Formação
#OparáSaberes – Shirlei Sanjeva, o Opará e a ascensão ao Mestrado!

“Um divisor de águas, literalmente!” Assim a pesquisadora e agora Mestranda, Shirlei Sanjeva define o que foi o Opará Saberes em sua vida. Idealizada pela Assistente Social e Doutoranda, Carla Akotinere, Opará Saberes é uma iniciativa que visa auxiliar estudantes negros e negras nos cursos de nível superior nas Universidades estaduais e federais.
Na primeira edição, em 2016, Shirlei estava lá, na plateia. Nesta segunda edição, que começa na próxima terça – feira (24), ela será uma das formadoras. Shirlei é Mestranda em Estudos Interdisciplinares Sobre Mulheres, Gênero e Feminismo no Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a mulher/UFBA.
Veja o que ela nos conta sobre o Opará:
Portal Soteropreta – O que o Opará significou pra você?
Shirlei Sanjeva – Eu estava na caminhada de estudos para o Mestrado, fazendo o projeto, no qual o Opará foi afinador. Poder estar com grandes referências como Zelinda Barros, Claúdia Pons, Ana Claúdia Pacheco, e tantas outras professoras, amigas e colegas que também estavam no processo de escrita do projeto, me possibilitou grandes trocas, até o ponto de compreender por onde realmente seguir. Eu já sabia com o que iria trabalhar, mas quando Zelinda Barros, em um dos Ciclos formativos, discutindo sobre os projetos, falou que: “não era sobre o que iriamos falar, mas a partir de que ângulo iriamos abordar”, tive a certeza de que definitivamente não precisava inventar a roda. Ela falava que não precisávamos ficar apreensiv@s sobre ter que escrever sobre algo necessariamente novo ou ter medo de falar sobre uma proposta já muito abordada, mas buscar dentro dos trabalhos que já existiam o que ainda não havia sido apontado ou utilizar uma outra metodologia para abordar.
Zelinda foi pontuando referências relacionadas aos nossos projetos, como teses e dissertações, que falavam sobre questões que estávamos pontuando, como exemplo. Foi incrível como saí de lá aliviada e, ao mesmo tempo, pensando em como a partir de então, meu projeto tomaria novo corpo, hoje intitulado: “Subalternizados/as políticos”: uma etnografia da sub-representação de mulheres, negros, lgbt, indígenas e deficientes nas eleições brasileiras de 2014 e 2016″.
Portal Soteropreta – Qual sua expertise para retornar agora como formadora?
Shirlei Sanjeva – Trabalho com a temática desde 2014, junto ao Observatório Feminista das Eleições do GIR@-Grupo de Estudos Feministas em Política e Educação/UFBA, onde os estudos sobre feminismo negro e interseccional, principalmente, começaram a ser parte da minha rotina. Como Mestranda, estou tendo uma grande oportunidade de aprofundar meus estudos sobre as teorias feministas, e teorias decoloniais, que hoje é minha área de ênfase e suporte do meu projeto de mestrado e minhas produções. Hoje, todas estruturadas a partir das teorias decoloniais.
Veja programação deste mês:
Formação
Haitiano Rodney Saint-Éloi participa de conferência na ALB

