Teatro
NATA encerra temporada de “OXUM” este mês no Teatro Vila Velha!


Foto Adeloya Magnoni
O Núcleo Afrobrasileiro de Teatro de Alagoinhas (NATA) encerra as atividades do projeto OROAFROBUMERANGUE, aprovado no Edital de Apoio a Grupos e Coletivos Culturais da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), com mais cinco apresentações do espetáculo Oxum, de 22 a 25 de novembro, no Teatro Vila Velha, de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h, com ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
No dia 25, ocorre uma sessão especial às 16h, com preço popular (R$ 20 inteira e R$ 10 meia). Além da montagem, o NATA realiza nesse mesmo dia 25 de novembro, às 17h, o V IPADÊ – Fórum NATA de Africanidade, com a temática “Cadê a mulher negra para a gente ver? Feminilidades e representatividade”. O evento se estabelece como uma atividade “teórico-interacional” entre os estudos dos artistas do grupo, a Comunidade de axé, a comunidade em geral e os acadêmicos com temáticas afins ao debate de raça e identidade.
Participam do encontro Adriana Quilombos, mulher negra, ekedi filha de Oxum e historiadora formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC; e Fran Demétrio, mulher trans, negra, filha de Oxum, doutora em Saúde Coletiva pelo ISC/UFBA, professora adjunta e pesquisadora da UFRB. Este encontro coroará todo o processo de pesquisa sobre feminismo negro e a divindade Oxum desenvolvido para a montagem Oxum.
Para Oxum, o NATA convidou mais três atrizes – Fernanda Silva, Ive Carvalho e Tatiana Dias -, que foram selecionadas através de audição. Fazem parte do elenco os integrantes do grupo: Fabíola Nansurê, Antônio Marcelo, Daniel Arcades, Thiago Romero – que assina a direção de arte – e Nando Zâmbia, que assina a iluminação e a coordenação técnica da peça. Para completar o quadro de interpretes, o grupo traz a cantora Joana Boccanera, que também assina a preparação vocal.
Serviço
O quê: Oxum
Quando: 11 a 21 de outubro; e 22 a 25 de novembro – de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h
Onde: Teatro Vila Velha
Ingresso: R$30 (inteira) e R$15 (meia) – venda no www.ingressorapido.com.br
Teatro
Espetáculo ṢE entra em cartaz no Teatro Molière dia 15 de março

ṢE – Uma Performance Jogo de Improviso é um espetáculo de improvisação cênica que mistura teatro, dança, música e performance para explorar as múltiplas dimensões da presença. Criado e interpretado por Diego Alcantara, com trilha original ao vivo de Tiago Farias, a obra é uma leitura do processo criativo e uma crítica incisiva à cultura do entretenimento instantâneo, o consumo de narrativas rápidas e a representatividade nas mídias tradicionais. A peça fica em cartaz nos dias 15, 16, 22 e 23 de março, às 19h, no Teatro Molière – Av. Sete de Setembro, 401, Salvador.
Transitando entre afrografias, mandinga, malícia e deboche, ṢE convida o público a uma experiência sensorial e intelectual, questionando convenções, racismo estrutural e apropriação cultural. Entre a comicidade dos folguedos brasileiros e o futurismo digital, o espetáculo provoca com uma estética vibrante e subversiva – uma eletricidade, “coisa de negro”. Como um streaming vivo, traduz desejos e pulsões do público, tornando cada apresentação única e irrepetível. Uma experiência efêmera que instiga cada um a acessar sua Inteligência Ancestral (IA) e refletir sobre seu próprio lugar no mundo.

Foto: Laís da Conceição
O espetáculo ṢE estreou em uma temporada curta no Espaço Cultural da Barroquinha, em abril de 2024, e é uma expansão do exercício artístico-científico que dialoga com a pesquisa de mestrado em Artes Cênicas (PPGAC) de Diego Alcantara, estruturando metodologias da negrura.
Provoque, desafie, deseje, compre, negocie, traga uma história, cante, dance, toque, faça! Esses são os dispositivos que rompem a barreira entre palco e plateia, transformando espectadores em agentes de um jogo cênico pulsante e instantâneo. Inspirado na estética dos jogos eletrônicos de simulação e na magia dos rituais, ṢE é uma máquina do tempo vestida de teatro, impulsionando o público a uma jornada de autoconhecimento e reflexão.
Teatro
Espetáculo “Nasceu” estreia no Teatro Martim Gonçalves

