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Minissérie “Travessias Negras” pauta cotistas da UFBA e será lançada em Salvador!

Jamile Menezes

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Travessias Negras
Travessias Negras
Como as Políticas de Cotas transformaram as vidas de jovens negros e negras? Já parou pra pensar como é o dia a dia destes jovens que chegaram lá?! Em tempos de retrocessos e perdas de direitos conquistas pela luta negra em todo país, estes relatos trazem a certeza da necessidade de reparação e de que a única coisa que separa estes jovens de outros não-negros, é a oportunidade.
É isso que traz a minissérie documental “Travessias Negras” que, em cinco episódios, narra a trajetória de vida de quatro jovens negras/negros, moradores da periferia de Salvador (BA), que através das Cotas ingressaram na Universidade Federal da Bahia. E em cursos ditos de prestígio social: Comunicação, Medicina, Letras e Direito. São eles:

Daiane Rosário (Comunicação), Andre Luís Melo (Medicina), Hilmara Bitencurt (Letras) e Vitor Marques ( Direito). 

Atualmente, estes jovens estão vivenciando um processo inusitado como protagonistas de um movimento rompedor de barreiras históricas que bloquearam o acesso da juventude negra ao ensino superior no Brasil, estágio escolar tradicionalmente marcado pela sub-representação da população negra.
Travessias Negras
Dirigida por Antonio Olavo, a série “Travessias Negras” será lançada no dia 24 de agosto (quinta-feira), às 18h30 no Teatro ISBA (Ondina), com entrada aberta ao público. Conversamos com Antonio Olavo sobre esta produção, veja:
Portal Soteropreta – Como surgiu a ideia do doc e qual a importância dele no cenário atual de retrocessos?
Antonio Olavo – Dentro de uma linha natural de trabalhos da PORTFOLIUM, que agora em 2017 completa 25 anos dedicada a projetos que contribuem com a valorização da memória negra, na Bahia e no Brasil. Ele foi materializado graças ao Edital PRODAV 09 de 2015 promovido pela Agencia Nacional de Cinema – ANCINE, que selecionou seis obras audiovisuais no Nordeste e a nossa foi uma delas. Seu lançamento ocorre em um momento político muito peculiar onde efetivamente nos deparamos com um cenário nacional de extinção e questionamentos de conquistas sociais, ao tempo em que vejo também como um período desafiador em que colocaremos em teste nossa capacidade de indignação e reação. Então, Travessias Negras faz parte de um processo mais geral de posicionamento, de assumir lado, tomar partido. Em nosso caso, isso se efetiva com a criação de obras cujos conteúdos se colocam explicitamente em prol de uma sociedade democrática justa e diversa e isso somente será possível sem preconceito, sem racismo.
Travessias Negras

Portal Soteropreta – Quais são os planos para este documentário? Exibição, distribuição?

Antonio Olavo – A série foi produzida para, inicialmente, ser exibida na grande rede de televisão pública no Brasil, que é composta das televisões educativas, comunitárias, universitárias e culturais, e isso soma aproximadamente 235 emissoras em todo o Brasil. Posteriormente, ela irá circular em outras janelas importantes como Video sob demanda, TVs pagas entre outras. Mas eu quero mesmo é que as pessoas, principalmente os adolescentes e jovens negras e negros, se identifiquem, tomem conta e traga para si essa condição de ter o seu domínio sobre a série, exercendo também a cumplicidade com a sua veiculação. Eu quero que esses jovens se reconheçam nas histórias narradas e pensem: “me representa”. Tem sido assim com as outras obras anteriores da PORTFOLIUM e assim será com Travessias Negras.

Fotos: Divulgação

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Rapper baiano Aspri RBF lança videoclipe “Gorô Gorô”

Ana Paula Nobre

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Foto: Filipe Oliveira

O rapper Aspri RBF lança o clipe Gorô Gorô, dando continuidade ao trabalho iniciado com o álbum 7º Sentido (2022). A música traz uma forte carga simbólica e cultural, inspirada em dois significados marcantes: o grito de vitória das crianças na brincadeira de “esconde-esconde”, quando aquele que procura erra o nome de quem está escondido e os cantos entoados em reverência ao orixá Omolú. O trabalho já está disponível nas plataformas de streaming e no link.

