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Carnaval

#OuroNegro – Bloco A Mulherada celebra 18 anos homenageando entidades femininas do Candomblé!

Jamile Menezes

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Bloco-A-Mulherada

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Comemorando 18 anos, o Bloco A Mulherada participa – pela primeira vez – do Furdunço, realizado desde 2014, no Circuito Orlando Tapajós (Ondina-Barra). Será neste domingo (24), sem cordas, e a concentração da Mulherada será a partir das 15h, em Mini Trio com percussão e Ala de Canto, uma inovação do Bloco em 2019, que também se estenderá para o Carnaval.

 

O Bloco A Mulherada nasce de um projeto social que tem como finalidade a defesa dos direitos da mulher negra a partir de ações de combate à discriminação racial e de gênero e estímulo à autoestima e defesa dos direitos civis destas mulheres.  As mulheres que embalam as diversas Alas são oriundas de oficinas de capacitação realizadas pelo próprio Bloco ao longo do ano.

 

No Furdunço, o Bloco A Mulherada levará às ruas o tema “Mistérios da África – as yabás, orixás, mães e rainhas”, em homenagem às raízes ancestrais das mulheres negras simbolizadas na religião de matriz africana pelas YABÁS. São as entidades femininas que, nestes desfiles, serão representadas pelas orixás Iansã, Iemanjá, Oxum e Nanã, com decoração do Mini Trio sob o comando das cores azul, vermelha, amarela e lilás, que simbolizam as divindades.

 

Bloco-A-Mulherada

CARNAVAL – O Bloco A Mulherada terá desfile único na quinta de Carnaval (28/02), às 17h, com o mesmo tema, abraçando a força feminina da religiosidade afro-brasileira. Serão 60 percurssionistas, 30 baianas, 40 rainhas afro, 30 mulheres compondo a Ala Feminista, além de carro alegórico em homenagem às YABÁS, e um conjunto de 100 dançarinas.

 

O desfile das mulheres será aberto com coreografia das ginastas do Grupo G.R., seguidas das Alas das Baianas, Ala Yabás, Orixás, Mães e Rainhas, a Ala Yabás Contemporâneas, composta por jovens e mulheres negras oriundas das comunidades do Pelourinho, e mais cinco Alas Performáticas, representadas por dançarinas com figurinos que representam as águas e seus milagres, demonstrando relação de cada uma delas com a dança das águas. Serão elas: Ala do Rio Níger; Ala das Águas Paradas – composta por senhoras integrantes da Irmandade do Rosário dos Pretos (Pelourinho); Ala da Água Doce; Ala da Água Salgada e a Ala Contrato Social – composta por jovens e mulheres negras vítimas da drogadição, moradoras de ocupações urbanas, desempregadas e em conflito com a lei, que compõem a entidade parceira Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA).

 

Fotos: Divulgação

Carnaval

Quabales e Aila Menezes fazem ressaca do Carnaval

Amanda Moreno

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Quabales e Aila Menezes fazem ressaca do Carnaval
Quabales e Aila Menezes fazem ressaca do Carnaval (Foto: Rafael Paixão)

Quabales e Aila Menezes fazem ressaca do Carnaval. O Pelourinho vai receber neste fim de semana a Ressaca de Carnaval da cantora Aila Menezes. O evento será neste sábado (24), a partir das 19h, no Largo Quincas Berro D’água. O show de abertura será da Quabales Banda. A entrada é gratuita.

Aila, que ganhou projeção nacional ao participar do The Voice Brasil e se firmou como uma das representantes femininas do pagode baiano, vai levar para o público o pagodão pesado e consciente do papel da mulher na cena musical baiana. Ela promete agitar o público com música e dança.

Já a Quabales Banda, que acumula mais de 79 mil execuções em suas músicas só no Spotify, irá misturar no palco música, performance, percussão baiana, hip hop, pagotrap, canto e batida eletrônica. O grupo tem direção do multi-instrumentista baiano Marivaldo dos Santos, único brasileiro no elenco do STOMP, em cartaz há mais de 20 anos na Broadway.

Quabales e Aila já se apresentaram juntos no Festival de Verão deste ano. Quabales e Aila Menezes fazem ressaca do Carnaval. A banda e a artista fizeram a abertura do evento, no dia 27 de janeiro, no Parque de Exposições. No mesmo palco também se apresentaram artistas como Ivete Sangalo, IZA e Ceelo Green.

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Carnaval

Artistas e Embaixadora de Gana participam de Trio do Muzenza

Amanda Moreno

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Artistas e Embaixadora de Gana participam
Artistas e Embaixadora de Gana participam (Foto: Nathane Santana)

Artistas e Embaixadora de Gana participam de Trio do Muzenza. A Embaixadora de Gana, Abena Busia, e duas dançarinas do grupo Samba Ghana participaram do Trio do Muzenza que desfilou no circuito Campo Grande, na terça (13 de fevereiro). O Muzenza é um bloco de afro, nascido no bairro da Liberdade em Salvador (BA), inspirado no legado cultural dos jamaicanos e suas mensagens libertárias.

O grupo Samba Ghana foi fundado por Akua Apraku, uma ganesa que aprendeu e ensina a dança do samba no país africano. Vestidas com trajes que representam as escolas de samba, Akua e a dançarina Faustina Odame, se apresentaram ao lado dos cantores e da banda percussiva do Muzenza.

Em um verdadeira fusão de ritmos e culturas, as dançarinas do Samba Ghana combinaram movimentos do samba carnavalesco, com coreografias de seu país de origem, ao som do samba-reggae do bloco afro-baiano.

