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Formação

Atriz Danielle Anatólio ensina mulheres a gerir seus próprios corpos

Jamile Menezes

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14224739_1748969635343233_3109649244782257136_n“Corpo a gente não esconde, ele está aí e a gente precisa entender o nosso corpo”. E foi refletindo sobre o seu próprio e como ele se constituía, valorizando-o e o conhecendo que a atriz e terapeuta reikiana soteropolitana, Danielle Anatólio reuniu 13 mulheres naprimeira vivência intitulada “Auto Gestão do corpo feminino”, realizada no início de setembro, em parceria com o Sarau da Onça, em Sussuarana.

Para participar, Danielle exigiu apenas uma coisa das participantes: disponibilização de seus corpos. Ela explica: “Tem que ter o desejo de partilhar a experiência corpórea, sua caminhada pessoal com outras pessoas. Vontade de refletir e agir sobre esse corpo, que necessita ser autônomo”, diz.  Enquanto terapeuta reikiana, Anatolio já vinha fazendo algo semelhante com outras terapeutas mas, segundo a mesma, neste formato foi a primeira vez, da qual se orgulha muito pelo aprendizado compartilhado com as mulheres.

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“Maior ensinamento que tiro desta vivência é o amor comigo mesma. Neste trabalho, quando vou escutando histórias muito semelhantes de agressões ao corpo, a gente vai percebendo o quanto precisamos de amor próprio para superarmos estas barreiras. Seja uma mulher gorda ou muito magra, ambas sofrem violências e precisamos de muita força pra dizer ESTE é meu corpo, meu peito É desta maneira, com ESTE volume e preciso respeitá-lo. Algo que muitas mulheres – especialmente as negras – não aprendem, pois somos treinadas para cuidar do outro”, enfatiza Danielle.

14183767_1748969768676553_7529666338381125177_nA vivência de autogestão corpórea proporcionada por Danielle tocou profundamente as mulheres que participaram desta primeira edição, na medida em que as ensinou que seus corpos precisam ser livres e autônomos. Dentre elas, a poetisa e fotógrafa Lane Silva (20), que se transformou com a experiência. “Maravilhoso, algo realmente único e difícil de descrever, mexeu muito comigo. Conheci mulheres fortes e que hoje são espelhos pra mim. Com a Dani pude me ver mais mulher, respeitar cada linha e detalhe do meu corpo, respeitar os sinais. Depois dessa experiência eu tenho certeza que me tornei uma outra mulher, mulher de mim” afirma.

A estudante Mariana Pereira aprendeu a lembrar do próprio corpo. “Me senti revigorada. Estive em contato com minha ancestralidade, me conectei com a energia das meninas, o que é muito importante pra nós mulheres teresse contato umas com as outras. Além do olhar maior com o meu corpo, aprendi que eu devo colocar essa natureza que existe dentro de mim pra fora, que precisamos nos conectar com nossa ancestralidade”, relata.

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Estas experiências se encontram com a vivência de Danielle, cujo relato pessoal pode ser identificado por outras tantas mulheres. “Sou uma mulher que desde adolescente, pelo corpo que tenho – um corpo grande, de uma mulher negra, está dentro do estigma da hipersexualização. Então, percorri vários caminhos para lidar com isso, desde estar no palco com um corpo grande em cena, às cantadas agressivas e violentadoras que recebia, o que me fez recuar e escondê-lo. Daí, comecei a refletir sobre meu trabalho de corpo comigo mesma, me conhecendoe aprendendo a amar esse corpo que é meu. Quando cheguei nesse ponto, precisei dividir isso com outras mulheres”, diz a atriz que uniu a prática corpórea teatral com a da Reiki Terapia para promover o “equilíbrio do corpo, da mente, da alma e do coração”.

