Audiovisual
Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro terá núcleo baiano
Construir caminhos e estratégias que garantam a inserção e fortalecimento dos profissionais negros no audiovisual, em diálogo com agentes e parceiros indispensáveis ao setor. Este é o principal objetivo da Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), que ganhará sua seção Bahia durante o NordesteLab, que acontece no Teatro do Goethe-Institute (Corredor da Vitória). O lançamento será na sexta (2), às 15h30, com entrada gratuita.
Antes disso, a Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro marcará presença no NordesteLab nesta quinta-feira (01), às 9h30, com a mesa “Mulheres no Audiovisual – em busca da paridade de gênero”. As discussões sobre a presença feminina no cinema terão a participação de Débora Ivanov (Ancine), Milene Evangelista (Fundarpe), Malu Andrade (Mulheres no Audiovisual Brasil), Dênia Cruz (Trinca Audiovisual/ABD-RN) e Thamires Santos Vieira (Tela Preta/APAN-BA), mediadas por Daniela Fernandes.
A APAN-BA nasceu de diálogos e articulações de cineastas e produtoras negras baianas, que uniram-se no propósito de – não apenas fazer frente à hegemonia do eixo Rio-São Paulo na produção audiovisual – mas também marcar a presença e força do cinema negro na Bahia. A Associação Nacional nasceu em São Paulo, em 2016 e hoje já está em 10 estados.
“É necessário que, no momento em que o setor audiovisual no mundo se dispõe a crescer o bolo econômico sobre histórias e subjetividades negras, os profissionais negros façam parte desse processo de forma autônoma e participativa”, diz Viviane Ferreira, baiana e presidente da APAN.
Em março deste ano, projetos e profissionais negros de audiovisual da Bahia foram convidados pelo ator, Lázaro Ramos, curador da Rio Content Marketing para participar do evento – o maior encontro de negócios da América Latina entre produtores independentes e profissionais do audiovisual.
“Lá, vimos a atuação de Lázaro e de Viviane enquanto APAN, articulando o cinema negro com os canais, as Tvs, produtoras e daí conhecemos a Associação e sua intenção de se ramificar nos demais estados Quando regressamos começamos esta articulação e compusemos o núcleo da APAN Bahia. Nos organizamos para estar no NordesteLab enquanto APAN-BA, conseguimos inscrever alguns projetos e teremos um espaço da Associação para dialogar com os players lá. Precisamos nos apropriar disso, nosso cinema negro tem a capacidade de se comunicar com o mundo, traz questões comuns à Diáspora e o mercado do Audiovisual está entendendo isso. Portanto, precisamos dominar as ferramentas de acesso a estes recursos para darmos viabilidade às nossas ideias”, diz Renata Dias.
Integram a APAN-BA, as cineastas Urania Munzanzu, Jamile Coelho, Cintia Maria, Larissa Fulana de Tal, Thamires Santos e Davi Aynan, além da Relações Públicas e Produtora, Renata Dias e o Produtor Criativo, Emerson Dindo.
NordesteLab
No dia 2 (sexta), a programação contará com a mesa “Cinema Negro: Conexões na Diáspora”, com a presença do ator Antonio Pitanga, em cartaz com o documentário “Pitanga”, e das cineastas Urânia Munzanzu, Stella Zimmerman, Jamile Coelho e Viviane Ferreira.
“O NordesteLab se firma no cenário regional e nacional como um dos mais importantes espaços de aproximação entre os produtores, realizadores e os principais players do mercado. Por isso a APAN, em sua regional Bahia, acredita ser este o melhor espaço para realizar sua apresentação ao mercado”, explica David Aynan, membro do conselho fiscal da associação.
Quinta-feira (01), às 9h30, com a mesa “Mulheres no Audiovisual – em busca da paridade de gênero”.
Lançamento da APAN
Sexta-feira (02), às 15h30, com a mesa “Cinema Negro: Conexões na Diáspora”.
Audiovisual
Mostra de Cinema Experimental até 15 de setembro em Salvador
A IRIRI – Mostra Experiências acontece em Salvador até o dia 15 de setembro, dedicada ao cinema experimental. A programação inclui filmes underground, fotofilmes, vídeo-cartas, performances, clipes, dentre outros. As exibições ocorrem no Circuito Sala de Arte Cinema do MAM e na Sala de Cinema Walter da Silveira, gerida pela Diretoria de Audiovisual da Funceb/SecultBA, nos Barris. Todas as projeções têm entrada gratuita.