Esses elementos foram a base para a roteirização do videoclipe, que reforçam a importância de ouvir os conselhos dos mais velhos e expressar gratidão pelas vitórias e ensinamentos recebidos. Segundo Aspri, 7º Sentido é sobre ouvir e compreender a ancestralidade. A produção musical é de Marcelo Santana (Aquahetz beats).

O roteiro é de Aspri RBF e Edeise Gomes; Fotografia: Filipe Oliveira; Direção: Edeise Gomes e Filipe Oliveira; Elenco: Conde Leo 13 e Ionara Neves; Filmagens: Aspri RBF, Edeise Gomes e Filipe Oliveira e Edição: Aspri RBF. Mais informações pelos contatos: 71 99229-4349 | asprirbf@gmail.com | @asprirbf.

 

 

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Ogunjá Filmes lança curta metragem “Buzú, o curta” na Sala de Arte da UFBA

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

Na próxima quinta-feira, 6 de fevereiro, estreia o primeiro curta metragem da cineasta Lindiwe Aguiar, que dirige e roteiriza “Buzu, o curta”, retratando histórias vividas no transporte público de Salvador. A sessão será para convidados, na Sala de Arte Cinema da UFBA (Canela), a partir das 9h30.

O filme chega ao público trazendo um olhar sensível sobre as vivências cotidianas dentro de um ônibus na cidade, em uma narrativa que acompanha a rotina de passageiros que compartilham o mesmo trajeto. Ao longo da viagem, eles criam laços, compartilham histórias e enfrentam desafios. Sob o olhar atento do cobrador Antônio, interpretado pelo ator Sérgio Laurentino, o filme se desenrola entre encontros, afetos e reviravoltas.

Foto: Divulgação

“Buzu” destaca personagens que representam a diversidade e a riqueza cultural da cidade, com um elenco de peso e nomes como Cássia Valle, Jamile Alves, Sara Barbosa e Paula Moura, dentre outros ícones do audiovisual baiano. O público vai assistir uma jornada por cenários emblemáticos de Salvador, iniciando no final de linha de Paripe e atravessando o Subúrbio Ferroviário até o Porto da Barra, em um desfecho marcado por belas paisagens e fortes emoções. Após estreia, o filme segue jornada por festivais pelo país.

O filme é uma produção da Ogunjá Filmes e foi contemplado pelo edital SalCine, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal. Tem o Apoio Cultural do Espaço Xisto Bahia, da Integra – Plataforma Transportes, IGLULOC – Locadora de Equipamentos Audiovisuais e Estúdio, Elu Cinema, da Bahia Grip, do Portal Soteropreta, da Dê um Sinal e da FACED – Ufba.

ELENCO

Sérgio Laurentino – Antônio

Nadson de Jesus – Júnior

Jamile Alves – Lúcia

Kadu Fragoso – Luís

Jau Menezes – Renato

Allyssa Anjos – Tiffany

Sara Barbosa – Luciene

Cássia Valle – Marinalva

Paula Moura – Dona Judite

Dhi Santos – Fábio

Julio Cesar Mello – Seu Manoel

Rívisson Zürc – Milton

Dandara Rodrigues – Kátia

 

Serviço

O quê: Lançamento de “Buzu, o curta” – sessão para convidados

Quando: 6 de fevereiro de 2025

Horário: 9h30

Local: Sala de Arte Cinema da UFBA

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Audiovisual

Mostra CineAfro: jovens negros exibem curtas quinta (30)

Ana Paula Nobre

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Foto: Amanda Chung

O Teatro Sesi Casa Branca se transformará em uma verdadeira sala de cinema inclusiva, diversa e representativa com a Mostra CineAfro: Narrativas em Movimento, nesta quinta-feira (30), das 13h30 às 19h. O evento gratuito vai exibir 14 curtas-metragens produzidos por cinco profissionais do audiovisual brasileiro e nove jovens negros e indígenas de Salvador que estão dando seus primeiros passos na sétima arte. Além das exibições, o público também poderá participar de rodas de conversa com os diretores dos filmes e aproveitar um show de encerramento com o cantor e compositor baiano Zéu Lobo.

