Memória
Projeto “Contos e Cantadores” homenageia Mestre João Pequeno!


Mestre João Pequeno – Divulgação
Mestre João Pequeno será o próximo homenageado do projeto Contos e Cantadores, que realiza sua terceira edição nesta sexta-feira (26), 10h, no Museu Tempostal, no Pelourinho. Com o tema “Rituais e Musicalidade: as Lições do Mestre João Pequeno”, o encontro irá reunir Mestre Sabiá, Mestre Jogo de Dentro, a mestre mandingueira Patrícia Mascarenhas, Nane (neta do homenageado) e Jurandir Santos, filho de Mestre João Grande.
Com total de quatro edições, em diferentes museus da cidade, o projeto convida o público a participar de rodas de conversas e música para conhecer a identidade histórica do povo brasileiro a partir do cancioneiro da capoeira.
Referência mundial na Capoeira Angola, Mestre João Pequeno é um dos grandes propagadores da capoeira no mundo, tendo sido, ao lado de João Grande, discípulo do Mestre Pastinha, que é um dos principais mestres de capoeira da história. Frequentador da capoeiragem na sua forma mais original, João Pequeno deu seguimento ao Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA) no Forte Santo Antônio Além do Carmo (1982), fundado por Mestre Pastinha, onde constituiu a nova base de resistência, tornando possível que a Capoeira Angola despontasse para o mundo.
“De voz tranquila e ensinamentos profundos, João Pequeno é um grande exemplo de humildade, muito importante para a Bahia e para capoeira do mundo. Ele considerava a capoeira como um alicerce para todos os outros campos da vida do capoeirista. A partir de valores como o respeito ao próximo, ele lutou para que a capoeira fosse mais respeitada pela sociedade”, realça Mestre Sabiá, idealizador do projeto e diretor do Projeto Mandinga.
O Circuito Contos e Cantadores tem realização assinada pelo Projeto Mandinga e Aú Marketing com Propósito e apoio financeiro apoio financeiro do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
SERVIÇO:
Contos e Cantadores – 3º encontro
Quando: 26 de setembro (sexta-feira)
Horário: 10h
Onde: Museu Tempostal – R. Gregório de Matos, 33 – Pelourinho, Salvador
Entrada franca
Memória
Morre jornalista Wanda Chase

Uma lenda, uma trajetória memorável, um nome e várias lutas travadas pra chegar onde chegou. Wanda Chase não foi apenas uma jornalista já baiana de coração, ela foi Wanda Chase. Uma mulher negra amazonense que conquistou a Bahia e se deixou encantar por ela. Sua presença na TV, com sua estética sempre firme e marcante, abriu portas para que hoje jornalistas negras e negros também estejam cada vez mais presentes em nossas telas.
O Portal SoteroPreta, criado pela jornalista @jamenezes22, é fruto desse seu pioneirismo, dessa presença, dessa referência. Wanda Chase se foi de repente, nos pegou de surpresa e nos deixou em choque. E perdemos mais uma das nossas. O jornalismo baiano está de luto, nós da luta negra na Comunicação estamos de luto. E que a tenhamos em nossas mentes e corações sempre. O sepultamento será no Campo Santo, neste sábado (5).
Vá em paz, Wanda ♥️😥
Memória
Fala Vila especial Samba recebe Juliana Ribeiro e convidados

