Formação
Nzo Mungongo Lembeuaji Junsara, realizará a Roda de Conversa “Juventude Negra e os Caminhos da Ancestralidade”!
Pensando as diversas formas de organização do pensamento e das estratégias de resistências, o Nzo Mungongo Lembeuaji Junsara, realizará a Roda de Conversa “Juventude Negra e os Caminhos da Ancestralidade”, no dia 5 de julho (sexta – feira) às 16h – parte da agenda do Julho das Pretas 2019.
Para debater sobre legado, os desafios da juventude na contemporaneidade, tradição, continuidade e resistência, mulheres negras de religião de Matriz Africana foram convidadas: Fernanda Silva, Ekedi do terreiro Ilê Axé Ominigê, Mestranda em Artes Cênicas (UFBA); Dai Costa, Makota Ndanbulakossi do Nzo Mungongo Lembeaji Junsara, iniciada por Tata Tualembê, graduanda em Pedagogia na Universidade do Estado da Bahia e Professora do projeto Bahia Street, que trabalha com empoderamento de meninas negras.
Tem ainda a participação de Gabriela Ramos, Yá Leyn do Axé Abassá de Ogum, Advogada, Mestre em Direito; Thiffany Odara, iniciada na Orixá Oxum, sucessora e à frente do Terreiro Oya Matamba de Kakuruca, Pedagoga formada pela UNEB; Naiara Soares, jovem, negra, periférica, candomblecista, Makota de Ndandalunda do Terreiro São Roque, estudante de administração, educadora popular, facilitadora nacional da REJU – Rede Ecumênica de Juventude.
Rede de Solidariedade contra o Racismo Religioso.
Há pouco menos de um mês, o Terreiro Ilê Axé Omo Omin Tundê, na cidade de Salvador, foi vítima de intolerância e racismo religioso. A casa foi invadida e atacada por criminosos, deixando Yalorixá e filhos de santo prejudicados imaterial e materialmente.
Sabendo da negligência do Estado embasada no racismo religioso, o Nzó Mungongo Lembeuaji Junsara, acredita que devemos nos unir nesses momentos difíceis, pois entendemos os caminhos de resistência e união entre terreiros de candomblé que nos forjaram e que permitem nossa existência até o dia de hoje. Nesse sentido, como fora de solidariedade no dia do evento, o Nzo Mungongo Lembeuaji Junsara estará arrecadando quilos de alimentos que serão direcionados aos mesmos.
O Nzo Mungongo Lembeuaji Junsara fica localizado na Rua Doutor Helvécio Carneiro Ribeiro, Nº 21, Ondina, Salvador.
PROGRAMAÇÃO
O que: Roda de Conversa“Juventude Negra e os Caminhos da Ancestralidade”.
Quando: 05/07/2019 das 16h às 21h
Onde: Rua Doutor Helvécio Carneiro Ribeiro, Nº 21, Ondina, Salvador.
Formação
Teatroescola capacita jovens lideranças negras na cultura
O Programa de Lideranças Negras para Cultura (PLNC), promovido pelo Teatroescola em parceria com diversas entidades e instituições, tem como iniciativa capacitar jovens afrodescendentes de Salvador e região metropolitana para atuarem como gestores nos setores de arte e cultura. Com aulas distribuídas ao longo de dez meses e uma carga horária de 300 horas, o programa busca qualificar jovens entre 18 e 35 anos, fortalecendo seu impacto social e econômico em suas comunidades.
Em um dos módulos mais aguardados, nos dias 12 e 13 de novembro, os participantes contarão com as aulas de Juliana Salema, advogada especializada em entretenimento e marketing de influência. Pioneira em temas como direitos de personalidade, negociação e contratos no setor de entretenimento, Juliana trará aos estudantes uma visão aprofundada sobre como valorizar e gerenciar seu trabalho de maneira estratégica e juridicamente segura, abordando tópicos como Uso de direito de personalidade no setor do entretenimento, direitos autorais, registro de marca e projetos além de aplicação do Direito em mídias digitais.
Com o mês de novembro simbolizando a importância da Consciência Negra e impulsionando eventos culturais e ações com influenciadores negros, o Teatroescola reforça seu compromisso com o desenvolvimento de lideranças afrodescendentes no campo cultural. Para além do treinamento técnico, a capacitação promove uma valorização do legado cultural negro, estimulando uma compreensão crítica e sólida dos desafios e oportunidades na indústria criativa.
Desde sua fundação, em 2017, o Teatroescola, localizado no Teatro Jorge Amado, já formou mais de 700 jovens, consolidando-se como a primeira escola inclusiva e integrada com foco em cultura afro-brasileira e indígena no Nordeste. Esta nova etapa do programa, realizada com parceiros como Hotel Mercure Salvador/Pituba e Ubuntu Moda Afro, reafirma a missão da escola de abrir caminhos para uma geração de empreendedores negros preparados para transformar a realidade cultural de Salvador e do Brasil.
Formação
Festival Salvador Capital Afro abre inscrições para oficinas até 31 de outubro
Criadores, artistas visuais e profissionais de música poderão se inscrever, entre os dias 29 e 31 de outubro, nas oficinas de música, artes visuais e criação de conteúdo promovidas pelo Festival Salvador Capital Afro (FSCA). Os selecionados terão a oportunidade de participar de espaços fechados para potencialização de carreiras. Cada oficina terá 2h de duração e as atividades ocorrem de 6 a 8 de novembro.