A Mostra CineAfro marca a última etapa do Circuito de Produção Audiovisual para Novos Cineastas Negros (Cinerê), projeto idealizado pela Pé de Erê Produções, uma produtora independente e multicultural baiana. O Cinerê visa promover e ampliar o alcance de cineastas negros soteropolitanos por meio da capacitação técnica, produção e difusão de obras audiovisuais.

Foto: Amanda Chung

Com interpretação em Libras, a Mostra contará com três sessões. Ao final de cada sessão, haverá um bate-papo com diretores dos filmes. Entre eles, está Dário Barreto, jovem contemplado pelo projeto responsável pelo curta DinoAnimais, uma animação que narra a história de três amigos que se transformam em dinossauros super-heróis para ajudar crianças a enfrentarem problemas do dia a dia.

 “A ideia foi usar algo que crianças acham divertido. A animação tem o poder de entreter enquanto transmite ensinamentos importantes sobre perseverança, trabalho em equipe e a importância de nunca desistir, mesmo diante das dificuldades”, explica Dario.

Da periferia para as telas

A primeira etapa do Circuito, chamada Laboratório Cinerê, realizou uma seleção pública para jovens dos bairros Cidade Baixa, Subúrbio Ferroviário, Cajazeiras, Brotas e Mussurunga. Dez jovens foram escolhidos e receberam o valor de R$5.000 para desenvolver seus curtas. Segundo Rafa Martins, idealizador do projeto, “além de impulsionar o acesso de jovens periféricos ao audiovisual, o Cinerê também fomenta a produção de obras de baixo custo”.

Além dos dez selecionados, o Laboratório envolveu mais 135 jovens em seis atividades de capacitação realizadas em julho de 2024. Foram sete dias de oficinas e três de workshops sobre Roteiro, Direção Audiovisual, Direção de Fotografia, Produção, Edição e Montagem de Filme, e Preparação e Direção de Elenco, ministrados por cineastas renomados como Ana do Carmo, Rogério Sagui e Heraldo de Deus.

Inspirando novas gerações

Após as oficinas, os jovens participaram da segunda etapa do projeto, onde receberam mentoria de profissionais da área como Rafa Martins, Mirian Fonseca, Luan Santos, Rogério Sagui e Mateus Anjos. Nessa etapa, além de desenvolverem suas obras audiovisuais, os jovens contaram com acompanhamento em todas as fases de produção, desde o roteiro até a pós-produção.

Foto: Amanda Chung

No total, 214 pessoas participaram diretamente da produção dos curtas-metragens, além de 32 integrantes da equipe do projeto. A jovem cineasta indígena Mamirawá, que produziu o curta de drama YMBURANA, destacou: “O Cinerê foi uma grande oportunidade de fortalecimento da minha carreira, a partir do incentivo e do contato com profissionais da área”.

Em novembro, a última etapa do projeto levou os curtas para estudantes do ensino fundamental e médio de três escolas estaduais em Mussurunga, Cajazeiras e Brotas. Em cada uma delas, os jovens também ministraram os workshops “Mobigráfia: a formação da identidade no processo criativo”, “Como produzir um curta: Passo a Passo” e “Produzindo Animação com Ferramentas Acessíveis”.

O Cinerê – Circuito de Produção Audiovisual para Novos Cineastas Negros é uma realização da Pé de Erê Produções, que contou com apoio do Teatroescola e a assessoria especializada em inclusão e diversidade Dê Um Sinal.

Programação

13h30: Chegada do público

13h50 às 14h10: Mediação e apresentação da mostra e do projeto com Rafa Martins

14h20 às 18h20: Mostra e bate papo com os diretores dos curtas

18h30: Show voz, violão e percussão

Serviço

O quê: Mostra CineAfro: Narrativas em Movimento

Quando: 30 de janeiro (quinta-feira), das 13h30 às 19h

Onde: Teatro SESI Casa Branca – Cidade Baixa

Quanto: Gratuito

 

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