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Literatura

Territórios quilombolas é tema do primeiro livro do geógrafo Diosmar Santana Filho

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Foto: Ismael Silva

Os territórios quilombolas são a Rosa dos Ventos na obra A geopolítica do Estado e o território quilombola no século XXI, primeiro livro do geógrafo Diosmar Santana Filho, a ser lançado no próximo dia 14 de maio (segunda-feira), às 18h, na Livraria LDM (Espaço Itaú de Cinemas Glauber Rocha – Praça Castro Alves). A publicação, editada pela Paco Editorial, dá visibilidade ao contexto geopolítico e histórico com quais os territórios quilombolas enfrentam as desigualdades raciais nos séculos, de conquistas e perdas para a população negra brasileira.

Em seis capítulos, Diosmar, mestre em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), aborda diversas nuances que permeiam a luta quilombola por espaço, território e identidade, sobretudo levando em consideração as mazelas deixadas pela Abolição da Escravatura, em 13 de maio de 1888.

A obra é a primeira publicação científica do autor e é fruto da pesquisa geográfica realizada no Mestrado em Geografia na UFBA. Diosmar analisa as mudanças no espaço do Estado Brasileiro a partir do protagonismo dos próprios quilombolas como sujeitos de direitos e os territórios desde Palmares modificam a geopolítica na formação do Brasil, com destaque o Estado da Bahia.

 “Os territórios quilombolas estabelecem novas estruturas e formas para um ordenamento territorial não desigual. Nesse ponto, as escalas da política no Brasil e a territorialização dos quilombos na Bahia no século XXI, contribuem para tirar da invisibilidade nos estudos geográficos os determinantes raciais que tornam o Estado brasileiro distante de um projeto Nação. Essa é uma das grandes contribuições do livro para nossa literatura científica”, ressalta o autor.

O prefácio da obra é assinado pela doutora Sandra Manuel, professora do Departamento de Arqueologia e Antropologia da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique). Nele, ela discorre: “Diosmar Filho nos convida a um exercício revolucionário para pensar o Estado-Nação brasileiro, retirando a posição subalterna do Quilombo, dando visibilidade aos espaços quilombolas e conceitualizando o seu papel como formas novas no espaço do Estado pela formação política e étnica, em detrimento da elite que ocupou o poder político e econômico”.

Além do lançamento na Livraria LDM, o autor também promove uma roda de diálogo sobre o livro no dia 25 de maio (Dia da África), às 19h, no espaço da loja Katuka Africanidades (Praça da Sé). Já no dia 28, ele lança o livro na Celebração da Semana da África na Faculdade São Salvador.

Sobre o autor

Diosmar Marcelino de Santana Filho é geógrafo, Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), professor e coordenador acadêmico da Especialização EaD – Estado e Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais (UFBA). Pesquisador dos Grupos de Pesquisa CNPq – Historicidade do Estado, Direito e Direitos Humanos e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Urbanos e Culturais do Sul da Bahia (Nepuc/IFBA – Campus Ilhéus). Foi professor substituto do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências (Igeo-UFBA) e do Instituto Federal de Ciência e Tecnologias da Bahia (IFBA), campus Ilhéus. Na esfera governamental, foi gestor estadual em políticas públicas nas áreas de gestão: das Águas, Desenvolvimento Social e Promoção da Igualdade Racial. Autor de capítulos de livros e artigos em revistas científicas sobre território, desigualdade sociorracial, quilombo e política pública.

Sobre a editora

A Paco Editorial foi fundada em 2009 com a missão de ser um canal relevante de difusão da produção científica brasileira, tendo em seu catálogo importantes títulos nas mais diversas áreas. Impulsionada pelo propósito de compartilhar conhecimentos, a editora vem ampliando sua atuação com a publicação de títulos em outros segmentos, sempre primando por editar livros que proporcionem ao leitor uma experiência marcante de transformação, desenvolvimento e crescimento.

 

 

SERVIÇO

O que: Lançamento do Livro A geopolítica do Estado e o território quilombola no século XXI, de Diosmar Santana Filho.

Quando: 14 de maio (segunda-feira), às 18h

Aonde: Na Livraria LDM (Espaço Itaú de Cinemas Glauber Rocha – Praça Castro Alves)

Entrada gratuita

Valor da publicação: R$ 46,90

Literatura

Lázaro Ramos lança “Na Nossa Pele” dia 22 de março em Salvador

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

O ator e escritor, Lázaro Ramos, lança sua nova obra “Na Nossa Pele”, dando continuidade ao livro “Na Minha Pele”, publicado em 2017. O evento de estreia em Salvador acontece no dia 22 de março (sábado), a partir das 15h, na Livraria LDM – Vitória Boulevard, no Corredor da Vitória.

Os interessados em participar da sessão precisarão retirar uma senha no próprio dia, a partir das 13h. Cada pessoa poderá garantir a sua mediante a compra do livro ou apresentando um exemplar já adquirido.

No novo livro, Lázaro compartilha memórias afetivas e reflexões sobre sua mãe, Célia Maria do Sacramento, que faleceu quando ele tinha apenas 18 anos. A partir dessa vivência, ele tece narrativas que abordam racismo, política, afeto e coletividade, mantendo o tom profundo e pessoal que marcou sua estreia na literatura.

