Connect with us

Religião

Unzó Maiala abre inscrições para oficinas voltadas à saúde sexual e beleza das mulheres negras!

Jamile Menezes

Publicado

on

Unzó Maiala
Unzó Maiala
Unzó Maiala, localizado no bairro do Garcia, lançará na próxima segunda (9), a partir das 18h, o projeto Matriarcalidade: O poder das Yabás e a força geradora da vida, no intuito de construir espaços de informação e discussão sobre o autocuidado, a saúde reprodutiva e os ciclos do corpo da mulheres negras (cis e trans) da periferia de Salvador. O evento ocorrerá em meio ao Caruru do terreiro, que será oferecido aos presentes.
Neste dia, ocorrerão ainda oficinas de turbante e maquiagem para mulheres negras, com filhas de Santo da casa, que fazem parte da programação do primeiro ciclo do projeto dedicado a Oxum/Ndandalunda, yabá das águas doces e relacionada à fertilidade e à autoestima. Para participar dessas oficinas não será necessária inscrição.
O ciclo a Dandalunda terá uma segunda etapa, no dia 13 de setembro (sexta-feira), das 16h às 21h, em que ocorrerá uma oficina sobre a auto-observação do ciclo menstrual a partir das alterações que afetam o corpo feminino com as educadora s Laís Souza e Maíra Coelho que, em conjunto com a terapeuta holística Jaqueline de Almeida e a designer Luma Flôres escreveram o Manual de Ginecologia Natural e Autônoma, a ser distribuído na oficina.
Este dia iniciará com a percussão ritualística de Sanara Rocha – atriz, diretora de Teatro e musicista. Como instrumento de valorização e fortalecimento da autoestima, serão oferecidas duas oficinas de estética afro – de tranças e Dreads. Para o dia 13 de setembro é necessário inscrever-se (AQUI) , ou pela página do Instagram do Unzó Maiala, ou no próprio dia do evento, caso não tenham sido preenchidas as 30 vagas disponíveis.
Unzó Maiala
Projeto
Matriarcalidade: O poder das Yabás e a força geradora da vida conta com o apoio financeiro do edital Ela Decide, do Fundo ELAS e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). No intuito de garantir acesso a informação sobre métodos contraceptivos, saúde sexual e reprodutiva a uma camada da população de mulheres que permanecem alheias a essas informações por motivos raciais e socioeconômicos, ocorrerão 4 ciclos de formação referenciados no arcabouço cultural do Candomblé através das representações dos Orixás/Nkisi, especialmente as Yabás: as orixás mulheres que carregam consigo a força geradora da vida.
O primeiro ciclo de formação traz o arquétipo da yabá Ndandalunda. O segundo ciclo de formação é dedicado a yabá Nzumbarana / Nanã, a mulher primitiva e muito relacionada a sabedoria, e ocorrerá em outubro. Neste ciclo será realizado uma roda de conversa sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) e os desequilíbrios no ciclo menstrual, com o objetivo de fortalecer o senso de responsabilidade sobre a saúde do próprio corpo.
Em novembro, ocorrerá o terceiro ciclo de formação referenciado a Oxumarê/ Angoro, nkisi das transições e transformações. Oxumaré é o nkisi que representa a dualidade entre as energias feminina e masculina, portanto, este ciclo de formação será especialmente dedicado à comunidade LGBTQ+, com ênfase nas mulheres transexuais e a reflexão da saúde, do autocuidado e facilitar a troca de ideias sobre as formas de opressão e as estratégias de sobrevivência deste grupo.
O último ciclo terá suas ações realizadas em dezembro e está referenciado em Katendê, o nkisi ligado ao poder das ervas. Este ciclo será dedicado à troca de saberes sobre o uso tradicional de ervas com fins medicinais e terapêuticos. Para acompanhar a programação das oficinas e inscrever-se é só acessar a página no Instagram  @unzomaiala.
Fotos Lissandra Pedreira

Religião

Terreiro Zoogodò Bogum Malè Rundò recebe roda de conversa sábado (29)

Ana Paula Nobre

Publicado

on

Foto: Divulgação

O Zoogodò Bogum Malè Rundò, um dos mais tradicionais terreiros de Candomblé de Salvador, recebe o Projeto Okàn Dúdù para mais uma etapa do ciclo educativo. A roda de conversa será sobre saúde mental no candomblé e acolhimento aos yawò, neste sábado (29), a partir das 10h. Criado por Laísa Gabriela de Sousa, o projeto visa fortalecer os laços entre os membros da comunidade de axé, promovendo um espaço de escuta, troca de experiências e valorização das tradições afro-brasileiras.

