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Carnaval

#OuroNegro – Samba, Afoxé e 40 anos do Olodum resumiram os dois primeiros dias de folia!

Jamile Menezes

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Alvorada
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Fotos Fafá Araújo Divulgação SecultBA

 

O samba tomou conta dos dois primeiros dias no circuito tradicional – Campo Grande!

E foi assim na quinta…

Com apoio do Governo do Estado por meio do Programa Ouro Negro, chapéu panamá na cabeça e alegria da velha e da jovem gurda, os Blocos de Samba deram o tom na Avenida. Em sua maioria frequentado por negros e negras oriundos de diversas comunidades de Salvador, blocos como o Alerta Geral, Pagode Total, Amor e Paixão e Samba e Folia foram alguns dos que abriram os desfiles na quinta, quando tudo começou.

No mesmo caminho de fortalecer o samba, também desfilou o bloco Amor e Paixão, com o sambista Nelson Rufino, o grupo Fora da Mídia e o Batifun. “Viemos fortalecer esse ritmo tão importante para a nossa cultura. O samba é a prata da casa”, acredita Fernando Rufino, presidente do bloco.

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Foto Lucas Rosários/ Divulgação SecultBa

Teve ainda desfile do Bloco Na Moral, fundado em 2009, na Liberdade, reunindo moradores de bairros vizinhos como Caixa D água e Fazenda Grande do Retiro. A maioria deles atendidos pelos projetos sociais do Instituto Vivanamoral , que oferece à comunidade aulas de teatro, esportes radicais como skate e também trabalha a consciência ecológica, promovendo a limpeza do lugar.

Ao misturar a contemporaneidade da DJ gaúcha, radicada no Rio, Bieta e o samba de roda do Balaio de Gato e do Gera Samba, o Namoral transformou a Praça Castro Alves em um grande quintal da Tia Ciata. Em seguida, o Bloco Cultural encheu o contra fluxo de beleza, misturando Samba de Roda e Afoxé. A entidade, que completa. Para sair no Bloco Cultural, o folião necessitava trocar um quilo de alimento não perecível pela fantasia. Os donativos arrecadados serão doados ao Hospital Martagão Gesteira e outras entidades beneficentes.

A festa continuou no Contrafluxo do Circuito Osmar com a apresentação dos Blocos Corrente do Samba, formado por moradores do Engenho Velho de Brotas e da Avenida Vasco da Gama, e Fogueirão, que reúne moradores da Rua 11 de agosto, na Federação.  Ambas agremiações prestam serviços de assistência social em suas comunidades  e estão vinculadas a associações de moradores.

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Fotos: Lucas Rosário / Divulgação SeculBA

Teve ancestralidade com o Afoxé Laroyê Arriba…

Com o tema Rei Oni guardião do povo iorubá,  o bloco Afoxé Laroyê Arriba saiu pelas ruas do Centro de Salvador, na noite dessa quinta-feira (28). O desfile aconteceu no contra fluxo de Circuito Osmar e encantou os foliões presentes.  O homenageado Oni Ofé nasceu em 1974, na Nigéria, e é considerado o líder espiritual do povo yorubá. Ele tem a responsabilidade de fazer súplicas a Olódùmarè (Deus) e aos Òrìṣà (Orixás) em nome do seu povo e do mundo, durante os festivais sagrados.

O Afoxé Laroyê Arriba nasceu no Centro Histórico de Salvador e desfila desde 2006 e leva para a avenida os valores do Candomblé da nação Ketu. A agremiação oferece aulas de Iorubá, dança afro e percussão, em sua sede no Largo do Pelourinho.

Alvorada

Foto: André Frutuoso/Divulgação SecultBA

E sexta teve mais samba com Alvorada…

Nesta sexta (1º/03), teve ainda mais: os blocos Alerta Folia com Denny Denan, Reduto do Samba com Harmonia do Samba, Filhos de Marujo, Milena. ]

E teve o Bloco Alvorada, celebrando 44 anos e homenageando os 333 anos da Irmandade dos Homens Pretos, com as vozes de Valdélio França, Bira (Negros de Fé), Tiago (Relicário Samba Meu), Marco Poca Olho (Samba Tororó), Arnaldo Rafael (Samba de Cozinha), Romilson (Partido Popular), Roberto Mendes e Aloísio Menezes conduzidos pelo grupo Bambeia. Para embalar os foliões, além da ala de canto, o bloco trouxe como convidados o paulista Marquynhos Sensação e o carioca Beleleu. O Alvorada embalou seus cerca de 2 mil foliões na Avenida, com o seu tradicional “sacode o lencinho”..vermelho este ano, dando destaque na ala das baianas.

