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Políticas

Laços entre Bahia e África são fortalecidos através de ações da SecultBA

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

No último sábado (25) foi celebrado o Dia da África, e para marcar a data a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa) destaca ações desenvolvidas para o fortalecimento dos laços culturais entre o continente e a Bahia. Com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA), diversos projetos de mobilidade cultural foram executados, nos últimos anos, por artistas e produtores culturais baianos em países africanos.

Uma dessas iniciativas é o documentário Nkenda, da cineasta Sabrina Andrade. O apoio do FCBA permitiu a viagem à Nigéria para realização das gravações do filme. “Realizei uma residência artística e cultural no Instituto de Arte e Cultura Yorubá, participei de alguns cursos e desenvolvi o projeto do documentário ‘Nkenda’ durante a residência. Todo o processo de roteiro, pesquisa e filmagens foi realizado na Nigéria, em 2018, e finalizado este ano aqui no Brasil” destaca a cineasta. O filme estreou no último mês de abril, na Sala Walter da Silveira, na capital baiana.

Foto: Divulgação

Já a proponente do projeto Griots: Circulação Artística e Educativas Bahia-Maputo, Tamires Lima, escolheu Maputo, capital de Moçambique, para realizar oficinas artísticas e educativas voltadas ao público infanto-juvenil negro, em parceria com Andressa Monique. “O objetivo foi discutir questões sobre a identidade afro-baiana, através de oficinas de grafite com temática das religiões afro-brasileiras”, relembra Tamires. As atividades aconteceram nas instalações do Centro Cultural Brasil Moçambique – Embaixada do Brasil, com apoio do Edital de Mobilidade Artística e Cultural 2018 – 3ª chamada.

A chamada pública da SecultBA também foi importante para o fotógrafo e artista visual Éder Muniz, que viajou para Senegal a fim de apresentar seu trabalho e criar um intercâmbio entre Brasil e África. Os painéis criados pelo artista se baseiam nos fundos decorativos de Senegal, assim como os criados em Salvador, no bairro de Castelo Branco, onde cresceu. “O Edital de Mobilidade é muito importante para nós artistas, pois cria pontes e fortalece o cenário artístico, inclusive, recebi convite para retornar ao continente africano e realizar novos trabalhos”, lembra Éder.

Foto: Divulgação

Dia da África – A data marca a assinatura, há 56 anos, em Adis Abeba, na Etiópia, da carta de fundação da Organização de Unidade Africana (OUA), por líderes de 30 dos 32 Estados africanos independentes. O objetivo do documento era defender e emancipar o continente. Em 2002 a OUA foi substituída pela União Africana, mas a celebração continua sendo realizada na mesma data.

Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura em articulação com as Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, geralmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. Modelo de referência para outros estados da federação, o FCBA está estruturado em quatro linhas de apoio,: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Cultural; Fomento Setorial.

 

Políticas

Chamada pública busca pesquisadoras negras para estudo técnico

Ana Paula Nobre

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6ª edição do Março
Foto: Divulgação

A Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver 2025, com apoio e co realização da Associação Brasileira de Pesquisadore/as Negro/as (ABPN), a Associação Gênero e Número, o Observatório da Branquitude e a Oxfam Brasil, lançou um chamado para pesquisadoras negras interessadas em desenvolver um estudo técnico sobre os avanços na igualdade de raça e gênero conquistados desde a Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver, realizada em 2015, em Brasília (DF).

O objetivo do estudo é analisar os impactos da mobilização das mulheres negras na formulação e implementação de políticas públicas voltadas à população negra nos últimos 10 anos. A pesquisa também oferecerá recomendações para fortalecer a luta por reparação histórica e equidade, temas centrais da Marcha de 2025, que terá alcance internacional.

“Passaram-se dez anos e a gente precisa entender qual foi o movimento feito no Brasil, do ponto de vista de políticas públicas para enfrentar as desigualdades, que colocam as mulheres negras em situações mais vulneráveis do que outras populações”, analisa Terlúcia Silva, que faz parte do Comitê Impulsionador Nacional da Marcha representando a Rede de Mulheres Negras do Nordeste.

Além disso, a ativista destaca que a opção por pessoas negras reivindica o lugar da população negra como produtora de informação e dados — a mesma posição que historicamente tem sido negada pela sociedade. Segundo ela, as produções epistemológicas do movimento negro e do movimento de mulheres negras têm sido fundamentais para evidenciar as desigualdades socioeconômicas no Brasil, por meio de pesquisas.

No entanto, as mulheres negras ainda enfrentam um histórico de apagamento de suas contribuições teóricas e técnicas, sendo suas narrativas frequentemente contadas a partir do olhar de pessoas brancas. Diante desse cenário, a chamada pública busca ampliar esse espaço e incentivar pesquisadoras negras a ocuparem o protagonismo na construção do conhecimento sobre as desigualdades no país.

Oportunidade para pesquisadoras negras

A chamada pública convida pessoas negras (preferencialmente mulheres e LGBTQIAPN+) com experiência comprovada em análises e narrativas sobre desigualdade racial e de gênero a se inscreverem para a consultoria. As candidatas selecionadas irão desenvolver um relatório técnico baseado em dados oficiais e pesquisas recentes, detalhando os avanços, desafios e perspectivas futuras da incidência política dos Movimentos de Mulheres Negras.