Além da capital baiana, “Na Nossa Pele” terá eventos de lançamento em São Paulo e Rio de Janeiro, nos dias 19 e 26 de março, respectivamente. A obra reforça a trajetória do autor como uma das vozes mais relevantes na discussão sobre identidade e questões sociais no Brasil.

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Literatura

Escritora Amanda Julieta lança “No rastro de Estela” na Casa do Benin

Ana Paula Nobre

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Foto: Ana Reis

A premiada pesquisadora e escritora, Amanda Julieta, lança no próximo dia 15 de março (sábado), na Casa do Benin, às 16h30, a sua primeira obra de ficção em prosa “No rastro de Estela”, uma fabulação poética que traz a história de Estela, uma mulher negra e lésbica, que viveu parte da vida internada em um hospital psiquiátrico de Salvador, no início do século 20.

A obra sai pela ParaLeLo13S, editora da livraria Boto-cor-de-rosa. O lançamento contará com um bate-papo com acessibilidade em Libras sobre literatura e memórias de mulheres negras, com a participação de Rosinês Duarte, crítica textual e professora de letras vernáculas da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A partir de uma conversa ouvida por acaso na infância e da descoberta de documentos que revelam pistas da história de sua tia-avó, a narradora – jovem soteropolitana ansiosa para fazer sentido das histórias não contadas da sua família e da cidade – busca reconstituir a memória de Estela, em um texto que tece prosa e poesia, misturando vozes, atravessando fronteiras oníricas e nos levando para lugares históricos e situações possíveis.

“Como recontar aquilo que já foi contado, mas com as palavras erradas e pelas pessoas erradas? Que linguagem poderia dar conta do absurdo, transformando a violência em alguma coisa outra, evocando para o papel as vozes postas em silêncio? (…) Muitas mulheres e homens como tia Estela. Muitos nomes que permanecem soterrados nos porões da memória”. As palavras citadas evidenciam a necessidade de contar “era uma vez outra história e depois outra e depois outras. Todas um pouco diferentes. Todas mais ou menos iguais”. Esse é um dos trechos do livro.

Foto: Ana Reis

A Fabulação e a Vida

Com um enredo que aborda questões como o amor entre mulheres, o racismo, a lesbofobia e o apagamento das histórias de pessoas negras no Brasil, No rastro de Estela é uma obra que lança novos olhares sobre o passado e o presente. “A ficção é uma forma potente de dar conta do vazio, das lacunas e dos silêncios fabricados pela história oficial, principalmente para nós, pessoas negras, e para os povos que sofreram processos de colonização”, realça Amanda Julieta, que é mestra e doutoranda em Literatura e Cultura pela Universidade Federal da Bahia, onde desenvolve pesquisa sobre a poesia e a performance de mulheres negras na literatura marginal/periférica

Se abebê é instrumento para reconhecer o que se vê, “No rastro de Estela” é um espaço literário que irá atravessar leitores de muitas formas. Amanda Julieta conta que o livro “diz de mim e da minha família, diz de qualquer pessoa ou família negra no Brasil – porque nós somos parte de uma história em constante construção. Ainda há muito o que ser dito sobre o nosso presente, passado e futuro. E a ficção, para mim, é uma tentativa de entender esse real a partir de uma ferramenta outra, friccionando, dentre outras coisas, a fabulação e a vida”.

Amanda Julieta escreve “Eu não poderia dizer ao certo como tudo aquilo começou, porque rastros são pedaços de uma memória inexata, caminhos de história que perseguimos com insistência, mas que requerem pés macios, peças de um quebra-cabeças que, com a habilidade de um detetive do tempo, tentamos montar”. Mais a frente, como veredito, arremata “mesmo que você apague um papel com toda a sua força a marca do que foi escrito continua lá”.

Em “No rastro de Estela”, Amanda Julieta, que também é jornalista, busca fabular histórias através das memórias do que se sabe sobre Estela e ainda fabular, em escrita rebelde e ousada, num misto de prosa com muita poesia. “Quantas Estelas e quantas outras pessoas semelhantes a ela podem ter existido no Brasil sem que suas histórias chegassem ao nosso conhecimento? Essa pergunta é importante para pensarmos no apagamento não só das histórias dos corpos pretos e LGBTQIAPN+, mas também no apagamento desses corpos, que sofreram e sofrem diferentes violências simbólicas e materiais ao longo da história deste país”, exclama a escritora.

Entretanto, Amanda Julieta gostaria que “esse pequeno retrato de muitas histórias não contadas fosse um livro não sobre a violência, mas precisamente sobre a potência dessas vidas que tentaram apagar”. Em determinado momento do livro, ela descreve: “O problema de perseguir o passado é que sempre esbarramos na possibilidade da ferida, mas apenas olhando novamente para aquilo que foi e para aquilo que poderia ter sido é que poderemos vislumbrar as vidas para além da dor”.

