Dança
Artista e performer paulistana Val Souza apresenta seu solo de dança “Bang!” no Pelô!
Pensando a diversidade de experiências discriminatórias vividas por corpos de negros em diferentes espaços e ambientes, a artista e performer paulistana Val Souza apresenta o solo de dança Bang!, resultado de suas percepções acerca das violências e do modo de viver dos corpos de negros no Brasil. A apresentação acontece na Praça da Cruz Caída, Pelourinho e será aberta ao público.
Nela a artista flutua com o auxílio de intervenções sonoras que, aliadas a sua presença física, se transformam em disparadores para uma discussão sobre a invisibilidade de corpos de negros, criminalização, violência e presença destes corpos marginalizados em todo o país incluindo a cidade de Salvador, onde Val Souza reside atualmente para cursar mestrado na Universidade Federal da Bahia.
Na sequência,o público é convidado para participar de um debate na Katuka Africanidades com a performer e a escritora Cidinha da Silva sobre o processo criativo e a estética de mulheres negras. Fruto de conversas entre ambas, o encontro nasce a partir das impressões de Cidinha da Silva sobre a performance Desbunde, apresentada por Val no Goethe, durante os Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras e das inquietudes geradas por sua pesquisa.
“Eu tenho como processo artístico pensar a experiência da minha presença negra nesse mundo branco falocêntrico. Como resultado dessas relações venho elaborando produções não só no campo da performance como criação artística e de produção cultural, mas também em teatro, dança, educação, curadoria e comunicação. Minha poética está em criar constrangimento, afetações, e mostrar o racismo estrutural desse país. Eu não sou ingênua ao propor isso eu também estou disposta a agenciar e receber afetações e constrangimentos.” – Val Souza.
Local:
Onde: Katuka Africanidades – Rua Chile s/n° – Centro
Quando: 25 de agosto, às 18h
Quanto: Grátis
Dança
Focus Cia de Dança celebra 25 anos em Salvador
A Focus Cia de Dança celebra 25 anos de trajetória com apresentações em Salvador, integrando a Circulação Petrobras Focus 25 anos. Nos dias 27 e 28 de novembro, às 20h, o Teatro Sesc Casa do Comércio recebe o espetáculo “Entre a Pele e a Alma”, dirigido e coreografado por Alex Neoral. Inspirada em O Jardim das Delícias Terrenas, de Bosch, a obra traz a voz de Ney Matogrosso como elemento central da trilha sonora.
Já nos dias 19 e 29 de novembro, às 16h, a companhia leva às ruas do Centro Histórico a performance gratuita “Trupe”, um cortejo dançado que homenageia artistas mambembes e transforma o espaço urbano em cena viva e compartilhada.
“Chegamos às bodas de prata! São 25 anos de muito trabalho e contribuição à dança contemporânea. Nada disso teria sentido sem o público e o patrocínio exclusivo da Petrobras”, afirma Alex Neoral.
Com cenografia monumental e figurinos de João Pimenta, “Entre a Pele e a Alma” propõe uma imersão sensorial marcada por dilemas humanos e celebra o corpo como expressão de liberdade. “É lindo admirar o corpo íntegro e pleno dos bailarinos. É parte da natureza do que nós somos”, comenta Ney Matogrosso.
A gestora e cofundadora Tati Garcias destaca que o patrocínio da Petrobras é fundamental para manter o alto nível técnico e artístico da companhia.
“A dança precisa de energia, fôlego e resistência e é isso que a Focus mantém há 25 anos.”
Com 26 obras e apresentações em mais de 100 cidades do Brasil e do exterior, a companhia se consagrou como uma das mais importantes da dança contemporânea nacional.
SERVIÇO:
Trupe – Terreiro de Jesus
Dias 19 e 29 de novembro, às 16h
Gratuito| Duração: 35 minutos
Entre a Pele e a Alma – Teatro Sesc Casa do Comércio
Dias 27 e 28 de novembro, às 20h
R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia)
Av. Tancredo Neves, 1109 – Pituba, Salvador
Ingressos: Sympla
Colaboradores da Petrobras têm 50% de desconto com crachá.
Dança
Jornada de Dança da Bahia celebra 15 anos em Salvador
A 15ª Jornada de Dança da Bahia acontece de 19 a 23 de novembro, em Salvador, com o lema “Danço o Que Sou”. A programação inclui oito espetáculos, 12 cenas coreográficas, residência artística e workshop internacionais e o 11º Fórum de Educadores de Dança, em locais como o Espaço Xisto Bahia, a Escola de Dança da UFBA e o Largo de Santo Antônio Além do Carmo. Todas as atividades têm acessibilidade e ingressos gratuitos ou a preços populares.
