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Opinião

#SoteroRelato – “Eu Sopapo, Tu Sopapas”, por Juraci Tavares

Jamile Menezes

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Este texto foi escrito alguns dias após a realização da grande festa noturna da Poesia Negra, do Sopapo Poético, da Associação de Cultura Negra, no Centro Referencial de Cultura Negra Nilo Feijó. Certamente você, leitor atento e amante da língua portuguesa, está se perguntando porque foi usado o verbo no presente, e não o passado concluído, uma vez que o evento foi realizado antes desta escrita.
A língua portuguesa no Brasil, apesar de ser fruto do entrelaçamento construtivo das culturas indígenas – os donos da terra – africanas e europeia, também divide o tempo em fatias: passado, presente e futuro, distanciando os fatos, abrindo a possibilidade de deixá-los estanques.
Na minha visão, a poesia Sopapo Poético, do 25 de outubro, contrariou a lógica da divisão temporal, pois poetizou se transformando em verbo Sopapear com a capacidade de unificar o tempo em uno, tempo sankofiano. Passado e presente caminham juntos, no mesmo instante: ancestralidade e contemporaneidade entrelaçando-se circularmente, sem rupturas temporais, abrindo possibilidades  de transformar a poesia negra do Sopapo Poético em perene herança cultural.
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Quando a minha produtora, a jornalista, professora e militante negra, Camila Lopes de Moraes  e a atriz e militante negra Vera Lopes, uma das fundadoras do Sopapo Poético convidaram-me para participar como homenageado da edição do mês de outubro a fim de sopapear com os meus parceiros e parceiras porto-alegrenses, fiquei muito feliz. O dia vinte e cinco chegou, perenizando-se em mim. Foi uma noite de muita poesia negra, marcando a singularidade da cultura, confirmando-se como construção no aqui e agora.
O Centro de Referência da Cultura Negra Nilo Feijó se transformou em uma grande e compacta nuvem negra poetizando. Senti-me entrelaçado dentro dela, porque todos os olhares, saberes e sonoridades poéticas formaram um grande círculo aberto, cabendo- me. Aquela noite  histórica, memorável e atemporal foi se transformando e vestindo roupas poéticas. 
À medida que as poetas e os poetas foram tornando as suas poesias em Verbo Sopapear, o Tambor Sopapo acenou e tocou para mim, Juraci Tavares, o homenageado da noite, expressando o seu lirismo e a sua expressão de felicidade. A grande mistura de música, olhares, saberes, poesias e outras expressões que não cabem na escrita foram me abraçando e sopapeando-me. As expressões citadas tornam-se fundantes, fundentes, transformando-se em nuvem poética negra sopapeada.
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A noite e o Sopapo Poético, melaninas fortes, se conheceram em 2012, ano da fundação deste. Sopapo Poético, fundição de valores, como: atmosfera densa, negra e escura, desaguando toda última terça-feira do mês, no Centro de Referência da Cultura Negra Nilo Feijó em Porto Alegre. Fomos inundados por água poética negra que a cada momento foi penetrando pelos nossos poros, hidratando os nossos seres, particularmente, o meu, repleto de poesia e felicidade. Inundação muito profícua, salutar, permitindo-me contrariar, nos versos abaixo, uma das armadilhas do racismo, quando diz que eu sou um negro bonito, negro inteligente: 
NEGRO LINDO É PLEONASMO,
 NEGRO LINDO É EXCLUSÃO
O NEGRO LINDO AÍ É DISPENSÁVEL
É EXCESSÃO É CONTRAMÃO
Esta poesia busca desarmar o racismo quando este afirma que eu sou um negro  bonito. Fiquemos atentos, pois o suposto elogio é uma exaltação à exclusão. Sopapo Poético, Cecune, Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre, amigos e amigas da capital gaúcha também me proporcionaram afirmar naquela noite: TROUXEMOS O BRASIL  NO FUNDO DO NAVIO.  
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A perenidade é utopia e busca constante nos meus fazeres. Aproveito para ratificar a minha fala no início do texto, dizendo que a poesia daquela noite, 25 de outubro, me levou a transformar o poético Sopapo Poético  em verbo,  conjugando-o e perenizando-o em mim. Além disso, as minhas participações nos inúmeros espaços porto-alegrenses trouxeram-me grandes prazeres, alegrias e aprendizagens, fortalecendo a minha utopia de continuar percebendo-me e construindo-me na condição de sujeito inacabado, não pronto.
Finalizo agradecendo à produção do Sopapo Poético, aos participantes e simpatizantes as homenagens que me foram oferecidas. Neste momento estendo, particularmente, estes agradecimentos  a Vera Lopes e Camila de Moraes, minha produtora, que foram as setas e pontes que me levaram a Porto Alegre.
                                            