“É muito emocionante estar aqui e ver essa celebração. Vim de uma família de mulheres fortes e empoderadas e quero conhecer o mundo e levar um pouco da nossa representação”, conta a ganesa Akua Apraku, que já se apresentou em escolas de samba no Rio de Janeiro.

Artistas e Embaixadora de Gana participam de Trio do Muzenza. Também estiveram presentes  no trio do Muzenza, Ângela Guimarães, Secretária de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (Sepromi); e os empresários do Republic Bar and Grill, Raja e Kofi Owusu-Ansaha, apresentando os saborosos e coloridos drinks Ko Kro Ko. A bebida, que é famosa no bar ganense, conquistou o público baiano durante a programação do Camarote Casa de Gana em Salvador (BA).

Camarote Casa de Gana

Durante seis dias a Casa de Gana participou do carnaval de Salvador com uma programação que misturou arte, história, gastronomia, moda e cultura. Nesse período, o Camarote Casa de Gana ficou instalado no Vale do Dendê (Pelourinho).

Os visitantes puderam conhecer o legítimo kente, tecido que se origina dos Reis Ashanti de Gana; experimentar bebidas e comidas típicas do país; dançarem ao ritmo de músicas africanas, além de terem a oportunidade de fazer o teste de ancestralidade, desenvolvido pela Genera e Brafrika Viagens

A iniciativa é promovida e realizada pela Embaixada de Gana no Brasil e o Ministério do Turismo, Artes de Cultura de Gana em parceria com o Vale do Dendê e a BRAGH, dentro do projeto Experience Ghana Live, conta com produção executiva assinada pelo Instituto Afetto e BlueJay Produções e apoio da Prefeitura de Salvador.

Unindo suas raízes ancestrais, Gana e Bahia tem fortalecido laços de cooperação e intercâmbio na cultura, educação, comércio e turismo. O Camarote Casa de Gana é a segunda iniciativa que integra uma programação cultural em grandes datas comemorativas de Salvador (BA). A primeira foi no Festival Afrofuturismo, em novembro de 2023.

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Carnaval

Afoxé Filhos do Congo celebra Tereza de Benguela

Amanda Moreno

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Afoxé Filhos do Congo celebra
Afoxé Filhos do Congo celebra (Foto: Reprodução SecultBA)

Afoxé Filhos do Congo celebra Tereza de Benguela. O Afoxé levou para avenida um desfile que entregou encanto e emoção ao público presente, este trouxe uma explosão de cores, ritmo e, principalmente, história. Sob o tema “Tereza de Benguela: A Grande Líder do Quilombo do Piolho”, o bloco prestou uma homenagem vibrante à marcante líder do Quilombo do Quariterê.

Com alegria e empoderamento como guias, o desfile contou com alas de dança que representarão o poder e a beleza da mulher negra, uma referência direta à inspiradora Tereza de Benguela. As fantasias, elaboradas com base ancestral, e as coreografias envolventes, aliadas a uma percussão contagiante, transportarão o público a uma viagem no tempo, relembrando a resistência e a força do povo negro.

O bloco, pioneiro em enaltecer a imagem e o legado de figuras públicas, ancestrais e ativistas da cultura afro-brasileira e africana, tem se destacado por resgatar e celebrar a história de mulheres negras que, muitas vezes, foram apagadas da narrativa histórica.

Lindinalva Silva, atual Presidenta do Afoxé Filhos do Congo, destaca a importância do tema deste ano: “Estamos trazendo o tema Tereza de Benguela, a grande líder do quilombo de Piolho. A mulher negra tem uma história apagada, e ao trazer essa história estampada na roupa, na música, estamos resgatando essa narrativa escondida. O tema é crucial para fortalecer nossa caminhada e ancestralidade.”

Além disso, Lindinalva ressalta o papel significativo da mulher no bloco ao ocupar o cargo de presidenta, evidenciando a evolução ao longo dos anos, onde antes a mulher no Afoxé apenas tocava xequerê, agogô e dançava. Hoje, a presença feminina se estende à gestão, trazendo consigo a história e o empoderamento das mulheres negras.

Edson, produtor musical da banda Os Filhos do Congo, assegura que o desfile proporcionará uma experiência musical excepcional: “As pessoas puderam ver uma boa banda, seguido de um desempenho dos músicos que tornam a apresentação única. Estou orgulhoso por estar com uma banda maravilhosa em cima do trio. Vamos mostrar o melhor do Filhos do Congo para vocês”, sinaliza ele.

Já para Joelma Reis, cantora do Afoxé Filhos do Congo, este momento expressa sua honra ao participar da celebração dos 45 anos do bloco. Ela destaca a importância de homenagear Tereza de Benguela como representante de todas as mulheres negras e guerreiras. “Eu desejo muito axé para todos nós e que a avenida seja toda nossa”, pontua ela.

O desfile do Afoxé Filhos do Congo  celebra Tereza de Benguela e foi uma manifestação de vibrações positivas, representatividade da mulher preta, da guerreira que defende sua ideologia e seu povo. Tali Santana, diretora do Afoxé e Relações Públicas, celebra a trajetória do bloco, destacando a beleza, energia, alegria, musicalidade e ancestralidade presentes no desfile, marca o ápice deste na avenida pois esse representa não apenas um bloco carnavalesco, mas uma celebração da cultura afro-brasileira, da resistência e da força das mulheres negras.

Luciane Reis é publicitária, colunista do Portal Soteropreta, idealizadora do MerC’afro e pesquisadora de Afro empreendedorismo, Etno desenvolvimento e negócios inclusivos.

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