olodum

Foto Alexandra Martins/Divulgação SecultBAa

Teve Olodum 40 anos…

Esbanjando o ‘perfume das rosas’, em alusão ao tema ‘As Duas Histórias: O Perfume das Rosas – Olodum 40 Anos’, eleito para celebrar as quatro décadas de existência, o bloco Olodum realizou, nesta sexta-feira (01), a tradicional saída de sua sede no Pelourinho, marcando também o 12º ano consecutivo de participação no Carnaval Ouro Negro. Mais uma vez a força dos tambores atraiu para o Pelô milhares de fãs e diversas autoridades.

Para o presidente da agremiação, João Jorge, o que o Olodum faz neste Carnaval é mandar um recado para a humanidade, que necessita fortalecer a compaixão a humildade e o respeito. “É uma mudança de paradigma, fundamental para nós desde os tempos antigos. Um recado de maturidade para pensarmos nossos reais problemas por meio da cultura. Foi isso que fizemos aqui no Pelourinho, onde nascemos”, declarou. 

olodum

Fotos: Alexandra Martins / Divulgação SecultBA

A magia do Olodum pode ser confirmada pelo engenheiro Ivo Moreira (40), que há 20 anos sai de Fortaleza e vem a Salvador curtir os ensaios de verão feitos pelo grupo e, claro, os desfiles no Carnaval. “É sublime. Sou apaixonado pelo Olodum, pela magia do som, pela batida” disse Moreira entre sorrisos e brilho nos olhos. Ivo aproveitou a tradicional saída do Olodum acompanhado do amigo Lenivaldo (67), que diz ter sido responsável por apresentar o grupo ao engenheiro.

Elegantemente Sofisticado….de branco e vermelho!

A noite foi coroada, ainda, no Campo Grande, pelo Cortejo Afro, criado em 2 de julho de 1998, no bairro de Pirajá. Este ano, o Cortejo traz homenagem a  Oxalá, com o tema “Porque Oxalá usa Ekodidé”, em referência a uma de suas lendas. Ekodidé é uma pena vermelha, único elemento desta cor que o orixá permite em sua vestimenta.

Ouro Negro – Chegando à sua 12ª edição, o Ouro Negro oferece importantes subsídios para o apoio a agremiações de matrizes africanas e tradicionais dentro dos circuitos do Carnaval de Salvador. Desta forma, é promovida a preservação e valorização a presença destes blocos, com o desfile em alas e indumentárias tradicionais, assim como a maior participação da juventude, transmitindo o legado para as novas gerações. Dentro de suas comunidades, estas entidades contribuem para o desenvolvimento social através de projetos que estimulam a construção de uma cultura cidadã.

Com informações da SecultBA

Carnaval

Quarta edição do Palco do Reggae acontece na Praça Jubiabá

Jamile Menezes

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Foto: Ivone Bonfim

A Associação Cultural Aspiral do Reggae realizou a IV edição do Palco do Reggae, localizado na Praça Jubiabá (Casa Cultural Reggae), no Pelourinho. A nação regueira em Salvador tem no espaço um ponto de encontro dos amantes do gênero musical jamaicano, que curtiram uma vasta programação. Com mais de 30 shows gratuitos, o público conferiu a apresentação de 21 bandas, cinco DJ’s e quatro Sound System. Na sexta-feira (28), tocaram o DJ Ras Péu, Nollasko e as bandas Cativeiro, Kamaphew Tawá e B. Aspiral do Reggae, Ital Crew, Zimbabwe Roots, finalizando com DJ Ras Péu. No repertório, covers de ídolos como Bob Marley e também canções autorais.

Ao todo, foram cinco dias de festa, com muitas atrações já conhecidas da cena, como Tikão e Banda Santuaryo, Jô Kallado, entre outros. Para o cantor Kamaphew Tawá, “é extremamente fundamental a existência do Palco do Reggae porque existe o público que ama essa música. Às vezes, a gente encontrava pessoas procurando por shows de reggae, então é fundamental esse apoio, pois podemos fazer com que as coisas viabilizem realmente. É uma forma de suscitar com que as pessoas que não gostam de axé, de pagode, mas que querem curtir o carnaval e gostam de reggae possam encontrar aqui esse ponto do gênero. Essa música vem agregando pessoas que gostam de ritmos diferentes”, declarou.

