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Música

Larissa Luz – Grammy, territórios, conquistas e empoderamento artístico

Jamile Menezes

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Ela foi a única baiana na lista dos indicados ao Grammy Latino 2016, ela é preta, de Salvador e – podemos dizer – está em um momento único de sua carreira: conquistando seu território. Estamos falando de Larissa Luz, cantora, atriz, antenada com o que seu público quer ouvir, ver e com quem ele quer se identificar. “Território Conquistado” concorre ao título de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Português, junto a pérolas como Martinho da Vila, Djavan e da própria inspiração de Larissa – Elza Soares. Ela conversou com o SoteroPreta, confira:

Portal SoteroPreta – Larissa Luz, como definir a pessoa e a artista? Há pontos que não se encontram nesta relação?

Larissa Luz – Acredito que somos uma coisa só. Somos ideias vindo de dentro, das vivências e experiências, virando arte concreta e extremamente verdadeira. Quando a arte é feita com verdade, ela vai a fundo no emocional das pessoas. Costumo ser explosiva, viver tudo muito intensamente, viciada em sentir…visceral…mergulho de cabeça e sinto muito prazer fazendo o que faço. Me vejo transbordando e inundando a plateia. Estou sempre estabelecendo relação entre o palco e a vida, a pessoa e a artista, ligando os pontos e proporcionando uma interação entre eles.

Foto: SafiraMoreira

Foto: SafiraMoreira

Portal SoteroPreta – Em que momento você entendeu que era na música que estava seu caminho e como você avalia suas experiências até então?

Larissa Luz – Minha relação com a música começou muito cedo, desde muito nova já ouvia os cds de Gonzaguinha, Gilberto Gil de minha mãe, que me fez mergulhar na literatura. Através da literatura, veio o interesse pelo teatro, o teatro me fez cantar e quando eu cantei tive a certeza de que era o queria para minha vida. Desde então passei a trabalhar por isso arduamente, vivendo, amadurecendo, e tentando tirar o melhor de cada experiência. Vivi muito por esse tempo fora…transitei por bares, navios, musicais.. agora estou investindo num trabalho autoral e ele está sendo bem aceito … uau! Acho que foi maravilhoso ter vivido tudo que vivi. Tudo necessário, tudo como tinha que ser! Adquiri uma experiência única. E continuo querendo mais!

Portal SoteroPreta – Qual mais te marcou e acrescentou nesta trajetória? Quem te influencia hoje?

Larissa Luz – Acho que assumir o Ara Ketu com 20 anos, super inexperiente, foi uma pressão punk. Marcou demais o processo todo. Chegar e sair. Hoje em dia escuto muito Nneka, Betty Davis, Concha Buika, Titika, Flávia Coelho, Elza Soares, MIA, Gil, Criolo…são artistas que me influenciam artisticamente e ideologicamente.

Portal SoteroPreta – Única baiana indicada ao Grammy Latino. O que é isso pra você, artista negra soteropolitana?

Larissa Luz – Representatividade. Território conquistado! Caminhos sendo traçados rumo a uma conquista de um território mais amplo. Portas se abrindo. Oportunidade.

foto_fig116Portal SoteroPreta – Seu estilo hoje se encontra com diversos discursos, há política em sua arte. Como você define estes encontros?

Larissa Luz – O meu discurso se forma através das minhas experiências e relatos de mulheres. Fui desenvolvendo as letras ao lado do meu Parceiro Pedro Itan, dando vida a elas, colocando para fora o que estava vivendo e sentindo. Vejo a arte como uma ferramenta política e transformadora, tento contribuir para a formação de uma sociedade que eu acredito ser melhor do que a que vivemos,  livre do racismo, da homofobia, do machismo.

Portal SoteroPreta – Que “Território” é este que você “Conquistou”?

Larissa Luz – O território primeiramente definido como nosso cabelo, nossa estética..(tíítulo inspirado num texto de Bell Hooks). É uma metáfora dos espaços que estamos conquistando. Na mídia, no mercado de trabalho, espaço na sociedade pra ser, sentir e acontecer livremente. E acredito que estamos num processo evolutivo. Já conquistamos espaços sim. E vamos além.

