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Literatura

Cordelista Bule-Bule lança livro que une Cultura do Cordel e Panteão Africano!

Jamile Menezes

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Fto Eric Machado

 

A literatura de cordel e o panteão africano estarão juntos no livro “BULE BULE – ORIXÁS EM CORDEL”, de autoria do mestre da cultura popular nordestina, Antônio Ribeiro da Conceição, artisticamente conhecido como Bule-Bule. Maior repentista da Bahia, Bule Bule tem mais de 100 títulos publicados e essa não é a primeira vez que o mestre se debruça sobre temas religiosos. É de sua autoria os cordéis “Adeus a Mãe Menininha – a nossa Ialorixá Maria Escolástica da Conceição Nazareth” e “Irmã Dulce da Bahia: Santa Mãe de Todos Nós”.

“Muitos grandes mestres conviverem com temas variados, mas ninguém tinha escrito, levando a sério, um trabalho sobre a religiosidade de matriz africana. Alguns tinham criado em tom de brincadeira e gozação. Então, acredito que esse livro é um elemento mágico para abastecer essa lacuna”, avalia o mestre baiano.

Editado pela Pinaúna Editora, a obra tem ilustração de Klévisson Viana, prefácio do compositor, cantor e instrumentista Mateus Aleluia. O livro será apresentado ao público nesta quarta (11), em noite de autógrafos, às 18h30, no foyer do Teatro Castro Alves.

 

“A escolha desse tema foi uma oportunidade ao descobrir que há cento e tantos anos que o Cordel circula no Brasil e, mesmo com muitos grandes mestres que conviveram com os temas variados e viveram dessa arte majestosa de criar títulos e personagens, ninguém ainda tinha escrito, levando a sério, um trabalho de matriz africana, como esse. Alguns tinham feito tipo brincadeira, gozação… Mas levando a sério, a religiosidade, ninguém tinha feito. Eu acho que vai ser um elemento mágico para abastecer essa lacuna que o mercado ainda tem.”

SERVIÇO

O QUE: Lançamento livro “BULE BULE – ORIXÁS EM CORDEL”

QUANDO: 11 de abril (quarta-feira), 18h30

ONDE: Foyer Teatro Castro Alves

Aberto ao público

 

Literatura

Anderson Shon faz pré-lançamento de novo livro na FLICA 2024

Ana Paula Nobre

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Foto: Arquivo pessoal

O escritor, educador, poeta, cronista e quadrinista, Anderson Shon, fará o pré-lançamento de “Onde Mora a Poesia” (Editora Segundo Selo), seu mais novo livro, durante a 12ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA). A obra, escrita durante o período de isolamento social, traz reflexões importantes e profundas sob uma perspectiva poética a partir do cotidiano que, durante a pandemia, foi resumido aos cômodos do lar e cada um deles traz um significado especial através da escrita do artista.

“A poesia pode morar em qualquer lugar, pessoa ou situação. Esse livro é um retorno à poesia, um espaço onde revisitamos o isolamento social e nos lembramos de que sobrevivemos ao fim do mundo. Eu me inspirei nos cômodos de casa para escrever e percebi que cada um deles estava atrelado a uma sensação ou um sentimento. As poesias passeiam diretamente ou indiretamente por essas sensações ou sentimentos”, explica o escritor.

Com 20 poesias e três textos extraídos de um diário pessoal, o livro contará com um pré-lançamento no dia 19 de outubro, após a mesa “Entre Romances e Poesia”, que contará com a participação de Shon e das autoras Rafaela Ferreira e Camila Souza, para discutir as nuances da criação literária, a partir das 14h. Na oportunidade, o livro estará disponível para venda com valor promocional – R$35,00- e quem adquirir o exemplar nesse período, terá acesso antecipado à série documental homônima, que apresenta o processo criativo do autor em quatro episódios.

Capa do livro “Onde mora a poesia” por Daniel Cesart e Yasmin Alves Lima

Durante a FLICA cerca de 60 autores e autoras, entre nomes baianos, nacionais e até de outros países, comporão uma vasta programação intensa. Palestras, painéis, apresentações artísticas, encontros literários, lançamentos de livros, sessões de espetáculos, contação de histórias, exibição de conteúdos audiovisuais e apresentações de filarmônicas, poderão ser conferidos pelo público que estiver na cidade durante os 4 dias de evento.

Sobre Anderson Shon

Shon é multipotencial. Com experiência adquirida em veículos de relevância, como Mundo Negro, Correio Nagô e Jovem Nerd, já tem 6 livros publicados. O primeiro foi “Um Poeta Crônico” (independente), em 2013. Nos anos de 2019 e 2020, respectivamente, lançou “Outro Poeta Crônico” (independente) e “A Despedida do Super Futuro” (independente). Em 2023 trouxe ao mundo da leitura mais duas obras: “Quando As Borboletas Saem do Casulo” (editora Caramurê) e o quadrinho “Estados Unidos da África” (editora Bebel Books), seu livro que mais conquistou notoriedade até o momento. Este ano, depois de lançar “Não Termine Comigo, Joana” (editora Caramurê), se prepara para a chegada de “Onde Mora a Poesia” (editora Segundo Selo).

