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Gastronomia

Vaquinha Online pretende ajudar a cozinheira Aidil Moreira de Jesus, a Ginga!

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Há 25 anos, a comerciante Aidil Moreira de Jesus, 59 anos, conhecida como Ginga, vende quitutes em festas populares, ensaios e estádios de futebol. Para complementar a renda, decidiu colocar em maio deste ano uma barraca no Cabula, onde mora, para vender churrasquinho, mas um incêndio ocorrido no último 27 de julho destruiu os planos da cozinheira.

“Eu me sinto cansada de lutar. Minha luta é muito grande e árdua”, contou a comerciante, mulher negra que desde os 12 anos aprendeu a cozinhar com a mãe, a dona de casa Petronilha da Silva, quando moravam no bairro da Liberdade. Do trabalho dela na rua e da aposentadoria, dependem, ainda, um filho e dois netos. Para tentar ajudá-la, amigos e familiares decidiram fazer uma “vaquinha online” para arrecadar doações para que Ginga retome seu trabalho (dados bancários para doações ao final do texto).

“Estou aqui destruída. Não consigo dormir direito. É um filme que fica se repetindo na minha cabeça. Fiquei sem chão. Só quero reabrir minha barraca e recomeçar meu trabalho”, disse a comerciante, ao relembrar do incêndio. Entre os itens perdidos, estão a própria barraca, que era alugada, uma TV, a churrasqueira, caixas de som, freezer. “Não temos ainda uma estimativa do prejuízo. A gente acha que a churrasqueira quente entrou em contato com algum objeto inflamável”, afirmou a nora da comerciante, a professora Maiane Nery, 27.

Foto Camila Caracol

Ginga, que era dançarina do Senac no Pelourinho e já foi rainha do Ilê Ayê em 1984, é famosa pelas iguarias que prepara. No cardápio, a feijoada é a que mais atrai a clientela, mas ainda tem o peixe miraguaia feito com pirão, o xinxim de galinha, o sarapatel e o pirão de aipim com carne do sol. “As pessoas gostam porque é uma comida que faço com muito amor e carinho”.

Da seleção da rainha do Ilê, ela relembra com saudade. “São muito boas as lembranças dessa época. Era um tempo bom. Ter sido escolhida foi uma emoção muito grande”, destacou.

“Ela foi aluna de Raimundo dos Santos, o professor King. Realizou diversas apresentações no Teatro de Arena no Pelourinho de 1980 a 1984, sendo rainha do Ilê em 1984, que teve com tema Angola e, por consequência, originou o nome dela Ginga, rainha de Angola”, acrescentou a nora da comerciante.

Anualmente, Ginga promove uma feijoada no Pelourinho, mas, este ano, a festa corre risco de não acontecer. “Este ano está ameaçada por falta de apoio”, disse. Para ela, o mais importante é conseguir retomar os trabalhos, a principal fonte de renda dela e da família.

As doações podem ser feitas via agência bancária.

Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0618
Conta corrente: 20855-6 Operação: 001
Favorecida: Aidil Moreira de Jesus