A idealizadora da Mostra, a cineasta e produtora Vilma Martins, explica que o projeto nasceu da falta de um espaço dedicado a obras experimentais na cena cultural baiana. “Esse projeto nasceu desse sentimento de ausência. Faltava um espaço para ver produções experimentais, multilinguagens reunidas, debatidas e vivenciadas na Bahia. […] O cinema é experiência que pode transformar nossas vidas”, reflete Vilma.
A Mostra de Cinema Experimental acontecerá também em Cachoeira em outubro e além das exibições, também promove oficinas teórico-práticas: Super 8 em tomada única e oficina de intervenção em película. Ambas oficinas acontecem em Salvador e Cachoeira em outubro, ainda com data a confirmar. A mostra e as oficinas são uma parceria da produtora Sujeito Filmes e Espelho Lunar.
A seleção de filmes conta com obras históricas, contemporâneas e filmes brasileiros que poderiam ser mais divulgados no circuito nacional, além de curtas-metragens baianos exibidos pela 1ª vez ou com uma longa tradição no cinema experimental. A IRIRI – Mostra Experiências foi contemplada pelo Edital Paulo Gustavo Bahia e conta com o apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, via Lei Paulo Gustavo, uma iniciativa do Ministério da Cultura para apoio ao setor cultural.
Serviço:
IRIRI – Mostra Experiências
Sala Walter da Silveira: 13 e 14 de setembro das 17h às 20h
Circuito Sala de Arte Cinema do MAM: Até 15 de setembro
Entrada gratuita
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Mostra de Cinemas Africanos abre inscrições gratuitas em Salvador
A Mostra de Cinemas Africanos, que acontece em Salvador (BA), de 18 a 25 de setembro, está com inscrições abertas e gratuitas para sua programação paralela. As atividades incluem o Laboratório Crítico, conduzido pelo jornalista e crítico de cinema Rafael Carvalho; o Minicurso Construções Cinematográficas de Amílcar Cabral: Reflexões sobre os Cinemas Africanos e suas Narrativas, facilitado pela pesquisadora, doutora em Comunicação, Cultura e Artes Jusciele Oliveira; e o inédito Encontros do Audiovisual Brasil-África, que vai reunir cerca de 40 profissionais dos dois lados do Atlântico Sul. As inscrições vão até dia 06 de setembro com vagas limitadas. A programação completa e o link para inscrições estão disponíveis no site: www.mostradecinemasafricanos.
Laboratório Crítico
Conduzido pelo jornalista e crítico de cinema Rafael Carvalho, a atividade contará com aulas teóricas e exercícios práticos com foco na reflexão sobre filmes produzidos no continente africano e em contextos afro-diaspóricos. O laboratório acontece em cinco encontros, nos dias 17, 18, 19, 24 e 25 de setembro, no Museu de Arte Contemporânea da Bahia. São 15 vagas disponíveis. Inscrições aqui.
As aulas contarão com apresentação teórica e expositiva, exibição de curtas-metragens e trechos de filmes, sempre com incentivo para trocas e debates. Os participantes também serão preparados para uma experiência imersiva no festival, produzindo conteúdo crítico sobre as obras exibidas na programação. “Vamos propor um exercício de escrita e de cobertura do festival, no momento em que o evento e todas as discussões que ele engloba estão em curso”, destaca Rafael. As críticas serão publicadas na Revista Crítica de Cinemas Africanos, site vinculado à Mostra.
Minicurso: Construções Cinematográficas de Amílcar Cabral
O curso “Construções Cinematográficas de Amílcar Cabral: Reflexões sobre os Cinemas Africanos e suas Narrativas”, ministrado por Jusciele Oliveira, acontece nos dias 24 e 25 de setembro, no Museu de Arte Contemporânea da Bahia. O curso oferece uma análise aprofundada das representações cinematográficas de Amílcar Cabral (1924-1973) , líder revolucionário dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP). Baseado nas experiências e trocas de Jusciele Oliveira durante sua participação nas comemorações do centenário de Cabral em Cabo Verde e Guiné-Bissau, o curso explora como a figura de Cabral foi retratada e interpretada em filmes africanos e como essas representações contribuem para a compreensão da história e do contexto político do continente africano. São 50 vagas disponíveis. Inscrições aqui.
Encontros do Audiovisual Brasil-África
A primeira edição dos Encontros do Audiovisual Brasil-África, iniciativa que fomenta parcerias e colaborações entre o cinema africano e o brasileiro, acontece de 19 a 22 de setembro, no Arquivo Público Municipal – Auditório Makota Valdina. O evento reúne cerca de 40 profissionais de ambos os lados do Atlântico Sul e busca criar um espaço propício para a colaboração, onde conhecimentos e experiências possam ser trocados para impulsionar as indústrias cinematográficas dos dois territórios.