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“A gente propõe uma coisa, mas na hora tudo é muito diferente. Vimos de uma educação ocidental que prioriza muito a cabeça e, nesta vivência, o corpo precisa ficar livre, ele vai falando, agindo de várias maneiras, sem deixar a cabeça controlar. Abrimos uma porta para dizer: Diga corpo, o que é que você quer?”

Danielle Anatólio está agora no Rio de Janeiro, fazendo Mestrado na Unirio em Artes Cênicas. Seu tema: Performance Negra. Pretende retornar a Salvador em novembro para mais vivências – inclusive a vivência de “Auto Gestão de Corpo Negro Feminino”, que será exclusivo para mulheres negras, como já adiantou ao Portal SoteroPreta. Sem dúvidas, vai bombar! Até lá, confere as lindas fotos de Lis Pedreira e procura a Dani lá no Face pra saber mais de seus projetos!

Fotos: Lis Pedreira

Formação

‘Acessibilidade Cultural em Pílulas’ oferece formação gratuita para agentes culturais

Iasmim Moreira

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Acessibilidade

Entre maio e julho, trabalhadores da cultura em Salvador terão a oportunidade de se qualificar gratuitamente em acessibilidade por meio do projeto Acessibilidade Cultural em Pílulas. A iniciativa é promovida pela empresa Dê Um Sinal – Assessoria em Acessibilidade, Inclusão e Diversidade, e propõe oficinas formativas voltadas à criação de ambientes culturais mais inclusivos, acolhedores e acessíveis.

A formação é voltada para gestores, artistas, produtores, educadores e demais profissionais da cadeia cultural. Serão seis oficinas, com início em 22 de maio e término em 3 de julho, realizadas em formato híbrido: encontros online via Google Meet e presenciais no Teatroescola, projeto residente no Teatro Jorge Amado, na Pituba. As atividades acontecem sempre das 18h às 20h.

A programação inclui temas como capacitismo, atendimento qualificado a pessoas surdas, cegas ou com baixa visão, deficiência intelectual e neurodivergência, além de uma introdução à Língua Brasileira de Sinais (Libras). As inscrições devem ser feitas por meio de formulário eletrônico disponível no perfil oficial da Dê Um Sinal no Instagram (@deumsinal).

De acordo com a idealizadora do projeto, Cíntia Santos, a proposta é formar cerca de 200 profissionais ao longo dos três meses de atividades.

“Nosso objetivo é contribuir para a democratização da cultura, garantindo que todos os públicos tenham acesso pleno aos espaços e experiências artísticas. A ideia é também fomentar redes colaborativas e novas ações formativas no futuro”, destaca.

As oficinas serão conduzidas por especialistas com e sem deficiência, promovendo uma troca plural de vivências e saberes. O projeto conta com apoio do edital Territórios Criativos, com recursos da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador, da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

SERVIÇO

O quê: Oficinas do projeto Acessibilidade Cultural em Pílulas
Quando: De 22 de maio a 3 de julho de 2025
Horário: Das 18h às 20h
Formato: Híbrido (presencial e online)
Online: via Google Meet
Presencial: Teatroescola (Teatro Jorge Amado – Pituba, Salvador)

Foto: Beatriz Meneses

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Formação

ONU abre formação para ativistas afrodescendentes em Genebra

Iasmim Moreira

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afrodescendentes

A Organização das Nações Unidas (ONU) está com inscrições abertas para seu programa de bolsas voltado a pessoas afrodescendentes que atuam na promoção e defesa dos direitos desse grupo. A iniciativa será realizada de 11 a 29 de novembro de 2024, em Genebra, na Suíça, e tem como objetivo fortalecer o trabalho de ativistas comprometidos com a equidade racial ao redor do mundo.

As candidaturas podem ser enviadas até o dia 31 de maio, exclusivamente em inglês, francês ou espanhol, para o e-mail ohchr-africandescentfellowship@un.org.

O treinamento acontece no Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e inclui atividades formativas e encontros com especialistas e lideranças da área de direitos humanos.

