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Música

Banda ALÁFIA chega mais uma vez a Salvador para quatro shows

Jamile Menezes

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banda aláfia
banda aláfia

Foto: Diana Basei

Em quatro apresentações – de 5 a 8 de janeiro – Salvador vai receber mais uma vez a super banda ALÁFIA, de São Paulo, que vem conquistando públicos diversos com seu projeto musical dançante e engajado. Os shows serão na CAIXA Cultural Salvador, Carlos Gomes – de quinta a domingo. Os ingressos serão vendidos a preços populares (R$10 e R$5 – meia entrada), a partir do dia 5 (quinta), às 9h.

Misturando MPB, rap, funk e músicas de terreiro, a banda ALÁFIA traz em suas letras o discurso político afinado, reafirmando e enaltecendo a ancestralidade e matrizes afrobrasileiras. o show trará o trabalho da banda, intitulado  “Corpura” (2015), produzido por Alê Siqueira e Eduardo Brechó. O público poderá curtir ,músicas que trazem a black music carioca dos anos 1970 e o funk norte americano e africano.

banda aláfia

Foto: Sté Frateschi

Nas apresentações, o grupo executará canções do seu primeiro disco, Aláfia (2013), e também do trabalho mais recente, Corpura (2015). Formado em 2011, com dois discos no mercado e com o lançamento de um novo previsto para março de 2017, o grupo volta a Salvador em meio a uma série de apresentações que tem feito em países da América Latina, como Colômbia, Chile e Uruguai. As apresentações na CAIXA Cultural contarão com a peculiar presença de palco e performances mobilizadoras dos músicos.

O som da banda Aláfia é resultado da união de 12 personalidades diferentes: Eduardo Brechó (voz e guitarra), Jairo Pereira (voz), Xênia França (voz), Lucas Cirillo (gaita), Alysson Bruno (percussão), Pedro Bandera (percussão), Pipo Pegoraro (guitarra), Felipe Gomes (bateria), Gil Duarte (trombone e flauta), Fabio Leandro (teclados), Gabriel Catanzaro (baixo) e Vinícius Chagas (saxofone).

O Portal Soteropreta ouviu Eduardo Brechó, um dos vocalistas da Aláfia, confira:

Portal SoteroPreta – Segunda vez na cidade, como vocês sentem Salvador?

Eduardo Brechó – Salvador nos inspira. É como eu disse no show do ano passado (nosso primeiro show na cidade): parece que havíamos montado um espetáculo especial naquele dia, mas na verdade era o repertório que vínhamos tocando em toda a turnê – estávamos, na verdade, nos preparando para aquele dia todo o tempo. Salvador nos influencia. Muitas das matrizes do que se desdobrou na cultura afro-brasileira reverencia a Salvador como núcleo mais importante. Embora também haja um aspecto natural em tudo isso – dado o nosso trabalho e como o conduzimos. O Aláfia estar inserido neste circuito é uma honra. Salvador nos acolhe.

Portal SoteroPreta – Aláfia, Corpura, o que o público pode esperar destas quatro apresentações?

Eduardo Brechó – Faremos quatro shows ótimos e com pequenos detalhes diferentes entre si. Quem sabe alguma coisa do SP, “Não É Sopa” (o novo disco a ser lançado agora no começo de 2017) e algumas participações especiais.

Portal SoteroPreta – O que Aláfia quer trazer a partir de sua música e estética singulares?

Eduardo Brechó – Aláfia confia na sua estética por fazê-la exatamente como acredita. Estética e política alinhados. Forma e conteúdo em uma única linha expressiva. Se somos singulares nesse sentido é porque confiamos no caminho que a raiz nos traça e tentamos seguir alinhados a este ponto radical. É um universo muito vasto e futurista que a ancestralidade nos permite. Além disso, há o poder do novo, do deus mu-dança e esta confluência mútua entre o dentro e o fora.

Portal SoteroPreta – Qual mensagem deixa para a comunidade negra de Salvador?

Eduardo Brechó – Agradecemos de coração e contem com a gente. Porque apesar de todo o legado cultural e das vidas negras que celebramos, também sentimos que a cidade é racista e genocida e que infelizmente é como diz Hamilton Borges: reaja ou será morto.

 

Serviço:

Aláfia

Período: de 5 a 8 de janeiro de 2017

Horário: às 20h (quinta-feira e sábado) e às 19h (domingo)

Local: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro – Salvador (BA)

Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Conveniência: estacionamento gratuito ao lado

Música

Artistas baianos lançam EP “Olhos de Sol” com afrobeats, R&B e pagotrap

Iasmim Moreira

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Olhos de Sol

Os artistas baianos João Merín, Laiô e Yaan se juntam em um novo projeto musical: o EP “Olhos de Sol”, já disponível nas plataformas de streaming. A obra apresenta um mergulho sonoro que conecta afrobeats, R&B e pagotrap, estilos que têm ganhado força na cena contemporânea da música baiana.

