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#FlicaPreta – Cachoeiranos terão sessão e debate do filme “Café com Canela”!

Jamile Menezes

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cafe_com_canela

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Em sua oitava edição, a FLICA coloca a cultura negra em destaque em sua programação diversificada com mesas literárias, contação de histórias, espetáculos teatrais e a exibição do filme “Café com Canela”.

O filme será exibido neste sábado (13), às 18h, com a presença dos diretores Glenda Nicácio e Ary Rosa.  Vencedor dos prêmios Melhor Atriz, Melhor Roteiro e Juri Popular no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o longa conta a história de Margarida, vivida por Valdinéia Soriano, que após perder o filho vive isolada da sociedade.

“Pra mim, Café com Canela é um presente. E só fiz porque ela [Glenda Nicácio] falou que era uma produção de Cachoeira. É a importância de a gente ter essa faculdade [de cinema] aqui na Bahia, sabe? Eu fui em Brasília e Antônio Pitanga falou uma coisa que eu achei maravilhosa, que na época dele, ele precisou sair da Bahia pra que alguém conhecesse Antônio Pitanga e a gente hoje tem a opção de não sair. A gente sai, a gente pode sair, mas a gente também pode ficar e fazer aqui, porque olhe a qualidade do que está se produzindo… então, é a importância de você ter uma produtora preta aqui no Recôncavo, sabe? E tinha que estar mesmo dentro da FLICA, porque é um projeto todo feito dentro de Cachoeira, ali na cidade, o povo se vê, então, nada mais justo do que ele agora estar dentro de um projeto como a FLICA que é incrível”, diz Valdinéia Soriano, atriz principal do filme e premiada pelo papel.

Serviço

O que: Exibição do filme “Café com Canela”.

Onde: Casa Educar para Transformar – Auditório (Piso Superior)

Quando: De 13 de outubro de 2018, 18h

Quanto: Gratuito

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Festival Cine Terreiro abre inscrições até 27 de outubro

Ana Paula Nobre

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Foto: Arthur Ribeiro

O Festival Cine Terreiro 2024 – Edição Salvador/BA está com inscrições abertas para novos filmes até 27 de outubro. A ficha de inscrição e o regulamento estão disponíveis no site. Em Salvador, o evento será realizado no Espaço Cultural da Barroquinha e no Subúrbio 360, de 27 a 29 de novembro desse ano, onde ocorrem as principais atividades do festival, algumas na modalidade presencial e outras online. Fruto do projeto Cine Terreiro, que retoma suas atividades em sua quarta edição, o objetivo é promover a preservação da memória e identidade das culturas de matriz afro-brasileira e indígena.

A iniciativa, originária do estado do Rio Grande do Norte, vai voltar a adquirir formato itinerante, iniciando suas ações em outubro com Mostras e Oficinas em três Territórios Sagrados: Ilê Áse Torrun Gunan, Ilé Àse Kòso Àrà Tó Iná e Ilê Axé Omin Ifan Quilombo Alto do Tororó. Ainda haverá exibições e rodas de conversa na Escola Comunitária Luiza Mahin e exibição no Parque Pedra de Xangô. Entre os dias 13 e 19 de novembro, o público poderá prestigiar a Mostra Retrospectiva Online, disponibilizada no site www.cineterreiro.com.br, com filmes que fizeram parte das edições passadas.  É o momento de recordar as obras da última edição, enquanto o público se prepara para os filmes que serão selecionados pela curadoria da edição atual.

Filme “Folhas Miúdas”, de Stela Guedes | Foto: Divulgação

No dia 27, pela manhã e tarde, haverá sessões para os alunos em escolas públicas do Subúrbio 360. No mesmo dia à noite ocorre a abertura oficial do Cine Terreiro, no Espaço Cultural da Barroquinha, com a apresentação musical do Coral Ecumênico da Bahia e a exibição de um filme convidado, chamado ‘Vozes da Fé’, que também foi contemplado no edital Salcine.

Nos dias 28 e 29, o Subúrbio 360 terá a exibição das três mostras competitivas do festival, chamadas Grão, Mar e Sal. Para os vencedores dessas mostras, haverá uma bonificação no valor de R$ 1000,00, além de premiação em serviços prestados e aluguel de equipamentos, cedidos em parceria pela empresa IgluLoc. Em seguida, após o Festival Presencial, o público terá a oportunidade de assistir os filmes selecionados na Mostra Online, de 30 de novembro a 12 de dezembro.

