Audiovisual
Lázaro Ramos leva mais da Bahia para Mister Brau em 2017


Banco de imagens Mister Brau
Uma série capitaneada por dois atores que encabeçam, hoje, o rol da representatividade negra na TV brasileira. Estamos falando de “Mister Brau”, programa pensado e produzido por Lázaro Ramos e Taís Araújo que se prepara agora pra sua terceira temporada. Após grande sucesso nas duas primeiras – mais de 20 pontos de audiência em média -, a série trará, em 2017, novidades e ainda mais participação de representantes da Bahia. Aliás, segundo Lázaro, “Mister Brau já é uma série, praticamente baiana”.
Além de Luiz Miranda, Marcelo Flores, Zebrinha (coreógrafo do programa) e do próprio Lázaro, um dos rostos conhecidos que veremos mais em cena nesta nova temporada – com estreia em abril – é o da atriz do Bando de Teatro Olodum, Valdineia Soriano. Ela que interpreta Enaura, a avó das crianças adotadas pelo casal Brau e Michele (Taís Araújo) no último episódio da segunda temporada.

Reprodução Gshow – Enaura e as crianças
Ela já gravou quatro capítulos em dois episódios. “A avó volta agora mais chique, mais interesseira e envolvida com o sucesso dos Brau e das crianças. Está cuidando das finanças dos meninos, já com namorado, toda moderninha, até dos shows ela participa”, diz Valdineia. Estes shows serão uma das novidades da terceira temporada: Brau e Michele terão um programa de auditório na TV, com muita música e entrevistas com cantores. Em entrevista ao Portal SoteroPreta, Lázaro Ramos antecipa alguns deles. “Teremos Liniker, Bochecha, Elza Soares e Pablo, sempre trazendo a Bahia para a série”, diz.
“Val é minha grande amiga, minha atriz inspiração. Quando apareceu esta personagem, que tem um pouco de vilania e ao mesmo tempo de humanidade, precisava de uma atriz que tivesse estas características. Sugeri ela à equipe, mostrei vídeos de “O Paí, Ó”, e então a convidamos para o papel, o que ela fez muito bem. As gravações tem sido uma delícia, exaustivas como sempre, com muita música e danças. Uma rotina de seis dias por semana de gravação, mas o prazer da convivência é tão bom que vale a pena. Estamos fazendo uma coisa em que acreditamos, e isso nos alimenta” – Lázaro Ramos.

Reprodução Instagram Lázaro Ramos – Gravações Mister Brau
Mister Brau – O negro na TV
Para a atriz Valdineia Soriano, além de aprendizado enquanto atriz, gravar Mister Brau é mais que uma felicidade:
“A série foi mais uma conquista para nós negros, que precisamos estar o tempo todo falando sobre nossa representatividade. Lazinho é incrível, assim como sua forma de nos representar, sempre puxando em tudo o debate sobre o racismo. Mister Brau – um programa apresentado por dois negros – faz sucesso por sua conotação popular e por sua representatividade. Nos bastidores, há uma enorme equipe fantástica que gira em torno deles dois, fico encantada com isso, por ser eles à frente de tudo. Estar perto dos meus – Lazinho, Zebrinha, que é o coreógrafo do programa – me deixa feliz e aind amais por ter fechado o ano com este trabalho, representando o Bando de Teatro Olodum nestes 26 anos. Onde tem um, tem todo o Bando junto!”

Foto: AGNews/ Globo/ Divulgação/ Reprodução
Confira o que diz Lázaro Ramos ao Portal SoteroPreta sobre a série:
Portal SoteroPreta – Como você avalia o ano de 2016 para Mister Brau?
Lázaro Ramos – O ano do Brau foi de transição. No primeiro ano, conquistou o público, onde mostrou esta família que não era vista há muito tempo na televisão brasileira e, talvez, nem tenha sido vista. Eram episódios que brincavam mais com o humor, mas que nos ensinou uma coisa pra terceira temporada: de que a família Brau tinha que ser vista para além de Michele e Brau e acho que trouxe os valores que vão aparecer nesta terceira – pais, mães, filhos. O tema família foi o que mais o público pedia.
Portal SoteroPreta – O que o público pode esperar de Mister Brau em 2017?
Lázaro Ramos – Mister Brau 2017 vem mostrando mais um pouco essa família cheia de autoestima, que celebra a vida, mas ampliando as relações. Brau e Michele adotam três filhos, tem um programa de televisão, com cantores de verdade. Cada programa terá uma participação. Com muito humor, como sempre, mas nunca deixando de levar reflexão pra as pessoas.
Audiovisual
Mostra Ayá promove representatividade no Quintal de Yayá