Com quatro faixas, o EP é resultado do encontro criativo entre três artistas com trajetórias distintas, mas que compartilham temas em comum como ancestralidade, resistência, amor, prazer e pertencimento. O trabalho propõe uma escuta sensorial e reflexiva, misturando texturas musicais e poéticas que revelam as identidades de seus criadores.

A construção de um som coletivo

Ao longo das faixas, os artistas costuram elementos da cultura baiana com sonoridades contemporâneas, celebrando a diversidade rítmica do estado e suas influências afro-diaspóricas.

A faixa “Deixar Queimar” abre o EP com sensualidade e intensidade, enquanto “Olhos de Sol”, que dá nome ao projeto, aposta em uma atmosfera intimista e afetiva. “De Quebradinha” traz o swing e a vibração carnavalesca das ruas da Bahia, e “Filhos de África” encerra o álbum com um manifesto sonoro de orgulho e resistência negra.

Quem são os artistas

  • João Merín, rapper e cantor de Salvador, iniciou carreira solo em 2018 e recentemente ressignificou sua identidade artística. Com forte influência do reggae e das lutas do povo negro, traz à tona letras que unem espiritualidade, cotidiano e política.

  • Laiô, de Ilhéus, é cantora, compositora e gestora cultural com quase 20 anos de trajetória. Suas canções falam sobre afeto, afrodengo, amor próprio e identidade lésbica negra. Define sua música como afro-baiana.

  • Yaan, músico e produtor formado em Artes pela UFBA, atuou como baixista e guitarrista em diversas bandas e é fundador do selo Mouseíon Beats. Atua hoje na Mercúrio Studios, em Salvador, conectando produção musical com performance ao vivo.

🎧 Ouça o EP “Olhos de Sol” completo aqui: https://tratore.ffm.to/olhosdesolep

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Música

“O samba é feminino”: Roda de Mulheres celebra legado de Dona Ivone Lara e mulheres sambistas na Bahia

Iasmim Moreira

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Roda de Mulheres

Por Lorena Ifé

Quando Vinicius de Moraes compôs Samba da Benção e escreveu “porque o samba nasceu lá na Bahia”, ele com certeza evidenciou o legado da baiana Tia Ciata — natural de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano — uma das precursoras do samba. Ao se mudar para o Rio de Janeiro, ela abriu sua casa para este movimento. Mas há evidências de que, antes disso, o samba de roda já havia surgido pelas ruas da Bahia.

Seguindo esse legado, há quase dois anos, a sambista e empresária Patrícia Ribeiro abre as portas da casa onde morou o sambista Oscar da Penha — o Batatinha — no Largo dos Aflitos, 68, em Salvador, para realizar a Roda de Mulheres do Batatinha Bar. Mais uma edição da roda foi realizada na noite do último sábado (12), em celebração ao Dia Nacional da Mulher Sambista, comemorado em 13 de abril, data oficializada em 2024 por meio de sanção presidencial.

A lei homenageia o nascimento de Dona Ivone Lara, cantora, compositora e instrumentista. Falecida em 2018, ela deixou um legado como um dos maiores nomes do samba no país. Foi exemplo de resistência e luta ao romper barreiras machistas — como ter sido a primeira mulher a compor um samba-enredo, em 1965, para a escola Império Serrano.

“Havia uma real necessidade de ter uma lei e de dar importância à mulher que canta samba, porque o samba veio pelas mãos de uma mulher, que foi Tia Ciata”, relembra Patrícia, gestora do Batatinha Bar e cofundadora da Roda de Mulheres. Ela também destaca o protagonismo e os desafios enfrentados por Dona Ivone Lara: “Ela foi sabotada. Por ser mulher, não podia assinar algumas músicas, e acabava cedendo muitas de suas letras para que homens as cantassem”, relembra.

Uma das convidadas para a roda foi a cantora Josi Climaco, fundadora da banda Terreiro da Preta, que começou interpretando clássicos de Dona Ivone Lara e relembrou sua trajetória no samba: “É uma herança de família. Cresci nesse meio, cantando, aprendendo e organizando o samba. A gente sabe que o samba é feminino, mas o capitalismo apagou nossas histórias. Ainda assim estamos aqui, mostrando que a gente canta, empreende, toca, compõe, bate palma e dança”.