Mostras Competitivas do Festival

MOSTRA GRÃO – FORMAÇÃO

A Mostra Grão é uma das mostras principais do festival, com caráter competitivo nacional e direcionada para realizadores iniciantes ou em formação (diretores que estejam realizando seu primeiro curta; ou diretores que estejam vinculados a alguma instituição de ensino), sem limitação de datas de finalização.

MOSTRA MAR – CONTEMPORÂNEA 

A Mostra Mar é uma das mostras principais do festival, com caráter competitivo nacional e direcionada para realizadores não iniciantes, sendo composta por filmes contemporâneos, finalizados a partir de 2023.

MOSTRA SAL – LOCAL

A Mostra Sal é uma mostra especial, com caráter competitivo de filmes produzidos em Salvador, finalizados a partir de 2022

O diretor artístico do festival, Rodrigo Sena, conta que se sente muito satisfeito em dar prosseguimento a este festival, pois a exibição desses filmes “é um trabalho de resistência, que se relaciona não só com as temáticas de terreiro presentes nos filmes, mas também com o próprio fazer do festival, que vem se mantendo em seu quarto ano consecutivo, superando adversidade e chegando através dos esforços de seus colaboradores a diferentes territórios”.

Já o coordenador geral do festival, João Paulo Diogo, comentou que o Festival Cine Terreiro é um espaço de encontro para múltiplas espiritualidades e religiosidades, onde a sétima arte atua como veículo para superar estigmas, construir pontes e promover o respeito ao Sagrado. Ele também apontou que “para a Assessoria Cirandas, anfitriã do Festival em Salvador, é essencial criar um ambiente que convoque as pessoas ao respeito pela diversidade religiosa, utilizando as lentes e os sons do audiovisual de todo o Brasil como instrumentos de sensibilização”. João também ressalta que a parceria colaborativa entre realizadores do Rio Grande do Norte e da Bahia é extremamente enriquecedora para o Cine Terreiro, ampliando o alcance do festival e permitindo que novos públicos possam vivenciar sua experiência.

Nesse sentido, o Cine Terreiro é um festival que procura enaltecer e prestigiar o patrimônio imaterial de matriz afro-brasileira e indígena, abraçando também vertentes como o neo xamanismo, e utiliza a exibição de filmes relacionados a essas temáticas como motor para enriquecer o respeito e pertencimento a essas culturas. Os realizadores do evento entendem, assim, que formar um público interessado em assistir e discutir filmes sobre esses assuntos – que envolvem mito, religiosidade e cultura de terreiros – pode contribuir para diminuição da segregação e preconceito contra esses grupos.

Parafraseando Gilberto Gil na música Filhos de Gandhi, convidamos todes, todas e todos para “descer pra ver” o Cine Terreiro: “Omolu, Ogum, Oxum, Oxumaré / Todo o pessoal / Manda descer pra ver / Filhos de Gandhi”. Assim, estendemos o convite para que o público participe desta celebração cultural e espiritual, onde o respeito e a diversidade são exaltados por meio da arte cinematográfica.

O Cine Terreiro 2024 é um encontro de esforços de realizadores da Bahia e do Rio Grande do Norte, representados pelo   Assessorias Cirandas, Ori Audiovisual, Culturatao, Cruzeiro Filmes e Bobox Produções, contando com apoio da Iglufilmes e Tets Studio. Na edição deste ano, o projeto do Festival Cine Terreiro foi contemplado pelo edital SalCine, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Mais informações no site: https://cineterreiro.com.br – Instagram: @cineterreiro – Facebook: www.facebook.com/cineterreiro

 

Serviço

O quê: Festival Cine Terreiro 2024 – Edição Salvador/BA

Data: Inscrições dos filmes até 27 de outubro

Evento: De 27 a 29 de novembro

Local: Espaço Cultural da Barroquinha e Subúrbio 360, em Salvador

Abertura oficial: 27 de novembro, às 19h, no Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador

Quanto: Gratuito

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Festival Cinema Negro tem dois curtas baianos na competição

Ana Paula Nobre

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Caluim, de Marcos Alexandre | Foto: Divulgação
A 5ª edição do Festival Cinema Negro em Ação acontece em Porto Alegre, entre os dias 17 e 20 de outubro. O evento traz filmes, laboratório de consultoria para cineastas negros e homenagens a personalidades importantes do cinema nacional, além das Mostras Especial e Competitiva. Dois curtas baianos estão em competição: “Meu Amigo Tião”, de Elizeu Oliveira e “Caluim”, de Marcos Alexandre (veja trailer). Todas as atividades são gratuitas e acontecem nos espaços da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). A realização é da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine).

