Literatura
Slam das Minas, Grupo Ágape, Sarau da Onça e Sarau do Jaca estarão na FLICA!

Slam das Minas
A Biblioteca Móvel da Fundação Pedro Calmon/SecultBA levará atividades de leitura, “contação” de histórias, palhaços, oficinas de recicláveis, peças teatrais e saraus literários para a Praça da Fliquinha. A ideia é despertar a leitura em quem nunca se interessou ou se aproximou dela, ou quem está começando. Uma das ações será a Árvore Literária, que distribuirá livros gratuitamente aos leitores, ao redor da praça, Serão mais de 300 livros distribuídos.
Destaque nesta programação – que ocupará a Praça da Fliquinha – será o Sarau Itinerante Poesia Viva, que reunirá representantes de Saraus de Poesia Periférica de Salvador. Estarão por lá participantes do Slam das Minas, do grupo Ágape, Sarau da Onça (Sussuarana) e Sarau do Jaca (Cajazeiras).

Foto: Lissandra Pedreira
Sussuarana-Cajazeiras-Cachoeira
O primeiro a rimar seus versos será Sandro Sussuarana, integrante do Sarau da Onça, que se apresentará na sexta (6), às 9h30. Formado em 2012, no bairro de Sussuarana, o Sarau da Onça, nasceu com o objetivo de usar a arte como uma estratégia de ressocialização dos jovens do bairro e como protesto contra o alto índice de violência contra os jovens negros da região, a desigualdade e preconceito. É formado tem uma coordenação que participa dos grupos de poesias da região.
Já à tarde, às 15h, será a vez de Fabiana Lima e Drica Silva – participantes do Slam das Minas, grupo formado por quatro mulheres negras com o objetivo de fortalecer o cenário das mulheres na poesia em Salvador. Além de descentralizar o campo cultural da cidade para a periferia, sendo esse um dos motivos para que a sede do grupo funcione no bairro do Cabula. As poetisas começaram o trabalho com a poesia marginal e, há três anos, começaram a expor sua arte nos ônibus da cidade. “É muito importante participar da Flica, porque é a voz da mulher preta em uma festa literária que ocorre há anos”, disse Fabiana, que faturou, em 2016, o segundo lugar no Slam BR – batalha nacional de poesia.
O sábado da Poesia Preta e Periférica começará com Marcos Paulo e Cairo Costa Andrade, do Sarau do Jaca, que se apresentarão na Biblioteca Móvel, às 11h. A sigla JACA significa Juventude Ativista de Cajazeiras, bairro onde está a sede do grupo. Pela tarde, às 15h, se apresenta a poetiza Joyce Melo, participante do Grupo Ágape de Poesia, que também é presença registrada no Sarau da Onça. “O Sarau da Onça veio transformar o bairro em um centro cultural, mostrar que a Sussuarana não é só marginalidade, tráfico de drogas”, contou Joyce.