O Termo de Referência com mais informações sobre esta chamada pode ser acessado no site da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB). Já as inscrições podem ser realizadas até 21 de março de 2025, através do formulário disponível no link.

Ao final do projeto, deverá ser apresentado um relatório que servirá como instrumento para o fortalecimento das reivindicações da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver 2025, que pretende reunir 1 milhão de mulheres negras do Brasil e diversos outros países do mundo. A expectativa é que o estudo contribua para embasar políticas públicas e ações concretas em prol da reparação e da equidade racial no país.

Mulheres negras em marcha

Mais de 100 mil mulheres negras do Brasil marcharam em 2015 contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver – um processo histórico que impactou e definiu os rumos da organização política das mulheres negras no Brasil e na América Latina.

Quase dez anos depois, os movimentos de mulheres negras fazem uma nova mobilização, desta vez para a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, a 2ª Marcha Nacional (de caráter internacional) das Mulheres Negras, que acontecerá no dia 25 de novembro de 2025, também em Brasília (DF).

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Políticas

ONG CRIOLA realiza roda de conversa sobre violência racial e de gênero

Ana Paula Nobre

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Foto: Flávia Viana | ONG CRIOLA

A ONG CRIOLA realizará uma roda de conversa virtual sobre ‘Violência Racial e de Gênero na Experiência de Mulheres Negras’, nesta quinta-feira (13), às 19h. O debate reunirá especialistas e ativistas de organizações compostas por mulheres negras das cinco regiões do Brasil, para apresentar as estratégias regionais implementadas para garantir às meninas e mulheres negras um futuro livre de violências e violações de direitos. O encontro é aberto ao público e poderá ser acompanhado pelo canal do Youtube da ONG CRIOLA.

A roda de conversa é uma ação do Projeto Empoderando Mulheres Negras para o Enfrentamento à Violência Racial e de Gênero, criado para ampliar a capacidade de articulação e incidência política de organizações e lideranças negras em todas as regiões do país. A programação do dia contará com três paineis: racismo patriarcal cisheteronormativo e as violências, impactos da violência racial e de gênero no Brasil: panorama regional e ações para reversão deste diagnóstico. A baiana Eva Bahia, da Didê Nós Por Nós, participará de um dos paineis.

Campanha Nacional 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo

Realizada desde 2017, trata-se de uma agenda coletiva de ações e atividades realizadas por diversas organizações do Brasil, com o intuito de fortalecer o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, celebrado em 21 de março. CRIOLA participa ativamente desde a sua criação e a roda de conversa faz parte da programação da Campanha.

Sobre CRIOLA

CRIOLA é uma organização da sociedade civil fundada em 1992 e conduzida por mulheres negras. Atua na defesa e promoção de direitos das mulheres negras em uma perspectiva integrada e transversal, tendo por missão trabalhar para a erradicação do racismo patriarcal cisheteronormativo, contribuindo com a instrumentalização de meninas e mulheres negras, cis e trans, para a garantia dos direitos, da democracia, da justiça e pelo Bem Viver.

Serviço

O quê: Roda de conversa Violência Racial e de Gênero na Experiência de Mulheres Negras

Quando: Dia 13 de março (quinta-feira)

Horário: Às 19h

O evento será transmitido virtualmente pelo canal de CRIOLA no Youtube

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Políticas

Raquel Virgínia participa de encontro com pessoas trans terça (28)

Ana Paula Nobre

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Foto: Ronê Ferreira
A cantora Raquel Virgínia participa do bate papo “Desafios e conquistas das pessoas trans na cultura”, nesta terça-feira (28), às 14h, na Livraria LDM do Shopping Bela Vista, em Salvador. A conversa será mediada pela assessora parlamentar Paulett Furacão e a ativista pelos direitos à saúde da população trans Aimêe Campos. Aberto ao público, o evento celebra ao Mês da Visibilidade Trans. A realização é do site Dois Terços, com o apoio da livraria LDM.
A temporada de verão da cantora começou agitada em Salvador, com o lançamento do clipe e a música Consumo, gravado ao lado de O Poeta. Na capital baiana, Raquel fez questão de dialogar com lideranças e representantes das causas trans da Bahia, conversar com jornalistas, estreitar laços com artistas e participar de vários eventos.
No bate papo, a cantora Raquel irá conversar sobre a sua história e a importância da música na sua vida, desde a transgressora e prestigiada banda de MPB “As Baías”, que Raquel Virgínia, recebeu duas indicações ao Grammy Latino e até a atual fase da carreira solo.
“Acho fundamental as pessoas trans estarem conectadas e contando publicamente sobre nossas contribuições. Estou feliz de estar com essas potências em Salvador, vivendo este momento na cidade que tanto amo e onde gravei o clipe e lancei a música “Consumo””, afirma Raquel.
Serviço
O quê: Roda de conversa com a cantora Raquel Virgínia
Quando: Dia 28 de janeiro (terça-feira)
Horário: 14h
Onde: Livraria LDM do Shopping Bela Vista
Mediação: Paulett Furacão (Assessora parlamentar) e Aimêe Campos (Ativista pelos direitos à saúde da população trans)
Realização: Site Dois Terços
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