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Sobre visibilidade, pertecimento e cura gay: reflexões de um psicólogo gay e negro! – Por Sergio Barreto

Sergio Barreto

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Pablo Vittar

Estava semana passada assistindo com um amigo o filme chileno “Uma Mulher Fantástica”, em cartaz atualmente nos cinemas, e me peguei refletindo na ascensão de artistas como Liniker e Pabllo Vittar; a existência de personagens trans em novela; e no filme em questão, onde uma atriz trans dá vida de uma forma sensível a uma vivência de exclusão.

Ficamos, eu e meu amigo, felizes por perceber o quanto de abertura as identidades fora dos padrões heteronormativos e binários tem conseguido na contemporaneidade, apesar de dados do GGB afirmarem que a cada 25h um LGBT é assassinado no Brasil. Porém, essa semana, minha timeline do Facebook foi bombardeada por dezenas de posts sobre a decisão de um juiz do Distrito Federal que permite aos psicólogos oferecerem tratamento contra homossexualidade.

Desde que comecei a atuar como Psicoterapeuta (há mais de 10 anos), me deparo na dinâmica do consultório com a questão das identidades LGBT´s. Gays, lésbicas, bissexuais e, mais recentemente, trans, jovens ou não, levados por familiares ou presentes espontaneamente, buscaram e buscam meus serviços.

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Não por desejarem (e falo aqui de minha experiência profissional) deixar de pertencer a determinada orientação sexual, mas sim por conta de sofrimento mental gerado pela homofobia social/cultural e a internalizada. Enquanto seres sociais, temos a necessidade de nos sentirmos pertencentes a um grupo, sermos amados e amar os outros.

Tal sentimento possibilita que a pessoa experimente e perceba seu lugar no mundo, a partir da realidade de seu grupo social. Abraham Maslow, psicólogo americano que estudou as necessidades humanas, afirmou que se a necessidade de pertencimento não fosse suprida, a autoestima não se desenvolveria de forma adequada.

A criança que apresenta uma variação de comportamento, atitude ou preferência diferente do padrão de gênero cultural heteronormativo (masculino/feminino) é alvo de críticas, sanções e abusos. Com o passar do tempo, quando percebe porque que ela sofre, vai criando sentimentos de culpa, inadequação, medo e exclusão. Isso tudo é, na maioria das vezes, a grande demanda na Psicoterapia quando da adultez destes indivíduos.

A falta de auto amor, os sentimentos depressivos, a ideação suicida ou crises de ansiedade, não são por conta de serem gays (ou qualquer variação fora do “padrão” exigido), mas sim pela homofobia que sofrem, seja ela expressa ou velada.

 II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”.

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A Psicologia brasileira, e os psicólogos que compreendem seu real papel frente os indivíduos e a sociedade, não serão coniventes com nenhum tipo de preconceito de qualquer quilate que seja. Não à misoginia! Não ao racismo! Não à Lgbtfobia!

Sérgio Barreto é Psicólogo Clínico. Terapeuta Cognitivo Comportamental e especialista em Neuropsicologia.

sergio_psy@hotmail.com

 

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Matriarcas da Pedra de Xangô escolhem os 15 novos guardiões

Jamile Menezes

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A secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães, recebeu, nesta quarta-feira (28), o título de Guardiã do Parque Pedra de Xangô. A honraria foi concedida pelas Matriarcas da Pedra de Xangô, grupo de sacerdotisas responsáveis pela salvaguarda e proteção do rochedo considerado sagrado pelos religiosos de matriz africana em Salvador.

“É uma emoção e grande responsabilidade ser agraciada com o título. Assumo o compromisso pessoal e institucional com o enfrentamento do racismo religioso e a manutenção dos nossos territórios sagrados”, destacou a titular da Sepromi.

A entrega da condecoração integrou a programação da Cerimônia da Fogueira de Xangô, ritual que reverencia as divindades do fogo e fortalece a rede em defesa desse patrimônio cultural afro-brasileiro, localizado na Avenida Assis Valente, no bairro de Cajazeiras.

De acordo com as Matriarcas da Pedra de Xangô, os 15 novos guardiões foram escolhidos em função dos “relevantes serviços à cidade, a cultura, à população negra, ao Povo de Axé, às comunidades tradicionais e, em especial, ao processo de implantação, manutenção e gestão do equipamento de apoio do Parque Pedra de Xangô”.