A roda foi conduzida pela banda base formada pelas artistas Ella Beatriz, Geovana Franco, Juliana Almeida, Jake Cruz, além de Patrícia Ribeiro e Clara Elisa, fundadoras da Roda de Mulheres. As cantoras Josi Climaco, Raíssa Araújo e Maíra foram as convidadas. Gal do Beco, conhecida como A Dama do Samba na Bahia, não pôde estar presente, mas teve sua trajetória lembrada. Nascida no Rio de Janeiro, foi na Bahia que, como ela mesma diz, “se tornou sambista”. Na década de 1980, abriu um bar na Avenida Vasco da Gama, o Beco de Gal, e criou um importante espaço de encontro para sambistas.

A Roda de Mulheres surgiu em dezembro de 2023, como celebração do aniversário de Patrícia e Clara Elisa. Juntas, decidiram oficializar o movimento, que acontece mensalmente. “A ideia principal é ocupar este espaço. O samba é majoritariamente ocupado por homens, e ao Patrícia assumir o bar, vimos uma oportunidade de firmar este espaço para as mulheres — uma roda aberta, dinâmica, onde somente mulheres participam”, explicou Elisa. A entrada custa R$20 e o espaço é aberto para artistas mulheres que queiram cantar, tocar ou recitar.

A mulher no samba

A origem do samba é marcadamente feminina. Entre os grupos fundamentais para sua formação estão as tias baianas, mulheres vindas de comunidades de terreiros — a partir das confrarias religiosas — que desempenharam papel essencial na construção da cultura popular das cidades, como no caso de Tia Ciata, que participou da fundação da Irmandade da Boa Morte. 

No entanto, muitas mulheres sofreram apagamento por causa do machismo. “Todos os dias a gente sofre microviolências, assédios, desvalorização. Tem sempre algum homem vindo dizer o que a mulher tem que fazer, sendo ela especialista naquilo. Isso não é diferente no samba. A Roda de Mulheres é esse espaço seguro para a gente celebrar”, diz Elisa.

Em Salvador, além de referências como Gal do Beco, Josi Clímaco, Juliana Ribeiro e Mariene de Castro, têm surgido cada vez mais grupos formados por mulheres que protagonizam o samba, como Samba de Oyá, Samba das Cumades, Sambaiana, Terreiro da Preta, Samba Ohana, Roda de Samba Mulheres de Itapuã, Samba Clara, entre outras.

Patrícia reitera que existem várias casas de samba, mas nenhuma voltada especificamente para mulheres — e que o Batatinha Bar tem se tornado esse espaço. “Nossa equipe é formada majoritariamente por mulheres, gerida por uma mulher e feita para que as mulheres cantem, toquem, dancem e sejam felizes aqui.”

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Música

Cantor Emmerson Alves celebra 10 anos de carreira no Teatro Gamboa

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

O cantor e compositor Emmerson Alves vai realizar o show “Uma década de música” no próximo sábado (12), a partir das 17h, no Teatro Gamboa, celebrando seus 10 anos de carreira. O repertório contará com músicas autorais gravadas nos EPs “Demagogia” (2023) e “Swing Colorido” (2024) e canções de outros compositores brasileiros, trazendo como base a MPB e a Axé Music para difundir o seu som com pitadas de Soul, Pop e Black Music.

“Será um espetáculo especial, que está sendo produzido com todo carinho para festejar e celebrar a resistência de ser artista em uma cidade extremamente musical, que mesmo com suas barreiras e dificuldades para realizar seu ofício, não desiste do que mais deixa feliz e realizado”, pontuou o artista.

O show contará com convidados especiais, como os artistas Marcus Ornelas, Abissales, Nino Santana, Cláudia, Iuri Nery, Anny Dumm e outros. “Vou dividir o palco com uma galera massa, que sempre estiveram comigo. São artistas que compõem o diverso universo artístico da Bahia. Vai ser bonito. Faço o convite especial ao público. Compareçam”, convidou Emmerson Alves.

Foto: Divulgação

Sobre o artista

Emmerson Alves já lançou dois EPs: “Demagogia” (2023) e “Swing Colorido” (2024), com vídeos clipes. Em 2023, ganhou o prêmio de melhor cantor, com voto popular, no Festival Boca de Brasa. Apresenta um quadro no Estação Podcast, no qual bate um papo descontraído e musical com diversos convidados, chamado “Vivendo da Música”, onde leva novos artistas do cenário baiano.

Em 2023, apresentou ao público o show “Emmerson Alves canta a sua Bahia”, cantando grandes compositores baianos e levando ao palco um elenco diversificado com músicos, atores e drag queens. Em 2024, apresentou o espetáculo “Djavan: Sangrando toda palavra sã”, em homenagem ao grande cantor e compositor alagoano.

Serviço

O quê: Show “Emmerson Alves – Uma década de música”

Quando: Sábado (12), às 17h

Onde: Teatro Gamboa – Rua Gamboa de Cima, 3, Largo dos Aflitos

Quanto: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), pela plataforma Sympla

 

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