Literatura
Editora N-1 lança, em Salvador, livro escrito por Marielle Franco!

Neste sábado (8), a Casa Preta (Rua Areal de Cima, 40, Dois de Julho), receberá o lançamento do livro “UPP – Redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro”. A edição retoma – integralmente – com pequenas adaptações, a dissertação de mestrado de Marielle Franco, defendida na Universidade Federal Fluminense. Com lançamento nacional previsto para 19 cidades, o lucro obtido com as vendas deste livro será inteiramente revertido para a família de Marielle.
O evento tem entrada franca e o público poderá conferir extensa programação cultural:
Ybitu-Emi – Aldria Coletivo Cênico
Um show cênico musical que mistura ritmos e histórias a fim de louvar e saudar todos aqueles que vieram antes de nós. O show recebeu três indicações ao prêmio Caymmi de música 2a edição.
Denise Carrascosa
Ativista do Movimento de Mulheres Negras. Professora da UFBA. Integrante do Coletivo Corpos Indóceis e Mentes Livres, que constrói oficinas de criação literária com mulheres encarceradas.
Isadora Salomão
Feminista negra, Arquiteta e Urbanista, Mestra em Desenvolvimento e Gestão Social pela UFBA, Coordenação da Frente Povo Sem Medo Bahia e ex-candidata a Dep. Estadual pelo PSOL-BA.
Tânia Palma
Assistente Social, Ativista do movimento de mulheres Negras, dos direitos humanos e especialista em gênero e raça. Liderança do nordeste de Amaralina, trabalha com mulheres no Centro de Referência de Atenção à Mulher Loreta Valadares.
Mario Soares Neto
Advogado, Militante Político e Pesquisador da Pós-Graduação em Direito da UFBA. Coordenador do Curso de Extensão: Marxismo e Pan-Africanismo.
Silvio Humberto
Doutor em Economia pela UNICAMP, Mestre em Economia pela UFBA. É professor da Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS. É um dos fundadores e atual Presidente de Honra do Instituto Cultural Steve Biko. Tem experiência nas áreas de Economia, Desenvolvimento Econômico, Políticas Públicas, Ações afirmativas, Relações raciais, Relações Internacionais com foco nas relações Brasil-África. Vereador da cidade de Salvador, eleito em 2012 e 2016.
Márcia Limma
A atriz apresentará fragmentos do espetáculo Medeia Negra, um grito épico, lírico e musical. Nesta montagem, o mito grego é revisitado pelo processo de descolonização do pensamento patriarcal e, através dele, questiona o condicionamento social que marginaliza, julga e condena corpos considerados inadequados, estrangeiros, estranhos.
Mariella Santiago
Baiana nascida em Salvador, a cantora e compositora Mariella Santiago tem um estilo próprio. Na sua voz, a musicalidade brasileira encontra o Soul e outras músicas do mundo, de forma original. O álbum foi contemplado com o Prêmio Braskem de Música. Nos anos 90,integrou as bandas de Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Luis Galvão (Novos Baianos), Roberto Mendes e Jorge Portugal, como vocalista e cantora convidada.
Coletivo Vira-Lata
O Coletivo Vira-Lata é um coletivo de arte e poesia marginal formado pelas mcs e poetas Victória Campos (DelaRua), Pollyanna Menezes (Suja) e Elana Christini (Laela). Mulheres baianas, artistas, periféricas, poetas, MC’s e grafiteiras que se conheceram vivenciando a cidade de diferentes formas.
Panteras Negras
Uma produção da Estação Zinha que reúne bandas com instrumentistas negras. Com intervenção poética de Dedê Fatuma.
Vj Selene
Cineasta de formação, artista visual e ativista. Desenvolve trabalhos como VJ desde 2007, tendo participado de eventos internacionais como VJ Torna, principal festival mundial de Vj’s, e realizado projeções mapeadas nos mais diversos espaços culturais da cidade de Salvador. Como cineasta, realizou o premiado documentário “Xukuru Ororubá” e agora produz o “Cosmovisões Indígenas”, filme documentário sobre as mulheres indígenas do nordeste.
Clara Domingas
Artista visual atua em contextos de mobilidade e intercâmbio transnacionais, além de investigar o que chama de Artes e Tecnologias do Corpo: processos criativos que articulam diversos saberes (como antropologia, artes e urbanismo), nos quais se insere o projeto Nativa Relativa.
Trilhas do Vilavox
O show celebra os 17 anos do grupo teatral Vilavox, que nasceu como coro performático no espetáculo “Trilhas do Vila” reunindo as composições de Jarbas Bittencourt compostas para as peças do Teatro Vila Velha. Um show multimídia, que mistura “memória, sangue, suor e teimosia”, para rememorar espetáculos como Primeiro de Abril e O segredo da Arca de Trancoso, com direção de Gordo Neto e direção musical de Leonardo Bittencourt.
Sophia Araújo
Mãe, Poeta, MC e Ativista feminista, Sophia Araújo teve seu despertar para poesia ao ver Fabiana Lima NegaFya recitar, durante a ocupação no MINC (Ministério da Cultura) começou a escrever suas primeiras poesias e com a UDP (Universidade Descolonial Periférica) teve o impulso que precisava para mostrar sua arte e pensamento em forma de poesia, ex-integrante do Coletivo Vira-Lata Sophia faz parte da Lápide Rec. hoje com 21 anos de idade Sophia ocupa por direito um espaço conquistado pela luta da mulher dentro do cenário do Hip-Hop e do Rap na Bahia.
A organização do livro é de Lia de Mattos. Os livros estarão à venda no site da N-1 e poderão ser adquiridos também no dia do lançamento.
Serviço:
Lançamento“UPP – Redução da favela a trêsletras”
Data e Local:08 de dezembro, das 17h às 22h, na Casa Preta, Rua Areal de Cima, Dois de Julho – Salvador
ENTRADA FRANCA
Literatura
Slam das Minas lança minidoc sobre residência em Cabo Verde

