Memória
Ajude o Acervo Zumvi: “Precisa ser preservado e conhecido – um rico patrimônio do Brasil”, afirma Lázaro Roberto!

O Acervo Zumvi guarda mais de 30 mil fotogramas que registram momentos marcantes da luta negra nas últimas quatro décadas, bem como expressões artísticas e do cotidiano da população mais negra fora do continente africano.
“Meu objetivo era fotografar o hoje para o amanhã, depois eu entendi que meu trabalho era de documentação e memória do povo preto”, diz Lázaro Roberto, 60 anos, fotógrafo e documentarista que registrou a memória da população negra desde 1978.
Lázaro Roberto é o responsável pelo Acervo e pela campanha de financiamento coletivo para catalogação e digitalização do acervo, que já está aberta para contribuições públicas no site Benfeitoria:
Zumvi em nossa História…
As primeiras marchas de denúncia do racismo, da intolerância religiosa e do extermínio do negro, os primeiros ensaios dos bloco afro e afoxés, o início da trajetória artística de nomes como Carlinhos Brown, Margareth Menezes e Lazzo Matumbi e momentos históricos ocorridos na Bahia, como a campanha para libertação do líder sul-africano, Nelson Mandela, que esteve em Salvador em 1991, além de ocupações estudantis, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia para a implementação da Lei de Cotas Raciais, tudo registrado pelos fotógrafos que integram o Acervo Zumvi.
Através da campanha, Lázaro Roberto busca arrecadar R$ 50 mil reais no período de 60 dias para digitalizar e colocar à disposição do público o acervo produzido pela entidade de fotógrafos. Com as doações, o investimento será aplicado urgentemente para resguardar o acervo da ação do tempo.
Além disso, a intenção é catalogar as fotografias para que o Zumvi permaneça em ação contínua. Também é prevista a criação de um museu virtual que será chamado de Plataforma Zumvi, em que poderão ser solicitadas imagens.
A campanha – que fica aberta até o dia 19 de dezembro -, segue com recompensas para apoiadores e demais informações podem ser consultadas através do site da Benfeitoria.
Quer saber mais sobre como ajudar o Acervo Zumvi? Nos números: (71) 99205-5179 / 9137-7814.
Fotos Acervo Zumvi
Memória
Fala Vila especial Samba recebe Juliana Ribeiro e convidados

Mais uma edição especial do Fala Vila acontece no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), nesta sexta-feira (7), às 16h, com o tema “O samba inaugura o Vila: a Juventude do Garcia e a história das escolas de samba de Salvador”. O grupo inaugurou o Teatro Vila Velha, em 1964. Mediado pela cantora, compositora e historiadora Juliana Ribeiro – atualmente, doutoranda pelo Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade da UFBA – o encontro reúne num bate-papo musical João Barroso, presidente do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Juventude do Garcia e Caroline Fantinel, pesquisadora e coordenadora do projeto “Memórias de Momo”.
A atividade, gratuita e aberta ao público, integra a programação da exposição “Vila Velha, Por Exemplo – 60 anos de um teatro do Brasil” e conta com as participações especiais dos músicos Bruno Barroso e Muniz do Garcia, trazendo sambas que marcaram época. A exposição “Vila Velha, Por Exemplo – 60 anos de um teatro do Brasil” tem patrocínio do Banco do Brasil, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal, e conta com apoio do Museu de Arte Moderna da Bahia, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural e Secretaria Estadual da Cultura. A produção é da Janela do Mundo, com coprodução do Teatro Vila Velha.
Serviço
O quê: Fala Vila – “O samba inaugura o Vila: a Juventude do Garcia e a história das escolas de samba de Salvador”
Quando: Dia 7 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: Às 16h
Onde: Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) – Avenida Contorno
Entrada: Gratuita
Mais informações:
Instagram: @teatrovilavelha
Site: www.teatrovilavelha.com.br
Memória
Cici de Oxalá e Mario Omar ministram aula-espetáculo em São Paulo