Ah! Noite de 25 de outubro de 2016! Ainda me sinto poetizando,
cantando e o Sopapo em mim tocando!  Abraços sopapeados.
                                                                                                                                             Texto do compositor, poeta, Juraci Tavares
Fotos: Divulgação Sopapo Poético

Opinião

#Opinião: “Entre a neve e o milho branco, chegamos a Kwanzaa” – por Patrícia Bernardes Sousa

Ana Paula Nobre

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E no Brasil desbravador de 2024, educadores e gestores públicos rodam em círculos como num grande Xirê (Siré) onde não existem competências e habilidades, previstas na Constituição Federal de 1988 e na Base Nacional Comum Curricular, para que o conhecimento dance e faça os seres apresentados como humanos na Terra, evoluírem. Sim, é sobre isso. Entre a neve e o milho branco, estabeleceu-se a cultura do ódio religioso para que o culto ecumênico da fé em Papai Noel fosse tão demonizado quanto aqueles que acreditam que seu “bom velhinho” é Papai Oxalá.

Não existem artigos previstos na Constituição de 1988, bem como também não existem competências e habilidades na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que “troque a bença” ou “abençoe com óleo ungido” o culto ao ódio, ao assassinato, à violência psicológica, física e patrimonial vivenciada pelos povos originários e comunidades tradicionais no Brasil.

O menino Jesus, testado e humilhado diversas vezes num deserto com orientações espirituais de seu pai, nosso Senhor Jesus Cristo jamais entenderia o porque que  todas as tábuas dos mandamentos escritos por seu leal discípulo Moisés, iriam respaldar as bocas e as escrevivências de “espíritos de engano” que fazem da gestão escolar, da coordenação pedagógica e do planejamento estratégico anual de professores uma “fogueira da inquisição” junto à crucificações diárias para além das paredes das salas de aula.

Viver Nosso Senhor Jesus é amor.

Viver Pai Oxalá é amor.

Viver Tupã é amor.

No culto ao ego adoecido, criamos um outro tipo de Deus: o “Deus do Ódio” que facilmente encontrou e encontra abrigo em corações sujos dentro e fora de Terreiros, Igrejas e Templos das mais diversas religiões onde o dinheiro está num “altar” ainda maior que o conhecimento legítimo da nossa ancestralidade e dos nossos antepassados.

Papai Noel não deseja sangue na neve. Ele conta a história de onde ele veio.

O menino Jesus não quer sangue na Terra. Ele conta a história de onde ele veio.

Papai Oxalá não quer sangue na Terra. Ele conta a história de onde ele veio.

Tupã não quer sangue na Terra. Ele conta a história de onde ele veio.

A BNCC também prevê a habilidade EF03HI03, que consiste em identificar e comparar pontos de vista sobre eventos significativos, condições sociais e grupos culturais, com destaque para as culturas africanas, indígenas e de migrantes. A Lei nº 10.639/03, por sua vez, torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira em especial nas áreas de artes, literatura e história. Na BNCC, quando aparece o termo “Educação das Relações Étnico- Raciais”, é para fazer menção à legislação que trata da obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da Educação Básica.

E quando a Kwanzaa chega? Como entender e valorizar algo tão maior que os princípios do eu, do outro e do nós, dentro das previsões da BNCC que estruturam as competências e habilidades de se poder andar de carro, de metrô, de avião ou a pé da forma que desejarmos nos vestir e cultuar o deus que cremos?!

O que dizer aos educadores adoecidos na arte de lecionar e estão próximos da sua aposentadoria?

O que dizer para lavar com “águas de paz” gestores escolares e coordenadores pedagógicos, também adoecidos por enraizar ainda mais fundo a semente da perseguição do plano de aula diário do educador em sala de aula?

O que dizer à mãe solo que não prevê o Menino Jesus como o Senhor e Salvador, pois a única referência masculina que ela teve repetiu o ciclo tóxico vivenciado pela sua família ao perceber que a sua gravidez não seria acolhida numa manjedoura de amor  e sim palavras de escárnio e tapas na cara anunciando as dores para os seus próximos anos de vida, com um filho no braço e muitas coisas pra dar conta sozinha.

A neve não encanta, o milho branco não traz paz e a Kwanzaa não anuncia e nem anunciará nada para estas milhões de “Marias” que não tiveram a base forte de um companheiro como seu “Salvador” e ainda estão aos pés da cruz em busca de milho branco para se alimentar de paz. Não diga a uma mulher indígena que ela foi estuprada por um bem maior que foi colonizar o Brasil. Tupã, o criador do mundo, não se faz presente nisso. Ampliar o foco dos currículos para a diversidade cultural e racial, valorizar a pluralidade étnica, prevenir preconceitos, estereótipos e estigmas e formar cidadãos com compreensão de mundo e relações sociais deveriam ser nossos mandamentos, mas não são.