No dia 6 de novembro, será realizada a Oficina de Produção de Conteúdo para Creators Emergentes com Letícia Sotero, da As Mina Contentt, na Sala Harildo Deda. Destinada a creators e influencers que utilizam as redes sociais para difundir linguagens artísticas, além de profissionais de marketing digital, a oficina tem como objetivo capacitar esses profissionais para aprimorar suas estratégias de visibilidade e engajamento, identificando talentos com potencial de mercado.
No dia 8 de novembro, o artista visual Mulambo conduzirá a oficina Técnicas de Organização de Portfólio, destinada a artistas visuais, designers, produtores e profissionais de marketing atuantes nas artes visuais. A atividade ocorrerá na Sala Nelson Maleiro e abordará as várias etapas de construção de um portfólio, explorando tanto os aspectos técnicos da produção quanto a adaptação do conteúdo para cada projeto de interesse.
Ainda no dia 8 de novembro, na Sala Harildo Deda, acontece a Imersão em Música Eletrônica Afrodiaspórica para DJs e Beat Makers, uma atividade conduzida pela DJ Anaïs B, do Afropunk, e Jordi Amorim. A programação, realizada em parceria com Escola de Música e Negócios e o ECI, é voltada a DJs e produtores musicais interessados em expandir seus conhecimentos no segmento musical afrodiaspórico.
Para se inscrever, os interessados podem acessar o link, onde também encontram mais informações sobre as oficinas.
Serviço:
O quê: Inscrições para oficinas de música e artes visuais do Festival Salvador Capital Afro
Quando: 29 de outubro a 31 de outubro
Divulgação do resultado: 1 e 3 de novembro, a depender da oficina
Informações e inscrições no link
Formação
Lucas de Matos realiza oficinas de escrita em escolas da Bahia
O escritor soteropolitano, Lucas de Matos, vai circular pela Bahia com o projeto ‘Preto Ozado: Oficina de uma poética independente’, realizando quatro oficinas de criação poética num circuito de escolas em Salvador, Valença e Jequié. Na atividade, serão propostos exercícios para estimular a criação de uma poesia crítica da participação das pessoas pretas na história da Independência do Brasil, a partir do seu livro ‘Preto Ozado’ (Selo Principis/Ciranda Cultural, 2022). A obra já vendeu mais de 1.900 exemplares e rendeu um minidocumentário.
“Estou entusiasmado em fazer aflorar a escrita poética no coração da garotada. A literatura é uma maneira potente de pensar o mundo de forma crítica, e é importante que se apoderem desse instrumento de transformação”, pontua o escritor.
A primeira cidade a receber a oficina é Salvador, no Colégio Estadual Marquês de Maricá no dia 16 de outubro, e na última terça (29) é a vez do Colégio Estadual Luísa Mahim, em Jequié. No dia 30 do mesmo mês, alunos do IF Baiano em Valença também praticam a escrita poética, finalizando em novembro (8), quando Lucas volta a Salvador para realizar no Colégio Estadual Professora Marileine da Silva.
O projeto foi contemplado pelo edital Diálogos Artísticos – Bicentenário da Independência na Bahia e tem apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia, unidade vinculada à Secretaria de Cultura (Funceb/SecultBa).
Sobre o autor
Comunicador e escritor de Salvador (BA), difunde a literatura com foco na poesia escrita e falada. É autor de ‘Preto Ozado’ (2022), livro que tornou-se tema de estudos em escolas brasileiras, e ‘Antes que o Mar Silencie’ (2024), novo livro que ficou em 5º lugar entre os mais vendidos do estande do Selo Principis, na categoria de autores contemporâneos, tendo lançado, entre outros lugares, na Bienal de São Paulo.
Lucas de Matos realiza palestras, saraus e bate-papos, destacando a importância do antirracismo e a exaltação das raízes negras. Participou do Sesc Arte da Palavra, onde falou sobre literatura em alguns estados do Brasil e esteve na programação de grandes festas literárias no país como FLIPELÔ, FLIP e FLICA, realizando atividades de arte e educação em escolas e comunidades. Atua na direção e produção de saraus e espetáculos. Mais informações no Instagram @_lucasdematos.
Sobre o livro
O autor, fazendo jus ao título, já começou ousando em seu livro de estreia. Na capa, aparece se sobrepondo à imagem do homem vitruviano de Leonardo da Vinci, considerado o homem de proporções perfeitas. “Colocar-me na frente desse conceito é dar outro significado. Estou ali para poder dizer que a pessoa negra também pode tensionar a imagem do que é lido como padrão”, explica.
Outro fato curioso é a grafia da palavra ousado com z. “Na Bahia se fala assim. Busco dar outro significado a essa expressão, usada com intencionalidade racista, reivindicando essa ousadia para dizer que, mesmo numa sociedade adversa, não vamos sucumbir ”, ressalta. O poema homônimo também homenageia a socióloga baiana Vilma Reis, fazendo alusão à expressão ‘cabeça erguida, bico na diagonal’, jargão criado por ela. São mais de 40 poemas que versam sobre ancestralidade, negritude, sustentabilidade e letramento.