A Mostra Ayá, evento dedicado à visibilidade, resistência e transformação nos cinemas negros, acontece no dia 15 de fevereiro (sábado), no Quintal de Yayá – Rua Professor Rômulo Almeida, 585, Acupe de Brotas. A iniciativa produzida pela empresa vocacionada Baiana Ori Imagem e Som Produção Cinematográfica busca promover encontros e diálogos sobre processos criativos e de produção audiovisual a partir da perspectiva negra, reunindo cineastas, produtores e artistas para compartilhar experiências e aprendizados.
A programação se divide em dois momentos: manhã e tarde, cada um abordando diferentes aspectos do fazer cinematográfico, desde trilha sonora e montagem até direção de arte, atuação e produção executiva. A idealizadora do Quintal de Yayá, Marlene da Costa, anuncia com entusiasmo a realização de um evento cultural de grande importância.
“Sou idealizadora do espaço Quintal de Yayá, um espaço gastronômico de arte e cultura, e tenho o prazer de receber, no dia 15 de fevereiro, a Mostra Ayá – Visibilidade, Resistência e Transformação nos Cinemas Negros. Será um grande prazer de ter essa abertura no espaço e vamos ter uma mistura da arte, da gastronomia, do cinema e da nossa cultura negra”, declarou a idealizadora.
Programação
Pela manhã, as atividades começam às 9h40 com um café da manhã de boas-vindas, seguido da exibição dos filmes Motriz, Poesia Azeviche e Através da Cidade Invisível. Após as exibições, haverá um bate-papo com os profissionais envolvidos na produção dos filmes. Matheus Aragão falará sobre a trilha sonora e mixagem de Motriz, Lucas Cerqueira abordará o processo de montagem de Poesia Azeviche e Tom Pinheiro compartilhará sua experiência como produtor executivo de Através da Cidade Invisível.

Tom Pinheiro | Foto: Divulgação
No período da tarde, a programação retorna às 14h30 com a exibição de mais produções seguidas de conversas com seus realizadores. A Menina que Queria Voar será debatido com a participação de Taís Amor Divino (Direção e Roteiro) e os atores César e Arlete Soares. Em seguida, O Medo Além da Tela será discutido com a presença de Nina Novaes (Produção Executiva), Aline Nepomuceno e Evana Jeyssan (Atuação), além de Herison Pedro, que falará sobre o trabalho com o som na produção e pós-produção.
Segundo Tom Pinheiro, cineasta e produtor executivo, um dos objetivos da Mostra Ayá é dar visibilidade ao Cinemas Negros brasileiro, através de curtas-metragens produzidos pela empresa vocacionada Ori Imagem e Som, produtora baiana dedicada a narrativas que resgatam memórias e ancestralidade. Para ele, o evento não se limita à exibição de filmes, mas busca promover uma reflexão sobre os processos criativos da produção audiovisual negra, abrangendo desde a direção até a atuação.
“Como bem disse o cineasta etíope Haile Gerima, referência essencial para o cinema que buscamos construir, nossos filmes carregam um sotaque próprio, um modo singular de existir e de trazer à tona experiências que nos atravessam para refletir e trocar com o público. Mais do que exibir obras, queremos compartilhar, discutir e refletir sobre os processos criativos que permeiam a produção audiovisual negra — da direção à produção, do som à arte, da montagem à atuação, da ideia da distribuição. Nossa jornada começa em um espaço de pertencimento, Quintal de Yayá, um território comunitário e afetivo, conduzido por mulheres negras que são para nós faróis de sabedoria: nossa Mais Velha, Egbomi Cici (Vovó Cici), e a talentosa mestre da culinária negro-africana diásporica, Marlene da Costa”, disse.

