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Literatura

#PoesiaSoteroPreta – A poesia-liberdade-libriana Larissa Barros!

Jamile Menezes

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Larissa Barros escreve pequenos poemas desde a adolescência, mas somente há cerca de três anos, confessa, passou a vivenciar a poesia como uma arte potencial de expressão. “Escrevo majoritariamente sobre amor e questões de gênero e desejo expressar o que sinto e penso, assim como despertar no outro as suas próprias reflexões”.

 

A arte da palavra lhe toma por inteira. “A poesia pra mim é como falar, andar, respirar. Faz parte do meu ritual de vida. Vejo poesia pela janela do ônibus, em todo canto. Ela é instintiva, involuntária, pode brotar de todo lugar. Gosto de utilizar algumas figuras de lingaguem, como a personificação e anáfora. Não existe uma intenção exatamente, mas essas figuras me auxilam a transmitir a minha mensagem”.

 

A poesia de Larissa dialoga e rima com família, quando família representa acolhimento, segurança e liberdade; rima, sobretudo, com qualquer espaço de diálogo e libertação do pensamento. “Se não tiver isso, acredito que não pode rimar com família”, sussurra.

 

Além de poemas, Larissa se aventura, também, pela prosa, e diz que já escreveu alguns pequenos contos, mas ainda está em processo de identificação com essa linguagem. Apesar de usar as redes sociais, prefere não se divulgar como poetisa nestas plataformas. Prefere outros suportes, como declara: “Publiquei uma fanzine como trabalho final de um componente curricular no curso que faço na Ufba, na qual coloquei três pequenos poemas”.

 

Em suas próprias palavras ela tenta se resumir: “falar de uma libriana clássica como eu não é facil. Sou a mistura de muita coisa e não me envergonho disso. Não gosto de ser encaixada em quadrados e me dou a oportunidade todos os dias de mudar os meus pensamentos. Acho que essa é a minha marca maior, essa capacidade de me refazer sempre e não me sentir obrigada a manter sempre a mesma linha de pensamento. Acho que o segredo pra viver nesse mundo louco está na renovação diária”.

 

SEM ESCAPATÓRIA

 

Em todo o meu percurso,

Em cada canto deste mundo

Mundo insano por sinal

Não encontrei quem tenha escapado

De um grande amor

Tão pouco ter saído ileso dele

Espontâneo como criança

Leveza de um passarinho

Perspicaz, rápido, voraz

Há quem o chame de paixão

Loucura, cegueira, desejo ou tesão

Fica a vontade, a mercê e a toa

Chame do que quiser

Quantos apelidos couber

Só não se negue e nem recue

Não gosta de ser rejeitado

E não se faz de rogado

Mas sem dúvida

Seu lugar, seu porto, seu chão

O lugar para onde sempre volta

É o repouso tranquilo

Na letra da canção.

Literatura

“Conto Aqui, Conto Ali” abre convocatória para autores infantis de Salvador

Iasmim Moreira

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Estão abertas, até o dia 22 de junho, as inscrições para a convocatória do projeto “Conto Aqui, Conto Ali”, que irá selecionar três livros infantis de autores nascidos ou residentes em Salvador. As obras escolhidas servirão de base para apresentações cênicas em formato de contações de histórias, voltadas ao público infantojuvenil da Península Itapagipana.

Idealizado pelo produtor cultural Bergson Nunes e realizado pela DA GENTE Produções, o projeto busca democratizar o acesso à literatura e à arte para crianças e adolescentes, especialmente da Cidade Baixa. Escritores interessados devem preencher o formulário disponível no link https://forms.gle/rrLSqQVM1cwtzZVW7, também acessível pelo perfil @contoaquicontoali no Instagram.

“É uma forma de acolher, encantar e formar. Acreditamos que cultura e educação andam juntas na afirmação de identidade e fortalecimento dos territórios”, afirma Bergson, que nasceu e foi criado na Vila Ruy Barbosa.

Podem participar autores com obras em formato de conto voltadas ao público infantil. A seleção será feita por uma comissão formada por profissionais das áreas de literatura, artes cênicas e educação com atuação na infância, e levará em conta critérios como criatividade, relevância artístico-cultural e adequação ao público. Os três escritores selecionados receberão R$ 1.500,00 pela cessão de direitos autorais e participação em uma das apresentações.

As contações acontecerão gratuitamente em diversos espaços da Cidade Baixa entre agosto e setembro de 2025, incluindo escolas, hospitais, bibliotecas e centros culturais. Além das apresentações, haverá bate-papo com a equipe e sessões com tradução em Libras. As instituições participantes receberão exemplares das obras selecionadas em doação.

O projeto foi contemplado pelo edital Territórios Criativos – Ano II, com recursos da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador, e da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), via Ministério da Cultura.

SERVIÇO
O quê: Convocatória de escritores para o projeto “Conto Aqui, Conto Ali”
Inscrições: De 09 a 22 de junho de 2025
Formulário: https://forms.gle/rrLSqQVM1cwtzZVW7
Mais informações: @contoaquicontoali no Instagram ou pelo e-mail dagente.prod@gmail.com

Foto: Silara Aguiar

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Literatura

Lucas de Matos participa da Feira do Livro de Maputo, em Moçambique

Iasmim Moreira

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Lucas de Matos

O escritor e comunicador baiano Lucas de Matos será um dos representantes brasileiros na Feira do Livro de Maputo, que acontece nos dias 16 e 17 de junho, em Moçambique. Integrando o projeto “Escrita Viajante e as Diversidades Culturais Diaspóricas”, promovido pelo Coletivo Flipeba, o autor participará de painéis, lançamentos literários e um sarau poético no Instituto Guimarães Rosa (IGR).

