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Música

“Qual África nós pertencemos? Qual África eu posso chamar de minha?”

Jamile Menezes

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Foto: Joyce Prado

A cantora e compositora baiana, Luedji Luna, hoje residente em São Paulo, lançou no inicio do mês o clipe “Um Corpo No Mundo”. Uma travessia em busca de uma identidade. A descoberta de suas origens para identificar qual “África” pode chamar de sua. “Um Corpo No Mundo” é uma canção que nasceu em 2016 a partir do encontro da artista com imigrantes africanos na cidade paulista.

“Eu ficava impressionada com o grande número de africanos que chegavam todos os dias na cidade. O questionamento era forte. Qual África nós pertencemos? Qual África eu posso chamar de minha? Eu acredito que nós pretos da diáspora sentimos uma saudade ancestral. O sequestro se deu de uma maneira tão perversa.” – Luedji Luna. 

“Um Corpo No Mundo” é o olhar da cantora sobre si mesma, além de uma conexão com a ancestralidade. O clipe tem a direção e fotografia de Joyce Prado, da Oxalá Produções. O cenário traz as ruas cinzas da cidade de São Paulo. “Os africanos escravizados tiveram suas vidas dilaceradas. Então o Brasil era o único lugar que poderia chamar de meu, mas não era, porque esse mesmo lugar que poderia chamar de meu matava as pessoas de minha cor. Era, e ainda é, um lugar onda há uma política sistemática de embranquecimento. Um lugar que nega a minha existência”, afirma

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Foto: Joyce Prado

O título da canção também dá nome ao primeiro disco de Luedji Luna, que pretende ser viabilizado por meio de campanha de financiamento coletivo, prevista para ser lançada no mês de janeiro de 2017. A canção foi gravada na Fábrica de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha, com produção musical de Sebastian Notini, produtor de Tiganá Santana e do último trabalho da cantora Virgínia Rodrigues, “Mama Kalunga”. O figurino fica por conta do estilista baiano, Issac Silva, que assina figurino de artistas como Elza Soares, Liniker, Tássia Reis, entre outros.  O clipe pode ser conferido aqui. 

 

Ficha Técnica do Clipe

Direção e Fotografia: Joyce Prado

Montagem: Janaina do Nascimento

Maquiagem: Gabriela Gaabe

Coreografia e Dramaturgia do corpo: Luciane Ramos

Assistência de Direção: Pamella Aleixo

Still: Tassia Nascimento

Making Of: Macca Ramos

Figurino: Isaac Silva

Produção Musical/Mixagem/ Sax/Percussão: Sebastian Notini

Masterização: Claes Persson no CRP MASTER

Vozes: Nilce Ramos e Karyne Rosselle

Música

Banda Mel apresenta em jantar beneficente do Martagão Gesteira

Iasmim Moreira

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Banda Mel

Nesta quinta-feira (22), a solidariedade e a música baiana se encontram na VI edição do Jantar do Bem, evento beneficente em prol do Hospital Martagão Gesteira. A noite, que marca os 60 anos da instituição, acontece na Pupileira e terá como atração principal um show acústico da Banda Mel, em comemoração aos 40 anos da Axé Music.

Comandada por Márcia Short e Robson Morais, a Banda Mel é uma das precursoras do samba-reggae e referência na música da Bahia. No repertório, clássicos como “Baianidade Nagô” e “Prefixo de Verão”, eleitos entre os maiores sucessos do gênero por premiações como Band Folia, Bahia Folia e Correio Folia.

“Será uma noite simbólica para a música e para a solidariedade. Estamos honrados em participar desse momento”, afirma Robson. “Preparamos um repertório especial com clássicos da nossa história”, completa Márcia.

Produzido por Licia Fabio, o jantar reunirá gastronomia de excelência, com um menu assinado por chefs renomados: Fabrício Lemos e Lisiane Arouca (Origem), Dante e Katrin Bassi (Manga), e Edinho Engel (Amado). Os três restaurantes figuram entre os melhores do Brasil e da América Latina, segundo publicações como a revista Exame e o ranking 50 Best.

Outro destaque da noite será a participação do artista plástico Vik Muniz, que assina a arte dos pratos que serão entregues como lembrança aos convidados. Reconhecido internacionalmente, Vik tem obras em acervos de museus como o MoMA (Nova York), o MASP (São Paulo) e o Victoria and Albert Museum (Londres).

Toda a renda arrecadada será revertida para o Martagão Gesteira, referência no atendimento 100% SUS a crianças e adolescentes de toda a Bahia. O hospital atua em 27 especialidades médicas, com destaque para oncologia, neurologia e cardiologia. É também o único da Bahia a realizar transplante de medula óssea pediátrico pelo Sistema Único de Saúde.