No próximo dia 5 de julho, data em que se celebra a Independência de Cabo Verde, o coletivo Slam das Minas Bahia realiza um encontro especial em Salvador, para compartilhar os frutos da sua recente turnê internacional “Vozes em Poesia”. A atividade acontece às 14h, na Sala Cênica da FUNCEB, e contará com exibição de vídeos, performances poéticas, roda de conversa e um momento de celebração com comida típica.
O evento marca o lançamento do mini documentário da residência artística realizada pelo coletivo na cidade da Praia, em Cabo Verde, durante o mês de maio. Por lá, as poetas ministraram oficinas de escrita criativa e performance poética para estudantes da Universidade de Cabo Verde, além de realizarem uma edição especial da batalha de Slam no campus universitário. A turnê também passou por Lisboa, com apresentação no Museu do Aljube, espaço simbólico da resistência e da memória anticolonial em Portugal.
Batizado de “Retorno Atlântico”, o evento busca refletir sobre os afetos, trocas e atravessamentos que marcaram essa experiência internacional. Para a slammaster Má Reputação, esse é um momento de devolver à comunidade baiana tudo o que foi vivido e construído em solo africano.
“Estamos preparando um momento multissensorial, a fim de que essa seja uma experiência marcante como foi pra nós materializar essa travessia”, afirma a artista.
A programação inclui ainda a leitura de textos autorais criados durante a viagem e um bate-papo com o público sobre o impacto da circulação artística entre países da diáspora africana.
SERVIÇO – Retorno Atlântico | Slam das Minas Bahia
Data: 5 de julho (sexta-feira)
Horário: 14h
Local: Sala Cênica da FUNCEB – Salvador (BA)
Atividade: Lançamento do minidoc + performances + bate-papo + vivência cultural
Instagram: @slamdasminasbahia
Literatura
Lílian Almeida lança “Fecundo a terra enquanto choro” no Goethe

A escritora, professora e terapeuta baiana Lílian Almeida lança, na próxima quinta-feira (26), seu mais novo livro de poemas, Fecundo a terra enquanto choro, no Goethe-Institut Salvador, a partir das 19h. Com entrada gratuita, o evento contará com um bate-papo com a autora, mediado pela doutora em Literatura Hildália Fernandez.
Terceira publicação solo de Lílian, a obra marca mais um capítulo na sua produção literária que tem na escrita uma ferramenta de existência, cura e enfrentamento. “Escrever sempre foi meu modo de existir”, afirma a autora. Após o premiado Pulsares (vencedor do Prêmio Caramurê de Literatura 2019), Lílian entrega um novo conjunto de poemas em que o lirismo é atravessado por experiências pessoais, dores coletivas e pulsões de mudança.
Dividido em duas partes, o livro se estrutura a partir de imagens simbólicas: no início, o corpo é arado e o peito, terra ferida — metáforas que evocam a dor individual e as crises sociais e políticas. Na segunda parte, a água ganha protagonismo, surgindo tanto como choro quanto como elemento que purifica, inunda e transforma.
“É uma obra onde a poesia encontra as dores humanas, as crises políticas e sociais, mas sinto que é marcante a força de superação a partir do desejo e abertura para as transformações”, explica Lílian.
A linguagem é sintética e ao mesmo tempo potente. Com versos curtos, a autora mantém sua marca de lirismo agudo, mas também experimenta formatos mais longos e narrativos, ampliando seu campo poético.
“Fecundo a terra enquanto choro carrega consigo uma procissão de seres doídos e determinados a transformarem o choro em seiva que nutre e promove a vida”, resume.
Além da atuação na literatura, Lílian Almeida é professora de Literatura na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e terapeuta integrativa. Desenvolve o projeto de extensão “Biblioterapia: literatura e autocuidado”, que utiliza a leitura como ferramenta de bem-estar emocional e que tem ganhado expansão para além dos muros da universidade.
A escritora também vem ampliando sua atuação no cenário internacional. Em maio, esteve na Argentina com seu primeiro livro traduzido para o espanhol, em uma circulação viabilizada pelo edital “Salvador Circula”, da Fundação Gregório de Mattos. Participou do evento literário “No somos islas”, em Córdoba, e realizou lançamentos no Instituto Guimarães Rosa, em Buenos Aires.
Lílian tem ainda poemas traduzidos para o inglês e o espanhol em publicações bilíngues e já participou de encontros literários na Colômbia, no México e em outras partes da América Latina. Também integrou a curadoria da Coleção Tinta Preta e do I Encontro de Autoras Baianas.
Serviço
O quê: Lançamento do livro Fecundo a terra enquanto choro, de Lílian Almeida
Quando: 26 de junho (quinta-feira), às 19h
Onde: Goethe-Institut Salvador (Av. Sete de Setembro, Corredor da Vitória)
Entrada: Gratuita
Foto: Victória Nack
Literatura
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Foto: Silara Aguiar
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