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Entrevistas

#NegrasRepresentam – Luana Soares, feminista, militante e incentivadora!

Jamile Menezes

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Por meio de perfis, a campanha #NegrasRepresentam tem o objetivo de apresentar os pensamentos de mulheres negras em diversas esferas sociais e como suas ações vem propondo mudanças na realidade racial do país. Conheça Luana Soares:

Luana Soares é graduada em História pela Universidade Católica do Salvador e Especialista em Gestão de Políticas Públicas pela UNICAMP. Militante feminista e anti-racista, integra a Marcha Mundial de Mulheres e a Coordenação Nacional de Entidades Negras. Atualmente, compõe a equipe da Coordenação de Políticas para a Juventude, órgão do Governo do Estado da Bahia. Luana é uma destas mulheres que podemos considerar incentivadora e fiel a quem ela considera. Sempre se inspirando em mulheres que resistiram a modelos hostis e violentos, ela vem construindo uma trajetória de força e solidariedade.

Portal Soteropreta – Você é reconhecida por sua atuação na luta pelo direito das mulheres negras, em especial quando se trata de auto cuidado. O que lhe fez optar por esse caminho?

Luana Soares – Venho de uma família de mulheres muito fortes. Do tipo que resolve problemas de todo mundo, mas que dedica pouquíssimo tempo para si. Essa é uma realidade que é delas, uma realidade que é minha e de muitas mulheres negras e que Bell Hooks fala em Vivendo de Amor, a nossa forma de amar, a forma de amar das nossas mães é garantindo a sobrevivência. Somos ensinadas desde cedo que o nosso papel é cuidar, manter a vida girando, a dos filhos, a da comunidade, a dos homens. Então, parar pra cuidar de si, seja física ou psicologicamente e/ou espiritualmente é um ato de muita resistência. Foi observando essas mulheres e a mim que percebi que não nos cuidamos, não porque não queremos, mas porque nosso tempo é massacrado por um divisão sexual do trabalho que é cruel e marcada pelo racismo e machismo.

Portal Soteropreta – Comente um pouco das contribuições que você percebe sobre o sobre o pensamento feminista negro, esse campo de estudo e militância?
Luana Soares – Desnaturalizar violências. Harriet Tubman em seu discurso histórico, na verdade está falando sobre as mulheres a quem o cuidado (mesmo um cuidado de bases machistas) era destinado às outras para quem a violência era destinada e naturalizada. Então, me erguer contra essas violências, falar sobre elas, gritar, sair do papel de “Grand Mama” que a sociedade racista tenta imprimir as mulheres negras, é a principal contribuição do feminismo negro na minha vida. E certamente, a solidariedade. Veja, apenas acredito em uma sororidade não-branca, não-colonizada, então prefiro utilizar o termo Solidariedade de mulher preta pra mulher preta é um negócio surreal. É tangível, é prático, se insere na roda da solidariedade da classe operária e não tem nada a ver com gostar ou não da outra. Sai do romantismo e vai para o gás q acaba e a outra ajuda, é ficar com o filho pra outra poder trabalhar, é amparar na hora do aborto, feito sozinha, é o cabelo que precisa ser trançado pra trabalhar na casa dos brancos. É uma prática ancestral.

 

O que eu gostaria de deixar de questionamento é: as mesmas condições são oferecidas a nós e as mulheres brancas? Ou aos homens brancos e negros? A minha experiência pessoal diz que não. Então acho que temos combatido o silenciamento, estamos ocupando os espaços, mas me preocupa sob quais condições estamos adentrando.

#NegrasRepresentam – Campanha homenageia mulheres no Novembro Negro

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Série Nossas Pretas Protagonistas estreia em novembro

Jamile Menezes

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No cenário em constante evolução que enfrentamos, a necessidade de unir palavras e ações para causar um impacto torna-se cada vez mais urgente. Com frequência, há um descompasso entre o discurso e a prática, onde muitos proclamam valores de igualdade e justiça, mas suas ações não refletem esses ideais.

No entanto, para mudar essa realidade, encontramos inspiração em nossos ancestrais, especialmente nas mulheres negras, que enfrentaram e ainda enfrentam desafios inimagináveis, deixando legados duradouros.
Reconhecendo a importância de contar as histórias dessas mulheres, o projeto “Nossas Pretas – Protagonistas” do Portal Soteropreta emerge neste mês de novembro para dar visibilidade a mulheres baianas que têm feito a diferença em diversas áreas, que vão desde cultura e política até economia, educação e saúde.

Coordenado pela publicitária Luciane Reis e pela administradora paraibana Alexandra Camilo, o projeto se destina a um público que se interessa por temas relacionados à diversidade e igualdade de gênero.

A ação promocional se materializa por meio de uma série de matérias jornalísticas que serão publicadas no Portal, principal veículo de cultura negra em Salvador. Essas matérias se dedicarão a contar a trajetória e o trabalho de mulheres negras baianas que se destacaram ao longo de 2023 em suas respectivas áreas de atuação.

Luciane Reis, coordenadora do projeto, destaca a importância de revisitar a maneira como as construções históricas ocorreram. Muitas vezes, a narrativa histórica moldada a partir de perspectivas eurocêntricas, chegam a nossa realidade frequentemente desprovidas de supervisão negra, resultando em uma história tendenciosa e incompleta.

