Teatro
‘Contos de Azeviche’ aborda literatura afro-brasileira em espetáculo teatral


Foto: Heraldo de Deus
Inspirado em narrativas da literatura afro-brasileira e resultado de intensa pesquisa sobre mitologia africana, teatro negro, música e ritmos afro-brasileiros, o espetáculo Contos de Azeviche estreia no dia 17 de maio (sexta-feira), no Auditório Milton Santos do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO/Ufba), no Dois de Julho, em Salvador. A encenação é do diretor Érico JosÉ, professor da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Foto: Heraldo de Deus
O elenco é formado por Juliete Nascimento, Lailane Dorea, Matheus Cardoso e Victor Edvani, atores e pesquisadores, que também fazem parte da Escola de Teatro da Ufba. A produção e co-encenação é de Ana Paula Carneiro, e a direção musical é de Emile Lapa e Nathalyne Santos, que criaram canções originais a serem executadas ao vivo durante o espetáculo.
Contos de Azeviche fica em cartaz nos dias 17, 18, 24, 25 e 31/05 e 1º/06 (sextas e sábados), às 19h30, na capital baiana, e nos dias 07 e 08 de junho, segue para o Cine Teatro Cachoeirano, em Cachoeira. Todas as apresentações serão gratuitas, com debates ao final de cada sessão.
Contemplado pelos editais ProCeao Ufba 1/2017 e PibiArtes 2017/2018, o projeto proporcionou que toda a equipe aprofundasse uma pesquisa sobre as heranças africanas para a arte e a cultura brasileiras. “Além de levar os resultados das práticas e pesquisas da universidade para fora dos muros da Escola de Teatro da UFBA, o espetáculo contribui para a visibilidade e valorização das culturas africanas e afro-brasileiras”, pontua Érico JosÉ, que já dirigiu espetáculos como “A Hora da Estrela”, “Morte e Vida Severina” e “Trançados de Memória de uma Atriz-Brincante”, entre outros.

Foto: Heraldo de Deus
Desde setembro de 2018, elenco e diretores adentraram no universo da cultura negra, pesquisando sobre temáticas como o candomblé e a mitologia dos orixás, ritmos como o Jongo e toda a riqueza da performance africana que agora ganham a cena por meio do espetáculo Contos de Azeviche. O projeto inclui ainda apresentação em um terreiro de candomblé e uma biblioteca comunitária.
SERVIÇO:
Contos de Azeviche
Quando: Dias 17, 18, 24, 25 e 31/05 e 1º/06 (sextas e sábados), 19h30
no Auditório Milton Santos do CEAO/Ufba, Praça Gen. Inocêncio Galvão, 42, Dois de Julho, Centro de Salvador
Dias 07 e 08 de junho, (sexta e sábado), 19h30 no Cine Teatro Cachoeirano, Praça Teixeira de Freitas, 6, Cachoeira.
Todas as apresentações serão gratuitas
Ficha Técnica
Encenação, adaptação de texto, preparação corporal, e iluminação: Érico JosÉ
Co-encenação, Produção, análise de texto: Ana Paula Carneiro
Contos de Raul Longo, Eliane Brum e Reginaldo Prandi
Direção Musical, composições inéditas e musicistas: Emillie Lapa e Natalyne Santos
Elenco: Juliette Nascimento, Lailane Dorea, Matheus Cardoso e Victor Edvani
Programação Visual: Heraldo de Deus
Operação de luz: Telma Gualberto
Assessoria de Imprensa: André Luís Santana
Figurino: Ana Paula Carneiro e Érico JosÉ
Costureira: Sarai Reis
Maquiagem: Lailane Dórea
Adereços: Gael Lira e Ana Paula Carneiro
Fotografia: Heraldo de Deus e Diney Araújo
Músicas
Músicas de Jongo
Mestre Jefinho do Tamandaré e Amendoim.
Aie Ntooto Nilé
Sérgio Souto
Teatro
Espetáculo ṢE entra em cartaz no Teatro Molière dia 15 de março

ṢE – Uma Performance Jogo de Improviso é um espetáculo de improvisação cênica que mistura teatro, dança, música e performance para explorar as múltiplas dimensões da presença. Criado e interpretado por Diego Alcantara, com trilha original ao vivo de Tiago Farias, a obra é uma leitura do processo criativo e uma crítica incisiva à cultura do entretenimento instantâneo, o consumo de narrativas rápidas e a representatividade nas mídias tradicionais. A peça fica em cartaz nos dias 15, 16, 22 e 23 de março, às 19h, no Teatro Molière – Av. Sete de Setembro, 401, Salvador.
Transitando entre afrografias, mandinga, malícia e deboche, ṢE convida o público a uma experiência sensorial e intelectual, questionando convenções, racismo estrutural e apropriação cultural. Entre a comicidade dos folguedos brasileiros e o futurismo digital, o espetáculo provoca com uma estética vibrante e subversiva – uma eletricidade, “coisa de negro”. Como um streaming vivo, traduz desejos e pulsões do público, tornando cada apresentação única e irrepetível. Uma experiência efêmera que instiga cada um a acessar sua Inteligência Ancestral (IA) e refletir sobre seu próprio lugar no mundo.