Foto: Ivone Bonfim

Criado na Jamaica do fim da década de 1960, a partir dos gêneros Ska e Rocksteady, o gênero musical tem muitos adeptos na capital baiana, a exemplo da dançarina e estudante de comunicação, Gisele Soares. “O Reggae é uma das culturas mais antigas e poderosas que a gente tem, que resgata vidas e traz paz. Dentro do Carnaval, que sabemos que é uma festa agitada, ter um momento onde vamos chegar e não vai ter confusão, que vai ter harmonia e que vai falar da resistência do povo preto é de muita importância. Temos o costume de falar que mesmo que a TV não mostre, mesmo que o rádio não toque, nós estaremos aqui fazendo reggae, então é mais um ato de resistência”, afirmou.

Por ser mundialmente conhecido, o reggae atrai baianos e turistas aos locais em que circulam os admiradores de artistas como o jamaicano Bob Marley, que deixou todo um legado musical e de estilo de vida. De acordo com Neto Nascimento, músico, guitarrista e vocalista em várias bandas do estilo, o Palco do Reggae durante o carnaval também “é um fomento à cultura e ao turismo, por que vêm muitas pessoas do mundo todo pra cá. O Reggae Music está aqui para todos nós e é uma cultura que traz muita renda para a gente, além de cultura, educação e fé no Todo Poderoso”, avaliou.

Foto: Ivone Bonfim

O espaço existe há quatro anos com o patrocínio do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado, e Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur) e é uma conquista da produtora cultural Jussara Santana, ativista do movimento reggae e atuante da cultura da Bahia. “Eu estou extasiada com esse aporte financeiro e com essa estrutura que o Governo dá, então é um passo à frente para a comunidade regueira. Estou muito contente, porque o reggae é uma música de positividade e ele precisa disso. O público está aqui querendo mais, com muita energia. Vem muito estrangeiro, muito brasileiro, muita gente da periferia celebrando o reggae. Agradeço ao Governo do Estado e à Secult por acreditar em nós”, celebrou.

Texto de cobertura de Ana Paula Nobre, jornalista e repórter do Portal Soteropreta.

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Carnaval

Camarote Vale do Dendê une inovação e tradição no Carnaval do Pelourinho

Ana Paula Nobre

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Foto: Rodrigo de Jesus Oliveira

O Carnaval de 2025 do Centro Histórico de Salvador deixou saudade para aproximadamente mil baianos e turistas que, durante os dias 01 e 04 de março, marcaram presença no Camarote Vale do Dendê. Iniciativa pioneira, o camarote dedicado à inovação, com vista privilegiada para o Largo Terreiro de Jesus trouxe a experiência das Startups para o público, unindo diversão e tecnologia em um mesmo local.

O videocast transmitido ao vivo pelo Canal do YouTube da Vale do Dendê gravado pela Startup Estúdios Feirapod, foi uma das atrações de destaque e proporcionou bate-papos exclusivos sobre viagens, carnaval, ancestralidade, música e empreendedorismo feminino, com convidados do Camarote Vale do Dendê, como a empresária paulista Rebeca Aletheia, o ativista baiano Jerônimo Silva, a consultora Mel Campos e as professoras da Howard University Vaneesha Dutra, Mariko Carson, Tonija Hope acompanhantes de 39 estudantes do programa de intercâmbio da primeira universidade negra dos Estados Unidos, que pela primeira no Brasil, conheceram e participaram do carnaval da Bahia.

Foto: Júnior Assis

“Conexão é tudo. Temos um mundo cada vez mais globalizado, interdependente, onde não se faz mais nada sozinho. As grandes corporações mundiais e internacionais trabalham em cooperação no nível estratégico, por entenderem que a conexão de coisas aparentemente diferentes são importantes e fundamentais para a criação de sinergias. E nós, como pequenos empreendedores, com ecossistema em maturação, precisamos cada vez mais nos apropriar desses conceitos e usar de maneira estratégica. O Camarote Vale do Dendê é isso. Tínhamos o desejo de criar um camarote, aproveitar nossa casa, estar aqui no lugar mais central do Pelourinho e da história, onde tem o Carnaval mais importante de Salvador nesse momento, que é o Carnaval da família, da tradição, da raiz africana e soteropolitana”, comentou Paulo Rogério Nunes, cofundador da Vale do Dendê.