Joyce Melo/Fto Lis Pedreira
Ela ressaltou a importância de participar da Festa Literária Internacional de Cachoeira. “Sempre tive vontade de participar, vamos poder mostrar um pouco sobre o que realizamos nos saraus, nos eventos e mostrar que a literatura marginal é tão importante como qualquer outro tipo de literatura”, disse Joyce.
Confira aqui toda programação da Fundação Pedro Calmon na FLICA 2017!
Destaque
Jornalista Luana Souza fortalece presença preta na FLICA
A jornalista, apresentadora de TV e digital influencer cachoeirana Luana Souza é uma das presenças pretas que vão marcar a tradicional Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que chega a sua 13ª edição entre os dias 23 e 26 de outubro, em Cachoeira. Natural do município, Luana mediará uma mesa no sábado (25), às 15h, na Tenda Paraguaçu.
A mesa “Nossas vozes como a noite estrelada” contará com as presenças da apresentadora da TV Globo Aline Midlej, da escritora e jornalista Yeyé Kintê e da psicopedagoga Sueli Kintê. São 4 vozes negras que perpassam pelo jornalismo, literatura e ancestralidade.
Para Luana, esse momento vai além de fazer parte de uma roda de conversa.
“Mediar essa mesa com mulheres tão potentes, que representam diferentes vozes de nossa ancestralidade e do nosso tempo é um reencontro com minha própria história. Estar mais uma vez na Flica, na minha terra, não é apenas participar de um evento literário. É honrar minhas raízes e celebrar o lugar de onde venho. Conduzir essa conversa é, para mim, como olhar para um céu de estrelas que me formaram e continuam guiando o caminho”, declarou a comunicadora.
Luana Souza
Luana é mestra, doutoranda, com livros publicados e, além disso, coleciona diversos prêmios conquistados nos últimos anos, como o Prêmio Maria Felipa – concedido a mulheres negras engajadas na luta por direitos e contra o racismo -, em 2021 e o Troféu Mulher Imprensa, no ano passado, na categoria “Jornalista Revelação”. O mais recente foi o Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, por ter sido a mais votada da região Nordeste. É autora autora do livro-reportagem “Na contramão do afeto” e co-autora da obra “Negras crônicas: escurecendo os fatos”.
Durante os quatro dias de evento, a Flica contará com uma programação diversa trazendo escritores, comunicadores, artistas e personalidades renomadas como, Tia Má, Rita Batista, Ricardo Ishmael, Anderson Shon, Lazzo Matumbi, Márcia Short e Adão Negro, atraindo o público do Recôncavo Baiano, de Salvador e também de outras localidades.
Confira aqui mais presenças pretas na programação.
Foto: Pedro Gabriel
Literatura
Escritor Djavan Benin lança último livro da saga “Ordem Macabra”
No dia 1º de novembro, o escritor, designer e ilustrador Djavan Benin lança Ordem Macabra – Dimensão Vermelha, terceiro e último volume da saga Ordem Macabra iniciada em 2021.
A obra encerra uma narrativa que mescla folk horror, distopia ritualística, crítica social e new weird, explorando temas como intolerância, manipulação pela fé e regimes autoritários. O autor propõe um diálogo com questões sociais e políticas contemporâneas.
O evento de lançamento será na Biblioteca Pública do Estado (Barris), a partir das 17h, será aberto ao público e contará com experiências imersivas, sorteios e sessão de autógrafos.
A trilogia Ordem Macabra é composta pelos títulos: O tempo da Morte (2021), Sacerdote Oculto (2023) e Dimensão Vermelha (2025). A narrativa acompanha Cassiano Santos, um espiritualista, e seu melhor amigo Eduardo Torres, advogado e cético, que são enviados por um portal secreto na misteriosa cidade de Patre Omnia, em outra dimensão. Lá, são confrontados com rituais fatais, perseguições militares e a opressão da organização religiosa mais poderosa daquele mundo, conhecida como A Ordem.
Ao longo dos três livros, a obra revela uma teocracia autoritária com rígidas castas sacerdotais, mulheres misteriosas, conhecidas como as Escolhidas e os enigmáticos ascéticos — híbridos humanos que funcionam como soldados e executores. Entre guerras, conspirações e manipulações psicológicas, a saga conduz o leitor ao clímax repleto de revelações e desfechos impactantes.
“Escrevi este livro para demonstrar como a manipulação coletiva é perigosa para a destruição da liberdade, da vida em sociedade e da justiça social. A obra é uma reflexão do que o mundo pode se tornar se reinar a intolerância, o preconceito e o ódio”, diz Djavan Benin.
SOBRE O AUTOR
Djavan Benin é designer, professor, quadrinista e ilustrador. Natural de Salvador (BA), seu trabalho é marcado pela criação de universos narrativos originais que aliam imaginação visual e profundidade temática. Tem como missão difundir a leitura por meio do entretenimento, acreditando na arte como ferramenta de desenvolvimento intelectual e social.
SERVIÇO
Evento: Lançamento Ordem Macabra – Dimensão Vermelha
Data: 1º de novembro de 2025
Local: Biblioteca Pública do Estado (R. Gen. Labatut, 27 – Barris)
Horário: 17h
Entrada: Gratuita
Literatura
FLICA começa em Cachoeira com diversas atrações pretas
Na sua 13ª edição, a Festa Literária Internacional de Cachoeira – FLICA – terá uma grande participação de autores e autoras negras, além de grandes nomes de outras áreas. Entre 23 e 26 de outubro, a Tenda Paraguaçu, por exemplo, se transforma em um grande palco da força das mulheres na literatura e na educação da América Latina.
Na mesa “Desafiar”, no dia 24 (sexta-feira), estará a autora de diversos livros, como o best‐seller “Como ser um educador antirracista”, Bárbara Carine. Tendo seu livro vencedor do prêmio Jabuti 2024 na categoria Educação, a baiana Bárbara Carine é também professora, empresária, palestrante, sócia-idealizadora da Escola Maria Felipa, primeira escola afro-brasileira do país, além de influenciadora digital com o perfil “Uma intelectual diferentona”.
A mesa “Da leveza e da força”, no dia 25 (sábado), vai receber Lili Almeida. Lili conquistou notoriedade principalmente por meio de suas redes sociais, onde compartilha vídeos motivacionais, repletos de metáforas, conselhos e reflexões profundas sobre a vida. Com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, a chef baiana transformou seus ensinamentos no livro “A gente merece ser feliz agora”, lançado em 2024.

NegaFyah
PROGRAMAÇÃO – Durante os quatro dias de evento, também marcarão presença outros nomes de peso na Tenda Paraguaçu, como Russo Passapusso, em participação como palestrante ao lado de Rita Batista e Marielson Carvalho na mesa de abertura “Ler é Massa!”. Terá também Aline Midlej, uma das palestrantes da mesa “Nossas Vozes como a noite estrelada”; a escritora Lívia Natália na mesa “Ser Poesia”; Mestre Bule-Bule, cordelista, repentista e figura emblemática da cultura popular nordestina.
Todos os espaços apresentam indicação etária livre e contarão com acessibilidade. Além da Tenda, há também a Geração Flica, Fliquinha, o espaço Bahia Presente e o Palco Ritmos.

Anderson Shon
Durante os quatro dias de evento, também marcarão presença outros nomes de peso na Geração Flica, como NegaFyah, Alice Nascimento e Breno Silva na mesa “A poesia da transformação do Slam: Palavras que revolucionam”; Pétala e Isa Souza (afrofuturas), Marcelo Lima e Anderson Shon na mesa “O Afrofuturismo e suas possibilidades: Imaginando futuros radicais”; e Daniel Ferreira, Yara Damasceno na mesa “O meu humor é massa: Um diálogo sobre criar do nosso jeitinho”.

Afrofuturas
O público compartilhará, também, da presença de ícones como Rita Batista, Tia Má, Leozito Rocha, e muitas outras atrações pretas este ano. Confere a programação completa AQUI.
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