Teatro
Espetáculo “Distopias” volta a cartaz no Teatro Vila Velha
O espetáculo “Distopias”, mais novo trabalho dirigido por Zeca de Abreu, volta aos palcos do Teatro Vila Velha para duas semanas de apresentações. A montagem, produzida pela Ouroboros – Cia de Investigação Teatral, tem dramaturgia colaborativa com supervisão e tratamento de Daniel Arcades. Em cena, são apresentados fragmentos de vida de 13 personagens, diferentes habitantes de uma grande cidade cujas histórias se cruzam em um dia aparentemente comum. Situações do cotidiano passam a revelar, aos poucos, um mundo distópico, marcado por intolerância, racismo, homofobia, machismo, censura e fascismo.
“É uma peça fala sobre o momento contemporâneo. A gente não conta uma história com começo, meio e fim. São fragmentos, partículas de tempo de cada personagem. Não aprofundamos nas narrativas propositalmente. São diferentes momentos de pessoas que vivem nesse tempo de agora, nessa loucura do dia a dia. Nesse mundo em que nos silenciamos diante da opressão, nos isolamos do outro com os nossos celulares…”, explica a diretora Zeca de Abreu, que recorreu, na encenação, ao uso de projeções em vídeo com cenas de diversos acontecimentos urbanos atuais.
Entre as narrativas, as histórias de duas mães que buscam seus filhos desaparecidos de formas suspeitas, uma funcionária pública que se vê diante de um esquema de conspiração, um ator que tem seu mais novo espetáculo censurado e um haitiano que descobre a discriminação racial ao chegar no Brasil. A peça estará em cartaz de 31 de maio a 10 de junho, de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 19h.
No elenco, estão Aicha Marques, Andréia Fábia Adowa, Beatriz Pinho, Carol Alves, Daniel Becker, Fernanda Veiga, Heraldo de Deus, Hugo Bastos, Kita Veloso, Maria Clara Perez e Victor Edvani. A Iluminação do espetáculo é assinada por Moisés Victório, os figurinos são de Miguel Carvalho, a cenografia de Maurício Pedrosa, a direção de movimento e preparação corporal de Lulu Pugliesi, preparação de elenco de Kaika Alves, assistência de direção de Antônio Marcelo e Lene Nascimento e desenho de som de Roquildes Junior.
SERVIÇO:
Espetáculo “Distopias”
Temporada: 31 de maio a 10 de junho de 2018 – quinta a sábado 20h / domingo 19h
Ingressos:
R$20 e 10 (preço promocional às quintas-feiras)
R$30 e 15 (sexta a domingo)
Local: Teatro Vila Velha
Música
FEMADUM homenageia primeira palhaça negra do Brasil
O Festival de Música e Artes do Olodum (FEMADUM) 2024 incluirá em sua programação uma homenagem ao legado do Circo Guarany e à trajetória de Xamego, a primeira palhaça negra do Brasil. O evento, intitulado “Rrrrrespeitável Circo Preto: Um Xamego de Palhaça”, acontecerá no Museu Eugênio Teixeira Leal, das 18h às 20h.
A programação inicia com a exibição do documentário “Minha Avó Era Palhaço”, dirigido por Mariana Gabriel, neta de Xamego. O filme conta a história de luta e pioneirismo da palhaça que brilhou no Circo Guarany entre as décadas de 1940 e 1960.
Em seguida, será realizada uma roda de conversa com Mariana Gabriel, a diretora Ana Minehira e Daise Gabriel, filha de Xamego. O bate-papo abordará os desafios enfrentados pela palhaça em um período em que a palavra “palhaça” ainda não existia e as mulheres não eram reconhecidas nesse papel. Além de destacar o impacto cultural de Xamego, o debate reforça a relevância da representatividade negra nas artes circenses.
A iniciativa é um convite para celebrar o legado de Xamego e refletir sobre o papel histórico das mulheres negras nas artes populares brasileiras, alinhando-se ao tema de inclusão e diversidade do FEMADUM.