Produzido pelo Mantra Centro de Dança e realizado pela Escola Contemporânea de Dança e o Ministério da Cultura, o evento é dirigido pela bailarina Fatima Suarez. Inspirada nos ideais de Isadora Duncan, considerada a mãe da dança moderna, a Jornada celebra a liberdade e a expressão do corpo como arte sagrada e popular.
“Dançaremos todos tudo o que somos, num grande encontro de dança, amor e alegria”, convida Fatima Suarez.
Além da mostra artística, o festival apresenta o 11º Fórum de Educadores de Dança, voltado para professores e estudantes, e o Workshop Internacional na Técnica de Isadora Duncan, com Lori Belilove (EUA) e Fatima Suarez (BA). A programação ainda inclui o Movimento Lúcido, residência internacional conduzida pelo coreógrafo Lucio A. Baglivo (Argentina/Espanha), com culminância no Largo do Santo Antônio, em uma grande intervenção urbana gratuita.
Comprometida com a formação continuada, a Jornada mantém ações durante todo o ano, como a Formação Itinerante de Professores de Dança, que já passou por mais de 30 cidades brasileiras.
“A Jornada é um espaço de aprendizado e troca. Celebramos a dança em sua pluralidade, unindo gerações e estilos”, afirma Fatima Suarez.
O evento conta com apoio da Brasil PCH Santa Fé, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, Governo do Estado da Bahia, Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Cultura da Bahia, Programa Ibercena, Funarte e Isadora Duncan Dance Foundation.
SERVIÇO:
15ª Jornada de Dança da Bahia – “Danço o Que Sou”
Espaço Xisto Bahia, Escola de Dança da UFBA e Largo do Santo Antônio Além do Carmo – Salvador (BA)
19 a 23 de novembro de 2025
Ingressos gratuitos ou a preços populares (R$ 40 / R$ 20)
Programação completa: www.jornadadedancadabahia.com
Vendas: www.sympla.com.br/jornada
Dança
Bailarina Gabriella Assis leva a Bahia pra Victoria Academy of Ballet
Nascida em Salvador, a bailarina Gabriella Assis, 19 anos, se prepara para desembarcar na Victoria Academy of Ballet, Canadá. Aprovada em maio, ela conquistou uma bolsa de estudos na instituição e ainda espera a liberação do visto para iniciar o programa de três anos, voltado à formação de jovens bailarinos para companhias profissionais.
Para ela, essa é uma das maiores experiências de sua carreira.
“Quero que meninas e meninos negros saibam que também há lugar para eles nos palcos.”
Uma mulher negra, ela foge dos padrões e com isso transforma em potência aquilo que muitos enxergavam como obstáculo.

“Meu sonho é representar a Bahia pelo mundo e abrir portas para quem vem depois de mim”, diz.
O balé entrou em sua vida aos três anos de idade e rapidamente deixou de ser apenas uma atividade infantil para se tornar vocação. Já participou de festivais nacionais e internacionais, além de formação em diferentes estilos. Gabriella também concluiu todos os exames da Royal Academy of Dance, método inglês reconhecido mundialmente.
A mãe, Mariane Assis, é testemunha dessa trajetória.
“Estou ao lado de Gabriella em cada ensaio, cada prova e cada lágrima. Essa conquista não é só dela, é de todas as meninas que acreditam que podem estar em qualquer palco do mundo”, afirma.
Mas o caminho foi árduo. A bailarina enfrentou dúvidas alheias, cobranças mais duras e até negativas de visto nos Estados Unidos, mesmo após aprovações em audições.

Para a professora Juliana De Vecchi, da Ebateca Pituba, o esforço da aluna sempre foi notável: “Ela precisou se dedicar três vezes mais. Hoje inspira por ser uma bailarina preta que desafia padrões e mostra que há espaço para diferentes corpos na dança.”
O bailarino profissional Emerson Nascimento, um dos seus maiores incentivadores, reforça: “Quando conheci Gabi, vi aquela dedicação no olhar. Muitas meninas pretas podem trilhar esse caminho também. Quando uma consegue, todas conseguem.”
A bailarina Gabriella Assis já conta com patrocínio da Secretaria de Cultura da Bahia, mas os recursos ainda não cobrem os três anos no Canadá, e ela faz apelo por novos parceiros.
Mais que uma realização pessoal, Gabriella encara a conquista como responsabilidade coletiva. Após concluir a formação, pretende voltar à Bahia para compartilhar o aprendiizado com meninas e meninos negros da comunidade, honrando o compromisso firmado com a Secult.
“Ser diferente não é limite, é potência. Cada conquista minha é também de quem vem depois”, resume.
Conheça Gabiella Assis: @assis.gabriella06
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