Mais uma edição especial do Fala Vila acontece no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), nesta sexta-feira (7), às 16h, com o tema “O samba inaugura o Vila: a Juventude do Garcia e a história das escolas de samba de Salvador”. O grupo inaugurou o Teatro Vila Velha, em 1964. Mediado pela cantora, compositora e historiadora Juliana Ribeiro – atualmente, doutoranda pelo Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade da UFBA – o encontro reúne num bate-papo musical João Barroso, presidente do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Juventude do Garcia e Caroline Fantinel, pesquisadora e coordenadora do projeto “Memórias de Momo”.
A atividade, gratuita e aberta ao público, integra a programação da exposição “Vila Velha, Por Exemplo – 60 anos de um teatro do Brasil” e conta com as participações especiais dos músicos Bruno Barroso e Muniz do Garcia, trazendo sambas que marcaram época. A exposição “Vila Velha, Por Exemplo – 60 anos de um teatro do Brasil” tem patrocínio do Banco do Brasil, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal, e conta com apoio do Museu de Arte Moderna da Bahia, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural e Secretaria Estadual da Cultura. A produção é da Janela do Mundo, com coprodução do Teatro Vila Velha.
Serviço
O quê: Fala Vila – “O samba inaugura o Vila: a Juventude do Garcia e a história das escolas de samba de Salvador”
Quando: Dia 7 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: Às 16h
Onde: Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) – Avenida Contorno
Entrada: Gratuita
Mais informações:
Instagram: @teatrovilavelha
Site: www.teatrovilavelha.com.br
Memória
Cici de Oxalá e Mario Omar ministram aula-espetáculo em São Paulo

Os contadores de histórias Cici de Oxalá e Mario Omar apresentam a aula-espetáculo “Oratura” no próximo sábado (8), a partir das 19h, na Praça de Eventos do Sesc Vila Mariana, em São Paulo. A proposta é promover um encontro entre a sabedoria e a cultura ancestral com a leitura contemporânea da tradição oral. A Roda de Histórias seguirá a tradição oral bantu, com a transmissão de conhecimentos através dos mais diversos elementos da palavra, como a narração de contos, provérbios, cânticos e musicalização africana. A entrada é gratuita.
Segundo os organizadores, a atividade é direcionada para professores, educadores sociais, contadores de histórias, comunidade de religião de matriz africana e afro-brasileira e pessoas negras em geral que se identificam com o tema. Para Mario Omar, que é pesquisador da tradição oral, o evento pretende fortalecer a propagação do conhecimento empírico, mantendo vivo o legado da cultura africana na cultura brasileira.
“Levar para São Paulo essa vivência que fala sobre a Bahia e as tradições iorubá e bantu será cheia de axé. Vamos fazer uma roda de saberes ancestrais pautada nos conhecimentos antigos. Cici de Oxalá, conhecida como Vovó Cici, é uma grande mestra da nossa cultura ancestral. Foram as mulheres negras que socializaram a Bahia e o Brasil, então ouvir e aprender com uma mulher negra sobre tradição oral é muito importante”, disse Mario Omar.

Foto: Erika Maia
Tradição Oral
A arte de contar histórias era feita pelos mestres da tradição oral, que faziam suas narrações no seio de sua comunidade. Não se pode definir uma data exata para o surgimento da prática, que antecede a escrita, o que se sabe é que era uma das principais formas de socialização e transmissão do conhecimento, transcorrendo as mais diversas culturas e civilizações.
Na África, os contadores são os “reis da palavra”. Eles preparam seu povo para as plantações com seus contos, exortam os enfermos e saram suas mazelas com suas narrativas, alegrando as noites de verão e ninando os bebês com suas histórias.
Na contemporaneidade os narradores modernos fazem o uso das fofocas, causos, lendas, contos do maravilhoso, recursos virtuais audiovisuais e palcos urbanos, adaptando a linguagem narrativa para os ouvintes e os espaços da cidade. Nos dias atuais, os contadores e contadoras de histórias têm mantido acesa a chama da palavra que continua sendo passada de geração em geração como faziam os antigos.
Sobre Cici de Oxalá
Considerada uma das maiores contadoras de histórias do século XX, Nancy de Souza, 83, conhecida como Cici de Oxalá, é um dos principais pilares para a tradição oral no mundo. Nascida no Rio de Janeiro e radicada baiana, a mestra griô mantém viva as tradições afro-brasileiras e da Oratura Banto, sendo condecorada com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Sobre Mario Omar
Mario Omar é angoleiro, arte-educador e pesquisador da tradição oral Bantu.
Serviço
O quê: Aula-espetáculo “Oratura”, com Cici de Oxalá e Mario Omar
Quando: 08 de fevereiro, a partir das 19h
Onde: Sesc Vila Mariana, São Paulo
Endereço: R. Pelotas, 141 – Vila Mariana, São Paulo – SP
Entrada: gratuita