Gastronomia

Caruru de São Cosme e Damião se torna patrimônio da Bahia

Ana Paula Nobre

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Caruru
Foto: Arquivo pessoal de Táta Ricardo
Durante todo o mês de setembro, os baianos ofertam o caruru para homenagear santos e divindades da religião católica e do candomblé. Feito com quiabo cortado, camarão seco, azeite de dendê entre outros temperos, o caruru costuma ser servido primeiro às crianças, tradição que ficou conhecida também como “caruru de sete meninos”, para depois ser servido a todas as pessoas presentes na festa. Ainda de acordo com a tradição, quem encontra no prato um quiabo inteiro, deve oferecer um caruru no próximo ano. Essa manifestação cultural baiana que se repete todos os anos agora é patrimônio imaterial da Bahia, título aprovado pelo pleno do Conselho Estadual de Cultura (CEC) por unanimidade. O registro deve ser publicado no Diário Oficial da Bahia em 27 de setembro, dia de São Cosme e Damião.
A vice-presidente da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN), conselheira Evanice Lopes, foi a relatora do processo e apresentou parecer favorável à aprovação do título. “Não nos deixa dúvidas de que a Festa do Caruru de São Cosme e São Damião é uma das principais e mais antiga manifestação religiosa popular baiana, reunindo características próprias na junção de símbolos místicos e elementos plurais do sincretismo religioso baiano como estratégia de festejar, celebrar e agradecer”, argumentou ela em defesa.
Emocionado, o presidente da Câmara de Patrimônio, que também é autor deste processo de patrimonialização, Táta Ricardo, comemorou a aprovação. “O princípio do patrimônio é de fato pertencimento, a gente não aprende na academia, na universidade… patrimônio é algo que a gente herda”, disse ele ao destacar que o caruru de São Cosme e Damião é uma das maiores manifestações populares de origem sacra do estado, mantida pelas pessoas, famílias e comunidades religiosas e culturais presentes em toda a Bahia. Táta também enfatizou a importância econômica dessa manifestação, que aquece a economia criativa e o mercado formal e informal em diversos municípios durante todo o mês de setembro.
O secretário de Cultura e presidente de honra do Conselho, Bruno Monteiro, também marcou presença na sessão plenária desta “manhã histórica” como ele mesmo definiu. Ele elogiou o relatório e parecer apresentados e celebrou a salvaguarda de mais essa tradição baiana. Bruno conversou com o governador Jerônimo Rodrigues durante a sessão, que recebeu a notícia com entusiasmo e disse que providenciará a publicação do registro especial no Diário Oficial do dia 27 de setembro, Dia de São Cosme e Damião.
A sessão plenária foi presidida pelo presidente do CEC, Gilmar de Faro Teles, que elogiou a parceria entre a Câmara de Patrimônio e o IPAC, que trabalharam juntos para garantir a salvaguarda do Caruru de São Cosme e Damião. O diretor geral do IPAC e conselheiro, Marcelo Lemos, também esteve presente na sessão.
Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC) – Criado em 1967, é um órgão colegiado do Sistema Estadual de Cultura, que tem como finalidade contribuir na formulação da política estadual de cultura, através de discussões, decisões e trabalhos desenvolvidos pelas câmaras, comissões e sessões plenárias. A Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN) é um dos principais instrumentos de trabalho do Conselho, tendo como missão analisar e emitir parecer sobre pedidos de registros (patrimônios intangíveis) e tombamentos (bens materiais) encaminhados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).
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Gastronomia

Festival Tempero do Subúrbio realiza Rolê Gastronômico dia 31 de agosto

Ana Paula Nobre

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Festival Tempero do Subúrbio
Foto: Divulgação

O Festival Tempero do Subúrbio entrou na fase do Rolê Gastronômico e continua com a Batalha Gastronômica até o dia 31 de agosto. Empreendimentos de diferentes áreas da culinária, como bares, botecos, confeitaria e cuscuzeria, estarão abertos para promover uma experiência gastronômica ao público. Agora com atrações musicais nos finais de semana, no Tempero de Família terá Márcia Vinny e no Boteco da Mari quem se apresenta é Tchale.

O projeto visa incentivar o turismo gastronômico-cultural na região do Subúrbio, fomentar pequenos empreendedores e valorizar a cultura afrobaiana ancestral que fundamenta grande parte da culinária local. Programação completa em @festivaltemperodosuburbio.

Foto: Divulgação

Sobre a Batalha Gastronômica

A batalha será dividida em duas modalidades: atendimento em espaço físico e atendimento virtual e os interessados poderão votar no empreendimento de sua escolha, possibilitando que o vencedor, de cada categoria, seja premiado com investimento de R$ 5 mil. A votação será realizada pelo público consumidor e por uma equipe técnica de jurados e levará em conta não só critérios relacionados à comida, mas também à experiência de cada empreendimento, desde a estrutura física ou de entrega, ao tempo de espera, atendimento, entre outros.

