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Música

Mart’nália canta Vinícius de Moraes no Teatro Castro Alves

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

A cantora carioca, Mart’nália, apresenta seu show Mart’nália canta Vinícius de Moraes,  dia 18 de maio (sábado), às 21h, no Teatro Castro Alves, em homenagem ao cantor, compositor e poeta. Amparada nos arranjos sempre elegantes de Celso Fonseca em parceria com o saudosíssimo Arthur Maia, a voz há um tempo rasgada e suave de Mart’nália, pé do nosso samba, traduz o amor pelas mulheres, a compaixão pelos desfavorecidos, a impaciência com os medíocres, tudo o que é motivação para os versos sempre tão bem construídos de Vinicius, numa linguagem íntima porém desacorrentada.

Os arranjos estilizados no gosto do pop moderno pós-bossa nova, pós tropicalismo, pós clube da esquina e pós rock dos 80 são menos um ninho onde a voz se aconchega do que uma bela touceira de onde salta um bicho arisco. Vinicius, que não era cantor, abre o repertório saudando e sendo saudado no “Samba da Bênção”, expondo o método. Mart’nália pega a chama, responde, e mantém a cabeça do bicho fora da moita. Quando, em “Insensatez”, Carla Bruni contribui com um canto cultamente bossanovístico, há uma unidade formal que sublinha a beleza da canção e se encaixa na folhagem leve da touceira.
É canto excelente e comovedor. O que faz ressaltar o que há de molecagem, soltura, Vinicius em Mart’nália, quando esta volta a assumir o tema. “Tonga da Mironga”, “Maria vai com as outras”, “Um pouco mais de consideração” têm isso de modo óbvio. Em “Minha namorada”, “Sabe você” ou “Você e eu”, a malandragem envolve-se, sutil, no romantismo, no protesto, na obstinação.
Em tudo, Mart’nália traz um Vinicius vivo, arranhado apesar da lisura – e sempre feliz nos lamentos. O Rio, mais uma vez, agradece a ela – e o Brasil, uma vez mais, agradece ao Rio Mart’nália Vinicius de Janeiro. Daqui da Bahia, minha gratidão enorme se estende à presença da minha terra na formação da poesia/música de Vinicius, tão comovedoramente representada pela declamação do Soneto do Corifeu por minha irmã Maria Bethânia e pela entrada de meu amadíssimo (quando éramos novinhos eu o chamava de “meu noivo”) Toquinho, na inesquecível composição que ele fez junto ao poeta sobre lugar sagrado de Salvador. O que quase me dá o direito de concluir com Bahia este texto sobre obra tão carioca. Mas Rio. E também posso chorar com a voz de Martina por toda a minha vida. Rio de novo.

Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Teatro Castro Alves, nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista, ou no site do Ingresso Rápido. Os ingressos variam de R$40 a R$140.

Serviço:

Mart’nália canta Vinícius de Moraes

Dia: 18 de maio (sábado)

Início: 21h

Local: Teatro Castro Alves

Quanto:

R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia), das filas A a W

R$ 110 (inteira) e R$ 55 (meia), das filas X a Z8

R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia), das filas Z9 a Z11

Classificação indicativa: livre

Música

Drag Queen Barbárie Bundi estreia temporada da performance “AMÒ”

Ana Paula Nobre

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Foto: Caio Lírio

A Drag Queen Barbárie Bundi estreia uma temporada da sua nova performance “AMÒ” na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, em dezembro. Em “AMÒ” ou “AMỌ”, a artista parte do conceito de Afro-Fabulação em uma jornada de autodescoberta e conexão com suas raízes ancestrais em terra firme, utilizando o barro como uma poderosa metáfora e lançando um olhar sobre as histórias das bixas pretas que moldaram sua jornada. Serão seis apresentações na Sala do Coro do TCA nos dias 13, 14 e 15 de dezembro. Os ingressos estão à venda pelo Sympla e custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Idealizada por Bundi em março deste ano, “AMÒ” contou com apresentação única, ainda em fase de experimentação, durante o evento Vila Lacre: pequena mostra LGBTQIAPN+, e uma segunda apresentação em julho durante o Festival del Caribe, em Cuba. O solo surge a partir dos estudos da artista do conceito de Afro-Fabulação proposto por Tavia Nyong’o, e lança seu olhar para uma nova etapa de seu processo criativo iniciado pelo projeto intitulado Aquátika, em que a água foi o elemento central explorado.

Ritual
O termo “amọ”, que significa argila na língua Iorubá, não é apenas um material físico, mas também um símbolo de criação, transformação e conexão com a terra e o que nos compõe enquanto bixas pretas na contemporaneidade.

Amò é uma jornada performativa que mergulha na ancestralidade e nas memórias silenciadas das bixas pretas, se debruçando em temas de resistência, identidade e conexão com a terra. Guiada pelas baleias Jubartes, Barbárie Bundi, evoca raízes ancestrais aquáticas para pisar em terra firme, a narrativa atravessa o profundo oceano das histórias esquecidas e emerge em arquipélagos simbólicos, onde cada ilha representa uma etapa do ciclo da vida e da ancestralidade.

Em três ciclos – Ilha da Água de Menines, Ilha dos Paraísos Perdidos e Ilha do Assentamento Futuro – Barbárie passa por rituais de descoberta e reconexão com o passado, a infância com amores e lutas. Entre águas e raízes, o espetáculo transforma a cena em um espaço ritualístico onde corpo, terra e memória se entrelaçam.