Requisitos para participação

Podem se candidatar pessoas afrodescendentes com, no mínimo, quatro anos de experiência profissional em áreas relacionadas aos direitos desse grupo. Também é necessário apresentar uma carta de recomendação emitida por uma organização que atue com questões raciais ou de minorias, além de estar disponível para participar integralmente da programação.

Documentos exigidos:

  • Currículo atualizado;

  • Formulário de inscrição preenchido, assinado e digitalizado em um único arquivo;

  • Carta de motivação com até 500 palavras, explicando o interesse na bolsa e como pretende aplicar os conhecimentos adquiridos;

  • Carta oficial da organização que apoia a candidatura;

  • Cópia do passaporte.

No campo “assunto” do e-mail, os candidatos devem inserir “Postulación al Programa de becas para personas afrodescendientes 2024”. A ONU também solicita que os documentos anexados sigam um padrão específico de nomeação, como no exemplo: PÉREZ Juana – Formulário de inscrição.doc, PÉREZ Juana – Carta de motivação.pdf.

Benefícios oferecidos

As pessoas selecionadas terão direito a passagem aérea de ida e volta (classe econômica), seguro médico, auxílio para hospedagem e subsídio para despesas relacionadas ao período de estadia em Genebra.

 Programa de Bolsas da ONU para Afrodescendentes

Prazo de inscrição: até 31 de maio de 2024
Período do treinamento: de 11 a 29 de novembro de 2024
Local: Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Genebra (Suíça)
Idioma da candidatura: inglês, francês ou espanhol
E-mail para envio da candidatura: ohchr-africandescentfellowship@un.org
Assunto do e-mail: Postulación al Programa de becas para personas afrodescendientes 2024

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Formação

Imersão ‘Cartografias do Sentir’ propõe reconexão para mulheres negras

Iasmim Moreira

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Cartografias do Sentir

No dia 17 de maio, a partir das 14h, o Espaço Shasta,  será palco da imersão “Cartografias do Sentir”, uma vivência dedicada à reconexão com o corpo, a ancestralidade e o prazer. Voltada para mulheres e pessoas AFAB (designadas mulher ao nascer) de todas as etnias e sexualidades a partir dos 16 anos, a atividade propõe um mergulho em si mesma.

Idealizada como um espaço de acolhimento, escuta afetiva e fortalecimento, a vivência nasce com foco especial em corpos negros, indígenas e pardos — sujeitos que carregam histórias atravessadas por marcas, dores e memórias, mas também por prazeres, resistências e potencialidades. O convite é para trilhar um caminho de suavidade, presença e cura.

A imersão contará com a condução de três facilitadoras:

  • Preta Kiran, que guiará práticas sensoriais voltadas ao despertar do potencial orgástico e expansivo do corpo;

  • Yasmin Morais, que trará saberes sobre a anatomia do clitóris e a história das mulheres;

  • Sávia Luz Cabocla, que integra à jornada a força das matas por meio de incensos, meditações e registros afetivos.

Com vagas limitadas a apenas 30 participantes, os ingressos já estão disponíveis, com valores de R$ 65 para mulheres negras e indígenas, e R$ 70 para mulheres não-negras e não-indígenas.

Sobre as facilitadoras:

Preta Kiran é uma artista da dança, atriz, candomblecista, terapeuta corporal e mulher afro-indígena de Salvador. Ela é conhecida por seu trabalho com a valorização das culturas de matriz africana, especialmente no âmbito da dança e do teatro. Yasmin Morais é escritora, atriz, comunicóloga / jornalista UFBA, palestrante internacional e ativista social. Sávia Luz Cabocla é Cientista Social, Fotógrafa  e Artista.

SERVIÇO
O quê: Imersão Cartografias do Sentir
Quando: 17 de maio de 2025 (sábado), às 14h
Onde: Espaço Shasta – Salvador/BA
Para quem: Mulheres e pessoas AFAB a partir de 16 anos
Ingressos:

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