Serviço

Evento: Pré-lançamento de Onde Mora a Poesia na FLICA 2024

Data: 19 de outubro de 2024

Horário: 14h

Mesa: “Entre Romances e Poesia”

Local: FLICA – Festa Literária Internacional de Cachoeira

Valor do livro na pré-venda: R$ 35,00

 

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Literatura

FLICA 2024 divulga resultado do edital de lançamento de livros

Ana Paula Nobre

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FLICA 2024
Foto: Divulgação

O resultado do chamamento simplificado para a seleção de 20 autores e 10 suplentes para a realização de sessões de autógrafos, lançamentos literários e exposições de artesãos na Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA 2024) já está disponível. O evento será realizado de 17 a 20 de outubro na Cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano. Prezando pelo diálogo com todos os públicos, o edital assegurou o direito ao pleito das vagas a qualquer participante que preencha as exigências estabelecidas no Edital, havendo reserva de 10% das vagas para pessoas com deficiência, 10% para negros (as) e 5% para indígenas. O resultado pode ser acessado no link.

O lançamento das obras contempladas acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de outubro no Espaço Casa dos Autores Brasileiro, tendo cada autor o tempo de 1 hora para realizar a sua atividade. Os selecionados deverão comparecer ao evento na data e horários informados por e-mail. A falta de confirmação de cada selecionado até a próxima segunda-feira (14) implica em substituição por outro autor constante da lista de reserva. Cada autor selecionado presente receberá um certificado de participação na FLICA.

A FLICA 2024 é uma realização da Fundação Hansen Bahia (FHB), em parceria com a Prefeitura de Cachoeira, LDM (livraria oficial do evento), CNA NET (internet oficial do evento), UFRB (CAHL – Centro de Artes, Humanidades e Letras) e conta com o apoio da BRACELL, ACELEN, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação, Caixa e Governo Federal.

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Literatura

Liniker, Jota Mombaça e Carol Barreto participam da FLICA 2024

Ana Paula Nobre

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Liniker | Foto: Rony Hernandes

A Tenda Paraguaçu promete ser um dos espaços mais movimentados da 12ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA), que acontece entre os dias 17 a 20 de outubro, sendo palco para diálogos sobre a construção de novos mundos, a busca por linguagens plurais e a reinvenção de formas de existência e resistência. Entre tantos momentos de troca, a mesa “Criar dentro dos sonhos, inaugurar línguas, destruir processos” promete chamar a atenção na quinta-feira (17), às 15h, com a presença de Liniker e Jota Mombaça, ambas artistas que vêm conquistando o Brasil e o mundo, sob mediação da anfitriã Carol Barreto, nome de destaque em pesquisa sobre ativismo na moda.

“Liniker utiliza sua voz-corpo para projetar canções que partem da poética e estética de suas letras-narrativas. Liniker escreve, é compositora, cantora, artista visual, recebeu prêmios como o Grammy Latino, e é por essas multiplicidades que ela está na FLICA, trazendo suas outras experiências, pois, além de cantora, é uma artista que usa o pensamento crítico e radical como mote de sua arte. Jota Mombaça, potiguar, atua há bastante tempo internacionalmente como escritora e artista interdisciplinar, em que a matéria sonora e visual das palavras faz parte de sua prática. Já Carol Barreto, cria de Santo Amaro, é uma intelectual que traz concepções de gênero atreladas ao ativismo por meio da linguagem da moda”, explica Calila das Mercês, curadora da Tenda Paraguaçu.

Jota Mombaça | Foto: Jhony Aguiar

Para esta mesa, foram selecionadas a dedo três convidadas caracterizadas pela excelência do seu trabalho, que oferecem diversos formatos de narrativas e de como criar com as palavras e as subjetividades que as envolvem. Segundo Calila, escritora e pesquisadora interdisciplinar da USP, são artistas que, cada uma à sua maneira, tensionam e criam dentro dos sonhos, inaugurando línguas e linguagens, falando de tantos pluriversos, o que é relevante para uma festa literária que acontece numa região tão plural como o Recôncavo Baiano.

“No caminho que desenvolvi nesta pesquisa curatorial, trouxe pessoas nutridas de trabalhos que lapidam com excelência as palavras para a Tenda Paraguaçu. Artistas de múltiplas linguagens que trançam pensamentos com outros artistas, outras artes, literaturas e modos de apresentar à comunidade suas poéticas, gingas, táticas e narrativas têm tudo a ver com a FLICA, com o Recôncavo e com o Brasil”, completa Calila.