Guardiões e Guardiãs da Pedra de Xangô 
1 – Tânia Scoofield Almeida – Presidenta da Fundação Mário Leal Ferreira – Prefeitura Municipal de Salvador;
2 – Fernando Guerreiro – Presidente da Fundação Gregório de Mattos – Prefeitura Municipal de Salvador;
3 – Bruno Monteiro – Secretário de Cultura do Estado da Bahia;
4 – Luiz Carlos Suíca – Vereador do Município de Salvador;
5 – Jose Raimundo Lima Chaves – Pai Pote – Presidente da Associação Beneficente Bembé do Mercado – Santo Amaro-Bahia;
6 – Rafael Sanzio Araújo dos Anjos – Prof. Titular & Pesquisador Sênior -CIGA\PPGGEA\UNB – Brasília;
7 – Sônia Mendes Reis Nascimento – Ìyá Egbè – Administradora e mestranda em Arquitetura e Urbanismo – PPGAU-UFBA;
8 – Ìyá Márcia D’Ògún – Presidenta do Conselho Municipal de Cultura de Salvador;
9 – Edvaldo Matos – Coordenador do SIOBÁ – Irmandade Beneficente de Ojés, Ogans e Tatas
10 – Leonel Monteiro – Presidente da AFA – Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia;
11 – Fábio Macedo Velame – Prof. Permanente do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo – PPGAU –UFBA;
12 – Nilza Nascimento Ferreira – Mãe Nilza D’Oxum – Professora, sacerdotisa, sucessora de Mãe Zil – Santo Antônio de Jesus – Bahia;
13 – Evilásio Bouças – Taata Evilásio – Presidenta do Conselho Municipal das Comunidades Negras de Salvador;
14 – Ângela Guimarães – Secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais do Estado da Bahia;
15 Maria Alice Silva – mestra e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo – PPGAU-UFB

 

 

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Associação celebra Dia Internacional do Reggae no Pelô

Jamile Menezes

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Kamaphew Tawa

 

A Associação Cultural Aspiral do Reggae vai celebrar o Dia Internacional do Reggae – 1º de julho. A festa será na Casa Cultural Reggae (Rua do Passo) e contará com um time de artistas, djs e banda de reggae pra animar o público. Esta é a 7ª edição dessa celebração e terá shows do veterano Kamaphew Tawa & banda Aspiral do Reggae, Dj Maico Rasta, Fabiana Rasta, Jo Kallado ,Vivi Akwaba, Jadson Mc, Bruno Natty, Ras Matheus e Makonnen Tafari.

O Brasil é o segundo país do mundo que mais consome reggae, uma data definida pela jamaicana Andrea Davis, inspirada no discurso de Winnie Mandela em Kingston, Jamaica, em 1992.

“O Reggae tem sido uma grande influência nas raízes culturais e musicais da Jamaica e do mundo, misturando instrumentos africanos e europeus como violão, bongô e banjo, e criando as bases para o gênero. Ele inspirou milhares a seguirem a filosofia da cultura Rastafari, dando origem a figuras icônicas como Bob Marley, Jimmy Cliff, Peter Tosh, Toots & The Maytals, entre outros”, pontua a dirigente da Associação, Jussara Santana.

O ritmo também foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pela Unesco, em 2018, por conta do seu papel sociopolítico e cultural. A celebração será neste sábado (01/7), aberta ao público, das 18h às 23h30.

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Vai rolar segunda edição da festa #Ghettos no Bombar

Jamile Menezes

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Drica Bispo

Nesta sexta (30), o Bombar no bairro do Rio Vermelho em Salvador vai receber a segunda edição da festa Ghettos edição Salcity X Guiné- Bissau, idealizada pelo produtor, Uran Rrodrigues.

“Os sons de dois dos principais centros urbanos do mundo se encontrarão na mesma pista em celebração as nossas potencialidades numa mistura musical altamente dançante e identitária” conta Uran.

Diretamente de Mirandá, gueto do Guiné, o músico, cantor e Dj Eco de Gumbé apresentará suas performances no melhor do afrobeat, dialogando com o set do dj, produtor musical e co-criador do Coletivo Trapfunk&Alivio, Allexuz95 do Nordeste de Amaralina. Ele promete beats certeiros com trap,funk e pagodão baiano.

Felupz

Do Pelourinho, Akani retorna à festa trazendo o seu groove e os remixes mais potentes da cena, abrindo as portas para sonzeira de Dricca Bispo com as autorais, como “Saudade” e os covers de Sem Pause e Inevitável.

Dricca Bispo, dançarina de Castelo Branco, já conhecida das pistas, apresentará sua nova versão como cantora. Vai rolar ainda feat especial com Felupz, que se prepara para lançar Razga com beat produzido por Doizá.

Couvert artístico R$ 25.

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