Teatro
Espetáculo “Siré Obá – A Festa do Rei” até sábado (16) no teatro Vila Velha!

Foto: Adeloya Magnoni
O Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas (NATA) realiza curta temporada do espetáculo Siré Obá – A Festa do Rei nos dias 14 e 15 de junho, às 20h, e 16 de junho com sessões às 17h e 20h, no Teatro Vila Velha, no Passeio Público – Campo Grande. Os ingressos estão disponíveis para compra no site da Ingresso Rápido.
O espetáculo inspira-se nos orikis (poesia em exaltação aos Orixás) para mostrar a beleza e a filosofia do culto às divindades africanas, tendo como objetivo desmitificar preconceitos e combater a intolerância religiosa. Unindo religião e arte, a peça é uma grande festa/Siré e segue a sequência das músicas cantadas e tocadas para os Orixás nos rituais do Candomblé, celebrando junto com o espectador os feitos dessas divindades.

Foto: Andrea Magnoni
As apresentações fazem parte do projeto OROAFROBUMERANGUE, que conta com o apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura da Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, aprovado no Edital de Apoio a Grupos e Coletivos Culturais da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).
Serviço
O quê: Siré Obá – A Festa do Rei
Onde: Teatro Vila Velha – Passeio Público, Campo Grande
Quando: 14 e 15 de junho, às 20h, e 16 de junho, 17h e 20h
Entrada: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia); a apresentação das 17h no dia 16 de junho R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Ingresso Rápido (https://www.ingressorapido.com.br/event/6902/d/29471/s/131354)
Teatro
Rainha Vashti estreia no MAM e celebra o teatro de sombras na Bahia
Inspirado no poema homônimo de Myriam Fraga, o espetáculo Rainha Vashti, do Grupo A RODA, estreia no dia 13 de novembro, às 18h30, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM). A peça é voltada para o público adulto e usa o teatro de sombras para falar sobre o silenciamento feminino e a fragilidade do poder. A história narra a coragem da rainha persa Vashti, que desobedece o rei e é banida da corte.
Com direção e criação visual de Olga Gómez, a montagem une poesia, música e animação.
“Enquanto a poesia nos torna mais atentos, o teatro de sombras é uma arte dedicada aos sentidos, que permite a participação completa do espectador”, explica Olga.
A narração é da atriz Rita Assemany, que dá vida às personagens.
“O público vai encontrar a beleza de uma história lúdica e mágica. Eu não apenas narro: sou as próprias personagens — rei, rainha e concubinas”, conta Rita.
A trilha sonora é de Uibitu e Amanda Smetak, pai e filha. As composições foram inspiradas nas escalas musicais da antiga Pérsia. Para o grupo, o espetáculo reafirma o compromisso em manter viva a arte milenar do teatro de sombras, presente na trajetória da companhia há quase 30 anos.
SERVIÇO:
Rainha Vashti [Teatro de Sombras]
13 de novembro a 12 de dezembro de 2025
Quintas e sextas, às 18h30 e 20h (em datas específicas)
Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM (Solar do Unhão)
R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)
Ingressos: Sympla
Teatro
Projeto “Dembwa” inscreve pra residência artística em dança
O projeto “Dembwa – Mapear o Movimento: tempo, memória e ancestralidade” abre inscrições para sua nova residência artística em dança, voltada a jovens artistas pretos/as e LGBTQIAPN+ de Salvador, a partir dos 16 anos. As inscrições acontecem até 7 de novembro, através de formulário disponível no perfil do Instagram @dembwa_.
A residência, com título homônimo do projeto e guiada pelos artistas e coreógrafos Marcos Ferreira e Ruan Wills, acontecerá no Centro Cultural Ensaio, em Salvador, com encontros presenciais.
Serão selecionades dez participantes, que receberão um cachê de R$ 1.000,00. A residência contará com intérpretes de Libras.
“Convidamos bailarines, performers e artistas do corpo a mergulharem em uma pesquisa sensível sobre o gesto como linguagem de cura, resistência e afirmação. Buscamos criar um espaço de escuta e invenção onde o corpo, em sua pluralidade, possa dançar o que lembra e também o que quer lembrar”, explica Marcos Ferreira.
A residência surge como expansão do espetáculo Dembwa, obra coreográfica criada e interpretada por Marcos e Ruan, que emerge das experiências autobiográficas dos dois artistas.