Autor dos livros Preto Ozado e Antes que o Mar Silencie, Lucas faz sua primeira viagem internacional com um significado especial: “É simbólico que seja para o continente africano”, afirma. Ele já havia participado anteriormente de atividades virtuais com Angola e Moçambique.

A programação do autor começa no dia 16 de junho com a apresentação do livro Confissões de Viajante (Sem Grana), da escritora Manoela Ramos, às 15h. No mesmo dia, às 18h, Lucas participa do painel coletivo “Legado dos Festivais Literários – Conexão Bahia/Maputo”, refletindo sobre os laços culturais entre os dois territórios.

No dia seguinte, 17 de junho, ele comanda o Sarau Poético, às 15h, onde apresenta textos próprios e também poemas de escritoras moçambicanas como Paulina Chiziane e Noémia de Sousa. O encerramento de sua participação ocorre na “Festa O Pente”, evento promovido pelo agitador cultural Uran Rodrigues, com recital do autor.

Além das atividades literárias, Lucas também atua como comunicador na cobertura da participação da escritora Manoela Ramos na Feira, ao lado de Uran Rodrigues. A curadora da Festa Literária de Boipeba (Flipeba) integra a comitiva do projeto, que busca fomentar a leitura e a produção literária com base nas experiências de viagem e conexões com a diáspora africana.

“É uma alegria poder contribuir para a difusão de iniciativas literárias por meio da comunicação. Faremos uma cobertura com todos os detalhes dessa imersão”, destaca Lucas.

O quê: Participação do escritor Lucas de Matos na Feira do Livro de Maputo – Projeto “Escrita Viajante e as Diversidades Culturais Diaspóricas”

Quando: 16 e 17 de junho de 2025

Onde: Instituto Guimarães Rosa (IGR) – Maputo, Moçambique

Programação principal:

  • 16/06, 15h – Apresentação do lançamento do livro Confissões de Viajante (Sem Grana), de Manoela Ramos

  • 16/06, 18h – Painel “Legado dos Festivais Literários – Conexão Bahia/Maputo”

  • 17/06, 15h – Sarau Poético com Lucas de Matos e poesias moçambicanas

  • Encerramento na “Festa O Pente”, com recital do autor

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Literatura

Meg Heloise lança livro ‘Na Beira’ no Museu de Arte da Bahia

Iasmim Moreira

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Meg Heloise

A escritora e pesquisadora Meg Heloise lança no próximo dia 13 de junho seu primeiro livro solo de poesias, Na Beira, publicado pela Editora Segundo Selo. A obra reúne 45 poemas que atravessam memórias, afetos e vivências de uma mulher negra em constante processo de resistência e reinvenção. O lançamento acontece às 19h, no Museu de Arte da Bahia (MAB), com sessão de autógrafos e presença da autora.

A coletânea marca a estreia de Meg como autora solo, após participações em antologias nacionais e internacionais. A pré-venda do livro já está disponível e segue até o dia 11 de junho, ao valor de R$ 40.

Na Beira é onde estou. À margem da sociedade, à margem de mim mesma, buscando compreender a minha trajetória, minha ancestralidade e os afetos que me atravessam. Escrevo para me manter viva, para não naufragar”, diz a autora, que é doutora em Literatura e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e também atua como curadora da Festa Literária de Aratuípe (FLITA), no Recôncavo baiano.

A obra tem prefácio assinado pela escritora Luciany Aparecida e orelha de Silvana Carvalho, e propõe uma travessia poética sensível e potente sobre ser mulher, negra e nordestina. Com textos escritos entre 2017 e 2024, a publicação nasceu do desejo antigo de reunir anotações que há anos habitavam blocos e cadernos. “Em 2020, comecei a organizar os poemas, mas só agora pude dar corpo a esse sonho, que foi sendo adiado pelas múltiplas tarefas e demandas da vida acadêmica e profissional”, conta Meg.

Natural de Nazaré, no Recôncavo baiano, a escritora começou a escrever ainda na infância, incentivada pela mãe e por professores da rede pública. Desde 2021, tem atuado nos bastidores da cena educacional e cultural, especialmente na formação de professores e na assessoria técnica da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

Inspirada por autoras como Conceição Evaristo, Lívia Natália, Calila das Mercês, Maya Angelou e Luciany Aparecida, Meg acredita na escrita como ferramenta de resistência, reconhecimento e prazer. “A escrita é uma possibilidade de existência. Quando escrevo, acolho a menina que fui e digo a ela: a escrita é possível, é necessária.”

Mais do que uma conquista individual, a publicação de Na Beira reflete o fortalecimento de um movimento maior: a democratização do acesso ao livro e à leitura, especialmente nos interiores. “Tenho acompanhado esse processo de interiorização das festas literárias e de formação de novos leitores e escritores. A leitura não deve ser uma prática mecânica, e sim uma descoberta prazerosa. Em minha memória, ler sempre esteve associado ao afeto, ao prazer, à liberdade”, afirma a autora.

SERVIÇO
O quê: Lançamento do livro Na Beira, de Meg Heloise
Quando: 13 de junho (quinta-feira), às 19h
Onde: Museu de Arte da Bahia (MAB) – Salvador
Quanto: R$ 40,00
Instagram @meg_heloise

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