Kwanzaa se anuncia com amor. Umoja, Kujichagulia, Ujima, Ujamaa, Nia, Kuumba, Imani são princípios que, para além de sermos dizimistas, moldam a nossa fé sem armas com tiros à queima-roupa na nossa dignidade salarial, sanidade mental e expansão de nosso conhecimento.

Quando se refere às aprendizagens essenciais e não inclui uma pauta antirracista entre as prioridades, a BNCC desconsidera a realidade social brasileira, que é racista, preconceituosa e segregadora. No Brasil, o Kwanzaa já é celebrado em estados como São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O ódio, substantivo masculino, já estava sendo praticado antes mesmo nas disputas entre os homens das cavernas. Em 2024, ele percorre corações adoecidos dentro e fora das salas de aula. O campo de experiência “O eu, o outro e o nós” da Base Nacional Comum Curricular aborda habilidades como conhecer e respeitar regras de convívio social, respeitar a diversidade, desenvolver a identidade e até mesmo facilitar a socialização dos povos originários e as comunidades tradicionais. É como um “dever de casa” que nunca fica pronto.

Vivemos ainda com aqueles avisos colados com durex e escritos em folhas de ofício na horizontal dizendo:

“Não derrube o Menino Jesus da manjedoura”; ” Ser índia não é fetiche sexual”; “Torço/Ojá não é pra esconder drogas e passar em alfândegas de aeroportos”; “Milho branco alimenta e traz paz”; “Mulheres Negras não são souvenir de Carnaval”; “Minha conta de orixá não é da sua conta”.

Derretemos a neve para afogar Papai Noel e fazermos dos adeptos religiosos do Deus Tupã e Pai Oxalá uma piada para racistas recreativos anualmente.

Deus é fiel! Olorum é luz! Tupã é resgate à natureza humana.

2025 está logo ali.

Patrícia Bernardes Sousa é jornalista, redatora e integra projetos de impacto social, letramento, educação e cultura.

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Opinião

#Opinião: Dando rum na educação construindo pontes sem dó – Por Patrícia Bernardes Sousa

Ana Paula Nobre

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Sim! Nem só o orixá toma “rum” no barracão da sua vida pessoal e profissional. Desde o início destes festejos do Novembro Negro 2024, a Bahia do poeta Castro Alves permitiu que a sua “concha acústica sonora” desse “rum” aos gestores de cultura, empresas privadas e simpatizantes empresariais da educação, letramento, teatro e arte-educação na capital baiana e no mundo.

Não deu “Dó” e ninguém deu “Ré” na compra de ingressos para vislumbrar o verdadeiro espetáculo vindo da troca de couros sagrados tocados pelos maestros dos mais diversos grupos culturais de Salvador. Com respeito e determinação legítima, ogãs, filhas de santo, ebomis, abiãs e yawos levaram a sua comunidade à visibilidade máxima ao entender que identidade racial e cultura identitária nasce na troca do couro e no lapidar na madeira para que o atabaque ecoe a nossa súplica.

Neste caso, a súplica foi ecoada sobe a batuta das águas de Oxalá e Nosso Senhor do Bonfim, que permitiram que a paz durante os eventos do G20, do cinquentenário do “Mais Belo dos Belos”, o Bloco Afro Ilê Aiyê e da cadência das Orquestras Afrobaianas, chegassem como perfume suave aos nossos ancestrais. Ninguém limpa couro com água salgada e é por isso que a alegria dos erês se fez e se faz presente em cada sorriso de vitória dos maestros Ubiratan Marques e Carlos Prazeres.

Não se tem como ecoar “Mi-mi-mi” diante da grandiosidade na excelência dos ensaios e preparações com a cabaça de conhecimento presente na vida destes maestros. A Orquestra Afrosinfônica da Bahia e a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) dão “rum” a quem acredita que somos subnotificação e que não existe qualidade nos ouvidos musicais e musicados de quem não tem dinheiro pra comprar nem um violino, um trombone ou até mesmo um simples cotonete.

A fome cultural e orgânica de pessoas carentes de acolhimento estrutural em Salvador oferta o ilá (grito) que nos alerta da importância de mobilizar, sensibilizar e deliberar políticas públicas de captação de recursos que ofereçam “cabaças” de possibilidades de realização de sonhos educacionais e profissionalizantes ao invés de “cuias” que limitam o abastecimento de água para limpeza do corpo e da hidratação humana diária através destes projetos.