Agenda Cultural
Tema: “Rrrrrespeitável Circo Preto” celebra pioneirismo da primeira palhaça negra do Brasil
O que: Festival de Música e Artes do Olodum (FEMADUM) 2024
Quando: De 5 de dezembro
Horário: das 18h às 20h
Onde: Museu Eugênio Teixeira Leal
Teatro
Multiartista Liz Novais faz performance “Estudos pra Cangasereia”
A multiartista, Liz Novais, apresenta a performance cênico musical “Estudos para Cangasereia”, nesta segunda-feira (2), às 18h, na sede do Malê Debalê, em Itapuã, aberta ao público. O trabalho é um dos dez contemplados com a Bolsa Estímulo Boca de Brasa e foi construído como uma intervenção de rua, movido através de uma figura mítica e sua própria história, buscando entender as relações entre as mulheres da sua família materna a partir de reflexões sobre afeto, raça, voz e ancestralidade negra. A performance contará com a preparação corporal de Samara Martins, Joarlei Sants como DJ e técnico de som e gravação de áudios de Felipe Bittencourt.
“A ideia é de convocar, a partir da minha autobiografia e da relação com o território, memórias de resistência, de acolhimento e de convocação da ancestralidade negra a partir da voz”, explica a artista.
O trabalho é fruto de um conjunto de investigações cênicas e musicais gestados desde 2019, a partir de experimentações de autorretrato na pandemia e com apresentações em 2022 e 2023 junto a outras artistas negras no projeto ‘Vozes Mulheres’, realizado na Casa da Música, em Itapuã. Na ocasião, o projeto contemplou trabalhos experimentais em processo de artistas negras da dança, música e teatro do território, com participações de artistas locais e bate papo com o público sobre esses processos criativos.
Para além do projeto, a artista reúne diversos trabalhos no teatro e música da cena baiana, participando de grupos como banda Motumbá (2012–2023), direção musical do espetáculo teatral Mulheres Malês (2018-2024) e mais recentemente, a direção musical do espetáculo Mukunã – Do Fio à Raiz (2024), solo de Vika Mennezes. “Estudos para Cangasereia” é resultado do trabalho de mentoria e apoio para iniciativas culturais, como parte das Escolas Criativas Boca de Brasa, por meio do termo firmado entre a Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda, Prefeitura Municipal de Salvador e o ICEAFRO, através dos recursos do Edital Polos Criativos Boca de Brasa. Mais informações no Instagram:@novaisliz/@moirasprodutora.
Serviço
O quê: Performance “Estudos Para Cangasereia” com Liz Novais
Quando: Dia 2 de dezembro (segunda-feira)
Horário: Às 18h
Onde: Boca de Brasa Apresenta – Malê Debalê, em Itapuã
Quanto: Gratuito
Teatro
Vika Mennezes leva espetáculo “Mukunã: do fio à raiz” ao Teatro Gamboa
O Teatro Gamboa, em Salvador, recebe pela primeira vez o espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”, idealizado e encenado pela atriz, arte-educadora, pesquisadora, diretora e gestora cultural, Vika Mennezes, nos dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo), às 19h. Com ingressos a preços populares (R$10/5), o trabalho é uma jornada artística que une passado, presente e futuro, utilizando a narrativa pessoal da artista, que se passa quando uma mulher se confronta com a ancestralidade a partir do seu cabelo e vai do fio à raiz.
“O intuito de Mukunã é promover uma mudança significativa no cenário cultural da Bahia e na percepção das questões raciais e de gênero”, diz a atriz.
Vika Mennezes já atuou em 13 espetáculos teatrais e 11 obras audiovisuais. Todos os elementos dialogam com sua vivência com o racismo desde a infância, cuja violência estrutural transformou em arte empoderadora para ajudar outras pessoas a superar situações semelhantes. Existe também uma forte presença dos orixás e elementos da cultura afro-brasileira.
Serviço:
O quê: Espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”
Onde: Teatro Gamboa – Rua Gamboa de Cima, Salvador-BA
Quando: Dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo)
Horário: Às 19h
Ingressos: R$10/5, vendas no local e no Sympla