A atração de abertura é um show do rapper Zudizilla, considerado um dos maiores nomes da cena contemporânea do Sul, na quinta-feira (17/10), às 20h30, na Travessa dos Cataventos. Para a Mostra Especial deste ano, os curadores valorizaram a produção de realizadores negros gaúchos. Além do marco “Um é Pouco, Dois é Bom” (1970), de Odilon Lopez, um dos primeiros diretores negros de cinema no Brasil, a programação inclui filmes dos cineastas Davi de Oliveira Pinheiro (“Porto dos Mortos”) e Ellen Rocha (“O Tempo”), além das obras seriadas de Cleverton Borges (“Centro Liberdade”) e Mariani Ferreira (“Filhos da Liberdade”).

A Mostra Competitiva conta com quatro categorias – videoclipes, videoarte, curtas e longas – e será exibida na Cinemateca Paulo Amorim, nos canais TVE-RS e Prime Box Brasil e na plataforma Todes Play. O processo de seleção teve como pré-requisito que as produções fossem realizadas por pessoas negras ou com protagonismo negro em sua criação. Além das quatro premiações principais por categoria, haverá oito Prêmios Destaque RS, destinados a homenagear as categorias técnicas de profissionais do Rio Grande do Sul. E, pela primeira vez, haverá a categoria Júri Popular para os longas.

Meu Amigo Tião, de Elizeu Oliveira | Foto: Divulgação

Ao todo serão exibidas mais de 35 obras audiovisuais, entre elas quatro longas, 12 curtas, oito videoclipes e quatro videoartes em competição. Nas manhãs do evento, acontece o Sopapo LAB, laboratório voltado a projetos de cineastas negros. A consultoria será ministrada pelo showrunner e roteirista Marton Olympio, indicado ao Emmy Awards 2024. Olympio também fará uma masterclass para o público em geral, na qual falará sobre a sua experiência na criação da série “Anderson Spider Silva” e em outras obras suas, na sexta-feira (18), no Auditório Luis Cosme, às 17h30.

Desde a primeira edição, o Festival entrega premiações a cineastas da Mostra Competitiva e ao homenageado do ano. Nesta edição o prêmio passa a se chamar Odilon Lopez. A agraciada com o troféu será a roteirista e diretora Renata Martins. Ela tem trajetória no cinema independente e produziu conteúdos para televisão, trabalhando atualmente como roteirista na Rede Globo com narrativas fortes que se destacam pelo tom crítico e pela sensibilidade. Sua trajetória também será celebrada com uma sessão de leitura dramática de um de seus roteiros mais impactantes, “Levante”.

Destaques

A quinta-feira (17/10) começa no auditório Luis Cosme, às 9h, com a Blackworking, atividade formativa para realizadores negros, seguida do Workshop de Distribuição Audiovisual com Uilton Oliveira, às 11h. O dia prossegue na Sala Eduardo Hirtz, às 14h, com “Menina Mulher de Pele Preta” (SP), de Renato Cândido de Lima e Bárbara Sabrina Silva Magalhanis, na competitiva de longas, seguido de exibição especial do clássico gaúcho “Um é Pouco, Dois é Bom” (1970), de Odilon Lopez. O primeiro dia termina na Travessa dos Cataventos, às 20h, com cerimônia de abertura e show com Zudizilla.

A programação de sexta-feira (18/10) inicia para o público geral na Sala Eduardo Hirtz, às 10h30, com o primeiro programa da Mostra Competitiva de Curtas-Metragens. A tarde começa às 14h, com o longa em competição “Tranca Rua & Seus Caminhos – O Filme” (RS), de Luis Ferreirah, seguido por programa de curtas em competição, às 15h35, e de dois longas da mostra especial: “Porto dos Mortos” (2010), de Davi de Oliveira Pinheiro, às 16h, e “Othelo, o Grande” (2024), de Lucas H. Rossi dos Santos, às 18h30.

