Teatro
Sergio Laurentino e Jean Pedro apresentam “Se Deus fosse Preto”, no Teatro Gamboa
E se Deus fosse PRETO? Com essa indagação, o ator Sergio Laurentino (Bando de Teatro Olodum) e o ator e diretor, Jean Pedro pretendem inquietar quem for ao Teatro Gamboa Nova (Aflitos) até sábado (3) para conferir a peça Se Deus Fosse Preto – O Legado de LOID.
Com apresentações às 20h, a peça tem como personagem central LOID, homem negro preso injustamente pelo assassinato de sua filha e de sua esposa.
Na trama, LOID está preso, escreve textos que, após a sua morte, criarão uma nova religião universal. Sua escrita descreve um percurso até os anos 3.000, num misto de ficção e realidade, revelando surpresas de um mundo que viu a queda das religiões vigentes e o surgimento de um novo messias.
“Falo da criação e imagem de Deus, um problema mundial. Esta imagem, este nome que baseou muitas guerras, mortes e que não nos representa. A ideia é falar de uma ancestralidade, nossa herança energética, espiritual. Chegou a hora de sabermos dessa verdade, que é nossa”, enfatiza Laurentino.
O solo apresenta reflexões sobre a vida, a fé, a humanidade e questiona: Como seria se o deus cristão, ocidental, cultuado pela maior parte das religiões, desaparecesse? No lugar dele, um deus negro, com outros valores, outra doutrina e outro templo.
Sérgio Laurentino
Sergio Laurentino integra o Bando de Teatro Olodum e, em maio deste ano, deu vida ao personagem Paulo Sultão na minisérie “O Caçador”, seu segundo trabalho na Rede Globo, após a série “Ó Paí, Ó!”. No cinema, atuou no filme “Besouro, de João Daniel Tikhomiroff, e “Jardim das Folhas Sagradas”, de Pola Ribeiro, além do longa “Tropikaos”, do diretor Daniel Lisboa, que será lançado em breve.
Sergio Laurentino segue em novos voos. Ele acaba de gravar o filme “Tungstênio”, de Heitor Dalia, história originada de HQ está escrevendo “Exus: o menino da cabeça de fogo”, segundo solo que pretende estrear no primeiro semestre de 2017.
Música
FEMADUM homenageia primeira palhaça negra do Brasil
O Festival de Música e Artes do Olodum (FEMADUM) 2024 incluirá em sua programação uma homenagem ao legado do Circo Guarany e à trajetória de Xamego, a primeira palhaça negra do Brasil. O evento, intitulado “Rrrrrespeitável Circo Preto: Um Xamego de Palhaça”, acontecerá no Museu Eugênio Teixeira Leal, das 18h às 20h.
A programação inicia com a exibição do documentário “Minha Avó Era Palhaço”, dirigido por Mariana Gabriel, neta de Xamego. O filme conta a história de luta e pioneirismo da palhaça que brilhou no Circo Guarany entre as décadas de 1940 e 1960.
Em seguida, será realizada uma roda de conversa com Mariana Gabriel, a diretora Ana Minehira e Daise Gabriel, filha de Xamego. O bate-papo abordará os desafios enfrentados pela palhaça em um período em que a palavra “palhaça” ainda não existia e as mulheres não eram reconhecidas nesse papel. Além de destacar o impacto cultural de Xamego, o debate reforça a relevância da representatividade negra nas artes circenses.
A iniciativa é um convite para celebrar o legado de Xamego e refletir sobre o papel histórico das mulheres negras nas artes populares brasileiras, alinhando-se ao tema de inclusão e diversidade do FEMADUM.
Agenda Cultural
Tema: “Rrrrrespeitável Circo Preto” celebra pioneirismo da primeira palhaça negra do Brasil
O que: Festival de Música e Artes do Olodum (FEMADUM) 2024
Quando: De 5 de dezembro
Horário: das 18h às 20h
Onde: Museu Eugênio Teixeira Leal
Teatro
Multiartista Liz Novais faz performance “Estudos pra Cangasereia”
A multiartista, Liz Novais, apresenta a performance cênico musical “Estudos para Cangasereia”, nesta segunda-feira (2), às 18h, na sede do Malê Debalê, em Itapuã, aberta ao público. O trabalho é um dos dez contemplados com a Bolsa Estímulo Boca de Brasa e foi construído como uma intervenção de rua, movido através de uma figura mítica e sua própria história, buscando entender as relações entre as mulheres da sua família materna a partir de reflexões sobre afeto, raça, voz e ancestralidade negra. A performance contará com a preparação corporal de Samara Martins, Joarlei Sants como DJ e técnico de som e gravação de áudios de Felipe Bittencourt.
“A ideia é de convocar, a partir da minha autobiografia e da relação com o território, memórias de resistência, de acolhimento e de convocação da ancestralidade negra a partir da voz”, explica a artista.
O trabalho é fruto de um conjunto de investigações cênicas e musicais gestados desde 2019, a partir de experimentações de autorretrato na pandemia e com apresentações em 2022 e 2023 junto a outras artistas negras no projeto ‘Vozes Mulheres’, realizado na Casa da Música, em Itapuã. Na ocasião, o projeto contemplou trabalhos experimentais em processo de artistas negras da dança, música e teatro do território, com participações de artistas locais e bate papo com o público sobre esses processos criativos.
Para além do projeto, a artista reúne diversos trabalhos no teatro e música da cena baiana, participando de grupos como banda Motumbá (2012–2023), direção musical do espetáculo teatral Mulheres Malês (2018-2024) e mais recentemente, a direção musical do espetáculo Mukunã – Do Fio à Raiz (2024), solo de Vika Mennezes. “Estudos para Cangasereia” é resultado do trabalho de mentoria e apoio para iniciativas culturais, como parte das Escolas Criativas Boca de Brasa, por meio do termo firmado entre a Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda, Prefeitura Municipal de Salvador e o ICEAFRO, através dos recursos do Edital Polos Criativos Boca de Brasa. Mais informações no Instagram:@novaisliz/@moirasprodutora.
Serviço
O quê: Performance “Estudos Para Cangasereia” com Liz Novais
Quando: Dia 2 de dezembro (segunda-feira)
Horário: Às 18h
Onde: Boca de Brasa Apresenta – Malê Debalê, em Itapuã
Quanto: Gratuito
Teatro
Vika Mennezes leva espetáculo “Mukunã: do fio à raiz” ao Teatro Gamboa
O Teatro Gamboa, em Salvador, recebe pela primeira vez o espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”, idealizado e encenado pela atriz, arte-educadora, pesquisadora, diretora e gestora cultural, Vika Mennezes, nos dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo), às 19h. Com ingressos a preços populares (R$10/5), o trabalho é uma jornada artística que une passado, presente e futuro, utilizando a narrativa pessoal da artista, que se passa quando uma mulher se confronta com a ancestralidade a partir do seu cabelo e vai do fio à raiz.
“O intuito de Mukunã é promover uma mudança significativa no cenário cultural da Bahia e na percepção das questões raciais e de gênero”, diz a atriz.
Vika Mennezes já atuou em 13 espetáculos teatrais e 11 obras audiovisuais. Todos os elementos dialogam com sua vivência com o racismo desde a infância, cuja violência estrutural transformou em arte empoderadora para ajudar outras pessoas a superar situações semelhantes. Existe também uma forte presença dos orixás e elementos da cultura afro-brasileira.
Serviço:
O quê: Espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”
Onde: Teatro Gamboa – Rua Gamboa de Cima, Salvador-BA
Quando: Dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo)
Horário: Às 19h
Ingressos: R$10/5, vendas no local e no Sympla