Barbárie Bundi
Criada pelo multiartista Thiago Romero, Barbárie Bundi é uma Drag  Queen Diaspórika que há 12 anos atua como cantora, performer, artista visual, diretora artística e figurinista. Sua pesquisa se concentra nas artes pretas da diáspora, buscando ampliar as narrativas afirmativas LGBTQIAPN+. “AMỌ” marcou o início de uma nova fase no trabalho da artista, em março. Além da performance, este ano, Barbárie encabeçou o projeto “Kiandas Ocupam o Centro”, que movimentou a cena drag queen preta de Salvador durante três meses, estreou seu novo show ao vivo “Kitanda”, mesmo nome do próximo EP, com lançamento previsto para janeiro de 2025.

Serviço

“AMÒ” – Barbárie Bundi

Data: Dias 13, 14 e 15 de dezembro (sexta-feira a domingo)

Horário: 20h
Local: Sala do Coro do TCA

Classificação: 14 anos
Ingressos – R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Vendas: Sympla no link

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Música

Salutari fecha o ano com show completo de “DESPACHE”

Ana Paula Nobre

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Foto: Caique Evangelista

O artista soteropolitano, Salutari, apresenta o show de estreia do seu primeiro disco, DESPACHE, no Espaço Cultural da Barroquinha, neste sábado (14), às 20h. O trabalho mergulha em uma pesquisa sobre a “sacromusicalidade afrodiásporica” desenvolvida pelo próprio artista. O álbum, inédito na Bahia, dedica-se a homenagear Exu(s). Por meio de 12 faixas, é um convite ao público para sentir o perfume de dendê e mel, ao mesmo tempo em que exala a sabedoria ancestral dos protetores dos caminhos. A entrada é gratuita.

“Cada faixa carrega um pouco da minha história, das lutas e resistências que me trouxeram até aqui, mas também celebra os caminhos abertos por Exu e a força de quem nunca desistiu de sonhar”, afirma o artista.

Além disso, será lançado no dia 20 deste mês, no YouTube, o documentário “Despache – De Agô à Bandagira”, filme que narra a história do artista e todo o processo de construção do disco e trechos de alguns shows realizados durante esse período.

O projeto DESPACHE é fruto de um trabalho de mentoria e incentivo às iniciativas culturais, como parte do Programa Boca de Brasa de Aceleração de Iniciativas Culturais e Criativas. Essa realização acontece por meio de um termo firmado entre a Fundação Gregório de Mattos, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda, a Prefeitura Municipal de Salvador, e a Associação Conexões Criativas, com recursos provenientes do Edital Polos Criativos Boca de Brasa.

Foto: Caique Evangelista

Sobre o artista

Salutari é cantautor, artista plástico, gestor cultural e figurinista. Graduando em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFBA, também é formado em Gestão de Espaços Culturais pelo projeto Boca de Brasa, da Fundação Gregório de Mattos.

Sua trajetória é marcada pela resistência e pela superação. Contra todas as adversidades, Salutari ousou sonhar e seguir o que o coração lhe indicava, mesmo ouvindo que seus sonhos eram grandes demais ou inalcançáveis. Inspirado por ídolos que vieram de lugares similares aos seus, ele escolheu nadar contra a corrente e transformar suas aspirações em realidade, tornando-se referência de perseverança e criatividade.

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Gastronomia

Gal do Beco, Aloísio Menezes e Taian Paim encerram Culinária Musical de 2024

Jamile Menezes

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No dia 15 de dezembro (domingo), o Afrochefe Jorge Washington vai realizar a última edição do Culinária Musical do ano, na Casa do Benin (Pelourinho). A festa será a partir das 12h e terá a sambista Gal do Beco como atração principal. No Menu especial, ele vai preparar sua famosa feijoada com 37 tipos de carne e 25 tipos de temperos.

Sambista da velha guarda, consagrada nas rodas de samba da cidade, Gal fará seu show recheado de clássicos do samba e terá convidados especiais: o neto do saudoso Riachão, cantor, compositor, multi-instrumentista Taian Paim, idealizador do Suco de Bahia, evento que resgata e celebra a cultura da Bahia, já em sua 8ª edição. Além do cantor Aloísio Menezes, que se unirá a esta tarde, que será também de homenagens ao sambista Riachão, que faria aniversário no dia 14 deste mês.

Afrochefe Jorge Washington

Afrochefe Jorge Washington

No Cantinho da Empreendedor, o Afrochefe convida o artista visual, Dão Lobo, que vai levar suas pinturas contemporâneas para o público.

Também terá lançamentos de livros da escritora e doutoranda em Letras, Vânia Melo: “Sobre o breve vôo da borboleta e suas esquinas” (2018), da editora Organismo. E “Aroeira” (2021), editora Segundo Selo.

Comandando a cozinha, o Afrochefe Jorge Washington vai preparar sua muito pedida Feijoada, com 37 tipos de carne e 25 tipos de temperos. Além de Arrumadinho de Fumeiro, e a opção vegana, Feijão com Legumes. O público também terá à disposição, os tira-gostos casquinha de siri e moela com pão.

SERVIÇO:

O que: Culinária Musical com Gal do Beco, Aloísio Menezes e Taian Paim

Quando: 15 de dezembro (domingo), 12h às 17h
Quanto: entrada R$30, pratos R$80 (p/ 2 pessoas)
Onde: Casa do Benin (Pelourinho)

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