Revisitar e reescrever nossa história, trazendo para o centro do processo as mulheres negras do nosso dia a dia, é uma justa inclusão de vozes negras na criação e revisão destas narrativas históricas, pois não se conta historias de protagonismo negro sem as matrizes geradoras do mundo.

‘Ao contar histórias que não se restringem a figuras históricas famosas, o projeto valoriza a caminhada e história de pessoas comuns que também são inestimáveis para a realidade negra do pais. A criação de narrativas que celebram a beleza da vida cotidiana, a luta diária e as conquistas modestas feminina é uma maneira poderosa de inspirar e conectar as pessoas”, diz Luciane.

Ao longo do mês de novembro, o público do Portal Soteropreta, juntamente com o público do Mercafro, encontrará nestas histórias lições de empatia, solidariedade e humanidade que moldam um futuro mais justo e igualitário.

Para Alexandra Camilo, também coordenadora do projeto, este é o momento de reunir esforços e causar um impacto positivo. “Ampliar a voz das mulheres negras exige uma harmonização entre o discurso e a prática, e aprender com os ensinamentos de nossos ancestrais. Desta forma, contar as histórias de mulheres negras e de pessoas comuns, é uma maneira de revisitar e reescrever essas narrativas de forma inclusiva e autêntica”, diz.

Para ambas, é preciso ampliar a voz daquelas que muitas vezes são silenciados pelo patriarcado, seja branco ou negro, para construir um novo ponto de vista que elimina limites impostos às nossas narrativas. Com o projeto “Nossas Pretas – Protagonistas” é preciso que essas vozes sejam compartilhadas, só assim estaremos contribuindo para a construção de histórias mais belas e significativas.

Alexandra Camilo é Advogada, Administradora de empresas e atua no mercado de Compliance em todo o Brasil.

Luciane Reis, Publicitária, Design Instrucional e Mestra em Desenvolvimento e Gestão Ciags- UFBA. Pesquisadora da História Econômica Negra

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Lucas de Matos entrevista a jornalista e historiadora Mila Burns sobre livro ‘Dona Ivone Lara: Sorriso Negro’

Jamile Menezes

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Foto Grisel Sarich

 

O comunicador Lucas de Matos entrevista a jornalista e historiadora Mila Burns sobre ‘Dona Ivone Lara: Sorriso Negro’, livro lançado pela Editora Cobogó (2021). Nele, Mila faz uma análise sobre como a obra é referencial para o fortalecimento da luta antirracista no Brasil. O encontro acontece pelo Instagram no dia 13 de abril (quinta), data de nascimento da cantora, às 19h no Brasil e 18h em Nova York, onde a jornalista reside.

 

Temas como a carreira de Dona Ivone Lara, curiosidades sobre as músicas e o impacto do álbum na MPB serão conversados na live sobre o livro, que integra a série ‘O Livro do Disco’, considerado um divisor de águas pra sambista. Hits como ‘Sonho Meu’, ‘Alguém me Avisou’ e ‘Tendência’ fazem parte desse repertório que versa sobre identidade, amor, ancestralidade e cultura popular.

 

“É uma maneira de festejar o legado de Dona Ivone Lara, que é eterno”, comenta o idealizador do projeto Lucas de Matos Entrevista, no qual já foram entrevistadas personalidades como a atriz Elisa Lucinda e o cantor Davi Moraes. “Receber Mila Burns, biógrafa de Dona Ivone, e jornalista de grande proeminência, vai deixar o papo ainda mais especial. Esperamos vocês”, finaliza.

 

O quê: Live – Lucas de Matos entrevista Mila Burns

Quando: 13 de abril (quinta), às 19h

Onde: Instagram @_lucasdematos

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Olodum lança Podcast “Carnaval, Cultura e Negritude”

Jamile Menezes

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Foto Brenda Matos

 

Uma realização do Olodum, o Podcast “Carnaval, Cultura e Negritude” será lançado em abril nas plataformas do youtube e spotify. A ação visa realizar um passeio por meio dos carnavais do Bloco Afro Olodum, com entrevistas com personalidades, sejam elas figurinistas, diretores, compositores e afins que fizeram e fazem parte dos mais diversos processos de construção desse universo,

Este programa semanal vai explorar o universo da festa momesca sob a perspectiva de um Bloco Afro, demonstrando a importância dos temas de carnaval como elemento de educação popular, de resgate de identidade, de recontação e popularização da história da África e das pessoas negras em diáspora.

Serão pautados: o contexto histórico da realização de cada carnaval e repercussão do tema, as composições, indumentárias e tudo o que permeia esse espaço de criação de subjetividades, nas dimensões palpáveis e simbólicas, realizando um paralelo com a contemporaneidade.

Entre os temas estão: 1987 – Do Egito à Bahia, 2011 – Tambores, Papiros e Twitter e Mãe, Mulher, Maria – Uma História das Mulheres.

Foram convidados nomes como Nelson Mendes, Tonho Matéria, Sandoval Melodia, Marcelo Gentil, Lia Santos, Adriana Rocha e Wanda Chase.

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