Temporada
O projeto realizará ainda temporada do espetáculo “Dembwa”, no Teatro Gregório de Mattos, com apresentações de 21 a 30 de novembro – sextas, às 19h, sábados e domingos, às 16h. A obra nasce do encontro entre duas trajetórias que se cruzam nas danças das religiões de matriz africana, no pagode baiano, no funk e nas manifestações populares.
O espetáculo parte das memórias biográficas dos artistas como homens pretos, periféricos, afeminados e filhos de terreiro, tecendo uma narrativa de cura e afirmação através do movimento. Combinando dança contemporânea e linguagens das ruas periféricas de Salvador e do Rio de Janeiro, Dembwa propõe um diálogo entre tecnologia e ancestralidade, entre corpo e território, entre dor e celebração.

“Dembwa é um espetáculo sankofa — um retorno ao passado para reexistir no presente. Dançamos nossos quintais, nossas dores e nossas alegrias como forma de resistência. Cada passo é um gesto de reconhecimento e de saudação aos nossos. É corpo que lembra, que resiste, que transforma. Corpo que, ao dançar, se torna memória viva”, afirma Ruan Wills.
Serviço
O quê: Inscrições para a Residência Artística “Dembwa – Mapear o Movimento: tempo, memória e ancestralidade”
Período de inscrição: até 07/11
Local da residência: Centro Cultural Ensaio
Datas e horários: 20/11 (qui) – 14h às 18h | 21/11 (sex) – 8h às 12h | 22/11 (sáb) – 8h às 10h | 24/11 (seg) – 8h às 12h | 28/11 (sex) – 8h às 12h | 29/11 (sáb) – 8h às 10h
Fotos: Alice Rodrigues
Teatro
Atriz Carol Carvalho apresenta solo “Sin&Nhá” no Sesi Rio Vermelho
Idealizado e interpretado pela atriz Carol Carvalho, o espetáculo “Sin&Nhá” realiza curta temporada em Salvador, nos dias 6 e 7 de novembro, no Teatro Sesi Rio Vermelho. A obra traz à cena o universo das lojas de departamento para revelar as diversas camadas do racismo estrutural e institucional que atravessam o cotidiano da mulher negra.
A dramaturgia nasce da escrevivência — conceito cunhado por Conceição Evaristo — e se desdobra em reflexões e denúncias sobre as violências simbólicas e estruturais vivenciadas no ambiente de trabalho e nas relações afetivas.
“Enxergo que o espetáculo Sin&Nhá contribui fortemente para a conscientização sobre as desigualdades raciais e de gênero porquê de forma sensível o teatro se torna palco para essas reflexões. O espetáculo possui um aspecto didático e pedagógico direcionado ao letramento racial, abordando as questões raciais e de gênero de forma entrelaçada, trazendo relatos e interagindo com o público, trazendo camadas que vão desde a infância ao mercado de trabalho. É uma forma de tocar na ferida social de forma crítica e também empoderadora”, diz Carol.
O solo performático de Carol Carvalho surge do desejo de colocar no palco as questões que atravessam a mulher negra contemporânea, mesclando elementos pedagógicos, antirracistas e poéticos. O espetáculo parte de relatos reais e de pesquisas sobre a violência simbólica e psicológica enfrentada por mulheres negras em espaços de trabalho, especialmente no comércio.
Atriz, criadora e dramaturga, Carol Carvalho compartilha vivências de quem, mesmo formada em artes cênicas, precisou atuar também como atendente de loja de departamento — espaço que se torna metáfora para refletir sobre hierarquias, exploração e desigualdade racial no mercado capitalista.
“O processo de pesquisa parte da estética do teatro documental. Inicialmente do micro (minha realidade pessoal) através da escrita de um manifesto que parte da escrevivência, conectado ao macro (as minhas colegas de trabalho, amigas e as mulheres negras da minha família). Fui coletando depoimentos e entrelaçando eles com documentos (fotografias, carteira de trabalho, roupas, elementos, textos e artigos de autoras do feminismo negro) e produzindo a dramaturgia a partir do meu corpo e dos outros corpos que atravessam o meu corpo e a ideia de ter a loja de departamento como esse cenário imagético onde todas essas violências atravessam o corpo da mulher negra (atendente)”, conta a atriz.
A trajetória do espetáculo teve início em março de 2020, dentro do projeto Ocupe Seu Espaço, no Espaço Cultural Alagados. No ano seguinte, durante a pandemia, foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, ganhando uma versão virtual em formato de documentário e mesas de conversa sobre as violências raciais e de gênero. Em 2022, integrou a Mostra Solo Mulheres, no Teatro de Container, em São Paulo, e em junho de 2025 levou suas reflexões ao interior da Bahia, em apresentação no Sesc Jacobina.
Serviço
O quê: Espetáculo Sin&Nhá
Quando: 6 e 7 de novembro, às 19h30, e 8 de novembro, às 20h
Onde: Teatro Sesi Rio Vermelho – Salvador (BA)
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), à venda no local
Classificação indicativa: Livre
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