Teatro
Grupo NATA lança projeto OROAFROBUMERANGUE e traz novidades!
O NATA – Núcleo Afro Brasileiro de Teatro de Alagoinhas – está com tudo este ano! E Salvador está nesta rota de projetos artísticos que trarão aos palcos a religiosidade afro-brasileira.
No dia 3 de maio, o Núcleo lançará seu projeto OROAFROBUMERANGUE, que trará oficinas, apresentações de espetáculos já conhecidos e novos. O lançamento – o AfroJam – será no Casarão do Lord (Pelourinho), em evento aberto ao público. Na ocasião, serão reunidos artistas que já passaram pelos caminhos percorridos pelo grupo, em uma noite de música e dramaturgia.
“Queremos também fortalecer o cenário teatral alagoinhense. Desejamos acender o profícuo intercâmbio entre a capital e o interior e os referenciais identitários negros. Discutiremos ainda o feminino como paradigma para repensar a sociedade”, explica a diretora Fernanda Júlia Onisajé.
O projeto OROAFROBUMERANGUE realizará oficinas para comunidade de Alagoinhas, duas edições do IPADÊ – Fórum NATA de Africanidade (Alagoinhas e Salvador), apresentações de Exu – A Boca do Universo (Salvador), temporadas do projeto Natas em Solos – Seis Olhares Sobre o Mundo (Alagoinhas e Salvador), a manutenção e a montagem do novo espetáculo Oxum. Nele, o NATA focará características sobre Oxum ainda desconhecidas do grande público, suas sete qualidades.
“Teremos ainda nas duas cidades a realização do Sarau Noites Afro-Poéticas. Tudo que produzirmos em 2017 e 2018 vai reverberar na montagem de Oxum, com previsão de estreia em outubro do ano que vem”, ressalta Susan Kalik, que é diretora da Modupé Produtora, empresa responsável pela produção do NATA.
Exú e 2017…
No dia seguinte à AfroJAM, 4 de maio, o NATA retorna em curta temporada com Exu – A Boca do Universo, no Teatro Gregório de Matos. O espetáculo, que já rodou mais de 30 cidades brasileiras, levou o grupo a reconhecimento nacional, apresentando Exú como celebrador da vida e da comunicação – . diferente do pregado na cultura ocidental. A temporada seguirá até 7 de maio.
Após a temporada de Exu – A Boca do Universo, em Salvador, o NATA inicia as atividades de intercâmbio com artistas e interessados do município de Alagoinhas e região. A primeira ação será o Sarau Noite Afro-Poética, no dia 26 de maio.
Logo depois, num período de dois meses (junho e julho), o grupo realizará diversas oficinas (dança, preparação de atores, produção teatral, iluminação, dramaturgia e percussão para mulheres).
Em agosto, o Núcleo leva o projeto NATAS em SOLOS, resultado das pesquisas cênicas individuais dos atores do grupo. No mesmo mês, ocorre o IV IPADÊ – Fórum NATA de Africanidade com o tema Alagoinhas das Águas Femininas – uma homenagem a Auristela Sá, que será realizado no Ilê Axé Oyá L’adê Inan.
O projeto OROAFROBUMERANGUE encerra as atividades em 2017 com uma temporada de três meses do NATAS em SOLOS, em Salvador.
Chegue….
Lançamento do projeto OROAFROBUMERANGUE
Onde: Casarão do lord (Pelourinho)
Quando: Dia 3 de maio, 19h – Free
Exu – A Boca do Universo
Onde: Teatro Gregório de Matos
Quando: De 4 a 7 de maio, 19h – R$20/10
Teatro
Multiartista Liz Novais faz performance “Estudos pra Cangasereia”
A multiartista, Liz Novais, apresenta a performance cênico musical “Estudos para Cangasereia”, nesta segunda-feira (2), às 18h, na sede do Malê Debalê, em Itapuã, aberta ao público. O trabalho é um dos dez contemplados com a Bolsa Estímulo Boca de Brasa e foi construído como uma intervenção de rua, movido através de uma figura mítica e sua própria história, buscando entender as relações entre as mulheres da sua família materna a partir de reflexões sobre afeto, raça, voz e ancestralidade negra. A performance contará com a preparação corporal de Samara Martins, Joarlei Sants como DJ e técnico de som e gravação de áudios de Felipe Bittencourt.
“A ideia é de convocar, a partir da minha autobiografia e da relação com o território, memórias de resistência, de acolhimento e de convocação da ancestralidade negra a partir da voz”, explica a artista.
O trabalho é fruto de um conjunto de investigações cênicas e musicais gestados desde 2019, a partir de experimentações de autorretrato na pandemia e com apresentações em 2022 e 2023 junto a outras artistas negras no projeto ‘Vozes Mulheres’, realizado na Casa da Música, em Itapuã. Na ocasião, o projeto contemplou trabalhos experimentais em processo de artistas negras da dança, música e teatro do território, com participações de artistas locais e bate papo com o público sobre esses processos criativos.