Os empreendedores que participam da Batalha Gastronômica foram selecionados pelo projeto e passaram por uma fase de qualificação com mentorias em gestão de negócios e culinária. “O subúrbio tem uma gastronomia muito ligada ao ambiente comunitário e familiar, marcado por tradições ancestrais, com o Tempero do Subúrbio nós evidenciamos essas características e também ajudamos no posicionamento estratégico desses negócios”, destaca George Bispo, um dos coordenadores do projeto.

“Convidamos o público a experimentar os sabores e diversidade de empreendimentos que são conhecidos e aplaudidos na região. Além disso, temos como objetivo demarcar o território do Subúrbio, tão estigmatizado socialmente, como um celeiro gastronômico e cultural”, conclui Geise Oliveira, que também coordena o projeto.

O Festival Tempero do Subúrbio é uma iniciativa contemplada no edital Fundo Bora Cultura Preta, realizado pela Preta Hub e patrocinado pela AmBev. É uma realização da Di Preta Produções em parceria com o Ifé – Centro de Pesquisa e Ativismo Negro e com produção da Aganju Produções.

Programação:

31 de agosto

10h às 12h – Tempero de Família – Márcia Vinny

15h às 18h – Boteco da Mari – Tchale

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Gastronomia

Negra Jhô anuncia edição da tradicional feijoada no Pelourinho

Ana Paula Nobre

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Negra Jhô
Foto: Divulgação

Negra Jhô, a cabeleireira e trançadeira afro mais famosa da Bahia, vai realizar uma grande feijoada que promete reunir música e personalidades baianas no próximo dia 07 de setembro, a partir das 13h, no Largo Tereza Batista, Pelourinho. A 13ª edição da FeiJhôada da Negra Jhô tem a finalidade de celebrar os 50 anos dos Blocos Afros e a diversidade cultural da Bahia. Os ingressos custam o valor promocional de R$80,00 (individual) até o dia 15/08, e já podem ser adquiridos no Studio Negra Jhô, na Rua das Laranjeiras, 10, Centro Histórico de Salvador.

O evento conta com as seguintes atrações: Cortejo Afro, Ilê Aiyê, O Pretinho, Banda Didá, Dj Branco, Viola de Marujo e outras participações especiais. Como todos os anos, a condessa de ébano vai desfilar pelas ruas do Pelourinho com uma corte africana que vai sair a partir das 13h30 da Rua Frei Vicente, 04, ao som da banda percussiva feminina Didá. O tema escolhido para este ano será uma exaltação aos caboclos brasileiros com um corpo de bailarinos e artistas convidados fazendo reverência às encruzilhadas.

Vale lembrar que Negra Jhô já fez os seus penteados e turbantes nas cabeças de muita gente famosa do nosso Brasil, a exemplo do cacique Carlinhos Brown, da eterna rainha dos baixinhos, Xuxa Meneghel, dos cantores Felipe Pezzoni (Banda Eva), Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Gilberto Gil, das dançarinas Carla Perez e Scheila Carvalho e dos atores globais Tiago Lacerda, Vanessa Lóes, Lázaro Ramos e muitos outros artistas e personalidades.

Em tempo, a trançadeira e agitadora cultural segue realizando seus atendimentos no Studio Negra Jhô, localizado na Rua das Laranjeiras , 10, no Centro Histórico de Salvador. O horário de funcionamento é de terça-feira a sábado, das 9h às 19h. Agendamentos pelo número: (71) 99199-0643 ou através do e-mail: salaonegrajho21@gmail.com.

Serviço:
O que: FeiJhôada da Negra Jhô
Onde: Largo Tereza Batista – Pelourinho
Quando: 07 de Setembro
Horário: A partir das 13h
Atrações confirmadas: Cortejo Afro, Ilê Aiyê, O Pretinho, Banda Didá, Dj Branco e Viola de Marujo
Valor: R$ 80,00 (individual) – Reserve sua camisa na promoção até dia 15/8
Vendas: Rua das Laranjeiras , 10, no Centro Histórico de Salvador
Informações para reservas: (71) 98640-6429
E-mail: contato.feijhoada@gmail.com

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