28492486545_3d82889f24_oPortal SoteroPreta – Como você avalia o cenário artístico baiano atualmente?

Larissa Luz – Acho muito pouco o que nos é oferecido em termos de oportunidade, apesar disso acredito que estamos em constante crescimento, na luta.

Portal SoteroPreta – Quais os planos de Larissa Luz daqui pra frente?

Larissa Luz – Gravar um clipe por agora, dar continuidade à turnê e começar a trabalhar a carreira internacional. Ano que vem devo voltar a trabalhar com teatro.

Portal SoteroPreta – O que dizer aos artistas independentes de Salvador, em especial negros e negras que tem tentando manter sua música diferenciada em um território como Salvador?

Larissa Luz – Sejamos senhoras das nossas próprias histórias. Podemos.

 

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Música

Dendê Macêdo faz show em homenagem ao Mestre Bira Reis

Ana Paula Nobre

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Foto: Leslie Macêdo

O cantor, compositor e instrumentista, Dendê Macêdo, faz um show no próximo dia 21 (sexta-feira) em homenagem ao Mestre Bira Reis, multi-instrumentista, artista plástico e educador, falecido em 2019. O evento, que conta com a participação dos músicos João Teoria e Vini Mendes, acontece às 18h, na Oficina de Investigação Musical, no Pelourinho, com entrada a preço popular de R$10,00.

“Estou feliz em poder fazer essa homenagem a Bira Reis, que foi meu incentivador e guia na música. Para mim, está sendo simbólico esse momento, porque tocarei instrumentos que aprendi a criar graças aos seus ensinamentos”, conta Dendê Macedo.

Na oportunidade, será apresentada ainda uma amostra do projeto “Sons Reciclados”, que traz inovação musical ao transformar materiais recicláveis em instrumentos de percussão, unindo música e sustentabilidade. Dendê dá uma nova utilidade a objetos que seriam descartados, criando sonoridades únicas. Taco de golfe que vira  berimbau, xequerê feito com capacete, surdo feito com balde e atabaque criado com vaso sanitário estão entre suas criações que, juntas, resultam em uma performance inovadora com sons percussivos distintos e únicos.

Serviço

O quê: “Dendê Macêdo e Sons Reciclados”

Quando: Dia 21 de março de 2025 (sexta-feira)

Horário: Às 18h

Onde: Oficina de Investigação Musical – R. das Portas do Carmo, 24 – Pelourinho

Ingressos: Valor social R$ 10,00

 

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Gastronomia

Culinária Musical celebra 8 anos e lota Casa do Benin

Jamile Menezes

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A Casa do Benin, no Pelourinho, ficou lotada durante a celebração de 8 anos do Culinária Musical, projeto do Afrochefe Jorge Washington que ocupa a Casa do Benin há sete. A celebração ocorreu no domingo (9/3) e reuniu mais de 150 pessoas, dentre artistas e o fiel público que o acompanha nessa quase uma década de história envolvendo sua gastronomia afrobrasileira, empreendedorismo, afetividade e uma diversidade de linguagens artísticas.

O comando musical ficou por conta da cantora Denise Correia e sua banda Naveiadanêga. Presenças ilustres marcaram o evento, confirmando a relevância do projeto na cena cultural de Salvador. Nomes como Lazzo Matumbi, Vovô do Ilê Aiyê, o cantor e compositor, João Gonzaga e Serginho e a banda Adão Negro como convidados especiais da edição.

Culinária Msuical

João Gonzaga

Na tarde de celebração teve destaque para a união entre artistas mulheres, lembrando o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia anterior. Riane Mascarenhas, Josy Clímaco, Rita Mata, Vanessa Aragão uniram-se à parceira e musa do projeto, Denise Correia, soltando suas vozes em um grande coro feminino.

Para o anfitrião, Jorge Washington, são 8 anos vitoriosos. “É uma luta a cada evento. Infelizmente não conseguimos patrocínio pra fazer de uma forma tranquila. É um desafio ter um projeto cultural que, por trás, envolve outros agentes, outras pessoas. As marcas deveriam chegar por que é um projeto de sucesso. Ainda assim, o sentimento é de alegria e de realização”, disse o anfitrião.