Liniker – Nome que transborda autenticidade e talento, a cantora, compositora, atriz, artista visual, empresária e produtora Liniker é uma das maiores revelações da música brasileira atual. Natural de Araraquara, São Paulo, segue carreira solo desde 2021 e, em 2023, foi eleita “imortal” ao tomar posse da cadeira número 51 da Academia Brasileira de Cultura (ABC), no Rio de Janeiro. Seu mais recente álbum, “Caju”, lançado em agosto deste ano, a levou para o topo das plataformas de streaming e para o coração de uma nova legião de fãs. Para além da Liniker cantora, o público da FLICA vai ter a chance de conhecer a face poeta e intelectual de Liniker, que utiliza do poder das palavras para compor seus grandes sucessos.

Jota Mombaça – Jota Mombaça é uma artista visual e escritora interdisciplinar nascida em Natal, cujo trabalho se desdobra em diversos meios, desde poesia até teoria crítica, estudos queer, interseccionalidade política e performance. Com trabalhos apresentados nas Bienais de São Paulo, Berlim e Sydney, ela faz parte de uma geração de artistas ativistas voltados para o debate sobre descolonização e racismo, cruzando as dimensões de classe social e identidade de gênero. Em seu livro Não vão nos matar agora (2021), aborda corpos vigiados por sistemas de controle, que seguem de pé apesar das adversidades de um ambiente dominado por padrões opressivos.

Carol Barreto | Foto: Divulgação

Carol Barreto (anfitriã) – Artista, ativista e professora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, Carol Barreto lançou este ano seu primeiro livro, Modativismo: quando a moda encontra a luta, que reúne suas ideias sobre as questões sociais e problemáticas que envolvem o mundo da moda, incluindo a desigualdade de acesso, racismo e as lutas das comunidades minoritárias. Em sua obra, Carol propõe uma maneira diferente de pensar e praticar a moda, buscando construir novas representações sobre e para pessoas negras.

Cachoeira acolhe a pluralidade – Nos quatro dias de evento, 58 autores nacionais e internacionais se reunirão com o objetivo de democratizar o acesso à leitura e potencializar a formação de leitores de todas as idades. Com entrada gratuita, as atividades envolvem debates, intervenções artísticas, mesas de bate-papo, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, espetáculos, contação de histórias, exibição de conteúdos audiovisuais, apresentações de filarmônicas e muito mais.

Nesta edição, os principais espaços são a Tenda Paraguaçu, Fliquinha e Geração Flica, além da programação artística, dividida entre o Palco Raízes e o Palco dos Ritmos, que vão sediar diversas atrações imperdíveis. Todos os espaços têm indicação etária livre e contam com acessibilidade, tradução em libras e audiodescrição. A curadoria da FLICA é formada por Calila das Mercês, Emília Nuñez, Deko Lipe e Linnoy Nonato. A Coordenação Geral é assinada por Vanessa Dantas, CEO da Fundação Hansen Bahia.

A FLICA 2024 é uma realização da Fundação Hansen Bahia (FHB), em parceria com a Prefeitura de Cachoeira, LDM (livraria oficial do evento), CNA NET (internet oficial do evento) e conta com o apoio da ACELEN, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação.

PROGRAMAÇÃO TENDA PARAGUAÇU – FLICA 2024
Curadoria: Calila das Mercês

QUINTA-FEIRA – 17 de outubro
10h | Tecnologias de continuidade: contando hoje ensinando o amanhã
Ebomi Cici de Oxalá, Lívia Sant’Anna Vaz e Sulivã Bispo (anfitrião)

15h | Criar dentro dos sonhos, inaugurar línguas, destruir processos
Liniker, Jota Mombaça e Carol Barreto (anfitriã)

19h | Poesia e ousadia nas vozes de Elisa, Cida e Lívia
Elisa Lucinda, Cida Pedrosa e Lívia Natália (anfitriã)

SEXTA-FEIRA – 18 de outubro
10h | Tradução, processos criativos, melanina e mel na literatura
Upile Chisala, Lubi Prates e Yasmin Morais (anfitriã)

15h | Palavras de onde venho: leituras, inspirações, escritos e invenções
Mariana Rozario, Jeferson Tenório, Marcus Vinicius Rodrigues e Felipe Oliveira (anfitrião)

19h | Quando gestos-palavras dançam e se abraçam
Sarau do Caquende recebe Slam das Minas – BA

SÁBADO – 19 de outubro
09h | Fundamentos, fabulações e escritas de nós
Valéria Lima, Aline Motta, Bianca Santana e Fabiana Carneiro (anfitriã)

11h | Começar pelo recomeço
Calila das Mercês conversa com Zezé Motta

14h | Pensar o enquanto das coisas, inclusive dos mundos
Adelaida Fernandez Ochoa, Geni Núñez e Laura Castro (anfitriã)

17h | Linguagens, corpos, mistérios e chão
Itamar Vieira Junior, Kalaf Epalanga e Edma de Góis (anfitriã)

20h | Celebrar enquanto luta
Sarau da Onça recebe Sérgio Vaz

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