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Espetáculo KAIALA volta em cartaz no Espaço Barroquinha
Ele encantou, emocionou e foi aplaudido demais na primeira temporada de seu primeiro solo, KAIALA, encenado no Espaço Cultural da Barroquinha no início deste mês. Com o sucesso, o ator Sulivã Bispo (Frases de Mainha) retorna para o mesmo espaço com apresentações dias 3, 4, 10 e 11 de dezembro, às 17h.
“Fazer um espetáculo assim, dessa grandeza de identidade e de pertencimento, é muito importante. Tem sido maravilhoso ter casa cheia, discuntindo racismo, preconceito, denunciando, falando do Orixá, do Nkisse, do Vodun, de uma maneira tão forte nesse momento que vivemos. Isso me toca muito, é especial. Fico emocionado e muito grato a todos”, diz Sulivã.
“O que mais ficou forte pra mim foi falar de intolerância, respeito e, de certa forma, pontuar o Candomblé Bantu, de Angola, que é uma nação que foi muito exterminada no Brasil. Já trabalho há um tempo falando de Candomblé e tudo que exalta nossa cultura e religião é muito importante no momento de intolerância em que a gente vive, esse foi o norte pra conceber esta direção”, diz o diretor Thiago Romero.
Na segunda temporada do espetáculo em que atua no seu primeiro solo, Sulivã Bispo percorre a trajetória da menina Kaiala a partir de três pontos devista: a avó, o irmão de santo e uma evangélica, para discutir temas como racismo, intolerância religiosa e a morte sistemática de jovens negros no Brasil.
“É muito emocionante pra mim, com apenas 23 anos, um ator negro que passa tanta dificuldade pra fazer arte nesse país, fazer um primeiro solo falando dessa violência que a gente sofre diariamente por ser de Candomblé. Subir no palco pra falar de intolerância religiosa é muito forte e todo processo me ensinou que é possível fazer uma arte militante, consciente. A partir do momento que nós, dentro do terreiro de Candomblé – um espaço político, de afirmação e de aceitação-, entendermos que incomodamos porque é lá que construímos nossos heróis, nossa herança,a gente se fortalece. Kaiala me ensinou muito isso” – Sulivã Bispo.
KAIALA é uma divindade das grandes águas, dos mares e oceanos, tida, segundo a visão Bantu, como o útero gerador de todas as espécies, inclusive a raça humana. Com esta referência, a trama conta a história de uma menina de 10 anos, assassinada em uma invasão ao seu Terreiro. Com direção de Thiago Romero, o espetáculo faz parte do Projeto de Extensão e Experimentação artística PibiexA – UFBA 70 ANOS que tem Maurício Pedrosa como tutor. Confira aqui crítica feita pelo ator Ricardo Gonzaga, especial para o Portal SoteroPreta. Ingressos serão vendidos na bilheteria do espaço, R$20/10.
Serviço:
Datas: 3, 4, 10 e 11 de dezembro
Horário: 17h
Local: Espaço Cultural da Barroquinha
Valor: R$20,00 inteira | R$10,00 meia
*Ficha Técnica*
Direção/cenografia: Thiago Romero
Orientação: Maurício Pedrosa
Figurino: Tina Melo
Iluminação: Alisson Sá
Coreografia: Nildinha Fonseca
Direção Musical: Luciano Bahia
Instrumentista: Sanara Rocha
Direção de Produção: Luiz Antônio Sena Jr.
Produção Executiva: Bergson Nunes, Ícaro Piton e Diego Moreno
Produção: DAGENTE PRODUÇÕES
Desing Gráfico: Diego Moreno
Fotos: Andréa Magnoni
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Matriarcas da Pedra de Xangô escolhem os 15 novos guardiões
A secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães, recebeu, nesta quarta-feira (28), o título de Guardiã do Parque Pedra de Xangô. A honraria foi concedida pelas Matriarcas da Pedra de Xangô, grupo de sacerdotisas responsáveis pela salvaguarda e proteção do rochedo considerado sagrado pelos religiosos de matriz africana em Salvador.
“É uma emoção e grande responsabilidade ser agraciada com o título. Assumo o compromisso pessoal e institucional com o enfrentamento do racismo religioso e a manutenção dos nossos territórios sagrados”, destacou a titular da Sepromi.
A entrega da condecoração integrou a programação da Cerimônia da Fogueira de Xangô, ritual que reverencia as divindades do fogo e fortalece a rede em defesa desse patrimônio cultural afro-brasileiro, localizado na Avenida Assis Valente, no bairro de Cajazeiras.
De acordo com as Matriarcas da Pedra de Xangô, os 15 novos guardiões foram escolhidos em função dos “relevantes serviços à cidade, a cultura, à população negra, ao Povo de Axé, às comunidades tradicionais e, em especial, ao processo de implantação, manutenção e gestão do equipamento de apoio do Parque Pedra de Xangô”.
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Associação celebra Dia Internacional do Reggae no Pelô
A Associação Cultural Aspiral do Reggae vai celebrar o Dia Internacional do Reggae – 1º de julho. A festa será na Casa Cultural Reggae (Rua do Passo) e contará com um time de artistas, djs e banda de reggae pra animar o público. Esta é a 7ª edição dessa celebração e terá shows do veterano Kamaphew Tawa & banda Aspiral do Reggae, Dj Maico Rasta, Fabiana Rasta, Jo Kallado ,Vivi Akwaba, Jadson Mc, Bruno Natty, Ras Matheus e Makonnen Tafari.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais consome reggae, uma data definida pela jamaicana Andrea Davis, inspirada no discurso de Winnie Mandela em Kingston, Jamaica, em 1992.
“O Reggae tem sido uma grande influência nas raízes culturais e musicais da Jamaica e do mundo, misturando instrumentos africanos e europeus como violão, bongô e banjo, e criando as bases para o gênero. Ele inspirou milhares a seguirem a filosofia da cultura Rastafari, dando origem a figuras icônicas como Bob Marley, Jimmy Cliff, Peter Tosh, Toots & The Maytals, entre outros”, pontua a dirigente da Associação, Jussara Santana.
O ritmo também foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pela Unesco, em 2018, por conta do seu papel sociopolítico e cultural. A celebração será neste sábado (01/7), aberta ao público, das 18h às 23h30.
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Vai rolar segunda edição da festa #Ghettos no Bombar
Nesta sexta (30), o Bombar no bairro do Rio Vermelho em Salvador vai receber a segunda edição da festa Ghettos edição Salcity X Guiné- Bissau, idealizada pelo produtor, Uran Rrodrigues.
“Os sons de dois dos principais centros urbanos do mundo se encontrarão na mesma pista em celebração as nossas potencialidades numa mistura musical altamente dançante e identitária” conta Uran.
Diretamente de Mirandá, gueto do Guiné, o músico, cantor e Dj Eco de Gumbé apresentará suas performances no melhor do afrobeat, dialogando com o set do dj, produtor musical e co-criador do Coletivo Trapfunk&Alivio, Allexuz95 do Nordeste de Amaralina. Ele promete beats certeiros com trap,funk e pagodão baiano.
Do Pelourinho, Akani retorna à festa trazendo o seu groove e os remixes mais potentes da cena, abrindo as portas para sonzeira de Dricca Bispo com as autorais, como “Saudade” e os covers de Sem Pause e Inevitável.
Dricca Bispo, dançarina de Castelo Branco, já conhecida das pistas, apresentará sua nova versão como cantora. Vai rolar ainda feat especial com Felupz, que se prepara para lançar Razga com beat produzido por Doizá.
Couvert artístico R$ 25.