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#NegrasRepresentam – Valdineia Soriano e as conquistas da atriz negra!
Atriz do Bando de Teatro Olodum desde sua formação em 1990,Valdineia Soriano é produtora de diversos espetáculos baianos e tem hoje uma imagem consolidada no cenário teatral. Ela escolheu discutir o passado para não deixar que a história negra desapareça.
Sua experiência de palco envolve mais de 30 montagens, dentre elas “Essa é a nossa praia”, “Medeamaterial” (de Heiner Muller), “Cabaré da RRRRRaça”, “Áfricas”, “Ó, Paí, Ó”, “Bença” e “Dô”. Produtora do Festival Internacional de Arte Negra: A Cena Tá Preta, ela não se cansa. No cinema, integrou o elenco de Jenipapo (1994) e Ó, Paí, Ó (2006), de Monique Gardenberg, O Jardim das Folhas Sagradas (2006), dirigido por Póla Ribeiro, Tim Maia (2014) de Mauro Lima e Café com Canela (2016) de Glenda Nicácio e Ary Rosa.
Recentemente, foi eleita melhor atriz no Festival de Brasília. Estamos falando de uma atriz que, através de sua arte, luta para que alguma dessas memórias continuem vivas dentro de nós.
Portal Soteropreta – O Teatro Experimental do Negro foi nossa primeira experiência teatral pautando a ausência do negro na dramaturgia e nos palcos do Brasil. Neste sentido, qual a sua perspectiva sobre a presença negra feminina nos palcos?
Valdineia Soriano – O TEN foi o percursor na perspectiva da (o) artista negra (o) poder dizer: “NÓS TAMBÉM PODEMOS E SABEMOS FAZER ARTE!”. Contudo, ainda é muito difícil viver de arte no Brasil, principalmente, sem pertencer a uma grande Cia que seja patrocinada. A condição feminina na arte cênica vem mudando, não é o ideal de visibilidade considerando a gama de atrizes negras que temos na “cena negra”, mas nós estamos conduzindo divinamente nossas trajetórias. Com escritas, produções, direções, atuação e, desta forma, pautando nossos temas, com o nosso olhar, sensibilidade e (RE) existindo – seja no teatro, TV, cinema, circo, dança ou até mesmo nos bastidores destas produções!
Portal Soteropreta – Em que o Teatro contribui para que a atriz Valdineia seja uma referência na luta anti racista?
Valdineia Soriano – Verdadeiramente, é presunçoso de minha parte receber este lugar de referência. Eu sou apenas um corpo, que tem sua importância, a partir da minha arte e da minha postura política-cidadã, na luta para combater as formas do racismo! A minha arte me possibilita falar para muita gente, de todas as etnias e classes sociais, isso é ótimo, mas, eu faço parte de um corpo-coro enorme.
Portal Soteropreta – Você é atriz, produtora, conselheira, ativista, mãe, mulher… Como é ser múltipla neste cenário artístico? O que você mais tem a comemorar?
Valdineia Soriano – O ano de 2017, tirando todos os golpes, foi e é um ano que vai entrar para minha história enquanto atriz. Eu fiz muitos e bons trabalhos, tive bons encontros profissionais e ganhei um prêmio de extremo reconhecimento na cena brasileira, o troféu de melhor atriz do cinema de Brasília. Essa será minha comemoração por um bom tempo. Mas, eu sempre espero uma surpresa…
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Matriarcas da Pedra de Xangô escolhem os 15 novos guardiões
A secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães, recebeu, nesta quarta-feira (28), o título de Guardiã do Parque Pedra de Xangô. A honraria foi concedida pelas Matriarcas da Pedra de Xangô, grupo de sacerdotisas responsáveis pela salvaguarda e proteção do rochedo considerado sagrado pelos religiosos de matriz africana em Salvador.
“É uma emoção e grande responsabilidade ser agraciada com o título. Assumo o compromisso pessoal e institucional com o enfrentamento do racismo religioso e a manutenção dos nossos territórios sagrados”, destacou a titular da Sepromi.
A entrega da condecoração integrou a programação da Cerimônia da Fogueira de Xangô, ritual que reverencia as divindades do fogo e fortalece a rede em defesa desse patrimônio cultural afro-brasileiro, localizado na Avenida Assis Valente, no bairro de Cajazeiras.
De acordo com as Matriarcas da Pedra de Xangô, os 15 novos guardiões foram escolhidos em função dos “relevantes serviços à cidade, a cultura, à população negra, ao Povo de Axé, às comunidades tradicionais e, em especial, ao processo de implantação, manutenção e gestão do equipamento de apoio do Parque Pedra de Xangô”.
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Associação celebra Dia Internacional do Reggae no Pelô
A Associação Cultural Aspiral do Reggae vai celebrar o Dia Internacional do Reggae – 1º de julho. A festa será na Casa Cultural Reggae (Rua do Passo) e contará com um time de artistas, djs e banda de reggae pra animar o público. Esta é a 7ª edição dessa celebração e terá shows do veterano Kamaphew Tawa & banda Aspiral do Reggae, Dj Maico Rasta, Fabiana Rasta, Jo Kallado ,Vivi Akwaba, Jadson Mc, Bruno Natty, Ras Matheus e Makonnen Tafari.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais consome reggae, uma data definida pela jamaicana Andrea Davis, inspirada no discurso de Winnie Mandela em Kingston, Jamaica, em 1992.
“O Reggae tem sido uma grande influência nas raízes culturais e musicais da Jamaica e do mundo, misturando instrumentos africanos e europeus como violão, bongô e banjo, e criando as bases para o gênero. Ele inspirou milhares a seguirem a filosofia da cultura Rastafari, dando origem a figuras icônicas como Bob Marley, Jimmy Cliff, Peter Tosh, Toots & The Maytals, entre outros”, pontua a dirigente da Associação, Jussara Santana.
O ritmo também foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pela Unesco, em 2018, por conta do seu papel sociopolítico e cultural. A celebração será neste sábado (01/7), aberta ao público, das 18h às 23h30.
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Vai rolar segunda edição da festa #Ghettos no Bombar
Nesta sexta (30), o Bombar no bairro do Rio Vermelho em Salvador vai receber a segunda edição da festa Ghettos edição Salcity X Guiné- Bissau, idealizada pelo produtor, Uran Rrodrigues.
“Os sons de dois dos principais centros urbanos do mundo se encontrarão na mesma pista em celebração as nossas potencialidades numa mistura musical altamente dançante e identitária” conta Uran.
Diretamente de Mirandá, gueto do Guiné, o músico, cantor e Dj Eco de Gumbé apresentará suas performances no melhor do afrobeat, dialogando com o set do dj, produtor musical e co-criador do Coletivo Trapfunk&Alivio, Allexuz95 do Nordeste de Amaralina. Ele promete beats certeiros com trap,funk e pagodão baiano.
Do Pelourinho, Akani retorna à festa trazendo o seu groove e os remixes mais potentes da cena, abrindo as portas para sonzeira de Dricca Bispo com as autorais, como “Saudade” e os covers de Sem Pause e Inevitável.
Dricca Bispo, dançarina de Castelo Branco, já conhecida das pistas, apresentará sua nova versão como cantora. Vai rolar ainda feat especial com Felupz, que se prepara para lançar Razga com beat produzido por Doizá.
Couvert artístico R$ 25.