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Teatro

“Obsessiva Dantesca”, solo de Laís Machado, estará na Saladearte do Cinema do Museu

Jamile Menezes

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obsessivadantesca_porizabellavalverde-75A atriz Laís Machado apresenta, no dia 16 de outubro, na Sala de Arte Cinema do Museu (Corredor da Vitória), seu trabalho “Obsessiva Dantesca”, criação e atuação da própria atriz e direção artística de Diego Pinheiro, com direção musical de Andrea Martins. A apresentação será às 19h, comentrada gratuita.

A performance cênico-musical de Laís trata de questões políticas atuais, como racismo e machismo, foi sucesso de público na primeira temporada e agora volta em cartaz em única apresentação, como parte da programação do II Encontro Fronteira Sa[n]grada: Artaud e seu Duplo, realizado pelo Núcleo Viansatã de Teatro Ritual.

 

Criação

Obsessiva Dantesca propõe um espaço de ritualização das obsessões políticas, existenciais e filosóficas da performer e pesquisadora Laís Machado enquanto mulher negra, mesclando duas estruturas estéticas: o show e o rito. A obra busca aglutinar potências femininas a partir da monstruosidade, conjurando a mágica de coisas passadas e presentes e propondo um espaço para extravasar performances do que é ser mulher e negra ontem e hoje. Acima de tudo, “Obsessiva Dantesca foi uma expressão usada para me identificar durante uma brincadeira e, ao perceber que este termo poderia ser aplicado a muitas das minhas irmãs, ganhou um tom sério. Esta persona que me habita, intitulada de Obsessiva Dantesca, é monotemática, militante, violenta, contraditória, feminista, impaciente, indócil, sensível, jocosa, insegura, grotesca, arrogante, diva, escatológica, monstruosa e preta” declara a criadora.

img_5635Segundo ela, o ponto de partida inicial era fazer covers de divas negras que abordaram as questões raciais em suas músicas, mas no decorrer do processo foram nascendo canções inéditas e autorais. Assim, a música se faz presente, realizada ao vivo no palco, convocando o público a uma comunhão com a performer.

A estética afro-futurista permeia o trabalho, que brinca com a relação entre a tradição e a atemporalidade, mas também com o questionamento sobre os velhos estereótipos e clichês em cima das pessoas negras. Em cena, serão abordadas questões políticas atuais, como a fragilização dos direitos conquistados pelas minorias nos últimos meses e retomada da força dos movimentos feministas, naquilo que já se considera uma nova onda. “É um híbrido entre música, performance, teatro, envolvendo a colaboração de muitas mulheres. Uma espécie de performance travestida de show, mas também com os momentos do púlpito, porque existe a demanda da palavra. Um momento de comunhão com as mulheres que estiverem no teatro” explica Laís, que também coloca em cena as questões étnico-raciais, por meio das suas percepções enquanto mulher negra.

Foto: Izabella Valverde

Fotos: Izabella Valverde

FICHA TÉCNICA

Criação e Atuação de Laís Machado

Direção Musical: Andrea Martins

Trilha Sonora Original: Andrea Martins, Diego Pinheiro e Laís Machado

Direção Artística: Diego Pinheiro

Banda Obsessiva:

Voz: Laís Machado, Andrea Martins, Sanara Rocha e Josyara.

Percussão: Sanara Rocha e Juliana Almeida.

Violão e Guitarra: Josyara e Diego Pinheiro

Samples: Andrea Martins.

Figurino: Tina Melo

Maquiagem: Hávata West

Iluminação: Larissa Lacerda

Projeção Mapeada: Marcília Barros

Fotografias: Izabella Valverde

Assistente de cenografia: Sarah Saboya

Instalação cenográfica: Erick Saboya Bastos

Teatro

Espetáculo “Um fio para liberdade” acontece sábado (22)

Ana Paula Nobre

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Foto: Diney Araújo
A Trupe 7.com estará de volta neste sábado (22), às 20h, no Centro Cultural Makota Valdina (antigo Theatro XVIII) com o espetáculo “Um fio para liberdade”, que narra a história de Lorena, uma adolescente que busca liberdade de expressão artística através da declamação de seus poemas.
No entanto, sua mãe, influenciada por crenças conservadoras, reforça uma cultura machista. A violência e o silêncio familiar conspiram contra a liberdade de Lorena, levando o público a uma reflexão profunda sobre esses temas.
Serviço
O quê: Espetáculo “Um fio para liberdade”
Quando: 22/03 (sábado)
Onde: Centro Cultural Makota Valdina (antigo Theatro XVIII)
Horário: 20h
Ingresso: R$ 20,00
Compra online (Renata): (71) 98765-0330
Mais informações no instagram: @trupe7.com_ Compra presencial: 1 hora antes do espetáculo.
*Espaço sujeito a lotação
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Teatro

Espetáculo ṢE entra em cartaz no Teatro Molière dia 15 de março

Ana Paula Nobre

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Foto: Laís da Conceição

ṢE – Uma Performance Jogo de Improviso é um espetáculo de improvisação cênica que mistura teatro, dança, música e performance para explorar as múltiplas dimensões da presença. Criado e interpretado por Diego Alcantara, com trilha original ao vivo de Tiago Farias, a obra é uma leitura do processo criativo e uma crítica incisiva à cultura do entretenimento instantâneo, o consumo de narrativas rápidas e a representatividade nas mídias tradicionais. A peça fica em cartaz nos dias 15, 16, 22 e 23 de março, às 19h, no Teatro Molière – Av. Sete de Setembro, 401, Salvador.