Da união de um ambiente agradável com boa música, ótimo papo com amigos e comida que remete aos almoços em família – daqueles que ficam eternizados na memória afetiva– é que surgiu em 2017, o projeto Culinária Musical. O evento mensal tem conquistado um público fiel, sendo um encontro de arte e formação a cada edição, além de um ponto de convergência de cantores (as) e compositores (as) negros e negras da cidade.

Culinária Msuical

Além da gastronomia e da música, a iniciativa abriga também lançamentos de livros, desfiles de moda, performances de dança, intervenções poéticas e empreendedorismo negro feminino, com o Cantinho da Empreendedora. Sem falar no microfone aberto a cada edição, com o qual novos talentos podem soltar a voz na música e na poesia.

Gastronomia, encontros e oportunidades

Além de suscitar a apreciação de deliciosos pratos, trazendo memórias afetivas e suas ligações com a cozinha afro-brasileira raiz, a edição de aniversário ofereceu ao público o prato customizado ‘Bacalhau a Martelo do Afrochefe’, assado na brasa com feijão fradinho e farofa com camarão seco e o ‘Arrumadinho de Fumeiro’, ‘Casquinha de Siri’, ‘Moela ao molho de cerveja’ e opção vegana. Um deleite para quem já acompanha a investidas gastronômicas de Jorge no Culinária Musical.

Unidos pela gastronomia, mas também pela música, o evento vem promovendo ao longo destes oito anos encontros das mais variadas vertentes. “As pessoas que vem se apresentar aqui geralmente não estão no grande público, então, proporcionamos lançamentos de livros, recital de poesia, artes plásticas, moda, entre outras linguagens. Você começa a dar visibilidade pra outras pessoas também, e isso é muito bacana”, explicou Jorge.

A literatura e as artes visuais foram contempladas nesta edição de aniversário,com o lançamento do livro “A de Afro – Uma Pequena Enciclopédia Visual da Bahia Negra”, produzido pelo ilustrador Patek e pela pedagoga Isadora Cruz. A obra tem objetivo de homenagear 26 personalidades, coletivos, territórios, manifestações e tradições culturais do estado da Bahia, através de ilustrações e uma pequena biografia. O encarte educativo intitulado “Caminhos Pedagógicos do A de Afro”, contendo 10 práticas pedagógicas inspiradas nos homenageados da obra, também faz parte do material. Dentre as personalidades homenageadas está o Afrochefe, que também é ator do Bando de Teatro Olodum e produtor cultural.

O Cantinho da Empreendedora foi com a Ocupação Aláfia, grupo de mulheres negras empresárias que mantém uma feira regular na Casa do Benin. O Cantinho já é um espaço carimbado no Culinária Musical, que mensalmente reúne empreendedoras negras para dar visibilidade a seus negócios, além da oportunidade de comercializar seus produtos.

“A gente, particularmente, faz produtos personalizados, mas também com muitas mulheres negras, como Maria Felipa, Carolina de Jesus. Então, em nosso estande, é certeza de encontrar produtos fortes e que marcaram as mulheres daqui da Bahia. No Culinária Musical você sente que tem uma singularidade, é a segunda edição que a gente está participando”, diz Viviane Muniz da Ohanna’s Estampas Criativas.

Público & Espaço 

“Cerca de 70% do público é fiel”. Quem dá essa estimativa é o próprio Jorge, avaliando a partir das pessoas que frequentam assiduamente, como dona Marinalva Freitas. Ela conta que conheceu quando ainda era na Fazenda Garcia. “Jorge começou na Casa de Pedra, e eu moro quase em frente. Um dia estou em casa, aí passa Lazzo Matumbi. Fiquei desesperada. Procurei saber e descobri. Chamei todos os meus amigos e fomos, e daí em diante não perdi mais. O Culinária Musical é um evento que reúne só gente bonita e culta, a verdade é essa”, diz alegre.