Os contadores de histórias Cici de Oxalá e Mario Omar apresentam a aula-espetáculo “Oratura” no próximo sábado (8), a partir das 19h, na Praça de Eventos do Sesc Vila Mariana, em São Paulo. A proposta é promover um encontro entre a sabedoria e a cultura ancestral com a leitura contemporânea da tradição oral. A Roda de Histórias seguirá a tradição oral bantu, com a transmissão de conhecimentos através dos mais diversos elementos da palavra, como a narração de contos, provérbios, cânticos e musicalização africana. A entrada é gratuita.
Segundo os organizadores, a atividade é direcionada para professores, educadores sociais, contadores de histórias, comunidade de religião de matriz africana e afro-brasileira e pessoas negras em geral que se identificam com o tema. Para Mario Omar, que é pesquisador da tradição oral, o evento pretende fortalecer a propagação do conhecimento empírico, mantendo vivo o legado da cultura africana na cultura brasileira.
“Levar para São Paulo essa vivência que fala sobre a Bahia e as tradições iorubá e bantu será cheia de axé. Vamos fazer uma roda de saberes ancestrais pautada nos conhecimentos antigos. Cici de Oxalá, conhecida como Vovó Cici, é uma grande mestra da nossa cultura ancestral. Foram as mulheres negras que socializaram a Bahia e o Brasil, então ouvir e aprender com uma mulher negra sobre tradição oral é muito importante”, disse Mario Omar.

Foto: Erika Maia
Tradição Oral
A arte de contar histórias era feita pelos mestres da tradição oral, que faziam suas narrações no seio de sua comunidade. Não se pode definir uma data exata para o surgimento da prática, que antecede a escrita, o que se sabe é que era uma das principais formas de socialização e transmissão do conhecimento, transcorrendo as mais diversas culturas e civilizações.
Na África, os contadores são os “reis da palavra”. Eles preparam seu povo para as plantações com seus contos, exortam os enfermos e saram suas mazelas com suas narrativas, alegrando as noites de verão e ninando os bebês com suas histórias.
Na contemporaneidade os narradores modernos fazem o uso das fofocas, causos, lendas, contos do maravilhoso, recursos virtuais audiovisuais e palcos urbanos, adaptando a linguagem narrativa para os ouvintes e os espaços da cidade. Nos dias atuais, os contadores e contadoras de histórias têm mantido acesa a chama da palavra que continua sendo passada de geração em geração como faziam os antigos.
Sobre Cici de Oxalá
Considerada uma das maiores contadoras de histórias do século XX, Nancy de Souza, 83, conhecida como Cici de Oxalá, é um dos principais pilares para a tradição oral no mundo. Nascida no Rio de Janeiro e radicada baiana, a mestra griô mantém viva as tradições afro-brasileiras e da Oratura Banto, sendo condecorada com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Sobre Mario Omar
Mario Omar é angoleiro, arte-educador e pesquisador da tradição oral Bantu.
Serviço
O quê: Aula-espetáculo “Oratura”, com Cici de Oxalá e Mario Omar
Quando: 08 de fevereiro, a partir das 19h
Onde: Sesc Vila Mariana, São Paulo
Endereço: R. Pelotas, 141 – Vila Mariana, São Paulo – SP
Entrada: gratuita
Memória
Seminário de Música Negra acontece na ALB nesta terça-feira (26)

A Academia de Letras da Bahia (ALB) e o Instituto Reparação realizam o Seminário de Música Negra da Bahia, intitulado ‘Dos blocos dos povos indígenas ao samba reggae’, nesta terça-feira (26), às 14h. O evento é aberto ao público e acontece na sede da ALB, no Palacete Góes Calmon – Av. Joana Angélica, 198, Nazaré -, no mês em que se celebra o Dia Nacional de Zumbi e Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.
Os convidados serão a cantora, compositora e historiadora Juliana Ribeiro; o cantor, compositor e mestre capoeira Tonho Matéria; o cantor, produtor e percussionista Dado Brazzaville; e o músico, produtor e carnavalesco Jorginho Commancheiro, presidente do bloco Comanches do Pelô. As inscrições devem ser feitas no link.
Reconhecidos em suas áreas artísticas, eles debatem na Academia de Letras da Bahia, pela primeira vez na história da instituição, sobre a música negra baiana, abordando como tudo começou até os dias de hoje, passando pelos blocos chamados ‘de índio’, os blocos afro e o samba reggae.
Também participam do debate o presidente da ALB e antropólogo Ordep Serra; e o coordenador do Instituto Reparação e sociólogo Ailton Ferreira. Haverá entrega de certificado de participação. A Academia de Letras da Bahia tem apoio financeiro do Governo da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.