Para além do projeto, a artista reúne diversos trabalhos no teatro e música da cena baiana, participando de grupos como banda Motumbá (2012–2023), direção musical do espetáculo teatral Mulheres Malês (2018-2024) e mais recentemente, a direção musical do espetáculo Mukunã – Do Fio à Raiz (2024), solo de Vika Mennezes. “Estudos para Cangasereia” é resultado do trabalho de mentoria e apoio para iniciativas culturais, como parte das Escolas Criativas Boca de Brasa, por meio do termo firmado entre a Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda, Prefeitura Municipal de Salvador e o ICEAFRO, através dos recursos do Edital Polos Criativos Boca de Brasa. Mais informações no Instagram:@novaisliz/@moirasprodutora.
Serviço
O quê: Performance “Estudos Para Cangasereia” com Liz Novais
Quando: Dia 2 de dezembro (segunda-feira)
Horário: Às 18h
Onde: Boca de Brasa Apresenta – Malê Debalê, em Itapuã
Quanto: Gratuito
Teatro
Vika Mennezes leva espetáculo “Mukunã: do fio à raiz” ao Teatro Gamboa
O Teatro Gamboa, em Salvador, recebe pela primeira vez o espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”, idealizado e encenado pela atriz, arte-educadora, pesquisadora, diretora e gestora cultural, Vika Mennezes, nos dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo), às 19h. Com ingressos a preços populares (R$10/5), o trabalho é uma jornada artística que une passado, presente e futuro, utilizando a narrativa pessoal da artista, que se passa quando uma mulher se confronta com a ancestralidade a partir do seu cabelo e vai do fio à raiz.
“O intuito de Mukunã é promover uma mudança significativa no cenário cultural da Bahia e na percepção das questões raciais e de gênero”, diz a atriz.
Vika Mennezes já atuou em 13 espetáculos teatrais e 11 obras audiovisuais. Todos os elementos dialogam com sua vivência com o racismo desde a infância, cuja violência estrutural transformou em arte empoderadora para ajudar outras pessoas a superar situações semelhantes. Existe também uma forte presença dos orixás e elementos da cultura afro-brasileira.
Serviço:
O quê: Espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”
Onde: Teatro Gamboa – Rua Gamboa de Cima, Salvador-BA
Quando: Dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo)
Horário: Às 19h
Ingressos: R$10/5, vendas no local e no Sympla
Teatro
Espetáculo Memórias Povoadas realiza ciclo de apresentações
Neste Novembro Negro 2024, o espetáculo Memórias Povoadas realiza mais um ciclo de apresentações entre os dias 18 e 28 de novembro, em Salvador. Com o elenco composto pelas atrizes Cilene Ribeiro, Luane Souto, Lucila Laura, Preta Kiran, Rejane Maya e Thallia Anatália, a peça é dirigida por Cássia Valle, com co-direção e direção musical de Cell Dantas. Os temas que norteiam o trabalho são a visão estereotipada de força das mulheres pretas como uma fortaleza que suporta tudo e o sagrado feminino negro, passado de geração à geração. O trabalho estreou em setembro de 2022, como celebração pelo primeiro aniversário de fundação da Pé de Erê Produções.
“Até onde é saudável estar sempre pronta para a luta? Essa visão prejudica a saúde mental dessas mulheres e as mantém na base da pirâmide social, afinal ‘elas aguentam’. É negado o direito à fragilidade, à desistência. Elas precisam ser o tempo inteiro fortes para aguentar o que vem da sociedade, da família, de companheiros/as e de si mesmas”, aponta Cássia.
Inspirado no conceito de Teatro Instalação, imagens e arte cênica são bases complementares da composição artística, resultando em uma experiência interativa onde as pessoas são convidadas a construírem as suas próprias narrativas, levando o público a experimentar a diluição das fronteiras entre começo, meio e fim do espetáculo. Chegou a fazer seis temporadas em equipamentos culturais como: Teatro Makota Valdina, Teatro Vila Velha, Teatro Sesi Rio Vermelho, Teatro Sesi Casa Branca, Sala do Coro do TCA e Teatro Gregório de Mattos.
“Mulheres pretas sempre utilizaram de ervas para curar, de música e dança para afastar a tristeza e “o mal”, para criar um elo entre si. Sempre sentaram em roda para trabalhar e transmitir suas histórias através da oralidade. Deusas, bruxas, Iyágbás e Iyamins sempre fizeram parte dos mitos e das mitologias afro-diaspóricas e compõem a identidade do povo brasileiro. O sagrado feminino negro é ancestral e é transmitido de mãe para filha, de avô para neta”, explica a diretora.
PROGRAMAÇÃO NOVEMBRO 2024
18/11 Feira Literária do Subúrbio – FLISU
23/11, 30 /11 e 07 /12 Memórias Negras no MAFRO (Museu Afro Brasileiro)
28 /11 Novembro Negro na PGE (Procuradoria Geral do Estado).