A Academia de Letras da Bahia (ALB), em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), promove no dia 23 de abril (quarta-feira), às 18h, a conferência “A arte e a importância da diversidade cultural”, com o poeta, ensaísta e editor Rodney Saint-Éloi. O evento, gratuito e aberto ao público, será realizado na sede da ALB, no bairro de Nazaré. Haverá entrega de certificados aos participantes.
Radicado no Canadá, o autor haitiano é reconhecido internacionalmente por seu trabalho à frente da editora Mémoire d’Encrier, dedicada à publicação de autores ameríndios e imigrantes francófonos. Entre suas obras mais conhecidas estão Os racistas nunca viram o mar (2021) e Não trairemos o poema (2019), que abordam temas como identidade, migração e resistência cultural. Ele também é membro da Academia de Letras do Québec.
A mediação será da professora e escritora Licia Soares de Souza, professora emérita da UNEB. Segundo ela, a conferência pretende refletir sobre como superar traumas históricos e construir caminhos de transformação em um mundo marcado por desigualdades coloniais.
“É um debate voltado para todos que se interessam pela literatura migrante, estórias de travessias e, especialmente, para quem atravessa o mar e ainda encontra discriminação do outro lado”, destaca Licia.
Lançamentos durante o evento
Durante a conferência, também serão lançados dois livros:
“Como se faz um deserto – Semiosferas do Bioma Caatinga”, de Licia Soares de Souza (Editora Mondrongo) – A obra analisa o semiárido nordestino a partir de Os Sertões, de Euclides da Cunha, e de obras contemporâneas, mostrando como o sertanejo sobrevive em meio a um bioma moldado por séculos de exploração colonial.
“Signos em transe – Uma fortuna crítica da Semiótica de Licia Soares de Souza”, organizado por Taurino Araújo (Editora ZL Books) – O livro reúne textos de pesquisadores do Brasil e do exterior, com foco na semiótica peirceana, no ensino do francês e na literatura comparada, especialmente entre Brasil, Québec e América Latina.
Participam da coletânea nomes como Zila Bernd, Euridice Figueiredo, Rita Olivieri-Godet, Leonor Abreu, Brigitte Thiérion e Bernard Andrès, entre outros.
Para o presidente da ALB, o escritor Aleilton Fonseca, a conferência e os lançamentos reforçam o papel da instituição como promotora de diálogo e diversidade cultural.
“Em tempos que exigem mais escuta e compreensão, a literatura e as artes são ferramentas essenciais para construirmos pontes entre culturas”, afirma.
SERVIÇO
O quê: Conferência “A arte e a importância da diversidade cultural”, com Rodney Saint-Éloi, e lançamentos dos livros Como se faz um deserto (Licia Soares de Souza) e Signos em transe (Taurino Araújo)
Quando: 23 de abril (quarta-feira), às 18h
Onde: Academia de Letras da Bahia – Av. Joana Angélica, 198, Nazaré, Salvador (BA)
Quanto: Gratuito
Haverá entrega de certificados aos participantes
Formação
Janahina Cavalcante e Poliana Bicalho realizam oficina no MUNCAB