Transitando entre afrografias, mandinga, malícia e deboche, ṢE convida o público a uma experiência sensorial e intelectual, questionando convenções, racismo estrutural e apropriação cultural. Entre a comicidade dos folguedos brasileiros e o futurismo digital, o espetáculo provoca com uma estética vibrante e subversiva – uma eletricidade, “coisa de negro”. Como um streaming vivo, traduz desejos e pulsões do público, tornando cada apresentação única e irrepetível. Uma experiência efêmera que instiga cada um a acessar sua Inteligência Ancestral (IA) e refletir sobre seu próprio lugar no mundo.

Foto: Laís da Conceição

O espetáculo ṢE estreou em uma temporada curta no Espaço Cultural da Barroquinha, em abril de 2024, e é uma expansão do exercício artístico-científico que dialoga com a pesquisa de mestrado em Artes Cênicas (PPGAC) de Diego Alcantara, estruturando metodologias da negrura.

Provoque, desafie, deseje, compre, negocie, traga uma história, cante, dance, toque, faça! Esses são os dispositivos que rompem a barreira entre palco e plateia, transformando espectadores em agentes de um jogo cênico pulsante e instantâneo. Inspirado na estética dos jogos eletrônicos de simulação e na magia dos rituais, ṢE é uma máquina do tempo vestida de teatro, impulsionando o público a uma jornada de autoconhecimento e reflexão.

 

 

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Teatro

Espetáculo “Nasceu” estreia no Teatro Martim Gonçalves

Ana Paula Nobre

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Foto: Roama

Com texto lírico, assinado por Clara Romariz, a peça “Nasceu” parte da imagem de uma serpente sendo assassinada a duras pauladas por uma mulher prenha. Com a proposta de um teatro visual, físico e extremamente poético, o espetáculo marca sua formatura no bacharelado em direção teatral da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e fica em cartaz gratuitamente nos dias 14, 15, 16 e 21, 22, 23 de março, sempre às 19h, no Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, em Salvador.

“Nasceu” aborda o princípio da vida: gênese de uma ideia, de uma obra de arte, de uma diretora, de um ser-humano, de uma leoa. E aqui não se trata de “gênese” em oposição a “morte”, já que fim e início estão conectados de forma espiralar. Fim de um ciclo, início de outro. Fim de uma fruta, início de uma semente. Fim de um bicho, alimento para a terra que dará início a mais vida. Descascar da pele da cobra, uma nova configuração de serpente.

Foto: Roama

“Nasceu” trata do feminino, tema da pesquisa de Clara Romariz há alguns anos, saindo de um lugar único de compreensão deste ser-mulher, estereotipado, sempre em oposição. Santa ou puta, Eva ou Maria, a do instinto materno puro e imaculado ou a mãe que é sempre culpabilizada por tudo. Com um elenco formado pelas atrizes Amanda Cervilho, Daiane Martins e Nina Andrade e equipe majoritariamente feminina, “Nasceu” busca outras formas de mulheridade, muito mais vinculada à ancestralidade, ao lado animalesco desse dito instinto materno, um lado menos controlado por milênios de culpa cristã. Através de um texto poético e de uma encenação contemporânea, “Nasceu” questiona a representação do feminino propondo um novo olhar sobre as mulheres.

Sobre a diretora

Clara Romariz é diretora, atriz e dramaturga, formada pela universidade livre do teatro vila velha, trabalhou no Vila por cinco anos tendo participado de diversos espetáculos, ora como atriz, ora como assistente de direção. Depois de sair do Vila, Clara entra em direção teatral na UFBA, tendo se aprofundado mais na dramaturgia e na direção. Escreveu diversos espetáculos como Gatunas, Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres, Abismo, Rominho e Marieta, passeando por gêneros diversos, sem perder sua linguagem lírica e seu tema de pesquisa, o universo do feminino. Dirigiu Ifigênia Agamemnon Electra, Sonata, Varal (seu solo) e Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres (sua pré-formatura em direção).

Serviço

O quê: Espetáculo “Nasceu”

Estreia: Dia 14 de março (sexta)

Temporada: Dias 15, 16, 21, 22 e 23 de março de 2025 (sexta a domingo)

Horário: Às 19h

Onde: Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, Salvador-BA

Entrada gratuita (retirada 1h antes de cada sessão na bilheteria do Teatro)

 

 

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