SERVIÇO

VI Jantar do Bem – Hospital Martagão Gesteira
Quando: Quinta-feira, 22 de maio, 19h

Local: Pupileira, Av. Joana Angélica, 79 – Tororó
Igressos: https://bileto.sympla.com.br/event/105034 

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Música

Kaila Barreto, Bruno Kroz e Alfão vencem o Acelera RAP

Iasmim Moreira

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Acelera RAP

Kaila Barreto, Bruno Kroz e Alfão são os vencedores da primeira edição do Programa Acelera RAP na Bahia. Cada um dos três artistas receberá R$ 5 mil em investimento direto para acelerar sua carreira ou lançar um novo produto musical, marcando um importante passo para a cena independente da capital.

Com trajetórias ligadas ao movimento de base, os artistas se destacaram durante todo o processo formativo do programa, que reuniu 30 participantes de diferentes municípios baianos entre março e maio. A seleção final considerou critérios como criatividade, originalidade, engajamento com a cena e desenvolvimento técnico.

Idealizado para fortalecer o RAP baiano e oferecer estrutura profissional a MCs, DJs e produtores, o Acelera RAP foi responsável por conectar artistas emergentes com ferramentas fundamentais de atuação no mercado musical. A formação incluiu temas como cultura Hip-Hop, direitos autorais, distribuição digital, comunicação, marketing e gestão de carreira.

“Kaila, Bruno e Alfão representam o que há de mais pulsante na cena underground da cidade. São vozes que nascem da rua, que carregam verdade e potência”, afirma Well Santiago, coordenador do projeto. “Essa é só a primeira de muitas edições. A cultura Hip-Hop da Bahia merece e precisa de cada vez mais espaços como esse.”

A primeira edição do programa recebeu 240 inscrições de cerca de 40 municípios baianos, mostrando o quanto a cultura urbana está viva e ativa em diversas regiões do estado. O Acelera RAP é uma aposta concreta na profissionalização da arte periférica e no fomento de novas narrativas dentro do Hip-Hop nacional.

Confira os vencedores no Instagram oficial do projeto: @acelerarap.

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Música

Oficina de mbira acontece na Casa do Benin em celebração ao Dia da África

Iasmim Moreira

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Mbira

Em homenagem ao Dia Mundial da África, celebrado em 25 de maio. a Casa do Benin, no Pelourinho, será palco do projeto Vivências em Músicas de Mbira, com uma oficina gratuita que acontece de 23 a 25 de maio, propondo uma imersão na tradição da África Austral por meio da mbira — instrumento melódico ancestral típico de países como Zimbabwe e Moçambique.

Idealizado pelo músico e etnomusicólogo baiano Thon Nascimêmtos, o projeto oferece três dias de aulas voltadas a pessoas a partir de 16 anos, mesmo sem experiência musical. Os encontros acontecerão na sexta (13h às 17h), sábado (9h às 12h) e domingo (15h às 17h), sendo que o último dia será marcado por uma apresentação pública de encerramento, em celebração à data que reverencia o legado do continente africano.

Durante o encerramento, duas mbiras do tipo nyunganyunga, fabricadas artesanalmente em Maputo (Moçambique) especialmente para o projeto, serão sorteadas entre os participantes. As inscrições podem ser feitas gratuitamente por meio do perfil oficial do projeto no Instagram: @mbira.brasil.

A oficina em Salvador marca a continuidade do Vivências em Músicas de Mbira, que teve sua primeira edição há um ano na capital baiana. Agora com fomento da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB-BA), o projeto ganha estrutura ampliada e circula por diferentes cidades da Bahia. A oficina já passou por Santo Amaro, dentro da programação do Bembé do Mercado, e segue para Porto Seguro (27 a 29 de maio), na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Outras etapas incluem ações na Escola de Música da Ufba (3, 5 e 6 de junho) e na Casa da Música, em Itapuã (22 a 24 de agosto).

Com uma trajetória acadêmica profundamente ligada à ancestralidade africana, Thon Nascimêmtos é doutorando em Música, Cultura e Sociedade pela Unicamp e mestre em Etnomusicologia pela Ufba, além de possuir mestrado em Ensino em Relações Étnico-Raciais pela Uesb. Atualmente, integra o corpo docente da Universidade Federal do Tocantins (UFT), atuando no curso de Educação do Campo.

A oficina representa uma oportunidade rara de vivenciar a força da música tradicional africana em território baiano, estreitando laços entre culturas irmãs por meio da arte e do conhecimento ancestral.

SERVIÇO
O quê: Oficina “Vivências em Músicas de Mbira”
Quando: 23 a 25 de maio

  • Sexta-feira, das 13h às 17h

  • Sábado, das 9h às 12h

  • Domingo, das 15h às 17h (com apresentação pública)
    Onde: Casa do Benin – Pelourinho
    Quanto: Gratuito
    Inscrições: @mbira.brasil

Foto: Pamela Siqueira

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