A oficina “Olhares Sensíveis: A Arte como possibilidade Pedagógica”, que acontece no dia 25 de abril (quinta-feira), das 14h às 17h, no Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (MUNCAB), está com inscrições abertas e gratuitas. A atividade integra a programação do PETIZ – Festival de Arte para Infância e Juventude e é voltada a educadores, agentes culturais e comunitários.
A oficina propõe práticas que unem consciência corporal, sensibilização artística e mediação cultural, destacando a importância da arte como linguagem transversal no ambiente escolar. São oferecidas 30 vagas, com direito a certificado virtual.
Com orientação de Poliana Bicalho e Janahina Cavalcante, pesquisadoras com ampla atuação em arte-educação e cultura, a formação busca promover um olhar mais atento e afetivo sobre os processos pedagógicos mediados pela arte.
As inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo Sympla. Mais informações estão disponíveis no site www.festivalpetiz.com.br e no Instagram @festivalpetiz.
SOBRE:
POLIANA BICALHO – Mãe, educadora, pesquisadora e mediadora cultural.
Doutoranda pelo Programa Multidisciplinar Cultura e Sociedade │ UFBA (2021), Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas│ UFBA (2016), com pesquisa voltada para o campo da mediação cultural, Especialização em Política e Gestão Cultural│UFRB (2021), graduada em Licenciatura em Teatro│UFBA (2011) e Comunicação Social – Jornalismo│UESB (2008). É coordenadora artístico -pedagógica do PETIZ – Festival de Arte para Infância e Juventude e Gerencia a CRIARE – Projetos Culturais e Educacionais. É integrante do grupo de pesquisa Coletivo Gestão Cultural (UFBA │ CNPq) e do grupo CRICA: Criar para Crianças: núcleo de estudos das artes e culturas da e para a infância da (UFRB).Professora de teatro da Rede Municipal de Educação de Salvador (BA). Trabalhou como professora no Curso Profissional Técnico Nível Médio em Dança da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia, de (2012│2016) e como Técnica Cultural, no Teatro SESC-SENAC Pelourinho, com foco nas ações de formação de espectador – Mediação Cultural (2013│2015).
JANAHINA CAVALCANTE – artista da dança, bailarina intérprete, educadora e mãe. As experiências perpassam pelo ensino da dança, produção, gestão e mediação cultural. Mestra em Dança pelo PPGDança-UFBA, com Especialização em Estudos Contemporâneos em Dança, Graduada em Pedagogia e Dança-UFBA. Estudante de psicopedagogia. Atuou no Projeto Dança para Crianças do Núcleo Viladança, na Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia -FUNCEB, foi professora no curso preparatório, nos cursos livres e no curso técnico. Foi coordenadora pedagógica do Curso Técnico em Dança. Esteve como Coordenadora de Dança do estado da Bahia. Atualmente está na assistência da CRIARE Mediações Culturais e Educacionais; professora de Dança na FOCO Usina de Teatro; assistência de coordenação de tutoria online do curso de licenciatura em Dança- EAD/UFBA ; professora da rede municipal de Lauro de Freitas.
SERVIÇO
Oficina “Olhares Sensíveis: A Arte como possibilidade Pedagógica”
25 de abril (quinta-feira)
Das 14h às 17h
MUNCAB – Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (R. das Vassouras, 25 – Centro, Salvador)
Público-alvo: educadores, agentes culturais e comunitários
Gratuito | Com emissão de certificado
Inscrições via Sympla
Vagas limitadas: 30 participantes
Formação
Último dia para inscrições no programa que conecta moda baiana ao mercado francês

Hoje (17/04) é o último dia para se inscrever no Programa Création Brasil de Aceleração de Negócios da Moda, iniciativa que busca impulsionar a internacionalização de empreendedores baianos do setor. A ação é realizada pelo hub de inovação Vale do Dendê, em parceria com a Embaixada da França no Brasil, e tem como embaixadora a estilista baiana Isa Silva, fundadora da marca Isaac Silva.
Com foco em negócios dos segmentos de vestuário, acessórios, têxtil, criação e confecção, o programa oferece mentorias especializadas e premiará a empresa finalista com um curso de francês na Aliança Francesa e uma viagem à França, com passagens, hospedagem e alimentação custeadas.

Isa Silva | Foto: Divulgação
“Ser Embaixadora da Aceleração é uma honra que recebo com muito carinho e alegria. Poder compartilhar meus conhecimentos com empreendedores do meu Estado é uma forma linda de retribuir o amor que tenho por Salvador”, afirmou Isa Silva.
Conhecida pelo lema “Acredite no seu axé”, ela também irá ministrar a masterclass “Da Bahia para o mundo: criatividade e diversidade como negócio”.
Segundo Paulo Rogério Nunes, cofundador da Vale do Dendê, a 18ª edição do programa se diferencia pela proposta de internacionalização.
“Vamos selecionar empresas com potencial de expansão global. Esta parceria com a Embaixada da França vai nos ajudar a abrir portas importantes para o mercado de moda da Bahia alcançar o cenário internacional”, destacou.
Para participar, é necessário ter CNPJ ativo como Pessoa Jurídica ou MEI, com CNAE principal relacionado à moda. A seleção contará com uma curadoria que irá pré-selecionar 20 perfis com base nos documentos e portfólio apresentados. Os escolhidos passarão por uma rodada de pitch de negócios, e 10 empreendedores serão selecionados para as capacitações.
O ciclo formativo inclui treinamentos jurídicos voltados à internacionalização, planejamento financeiro, acesso a linhas de financiamento e programas de apoio, além de mentorias sobre moda sustentável, economia circular, marketing e branding global.
O edital e o formulário de inscrição estão disponíveis no site www.valedodende.org.