Crianças, jovens e adultos formam um “coro” regido por “couros” devidamente abençoados por pembas de lucidez e o suor salgado das águas que curam e libertam cabeças que não tinham sonhos seja na Liberdade, Itapuã, Candeal, Bairro da Paz, Pelourinho, Subúrbio Ferroviário e muitos outros pela Bahia e pelo Brasil.

Com espetáculos como “Sinfonia Terra Brasilis”, “Ponte Para a Comunidade – Orquestras Afrobaianas” e “ OSBArris”, as políticas sociais de Salvador ensinam aos seus gestores que a educação musical também é pioneira na arte ancestral dos ensinamentos orais que legitima a direção (rum) que são passados de mães solo, em sua maioria, para seus filhos, filhas e filhes.

Para atender ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, a Bahia vai precisar sair dos atuais 37% para 43% agora em 2024, chegando a 50% em 2025. A meta é alcançar 80% de sucesso até 2030. Subnotificações que chegam aos nossos ouvidos sem “dó” e quase obrigando gestores culturais como os maestros Ubiratan Marques e Carlos Prazeres a dar “ré” na hora de colocar as suas apresentações com carência profunda como uma concha nas profundezas do mar da Baía de Todos os Santos.  34 mil estudantes, entre 18 e 24 anos são analfabetos na Bahia, segundo dados do IBGE.

Das cordas e dos couros de instrumentos musicais ainda podemos promover notas musicais e notas máximas que ecoem aprovações de crianças e jovens carentes  pelo Brasil. Na Bahia, 77 em cada 100 crianças e adolescentes vivem na pobreza em suas múltiplas dimensões, afirma o Unicef. Esse sim é o verdadeiro espetáculo que vislumbramos aplaudir: a erradicação da fome e da pobreza através do “rum” na gestão pública sucateada de nosso país. Uma verdadeira proclamação da República de Direitos Humanos.

Patrícia Bernardes Sousa é jornalista, redatora e integra projetos de impacto social, letramento, educação e cultura.

 

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Opinião

#Opinião: Novembro Negro e o Mito da Meritocracia: Um Convite à Reflexão – Por Luciane Reis

Ana Paula Nobre

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O Novembro Negro nos convida, anualmente, a revisitar a história, reavaliar estruturas e reafirmar lutas pela igualdade racial. Nesse contexto, a discussão sobre a meritocracia se torna urgente, pois essa ideia, muitas vezes celebrada como símbolo de justiça social, carrega as marcas de um pensamento colonial que perpetua desigualdades.

A meritocracia pressupõe que todos partem do mesmo ponto na corrida pelo sucesso, ignorando as distâncias impostas por séculos de exclusão. É como esperar que dois corredores compitam em igualdade enquanto um carrega o peso da história em suas costas. No Brasil, onde a escravidão moldou as bases econômicas, sociais e culturais, a meritocracia funciona mais como uma cortina que esconde privilégios do que como um mecanismo de equidade.

Esse sistema, aparentemente neutro, ignora que o acesso à educação, saúde e oportunidades profissionais sempre foi condicionado por cor e classe social. Para quem descende de uma trajetória de exploração, a realidade é outra: os degraus da mobilidade social são mais altos e escorregadios. O pensamento colonial que estruturou o Brasil não apenas determinou quem teria acesso à terra, ao poder e ao conhecimento, mas também deixou como legado uma lógica que naturaliza a exclusão.

Novembro Negro é um tempo para questionar essa narrativa. Quando celebramos Zumbi dos Palmares, Dandara e tantos outros ícones da resistência, estamos também desafiando a ideia de que as conquistas são individuais. O sucesso negro no Brasil nunca foi apenas mérito pessoal; é fruto de uma luta coletiva, travada contra um sistema que se reinventa para manter privilégios.

Superar o mito da meritocracia exige ir além de reconhecer desigualdades. Precisamos de políticas que reparem os danos históricos, ações afirmativas que nivelam o campo de oportunidades e, acima de tudo, coragem para repensar nossos valores. A verdadeira justiça não é um pódio onde poucos chegam, mas uma estrada onde todos podem caminhar juntos.

Que este Novembro Negro nos inspire a abandonar os mitos que aprisionam e a construir um país onde o mérito seja medido pela força do coletivo, e não pela manutenção de privilégios disfarçados de igualdade.

Luciane Reis é Comunicóloga, graduada em Publicidade e Propaganda pela UCSAL, especialista em Produção de Conteúdo para Educação e mestra em Desenvolvimento e Gestão pela UFBA e CEO Mercafro

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