Literatura
Escritor Angolano participa da Flipelô nesta sexta e no sábado!


foto: divulgação
O escritor angolano Gociante Patissa já lançou No Brasil uma coletânea de contos que retratam a história e a cultura de Angola, intitulada “O Homem que Plantava Aves”. E, antes disto, publicou seu primeiro livro no país, a coletânea poética “Almas de Porcelana” (Penalux, 2016).
Este ano Gociante Patissa participa de duas atividades na Flipelô. Na sexta-feira (10) juntamente com Sérgio Túlio Caldas e com o diretor geral da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, Gociante estará na mesa de debate “Com os pés na África”. Já no sábado (11), num bate papo Letra e Música com carioca Geovani Martins e João Jorge Rodrigues, presidente do Olodum.
Mini Bio – Daniel Gociante Patissa nasceu na comuna do Monte-Belo, município do Bocoio, província de Benguela, em Dezembro de 1978. Licenciado em Linguística/Inglês, pela Universidade Katyavala Bwila, é membro efetivo da União dos Escritores Angolanos e colaborador do Jornal Cultura. Descobriu a inclinação para o jornalismo e a literatura num programa infantil da Televisão Pública de Angola em 1996. Foi gestor de projetos, tradutor (Umbundu-Português-Inglês) e jornalista freelancer, tendo fundado a Associação Juvenil para a Solidariedade, ONG angolana. Serviu a Save The Children e a Handicap International.
SERVIÇO:
O que: Mesa “com os pés na Afríca”
Quando: Sexta, 10 de agosto, 20h
Com: Geovani Martins (RJ)
João Jorge Rodrigues (BA)
Gociante Patissa
Local: Teatro SESC – SENAC Pelourinho
O que: Bate-papo – Letra e Música
Quando: sábado, 11 de agosto, 19h
Com: Geovani Martins (RJ), João Jorge Rodrigues (BA) e Gociante Patissa (Angola)
Local: Casa do Olodum
Mais informações:
OBRAS PUBLICADAS:
— Consulado do Vazio (poesia), KAT – Consultoria e empreendimentos. Benguela, Angola, 2008.
— A Última Ouvinte (contos), União dos Escritores Angolanos. Luanda, Angola, 2010.
— Não Tem Pernas o Tempo (novela), União dos Escritores angolanos. Luanda, Angola, 2013.
— Guardanapo de Papel (poesia), NósSomos. Luanda, Angola / VN Cerveira, Portugal, 2014.
— Fátussengóla, O Homem do Rádio que Espalhava Dúvidas (contos). GRECIMA. Programa Ler Angola. Luanda, Angola, 2014.
— O Apito que não se Ouviu (crónicas).União dos Escritores Angolanos. Luanda, Angola, 2015.
Literatura
5ª edição do ‘História de Raiz’ leva cultura ancestral ao Parque da Cidade

A 5ª edição do projeto cultural História de Raiz será realizada neste domingo (25), às 10h, no Parque da Cidade, em Salvador. Com entrada gratuita, o encontro lúdico e educativo celebra a ancestralidade por meio da contação de histórias inspiradas em lendas, mitos e tradições da literatura de matriz africana.
Idealizado pela Colecult – Coletivo Cultural e Cerqueira Produções, o projeto reúne os contadores de histórias Joice Paixão, Lara Simplício e Eduardo Odùdúwa, que darão vida a narrativas que resgatam saberes ancestrais e fortalecem a identidade cultural afro-brasileira. A atividade será realizada na área verde do parque.
Voltado para públicos de todas as idades, o evento propõe um espaço de convivência e aprendizado a partir da oralidade, prática ancestral valorizada em diversas culturas africanas. O projeto foi contemplado pelos Editais da Paulo Gustavo Bahia e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, em conformidade com a Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), criada para garantir suporte emergencial ao setor cultural.
SERVIÇO
O que: História de Raiz – Contação de Histórias de Matriz Africana
Quando: 25 de maio (domingo), 10h
Onde: Parque da Cidade (área verde), Salvador – BA
Gratuito
Mais informações: @cerqueiraproducoes
Literatura
Prêmio Pallas 2025 abre inscrições para autores negros