Com texto lírico, assinado por Clara Romariz, a peça “Nasceu” parte da imagem de uma serpente sendo assassinada a duras pauladas por uma mulher prenha. Com a proposta de um teatro visual, físico e extremamente poético, o espetáculo marca sua formatura no bacharelado em direção teatral da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e fica em cartaz gratuitamente nos dias 14, 15, 16 e 21, 22, 23 de março, sempre às 19h, no Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, em Salvador.
“Nasceu” aborda o princípio da vida: gênese de uma ideia, de uma obra de arte, de uma diretora, de um ser-humano, de uma leoa. E aqui não se trata de “gênese” em oposição a “morte”, já que fim e início estão conectados de forma espiralar. Fim de um ciclo, início de outro. Fim de uma fruta, início de uma semente. Fim de um bicho, alimento para a terra que dará início a mais vida. Descascar da pele da cobra, uma nova configuração de serpente.

Foto: Roama
“Nasceu” trata do feminino, tema da pesquisa de Clara Romariz há alguns anos, saindo de um lugar único de compreensão deste ser-mulher, estereotipado, sempre em oposição. Santa ou puta, Eva ou Maria, a do instinto materno puro e imaculado ou a mãe que é sempre culpabilizada por tudo. Com um elenco formado pelas atrizes Amanda Cervilho, Daiane Martins e Nina Andrade e equipe majoritariamente feminina, “Nasceu” busca outras formas de mulheridade, muito mais vinculada à ancestralidade, ao lado animalesco desse dito instinto materno, um lado menos controlado por milênios de culpa cristã. Através de um texto poético e de uma encenação contemporânea, “Nasceu” questiona a representação do feminino propondo um novo olhar sobre as mulheres.
Sobre a diretora
Clara Romariz é diretora, atriz e dramaturga, formada pela universidade livre do teatro vila velha, trabalhou no Vila por cinco anos tendo participado de diversos espetáculos, ora como atriz, ora como assistente de direção. Depois de sair do Vila, Clara entra em direção teatral na UFBA, tendo se aprofundado mais na dramaturgia e na direção. Escreveu diversos espetáculos como Gatunas, Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres, Abismo, Rominho e Marieta, passeando por gêneros diversos, sem perder sua linguagem lírica e seu tema de pesquisa, o universo do feminino. Dirigiu Ifigênia Agamemnon Electra, Sonata, Varal (seu solo) e Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres (sua pré-formatura em direção).
Serviço
O quê: Espetáculo “Nasceu”
Estreia: Dia 14 de março (sexta)
Temporada: Dias 15, 16, 21, 22 e 23 de março de 2025 (sexta a domingo)
Horário: Às 19h
Onde: Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, Salvador-BA
Entrada gratuita (retirada 1h antes de cada sessão na bilheteria do Teatro)
Teatro
CTO da Bahia será lançado nesta sexta-feira (14) em Salvador

O Centro de Formação e Produção em/de Teatro do Oprimido da Bahia (CTO da Bahia) será lançado nesta sexta-feira (14), às 18h, no Espaço da Resistência Marielle Marighella – Rua João Gomes, 43 – Rio Vermelho, em Salvador. Na ocasião, será apresentada a sessão da peça ‘O Pregador – Teatro Fórum Antirracista’ da Cia de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), GESTO e PELE NEGRA – Escola de Teatros Pretos.
O mote deste lançamento são os 50 anos de publicação da obra “Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas”, em 1975, no Brasil, um dos livros mais importantes do dramaturgo brasileiro Augusto Boal e um marco na história do teatro mundial. A obra apresenta uma reflexão profunda sobre o papel político do teatro na sociedade ocidental, propondo uma nova poética – fortemente influenciada pela Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire -, em que o público deixa de ser apenas espectador e passa a ser espect-ator, participando como produtor na re-construção da cena.

Foto: Diney Araújo
Ao longo dos dias 14,15 e 16; 21 e 22, ocorrerão oficinas de Teatro do Oprimido e sessões do ‘O Pregador’. Dia 16 de março é o Dia Municipal e Nacional do Teatro do Oprimido, data em que Augusto Boal nasceu. Em todo o Brasil e em vários países do mundo ocorrem eventos que celebram este fato. A coordenação do CTO da Bahia é formada por Taiana Lemos (coordenação de formação); Carlos Matias (articulador institucional); Fabíola Simmel (coordenação de produção); Luana Csermak (coordenação pedagógica) e Licko Turle (coordenação artística). Mais informações no e-mail: ctodabahia@gmail.com | (71) 98695-3003 | @ctodabahia.