Opinião compartilhada pela terapeuta e esteticista, Nayara Conceição, que frequenta o Culinária há quase três anos e escolheu o evento para comemorar seu aniversário, junto com Jorge Washington. “Depois que conheci, não perco por nada. Hoje é o meu aniversário e deixei de ir pra outro lugar pra vir pra cá. Aqui consegui ser a Naiara que sempre queria ser, principalmente quando Jorge me chamou a primeira vez para apresentar meu trabalho no empreendedorismo. Depois disso, só voei. Desejo que o projeto continue, por que ele precisa ganhar o mundo”.

Muitas pessoas passaram a conhecer a Casa do Benin por conta do projeto, possibilitando que a visibilidade do local ampliasse. O Culinária Musical acontece no local há sete anos. “Para nós é uma alegria receber o Culinária Musical. É um projeto que nos engrandece muito e que fortalece esse espaço, pois já construiu ao longo desses anos um público fiel que veio pra cá e passou a acompanhar não só o Culinária, mas também a programação que acontece proposta por nós. É uma construção que reafirma a Casa do Benin enquanto um espaço potente, de referência da cultura negra, afro-brasileira, afro-baiana e afrodiaspórica africana”, avaliou Igor Tiago, gestor da Casa do Benin.

Juntando um público cada vez maior e mais renovado a cada edição, o Culinária já se consolidou na agenda cultural da cidade, sendo também uma grande vitrine para artistas locais. O Afrochefe atribui o sucesso ao fato de ser “um evento diferenciado. As pessoas são acolhidas, independentemente da idade, da cor, do sexo, do tamanho. Aqui a gente respeita tudo. Quem chega é bem acolhido”, declarou.

“O Culinária Musical é uma referência, inovador porque ele une música, culinária, e Jorge, como sempre inquieto, traz também a perspectiva da economia criativa. O Culinária é esse mosaico de encontro de linguagens artísticas que reúne pessoas maravilhosas de energia positiva para celebrar a vida. Jorge Washington tem essa missão de reunir as pessoas para trocar afeto, dengo”, diz Fábio Santana, mestre de cerimônia e também ator do bando.

Confira outros depoimentos de quem passou por lá:

Lazzo Matumbi

“Eu sempre falei pra Jorge que esse trabalho que ele faz é super importante. Ser um comunicador dentro da comunidade negra. A comunidade negra precisa cada vez mais se aquilombar. E o trabalho que ele faz, trazendo uma boa comida, uma boa música, e um bom bate-papo, é um motivo lógico e fácil pra gente se aquilombar e ser feliz. Porque a gente vem, encontra os amigos, faz amigos, e sai daqui querendo voltar de novo. Então esse é o grande lance. Eu lembro quando estava começando na Casa de Pedra no Garcia, e ele me convidou. Sou super feliz de ver um amigo e irmão chegando no lugar que ele tem que chegar e ser merecido. Parabéns pelos oito anos de culinária musical, que venham mais oito anos”.

Serginho, vocalista do Adão Negro

“Quando a gente chega aqui, a gente entende, reforça, eu acho que o entendimento do que é a devoção. Tem um sentido de devoção muito forte no que a gente faz, no que todos eles fazem. Então, você sabe aquele negócio: vamos ali dar uma refrescada, retomar as energias, se aquilombar. São eventos como esse que estão sustentando a comida da casa, como minha avó dizia. É esse aquilombamento, esse sentimento de pertencimento que se renova quando a gente chega aqui no Culinária. Então, estou feliz”.

Denise Correia

“Eu sou uma artista muito honrada, porque conheço o Culinária desde quando ele começou. Eu não tirei esse nome. Sou parceira de Jorge Washington há muito tempo. Além de visibilizar artistas emergentes, o Culinária está dando sempre oportunidade para a gente mostrar nosso trabalho. E Jorge, sempre muito visionário, alia a culinária com a música, exaltando também outros tipos de linguagem artística. Então culinária musical para mim é tudo. Obrigada, nosso Afrochefe Jorge.

Próxima edição – Abril

Em abril, o Culinária Musical será realizado em outro espaço, na Casa Rosa, no bairro do Rio Vermelho e a atração principal será artista Juliana Ribeiro. Acompanhe o perfil @culinariamusicalafrochefe para mais informações.