Mais cedo, às 17h30, no Auditório Luis Cosme, Marton Olympio ministra a masterclass “Anderson Spider Silva e outras obras”. À noite, a programação muda-se para a Galeria Xico Stockinger do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), onde acontece um vernissage, acompanhado de performance de Fayola Ferreira, em parceria com o projeto Cultura no Antropoceno, às 20h. No mesmo local, às 21h, serão projetados os títulos da Mostra Competitiva Videoartes.

No sábado (19/10), a Sala Eduardo Hirtz exibe o longa em competição “Crônicas de Uma Jovem Família Preta” (RJ), de Davidson D. Candanda, às 14h. A competitiva de curtas começa às 15h15, seguida da Leitura Dramática “Levante”, de Renata Martins, com Grupos Espiralar Encruza e Pretagô, às 16h. A exibição especial de “Noites Alienígenas” (2022), de Sérgio de Carvalho, inicia às 18h30. O Jardim Lutzenberger sedia, às 20h, a Mostra Competitiva: Noite dos Videoclipes, com discotecagem do coletivo porto-alegrense O Bronx.

O último dia, domingo (20/10), começa na Sala Eduardo Hirtz, às 14h, com “Flores do Cerrado” (MG), de Cida Reis e Cristiane Lage, longa da mostra competitiva, seguida de curtas, às 15h. Na mostra especial, às 16h, serão exibidos episódios das séries “Filhos da Liberdade” (2024), de Mariani Ferreira e Fabrício Cantanhede, e “Centro Liberdade” (2024), segmento dirigido por Cleverton Borges, e o curta “O Tempo” (2023), de Ellen Rocha. Às 17h30, acontece debate com os diretores convidados Cleverton Borges, Davi de Oliveira Pinheiro, Ellen Rocha e Mariani Ferreira. O evento termina na sala Bruno Kiefer, às 19h, com a premiação e homenagem à Renata Martins.

Mostra Competitiva Curtas-Metragens

“Caluim” (BA), de Marcos Alexandre; “Deixa” (RJ), de Mariana Jaspe; “Emerenciana” (PR), de Larissa Nepomuceno; “Expresso Parador” (RJ), de JV Santos; “Fabiana Moraes: Brilho e Combate” (PE, RJ e SP), de Barretinho, DAFB; “Malunga” (SP), de Gal Souza; “Maré Braba, Pâmela Peregrino” (CE); “Meu Amigo Tião” (BA), de Elizeu Oliveira; “Monalisa” (MG), de Tainá Lima; “Pedagogias da Navalha: Se a Palavra é um Feitiço, Minha Língua é uma Encruzilhada” (RJ), de Colle Christine, Alma Flora e Tiana Santos; “Samuel foi trabalhar” (AL), de Janderson Felipe e Lucas Litrento; “Te Desperto” (SC), de Cameron Venture.

O Festival Cinema Negro em Ação é promovido pelo Iecine em parceria com a CCMQ, ambos instituições da Sedac. Acompanhe a programação na página do Instagram do Festival, do Iecine e da Sedac.

Serviço

O que: V Festival Cinema Negro em Ação

Quando: de quinta-feira (17/10) a domingo (20/10)

Onde: Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico, Porto Alegre)

Entrada franca

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“Visitas de Helisleide Bomfim 2” estreia amanhã (8) na UFBA

Ana Paula Nobre

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"Visitas de Helisleide Bomfim 2"
Foto: Divulgação

O webdocumentário “Visitas de Helisleide Bomfim 2” tem pré-estreia nesta terça-feira (8), às 19h30, e explora a jornada da atriz, militante e usuária do CAPS, Helisleide Bomfim, que representa os desafios da luta antimanicomial e o poder da arte. Com direção de Fabio Vidal, a obra propõe uma reflexão profunda e sensível sobre o cuidado com a vida humana. O evento acontece na Saladearte Cinema da UFBA, em Salvador, com um bate-papo após a sessão, que contará com interpretação em libras e audiodescrição. A estreia online será no Dia Mundial da Saúde Mental, 10 de outubro, no canal do YouTube do Território Sirius.