Poesia Azeviche | Foto: Divulgação
Vovó Cici, grande entusiasta do movimento negro e assistente de pesquisa da Fundação Pierre Verger, reforça o convite especial ao público para participar da Mostra Ayá e revela que esse é apenas um passo para o futuro. “Estamos convidando todos a virem até aqui e se engajarem nesse diálogo sobre o cinema negro, suas ideias e suas origens. A mostra é uma celebração do cinema produzido por jovens cineastas, cinegrafistas e roteiristas, com filmes que trazem exclusivamente a visão de pessoas negras”, afirmou. Ela também destacou a importância da mostra para o fortalecimento do movimento e expressou que o evento “tem ideias poderosas que abrirão caminho para muitas outras mostras e realizações no futuro”.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.
Serviço
O quê: Mostra Ayá – Visibilidade, Resistência e Transformação nos Cinemas Negros
Quando: 15 de fevereiro (sábado)
Horário: 9h40 às 12h | 14h30 às 17h30
Onde: Quintal de Yayá – Rua Professor Rômulo Almeida, 585, Acupe de Brotas
Entrada gratuita somente para inscritos no link
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Rapper baiano Aspri RBF lança videoclipe “Gorô Gorô”

O rapper Aspri RBF lança o clipe Gorô Gorô, dando continuidade ao trabalho iniciado com o álbum 7º Sentido (2022). A música traz uma forte carga simbólica e cultural, inspirada em dois significados marcantes: o grito de vitória das crianças na brincadeira de “esconde-esconde”, quando aquele que procura erra o nome de quem está escondido e os cantos entoados em reverência ao orixá Omolú. O trabalho já está disponível nas plataformas de streaming e no link.
Esses elementos foram a base para a roteirização do videoclipe, que reforçam a importância de ouvir os conselhos dos mais velhos e expressar gratidão pelas vitórias e ensinamentos recebidos. Segundo Aspri, 7º Sentido é sobre ouvir e compreender a ancestralidade. A produção musical é de Marcelo Santana (Aquahetz beats).
O roteiro é de Aspri RBF e Edeise Gomes; Fotografia: Filipe Oliveira; Direção: Edeise Gomes e Filipe Oliveira; Elenco: Conde Leo 13 e Ionara Neves; Filmagens: Aspri RBF, Edeise Gomes e Filipe Oliveira e Edição: Aspri RBF. Mais informações pelos contatos: 71 99229-4349 | asprirbf@gmail.com | @asprirbf.
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Ogunjá Filmes lança curta metragem “Buzú, o curta” na Sala de Arte da UFBA

Na próxima quinta-feira, 6 de fevereiro, estreia o primeiro curta metragem da cineasta Lindiwe Aguiar, que dirige e roteiriza “Buzu, o curta”, retratando histórias vividas no transporte público de Salvador. A sessão será para convidados, na Sala de Arte Cinema da UFBA (Canela), a partir das 9h30.
O filme chega ao público trazendo um olhar sensível sobre as vivências cotidianas dentro de um ônibus na cidade, em uma narrativa que acompanha a rotina de passageiros que compartilham o mesmo trajeto. Ao longo da viagem, eles criam laços, compartilham histórias e enfrentam desafios. Sob o olhar atento do cobrador Antônio, interpretado pelo ator Sérgio Laurentino, o filme se desenrola entre encontros, afetos e reviravoltas.

Foto: Divulgação
“Buzu” destaca personagens que representam a diversidade e a riqueza cultural da cidade, com um elenco de peso e nomes como Cássia Valle, Jamile Alves, Sara Barbosa e Paula Moura, dentre outros ícones do audiovisual baiano. O público vai assistir uma jornada por cenários emblemáticos de Salvador, iniciando no final de linha de Paripe e atravessando o Subúrbio Ferroviário até o Porto da Barra, em um desfecho marcado por belas paisagens e fortes emoções. Após estreia, o filme segue jornada por festivais pelo país.
O filme é uma produção da Ogunjá Filmes e foi contemplado pelo edital SalCine, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal. Tem o Apoio Cultural do Espaço Xisto Bahia, da Integra – Plataforma Transportes, IGLULOC – Locadora de Equipamentos Audiovisuais e Estúdio, Elu Cinema, da Bahia Grip, do Portal Soteropreta, da Dê um Sinal e da FACED – Ufba.
ELENCO
Sérgio Laurentino – Antônio
Nadson de Jesus – Júnior
Jamile Alves – Lúcia
Kadu Fragoso – Luís
Jau Menezes – Renato
Allyssa Anjos – Tiffany
Sara Barbosa – Luciene
Cássia Valle – Marinalva
Paula Moura – Dona Judite
Dhi Santos – Fábio
Julio Cesar Mello – Seu Manoel
Rívisson Zürc – Milton
Dandara Rodrigues – Kátia
Serviço
O quê: Lançamento de “Buzu, o curta” – sessão para convidados
Quando: 6 de fevereiro de 2025
Horário: 9h30
Local: Sala de Arte Cinema da UFBA