Fotos: Kafulu

Texto: Ana Paula Nobre / Edição: Jamile Menezes
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Música

Cantora Irma Ferreira apresenta show ‘Em Cantos de Oriṣà’

Ana Paula Nobre

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Foto: Israel Fagundes

A cantora Irma Ferreira coloca em cena um show especial: “Em Cantos de Òríṣá”, dia 28 de março (sexta-feira), às 20h, no Sesc Casa do Comércio. A apresentação, que celebra a riqueza das tradições afro-religiosas, também marca o aniversário da artista. Neste show, Irma compartilha com o público a conexão entre a música e a ancestralidade, por meio de Oríkìs (cantigas), Àdùrás (rezas) e Itans (histórias) dos Orixás do panteão Nagô Vodun, bem como canções brasileiras que exaltam a cultura negra. Com um repertório que atravessa o sagrado, a artista propõe um mergulho sonoro e espiritual.

No palco, Irma estará acompanhada por um talentoso trio de músicos: Luan Badaró (percussão), Ruan de Souza (violão) e Beto Lemos (violoncelo). Juntos, eles trarão as canções do álbum “Em Cantos de Òríṣá”, lançado em 2023 pelo selo AJABU! Record, que teve grande repercussão internacional. “Em Cantos de Orisà” contará também com a participação especial da cantora carioca Quel, que vem do Rio especialmente para a apresentação.

“Em Cantos de Òríṣá” preserva a essência do disco, mas expande suas possibilidades ao vivo, com releituras cuidadosas dos Oríkìs e Àdùrás, buscando revelar as características dos Orixás cultuados. O resultado é um concerto de 1h20min que equilibra uma abordagem musical inovadora com elementos tradicionais do culto afro-religioso.

Foto: Israel Fagundes

A concepção do projeto “Em Cantos de Òríṣá”

Irma Ferreira revela que a ideia do projeto surgiu durante o isolamento social da pandemia da Covid-19, em 2020. O primeiro registro, uma cantiga para Oxalá (Ojo igbi), publicado em seu Instagram, gerou uma grande conexão com o público, que recebeu a música como um alento e um processo de cura. O impacto desse momento motivou Irma a desenvolver a série de vídeos “Em Cantos de Òríṣá”, ao lado de Angélica Ferreira (Egbome de Ogun) e Everton Neves (Ogan de Logun Edé e pesquisador). A série disponibilizou cerca de 130 cantigas, rezas e itans dos Orixás, alcançando milhares de pessoas.

Esse projeto se desdobrou no EP “Cantos e Rezas” (2021), seguido pelo disco “Em Cantos de Òríṣá” (2023) e, agora, ganha vida no palco, com a estreia do show homônimo.

Foto: Israel Fagundes

A celebração do aniversário no palco

Para Irma Ferreira, realizar esse show no dia de seu aniversário é um presente especial: “É um dia para celebrar a vida e, pra mim, não há lugar melhor para isso que no palco, em Salvador, perto da família, dos amigos e das pessoas que amo. Sobretudo, cantando para Orixá, nesse projeto que abraça o povo de terreiro, o meu povo.”

Com mais de 15 anos de experiência na música de concerto e na ópera, Irma Ferreira vive um momento de grande realização profissional. Atualmente doutoranda e professora de Canto Lírico na UFBA, a cantora vem consolidando sua carreira tanto no Brasil quanto no exterior. Recentemente, integrou a turnê com o grupo Ofá e interpretou a personagem Rahda na ópera-canção de Aldo Brizzi e Gilberto Gil.

O show “Em Cantos de Òríṣá” inaugura uma turnê nacional, dando início a uma nova fase em sua jornada artística. Com parcerias significativas e um repertório escolhido com muito cuidado e respeito, Irma reafirma seu compromisso com a ancestralidade e a cultura afro-brasileira.

Serviço

O quê: Show “Em Cantos de Òríṣá” – Irma Ferreira

Quando: 28 de março de 2025, às 20h

Onde: Sesc Casa do Comércio – Salvador/BA

Ingressos no Sympla

Bilheteria Sesc Casa do Comércio – 71 981214429 ou 71 981218853

Classificação: Livre

 

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