Com sua história marcada por resistência, Helisleide se torna um símbolo de luta, ao mesmo tempo em que conecta suas próprias experiências às de outros militantes. O filme dá continuidade aos documentários anteriores “Ecoando Helisleide Bomfim” e “Visitas de Helisleide Bomfim”, ambos realizados em meio às restrições impostas pela pandemia. Através da arte, da resistência e da luta antimanicomial, o documentário lança luz sobre histórias que, muitas vezes, permanecem à margem.

Em “Visitas de Helisleide Bomfim 2”, o espectador é convidado a entrar no universo da saúde mental e da criação artística, através de quatro entrevistas com Anna Santos, Eduardo Calliga, Gilvan Araújo, e Gustavo Mesquita, todos parceiros de luta de Helisleide, sendo os três primeiros usuários do serviço do CAPS e o último profissional de saúde. Ao compartilhar suas trajetórias, eles revelam como o trabalho com a arte e a militância antimanicomial se entrelaçam, dando visibilidade a narrativas que são ao mesmo tempo de dor e de reinvenção.

Foto: Divulgação

De acordo com Helisleide Bomfim, protagonista da obra, a arte e a militância são indissociáveis e, não à toa, reafirmadas por ela em cada cena do documentário. “Não tive uma boa formação ao falar de saúde mental. Uma professora me fez acreditar que eu deveria ter medo de pessoas com transtorno mental. Quando eu cheguei a surtar, eu fiquei sem entender o que estava acontecendo comigo, mas a luta antimanicomial mudou meu olhar, pois me tornei usuária do serviço de saúde mental e passei por processos que me fazem entender a loucura de forma diferenciada”, declara Helisleide.

Para Gustavo Mesquita, profissional do CAPS Pernambués, em Salvador, a arte é uma ponte para o protagonismo dos usuários dos serviços de saúde mental. “A gente vem tentando mostrar a importância da arte. Ela precisa ter mais visibilidade, ter mais reconhecimento da rede, porque através da arte a gente percebe tantos talentos dos nossos usuários, e aqui no CAPS a gente vai tentando à nossa maneira, utilizar desse protagonismo do usuário”.

Já Eduardo Calliga, que atua na arte da palhaçaria, em um depoimento impactante, chama atenção para a dimensão humana por detrás dos números e diagnósticos: “Eu tenho nome e sobrenome. Eu sou um cidadão, não sou estatística, não sou CID, nem sou números. Sou apenas um cidadão militante em saúde mental e usuário do serviço de saúde mental.”

Foto: Divulgação

O documentário não é apenas um retrato das vivências de seus personagens. Ele é um chamado à reflexão coletiva. Em tempos de crescente debate sobre saúde mental, a obra se destaca ao trazer à tona a importância de um cuidado mais humano e afetuoso, com a arte servindo como um canal para expressões que muitas vezes não encontram lugar nos discursos tradicionais. Através da palhaçaria, das artes visuais, da música e da literatura, esses militantes não só constroem suas trajetórias, mas também resistem aos paradigmas excludentes do sistema de saúde.

O diretor do documentário, Fábio Vidal, destaca a potência da arte como ferramenta de mudança social e humana. “A arte tem um papel fundamental na saúde mental, funcionando como um meio de ressocialização e fortalecimento do cuidado de si. Nosso desejo é que o documentário contribua para ampliar o debate sobre a saúde mental, integrando esse tema a um contexto mais amplo de cuidado com o corpo, a mente e as emoções”, conclui.

“Visitas de Helisleide Bomfim 2” é uma realização do Território Sirius, em parceria com a Multi Planejamento Cultural e a Voo Audiovisual. O projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

Serviço

Pré-estreia do webdocumentário “Visitas de Helisleide Bomfim 2”

Data: 8 de outubro (terça-feira)

Horário: 19h30

Local: Saladearte Cinema da UFBA (Vale do Canela)

Atividade: Sessão seguida de bate-papo com os participantes

Acessibilidade: Sessão com interpretação em Libras e Audiodescrição

Trailer: https://youtu.be/8jFhAUtus00?si=N1UtLeDydANa0KZd

 

Lançamento online

Data: 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental

Horário: 10h

Local: YouTube do Território Sirius (www.youtube.com/TerritórioSírius)

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