O camarote também promoveu interações com o público por meio de soluções inovadoras. Startups parceiras, como Design&Dendê, Points e Infleet, apresentaram experiências imersivas, incluindo desenho no quadro de design de experiência, simulações com realidade aumentada e o protótipo de um aplicativo para facilitar a busca por restaurantes com base nas preferências e necessidades do usuário. A Ecoloy contou com sua experiência de marca trazendo suas bolsas sustentáveis.

Foto: Júnior Assis

Cores e alegria

Por todo o camarote, pessoas com tranças e fitinhas coloridas no cabelo, corpos pintados, mulheres e homens com turbantes, glitter, muitas cores na maquiagem e uma boa massagem foram serviços aprovados por quem passou pelo Camarote Vale do Dendê, registrando uma média de 200 atendimentos diários pelos empreendedores.

O Camarote Vale do Dendê segue as diretrizes do Hub de Inovação que visa a valorização do Centro Histórico, bem como o fortalecimento do ecossistema de inovação e da economia local. A primeira edição do Camarote da Inovação contou com apresentações de artistas do Pelourinho, como o Grupo Cultural Chegou a Hora, Samba da Vizinha, Meninos da Rocinha do Pelô e a playlist atualizada de Dj Branco, proporcionando visibilidade para talentos da região responsável pela manutenção do carnaval tradicional baiano.

Foto: Júnior Assis

Com apoio institucional da Solvum Tecnologia, Associação Baiana de Startups – ABAS, Howard University, o Camarote Vale do Dendê inovou também na cobertura do Carnaval do Pelourinho, a partir das parcerias de veículos de mídia negra como Afro.TV, Correio Nagô, TV Kirimurê e Nunu Films produzindo conteúdos integrados sobre o Carnaval do Centro Histórico.

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Carnaval

Muzenza celebra 43 anos de resistência e inovação no Carnaval 2025

Ana Paula Nobre

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Foto: Maria Auxiliadora Santos

Um dos mais tradicionais blocos afro da Bahia, o Bloco Afro Muzenza do Reggae promete um Carnaval inesquecível em 2025. Completando 43 anos de história, o bloco levará para as ruas de Salvador o tema “Muzenza, Uma História de Resistência”, reafirmando sua trajetória de luta, cultura e inovação. Em um ano marcante para o Carnaval baiano, que celebra 40 anos de axé, o Muzenza chega com tudo para contagiar os foliões e exaltar a riqueza da cultura afrodescendente.

“Há 43 anos estamos escrevendo nossa história, sendo o único bloco a levar a cultura afro-jamaicana para o Carnaval da Bahia, inspirados na música e no legado de Bob Marley. Este ano, temos a honra de apresentar a primeira rainha trans do Muzenza, um marco de representatividade e empoderamento no nosso Carnaval”, afirma Jorge Santos, Diretor-Presidente do bloco.

Assim como em 2019, quando coroou uma rainha PCD, o Muzenza segue ampliando espaços de protagonismo e valorização da diversidade dentro do Carnaval. Em 2025, a realeza do bloco será representada por Paloma Basttos, que brilhará à frente dos guerrilheiros do reggae nos três dias de desfile.

Foto: Maria Auxiliadora Santos

Muzenza: resistência e transformação social

Mais do que um bloco, o Muzenza é um símbolo de resistência e transformação social, fortalecendo a identidade e a ancestralidade do povo negro. Este ano, o bloco conta com patrocínio CAIXA e Governo Federal e apoio do Governo de Estado e Prefeitura de Salvador, garantindo um desfile ainda mais grandioso.

Dias e circuitos de desfile

Segunda-feira (03/03) – Circuito Dodô
Concentração: 21h30 | Saída: 22h30
Terça-feira (04/03) – Circuito Osmar
Concentração: 17h30 | Saída: 18h30

Foto: Maria Auxiliadora Santos

Sobre o Bloco Afro Muzenza do Reggae

Fundado em 5 de maio de 1981, no bairro da Liberdade, o Muzenza nasceu como um tributo a Bob Marley e ao reggae jamaicano, incorporando a batida inconfundível do samba-reggae. Ao longo de sua trajetória, tornou-se referência cultural e musical, conquistando 12 títulos em 13 carnavais disputados e colaborando com artistas como Daniela Mercury, Margareth Menezes e Carlinhos Brown.

Endereço da sede: Rua Alaíde do Feijão, nº 22 – Pelourinho

 

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