Foto: Laís da Conceição
O espetáculo ṢE estreou em uma temporada curta no Espaço Cultural da Barroquinha, em abril de 2024, e é uma expansão do exercício artístico-científico que dialoga com a pesquisa de mestrado em Artes Cênicas (PPGAC) de Diego Alcantara, estruturando metodologias da negrura.
Provoque, desafie, deseje, compre, negocie, traga uma história, cante, dance, toque, faça! Esses são os dispositivos que rompem a barreira entre palco e plateia, transformando espectadores em agentes de um jogo cênico pulsante e instantâneo. Inspirado na estética dos jogos eletrônicos de simulação e na magia dos rituais, ṢE é uma máquina do tempo vestida de teatro, impulsionando o público a uma jornada de autoconhecimento e reflexão.
Teatro
Espetáculo “Nasceu” estreia no Teatro Martim Gonçalves

Com texto lírico, assinado por Clara Romariz, a peça “Nasceu” parte da imagem de uma serpente sendo assassinada a duras pauladas por uma mulher prenha. Com a proposta de um teatro visual, físico e extremamente poético, o espetáculo marca sua formatura no bacharelado em direção teatral da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e fica em cartaz gratuitamente nos dias 14, 15, 16 e 21, 22, 23 de março, sempre às 19h, no Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, em Salvador.
“Nasceu” aborda o princípio da vida: gênese de uma ideia, de uma obra de arte, de uma diretora, de um ser-humano, de uma leoa. E aqui não se trata de “gênese” em oposição a “morte”, já que fim e início estão conectados de forma espiralar. Fim de um ciclo, início de outro. Fim de uma fruta, início de uma semente. Fim de um bicho, alimento para a terra que dará início a mais vida. Descascar da pele da cobra, uma nova configuração de serpente.

Foto: Roama
“Nasceu” trata do feminino, tema da pesquisa de Clara Romariz há alguns anos, saindo de um lugar único de compreensão deste ser-mulher, estereotipado, sempre em oposição. Santa ou puta, Eva ou Maria, a do instinto materno puro e imaculado ou a mãe que é sempre culpabilizada por tudo. Com um elenco formado pelas atrizes Amanda Cervilho, Daiane Martins e Nina Andrade e equipe majoritariamente feminina, “Nasceu” busca outras formas de mulheridade, muito mais vinculada à ancestralidade, ao lado animalesco desse dito instinto materno, um lado menos controlado por milênios de culpa cristã. Através de um texto poético e de uma encenação contemporânea, “Nasceu” questiona a representação do feminino propondo um novo olhar sobre as mulheres.
Sobre a diretora
Clara Romariz é diretora, atriz e dramaturga, formada pela universidade livre do teatro vila velha, trabalhou no Vila por cinco anos tendo participado de diversos espetáculos, ora como atriz, ora como assistente de direção. Depois de sair do Vila, Clara entra em direção teatral na UFBA, tendo se aprofundado mais na dramaturgia e na direção. Escreveu diversos espetáculos como Gatunas, Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres, Abismo, Rominho e Marieta, passeando por gêneros diversos, sem perder sua linguagem lírica e seu tema de pesquisa, o universo do feminino. Dirigiu Ifigênia Agamemnon Electra, Sonata, Varal (seu solo) e Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres (sua pré-formatura em direção).
Serviço
O quê: Espetáculo “Nasceu”
Estreia: Dia 14 de março (sexta)
Temporada: Dias 15, 16, 21, 22 e 23 de março de 2025 (sexta a domingo)
Horário: Às 19h
Onde: Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, Salvador-BA
Entrada gratuita (retirada 1h antes de cada sessão na bilheteria do Teatro)
Teatro
CTO da Bahia será lançado nesta sexta-feira (14) em Salvador

O Centro de Formação e Produção em/de Teatro do Oprimido da Bahia (CTO da Bahia) será lançado nesta sexta-feira (14), às 18h, no Espaço da Resistência Marielle Marighella – Rua João Gomes, 43 – Rio Vermelho, em Salvador. Na ocasião, será apresentada a sessão da peça ‘O Pregador – Teatro Fórum Antirracista’ da Cia de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), GESTO e PELE NEGRA – Escola de Teatros Pretos.
O mote deste lançamento são os 50 anos de publicação da obra “Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas”, em 1975, no Brasil, um dos livros mais importantes do dramaturgo brasileiro Augusto Boal e um marco na história do teatro mundial. A obra apresenta uma reflexão profunda sobre o papel político do teatro na sociedade ocidental, propondo uma nova poética – fortemente influenciada pela Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire -, em que o público deixa de ser apenas espectador e passa a ser espect-ator, participando como produtor na re-construção da cena.

Foto: Diney Araújo
Ao longo dos dias 14,15 e 16; 21 e 22, ocorrerão oficinas de Teatro do Oprimido e sessões do ‘O Pregador’. Dia 16 de março é o Dia Municipal e Nacional do Teatro do Oprimido, data em que Augusto Boal nasceu. Em todo o Brasil e em vários países do mundo ocorrem eventos que celebram este fato. A coordenação do CTO da Bahia é formada por Taiana Lemos (coordenação de formação); Carlos Matias (articulador institucional); Fabíola Simmel (coordenação de produção); Luana Csermak (coordenação pedagógica) e Licko Turle (coordenação artística). Mais informações no e-mail: ctodabahia@gmail.com | (71) 98695-3003 | @ctodabahia.