Estela também lutou contra o controle e a captura, viveu radicalmente o amor, foi feliz. Porque as existências de corpos diferentes e um tanto iguais ao dela não se reduzem à violência, ainda que ela seja uma realidade dolorosa. Corpos que resistem ao longo do tempo, que criam outras formas de viver e, assim como Estela, não se deixam capturar. Pois, “O Olhos nos Olha, mas não pode nos ver”.

Vale destacar que, no lançamento ocorrerá distribuição gratuita de exemplares. “No rastro de Estela” foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

Escrita Preta

Amanda Julieta (1991, São Paulo) é escritora, jornalista e pesquisadora literária que há muito tempo constrói sua trajetória acadêmica, artística e de vida na cidade de Salvador. É autora dos livros “Dandara” (infantojuvenil, 2021 – ganhador do Prêmio Pretas Potências, 2023) e “Tem poeta na casa? – Mulheres negras, poetry slam e insurgências” (ensaio literário, 2023 – vencedor do II lugar na categoria ensaio literário – Prêmio Mário de Andrade do Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2024), ambos publicados pelo selo editorial ParaLeLo13S. “No rastro da Estela” é sua primeira obra de ficção em prosa. Mais informações no Instagram @queridajulieta.

Serviço

O quê: Lançamento do livro “No rastro de Estela”, da escritora Amanda Julieta
Quando: 15 de março (sábado), às 16h30
Onde: Casa do Benin – Rua Padre Agostinho Gomes, 17 – Pelourinho

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Literatura

Atanael Barros apresenta seu segundo livro ‘Preto da Realeza’

Ana Paula Nobre

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Foto: Raimundo Cavalhier

O escritor e poeta de Água Fria, no centro-norte baiano, Atanael Barros de Oliveira, lança no dia 15 de março o livro ‘Preto da Realeza: Caminhos Poéticos para a Ancestralidade’. Com apenas 24 anos, esse é o segundo trabalho do autor, que em 2021 se tornou uma espécie de expoente literário, tendo sua obra de estreia como a primeira a ser impressa na sua cidade. O lançamento e sessão de autógrafos acontecerão no Prédio da Estação de Água Fria, a partir das 13h, com acesso livre.

Da editora Ogum’s Toques Negros, o livro reúne poesias autorais e as narrativas e histórias de Atanael Barros, que reflete sobre os impactos da existência do seu corpo preto na sociedade.

“Preto da Realeza surgiu de uma forma muito especial. O processo de desenvolvimento foi moroso: escrevia, apagava, analisava e chorava. Chorei ao escrever porque já me sonharam sendo bandido, mas nunca escritor. Hoje estou falando sobre caminhos através da minha literatura, para que pessoas pretas se sintam representadas e se tornem sujeitos ativos e capazes de transformar a sua própria realidade”, disse.

Foto: Raimundo Cavalhier

Representante da nova geração da literatura negra, o autor se inspira em intelectuais e pesquisadores da área, como Conceição Evaristo e Djamila Ribeiro. Seu texto defende uma abordagem antirracista e contracolonialista como ferramentas de educação e enfrentamento do racismo estrutural.

“Eu sempre fui uma criança comunicativa, mas quando saí da zona rural para estudar no centro da cidade eu conheci o racismo e ele me atingiu com muita força. Foi aí que conheci a literatura negra e entendi a partir dela a importância da identidade. Comecei a utilizar minha escrita como letramento racial para reeducar e fortalecer outras crianças, jovens e adultos negros”.

Assim como no seu primeiro livro, “As Criações Poéticas de um Jovem Aguafriense”, Preto da Realeza é um convite para mergulhar nas dores e descobertas do eu lírico, que ao compartilhá-las, busca traduzir o sentimento comum de milhares de pessoas negras que sofrem com as violências cotidianas do preconceito racial.

“Eu recebo diversos relatos de crianças e adultos contando o quanto eles foram atingidos pelo racismo e como a minha arte tem servido de inspiração para fortalecer a sua afroestima, identidade e tantas outras coisas. Essa é a resposta que a arte cura e salva”, contou.

Com o projeto do seu terceiro livro engavetado, Atanael se dedica agora em promover seu trabalho atual em Feiras e Festivais, além de agenda de palestras. Em setembro, o escritor será homenageado na 1ª edição do Festival Literário do Sertão Baiano – FLISB, em Água Fria.

Sobre Atanael Barros 

Natural de Água Fria, Bahia, o escritor Atanael Barros tem 24 anos e escreve desde os 14. Graduando em História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), o autor de contos e poesias negras lançou seu primeiro livro em 2021. “As Criações Poéticas de Um Jovem Aguafriense” tornou-se, assim, a primeira obra literária impressa da sua cidade natal. Em 2025, lança seu segundo trabalho “Preto da Realeza: Caminhos Poéticos para a Ancestralidade, pela editora Ogum’s Toques Negros. Os interessados em adquirir o livro deverão entrar em contato com o autor por meio das redes sociais: @atanael_barros.

Serviço

O quê: Lançamento do livro Preto da Realeza: Caminhos Poéticos para a Ancestralidade
Onde: Prédio da Estação, Barra, Água Fria/BA
Quando: 15 de março de 2025
Horário: a partir das 13h
Entrada: gratuita

 

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