“Nossa história é marcada pela resistência e pela força dos nossos ancestrais. O Okàn Dúdù vem para fortalecer essa caminhada, trazendo reflexões e conexões fundamentais para a nossa existência e continuidade”, destaca Laísa.

Fundado no século XIX, o Terreiro Bogum, liderado por Naadoji Índia Mello, é um importante referencial da nação Jeje-Mahi e tem papel fundamental na preservação da cultura e espiritualidade negra. “O Okàn Dúdù tem criado um espaço de diálogo que respeite a hierarquia do Candomblé, mas, também, que abre caminho para discussões sobre temas essenciais para a nossa comunidade, como acolhimento, combate ao racismo religioso, coletividade e pertencimento”, explica Laísa Gabriela, idealizadora do projeto.

Foto: Divulgação

O ciclo educativo, que está em suas últimas rodas de conversa da circulação, abordou sete temáticas que dialogam com as vivências do povo de axé, incentivando a troca de conhecimentos entre gerações. A iniciativa, também, pretende ampliar seu impacto com a produção de um documentário e a realização de palestras em escolas, levando as discussões para diferentes espaços da sociedade.

Serviço

O quê: Roda de conversa do projeto Okàn Dúdú
Quando: 29 de Março de 2025 às 10h
Onde: Zoogodò Bogum Malè Rundò (Engenho Velho da Federação)
Entrada: Gratuita

Continuar lendo

Audiovisual

Mostra “Entre Axé” exibe curtas inéditos no Museu Afro-Brasileiro

Jamile Menezes

Publicado

on

Mostra Entre Axé

Salvador completa 476 anos e o Instituto Calu Brincante, em parceria com a produtora Menina Bonita, realiza a mostra cinematográfica “Entre Axé” no Museu Afro-Brasileiro (MAFRO). Serão exibidos os curtas “Ecos de Cura” e “Roncó: No Mesmo Passo”, que exploram saberes, rituais e a resistência da cultura afro-brasileira na cidade mais negra fora de África.

O curta “Ecos de Cura”, dirigido por Cassia Valle e Luane Souto, desdobra o espetáculo Memórias Povoadas, mergulhando nos saberes ancestrais das mulheres negras e ressaltando a cura e o cuidado como formas de resistência. Já “Roncó: No Mesmo Passo”, dirigido por Anjos de Castro, mostra a fundação de um terreiro de candomblé nos arredores de Salvador, entrelaçando as histórias de três irmãos em uma jornada de fé e tradição.

Mostra "Entre Axé"

Os curtas fazem parte da primeira edição do Cinerê – Circuito de Produção Audiovisual para Novos Cineastas Negros, realizado pela Pé de Erê Produções.

A Mostra “Entre Axé” veio para reafirmar Salvador como um centro de diversidade cultural e criatividade, onde novas histórias, protagonizadas por negros e negras, ganham cada vez mais visibilidade.

“Ao celebrar suas raízes, Salvador se coloca como um farol de resistência e afirmação cultural, onde as narrativas negras não só são preservadas, mas também projetadas para o futuro, construindo um legado de protagonismo e visibilidade para as gerações vindouras”, diz Cassa Valle.

A sessão é gratuita e aberta ao público. Sujeita a lotação.

SERVIÇO

O quê: Exibição dos curtas Ecos de Cura e Ronco no Mesmo Passo – Mostra “Entre Axé”

Onde: MAFRO – Museu Afro-Brasileiro, Pelourinho, Salvador

Quando: 29 de março de 2025, às 15h

Quanto: Gratuito

Fotos: Luane Souto

Continuar lendo

Religião

Terreiro Axé Omin Ifan recebe roda de conversa sobre legado ancestral

Ana Paula Nobre

Publicado

on

Foto: Divulgação

O Terreiro Ilê Axé Omin Ifan, em São Tomé de Paripe, em Salvador, receberá uma roda de conversa sobre acolhimento à população LGBTQIAPN+ e o legado ancestral através das gerações no candomblé, dia 22 de março (sábado), a partir das 10h.

A ação integra o projeto Okàn Dùdù, que articula saberes ancestrais e contemporâneos, conectando o candomblé às questões sociais.

Foto: Divulgação

A primeira edição do projeto conta somente com as pessoas de terreiro para debater importantes temáticas dentro da religião, como seus desafios e aproximações com a nova geração, compreendendo que a tradição depende da continuidade.

“Realizar itinerários formativos que fertilizam e diluem pontes entre os mais velhos e a juventude no candomblé é uma responsabilidade de todos nós, uma vez que a tradição implica em continuidade”, afirma Almerson Cerqueira, Bàbá Egbé do Ilê Axé Omin Ifan.

Continuar lendo
Advertisement
Vídeo Sem Som

EM ALTA