A programação acontece em torno de quatro pilares: Pesquisa, Produção, Difusão e Formação. Especialistas do Brasil e da África irão compartilhar conhecimentos e fomentar novos projetos de coprodução, visando que o cinema africano e brasileiro ganhem ainda mais força e alcance. Serão quatro dias de atividades intensas que incluem mesas-redondas, apresentações de profissionais do cinema e um fórum dedicado a discutir a construção de uma cooperação sustentável entre Brasil e África na indústria criativa, com ênfase no cinema.
A atividade é voltada especialmente para profissionais do cinema e audiovisual. A participação é gratuita e limitada ao número de vagas de cada atividade. A programação completa pode ser consultada no site: www.mostradecinemasafricanos.
A Mostra de Cinemas Africanos em Salvador-Bahia tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia. O projeto Encontros do Audiovisual Brasil-África foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.
Serviço:
Laboratório Crítico
Facilitador: Rafael Carvalho
17, 18, 19, 24 e 25 de setembro
Local: Museu de Arte Contemporânea da Bahia:
Rua da Graça, 284 – Graça, Salvador – BA
15 vagas
Minicurso: Construções Cinematográficas de Amílcar Cabral: Reflexões sobre os Cinemas Africanos e suas Narrativas
Facilitadora: Jusciele Oliveira
24 e 25 de setembro
Museu de Arte Contemporânea da Bahia
Rua da Graça, 284 – Graça. Salvador (BA)
50 vagas
Encontros do Audiovisual Brasil-África
19 a 22 setembro 2024
Arquivo Público Municipal – Auditório Makota Valdina
Acompanhe em:
Instagram: @mostradecinemasafricanos
X: /mcafricanos
Facebook: /mostradecinemasafricanos
Site: www.mostradecinemasafricanos.
Youtube: /@cineafrica
Linkedin: /mostradecinemasafricanos
Audiovisual
Projeto Traço Negro lança documentários em Cachoeira
O projeto Traço Negro lança, no dia 03 de agosto, a partir das 16h, os últimos quatro documentários da série EXPANDIDO – em sua Videoteca Virtual: Pirulito (pintura), Renato kiguera (pintura), Rita de Cássia (escultura) e Sininho (escultura e pintura). Buscando contribuir para a visibilidade da produção de artistes visuais negres das cidades que margeiam as águas douradas do Rio Paraguaçu, o evento ocorre na Casa Preta Hub, em Cachoeira.
Após a exibição presencial, os doc – que trazem depoimentos biográficos sobre vida e obra des artistes – ficam disponíveis na Videoteca Virtual do projeto, no canal do YouTube (https://youtube.com/@traconegro7264?si=PlwanbniKLF1OcHo). Para acompanhar todas ações do projeto, os interessados podem seguir o perfil do Instagram do Traço Negro – https://www.instagram.com/traco_negro?igsh=c3dpaGVua3E2ZjQ3.
Desde o dia 14 de julho já foram lançados os documentários de Tina Melo, Alentícia Bertosa, Áydano Jr., Billy Oliveira e Mestre Biro – o documentário é uma homenagem póstuma, o artista faleceu em abril de 2023 -, Davi Rodrigues, Deisiane Barbosa, Diego Araújo, Flor do Barro, Fory, Gilberto Filho, Louco e Mimo, junto a seu filho Ronald. Além dos curtas, o projeto conta com uma exposição virtual e um e-book, que podem ser visualizados no site oficial www.traconegro.com.
Traço Negro nasce de uma pesquisa de título homônimo iniciada em 2014 pela arrista cachoeirana Tina Melo, no Mestrado Profissional em História da África, Diáspora e dos Povos Indígenas – concluído em 2016 -, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em Cachoeira, que visa refletir sobre a invisibilização de artistas visuais negres em Cachoeira e São Félix, apresentando possibilidades de afirmação dessas histórias de vida e de produção.
“Traço Negro é resultado de uma inquietação a partir da falta de visibilidade de estudos que registrem e analisem a produção negra em arte. É um tipo de resposta, ou caminho, que apresenta possibilidades de preenchimento de uma lacuna de referenciais negros nas artes visuais, que há muito é desvalorizado, posto distante dos livros e registros mais conhecidos, e do grande mercado”, declara a idealizadora do projeto, Tina Melo.
Este projeto foi contemplado no Edital de Produção Audiovisual Web, e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.
Site
A primeira edição do projeto ocorreu em agosto de 2022 com o lançamento de um e-book, um documentário e uma exposição virtual, que mergulham na trajetória desses homens e mulheres e suas produções. Todos os três produtos, lançados por meio do Edital Setorial de Artes Visuais (2019), estão disponíveis no site www.traconegro.com.