival UBAQUE, o grupo Atooxáa subiu ao palco da Arena Jardim dos Namorados às 22h e se apresentou por 1h30 para turistas, baianos e fãs que vieram de todos os bairros de Salvador.

“Pra gente é um prazer demais abrir esse verãozão aqui no Festival UBAQUE. Evento gratuito pra qualquer pessoa que quiser colar aqui com uma galera muito da hora daqui da Bahia. Gente de várias gerações como Migga, Gibbi, Atooxxa, Nêssa, Vandal, Cabuloso – O Trio. Mostrar essa pluralidade da Bahia que vai do arrocha, passando pelo pagodão ao reggae. Espalhe a palavra que o Atooxxa esteve na casa”, celebraram os vocalistas baianos.

Texto de Patrícia Bernardes Sousa, jornalista colaboradora do Portal Soteropreta, redatora e integrante de projetos de impacto social, letramento, educação e cultura.

Fotos: Patrícia Bernardes Sousa

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Música

Núcleo de Ópera da Bahia apresenta “Cantigas de Candomblé em Ópera”

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

Núcleo de Ópera da Bahia (NOP) finaliza sua temporada artística de 2024 com um concerto que une o canto ancestral do candomblé à técnica refinada do canto lírico.

Intitulado “Cantigas de Candomblé em Ópera”, o espetáculo será apresentado nos dias 29 de novembro e 6 de dezembro, às 19h, na Casa do Benin, no Pelourinho, em Salvador. O evento é gratuito.

O projeto, idealizado pelo NOP e apresentado originalmente na França em 2019, faz agora sua aguardada estreia no Brasil.

O repertório traz cantigas de candomblé e músicas sincréticas, como, por exemplo: Ogum/Santo Antônio. As cantigas puras de tradição africana são apresentadas numa mistura de duas e três vozes que produzem um novo encantamento sem renunciar à energia de sua origem.

Foto: Divulgação

No palco, as vozes de Josehr Santos (também babalorixá), Irma Ferreira, Graça Reis e Milla Franco mergulham no universo sagrado do candomblé, reinterpretando suas cantigas com a técnica do canto lírico.

Essa fusão proporciona uma experiência intensa e profunda, conectando o público às raízes da ancestralidade africana.

Acompanhadas pela percussão de Brenda Silva, Luan Badaró e Alin Gonçalves, as vozes líricas dialogam com a energia vibrante dos ritmos tradicionais, em uma celebração de fé e arte que transcende fronteiras culturais.

Sob a concepção e supervisão artística de Aldo Brizzi, o espetáculo reflete o compromisso do Núcleo de Ópera da Bahia em promover a ópera de raiz afro, consolidando sua trajetória como uma companhia única no cenário artístico brasileiro. Fundado em 2016, o NOP se dedica a explorar as conexões entre a música clássica e as tradições afro-brasileiras.

Sobre o apoio institucional

O projeto “Temporada 2024 do Núcleo de Ópera da Bahia” foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador, e da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura e Governo Federal.

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Música

Nayri lança novo single AIYÊ que fala de ancestralidade

Ana Paula Nobre

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Foto: Lane Silva

A artista Nayri apresenta sua nova música, Aiyê, em uma celebração à ancestralidade negra, no dia 29 de novembro. Gravada no Black Monster Studio, em Brasília, sob direção do produtor musical BM Ally Akin, a canção reflete a conexão com a fé.

Aiyê surgiu em uma tarde de primavera na casa de sua mãe, quando Nayri, começou a solfejar os versos iniciais: “E eu agora vou cantar no pé do orixá pra ver você chegar, e eu agora vou dançar no pé de Oxalá pra trazer fé”.

A melodia, formada inicialmente no ukulele, foi registrada inicialmente em um gravador de celular. A letra de Aiyê surge naturalmente a partir da lembrança do seu caminhar pelas ruas de Salvador e da sensação de que independente do tempo, o que for pra ser seu, será.

Foto: Lane Silva

Sobre Nayri

Premiada no Prêmio Luiz Melodia de Canções Afro-Brasileiras pela Fundação Cultural Palmares, Nayri é uma multiartista baiana: cantora, compositora, escritora, poeta, multi-instrumentista, modelo, atriz, pesquisadora e produtora cultural.

Ela combina a poesia e musicalidade baiana com influências de jazz, R&B, neo soul e MPB. Atualmente Nayri é embaixadora no Women’s Music Event e vinculada a Academia de Letras da Bahia. Acompanhe nas redes sociais @nayribam.

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