Estão abertas a partir desta sexta-feira (9), ao meio-dia, as inscrições para o Prêmio Pallas de Literatura 2025, voltado exclusivamente para autores negros com romances inéditos. A premiação, que tem como principal objetivo ampliar o acesso e a representatividade de pessoas negras no mercado editorial brasileiro, recebe obras até as 15h do dia 30 de junho por meio do site www.premiopallas.com.br.
Voltado para brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil autodeclarados negros, a partir de 18 anos, o prêmio quer descobrir e apoiar vozes negras na ficção nacional. A iniciativa da Editora Pallas, que completa 50 anos em 2025 com um catálogo focado em culturas africanas e afro-brasileiras, se consolida como espaço de visibilidade para autores que historicamente enfrentam barreiras para publicar seus livros.
Além de publicar a obra vencedora, a editora oferece mentoria com o escritor Henrique Rodrigues, que atua como curador da premiação, compartilhando conhecimentos sobre o mercado editorial e estratégias para inserção em eventos literários.
Na edição de 2024, a escritora brasiliense tatiana nascimento foi a vencedora com o romance “Água de maré”, lançado recentemente. Tatiana, que prefere ter seu nome grafado com letras minúsculas, destacou a importância de ter sido reconhecida pela qualidade literária de uma obra que levou dez anos para ser escrita e chegou a ser rejeitada por outras editoras.
Segundo a editora Mariana Warth, “o Prêmio Pallas 2024 nos trouxe uma autora muito experiente e muito importante, com um romance que atravessa questões de afetos e transição de gênero. Uma honra tê-la em nossa casa editorial. Que a nova edição revele ótimas histórias aos nossos leitores”.
Sobre a inscrição:
A obra deve ser um romance inédito, com 100 mil a 500 mil caracteres com espaços, em formato PDF, sem identificação do autor.
Ao contrário da edição anterior, autores que já tenham publicado outros romances podem participar, desde que a obra inscrita seja inédita.
O formulário estará disponível no site oficial entre 9 de maio e 30 de junho.
Foto: Capa do livro “Água de maré”, da vencedora do prêmio de 2024, tatiana nascimento
Literatura
Silvio Humberto lança livro que investiga os efeitos do racismo na economia baiana

O economista, professor e vereador Silvio Humberto lança no próximo dia 8 de maio, às 17h30, o livro “Um retrato fiel da Bahia: sociedade-racismo-economia”, na Biblioteca Central do Estado da Bahia, no bairro dos Barris. O evento contará com uma roda de conversa com os professores Rita Dias, Luiz Fernando Saraiva e Walter Fraga Filho, seguida de sessão de autógrafos com o autor.
Resultado da tese de doutorado defendida na Unicamp em 2004, a obra analisa as raízes do desenvolvimento econômico brasileiro a partir de uma perspectiva racial, destacando como o racismo estruturou as relações de trabalho no pós-abolição e moldou a sociedade baiana até os dias atuais. A publicação tem apresentação de Luiz Fernando Saraiva e prefácio de Walter Fraga Filho, sendo lançada pela Editora Nandyala.
“Este é um livro que busca revelar como as elites baianas mantiveram seus privilégios mesmo após o fim da escravidão, articulando raça e classe para garantir a continuidade de sua dominação”, resume Silvio Humberto.
Um dos capítulos centrais do livro é intitulado “Negros em Movimento”, no qual o autor valoriza as estratégias de resistência e sobrevivência da população negra no período pós-escravidão.
Pesquisa, memória e crítica
Dividido em cinco capítulos, o livro parte de uma carta do autor ao seu pai, Humberto Ribeiro da Cunha, e avança por temas como a transição para o trabalho livre na zona açucareira, o controle racial em Salvador, as políticas de repressão cultural e o impacto da imigração. Silvio também se debruça sobre o que chama de “Carnaval-candomblé” — fenômeno que articula religiosidade, identidade negra e cultura popular.
O título da obra é inspirado na canção “Retrato da Bahia”, do sambista Riachão, também nascido no bairro do Garcia, assim como o autor.
Sobre o autor
Silvio Humberto é doutor em Economia pela Unicamp, mestre pela UFBA e professor adjunto da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde leciona há mais de 30 anos. Também atua no Laboratório de Estudos sobre Conexões Atlânticas e Experiências Diaspóricas Indígenas e Africanas (Lecadia), da mesma universidade.
Fora da academia, é fundador e presidente de honra do Instituto Cultural Steve Biko, referência na luta por igualdade racial e acesso de estudantes negros ao ensino superior. Atualmente, cumpre seu quarto mandato como vereador de Salvador, com atuação destacada na formulação de políticas públicas voltadas à equidade racial.
SERVIÇO
O quê: Lançamento do livro “Um retrato fiel da Bahia: sociedade-racismo-economia”, de Silvio Humberto
Quando: 08 de maio (quarta-feira), às 17h30
Onde: Biblioteca Central do Estado da Bahia, Barris – Salvador
Entrada: Gratuita