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Artes

GDR promove 11ª edição do tradicional Caruru da Diversidade!

Jamile Menezes

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Caruru da Diversidade

Caruru da Diversidade

“Ball é uma reunião de pessoas que não são bem-vindas em lugar nenhum”, inspirados na frase da personagem Blanca, da série Pose (FX) que surge a ideia da décima primeira edição do tradicional Caruru da Diversidade, que acontece no próximo sábado, 5 de outubro, às 20h, na Residência Universitária do Corredor da Vitória. Uma realização do Grupo de Dissidente Sexual da Residência da Universidade Federal da Bahia (GDR/UFBA). O evento tem apoio financeiro da Pro Reitoria de Assistência Estudantil (PROAE/UFBA).

A ballroom, ou o baile, é uma tradição da cultura LGBTQIA+ dos guetos nova iorquinos que surge entre as décadas de 70 e 80. Marginalizados, gays, lésbicas, transexuais, negros e latino americanos reuniam-se para dançar e ironizar através da caricatura a burguesia. Com a exibição do seriado Pose*, a cultura da ball têm efervescer ao cenário LGBTQIA+ baiano.

“O trocadilho Ballbúrdia faz um resgate a fala do ministro da Educação Abraham Weintraub, que acusou as universidades públicas de promoverem “balbúrdia”, declaração que gerou revolta e a resposta das universidades e estudantes que ainda ressoam”, explica Gustavo Domingues, representante do GDR. A precarização causada pelos cortes do governo federal no repasse às universidades públicas é a pauta principal desta edição.

Sem perder o clima de celebração, a proposta é fazer da noite um protesto artístico. Durante um baile, os participantes desfilam em categorias temáticas em que expõe de modo jocoso, uma crítica extravagante aos modos de vidas padronizados pela sociedade. A edição baiana não vai deixar a desejar. “Convocamos o público a se vestir do seu melhor protesto para o baile, que tragam seus cartazes para fixar nas paredes da Residência 1 e gritem para o mundo as suas pautas, desabafos e lutas!”, convida Gustavo.

Demorou, mas agora vai!  

Por conta do contingenciamento de verbas, inclusive para eventos culturais, o evento que acontecia tradicionalmente às vésperas da Parada do Orgulho LGBTQI de Salvador teve que mudar de data, acontecendo no próximo sábado (5). O Caruru da Diversidade é palco que se consolidou ao longo dos últimos 11 anos  muitos artistas da cenaa LGBTQIA+ da cidade, tendo entre os convidados a cantora Aila Menezes, o grupo paulista Quebrada Queer e a filósofa estadunidense Judith Butler.

Este ano, a programação reúne casas drags e artistas como o Coletivo Das Liliths, Coletivo Bonecas Pretas, Festa Shanty e a Gay Family Show.  Também haverá a presença de Fabiane Galvão, Tereza Skyper, Malayka SN, Mamba Mavamba, Maria Gabriela, Milla Kokaev, Taylor Fox, Xan Marçall, Mandiiinga, o duo Mambs, Vittor Adél e Babi_Lon Labatut. A festa promete romper a madrugada com os DJs: Augusto Oliveira, Robertox, Cleidson, Mina/Mora e Paulilo, à frente do famoso Paredão da Paulilo. 

A noite de celebração ainda irá consagrar personalidades para a luta LGBTQIA+ no cenário baiano com o anúncio da madrinha e fada madrinha, além da rainha desta edição. O caruru será oferecido pelo Ajeum da Diáspora inteiramente gratuito. O evento conta com segurança,  bar que aceita cartões de crédito e débito.

Serviço

XI Caruru da Diversidade – Ballbúrdia

QUANDO: 5 de outubro de 2019, às 20H

ONDE: Av. Sete de Setembro, n 2382, Corredor da Vitória – Residência Universitária da UFBA (R1)

GRATUITO

Artes

Artista soteropolitana Eva de Souza tem obra imortalizada na Suíça com bordado político “Zamambaia”

Iasmim Moreira

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Eva de Souza

A artista Eva de Souza, nascida em Salvador, acaba de conquistar um marco histórico em sua trajetória artística: sua obra têxtil “Zamambaia: a testemunha silenciosa” passa a integrar o arquivo público Cantonale, em Berna, na Suíça. A escolha se deu por meio de um processo de seleção rigoroso que visa preservar obras de relevância para as futuras gerações.

Radicada na Suíça há mais de 30 anos, Eva é suíço-brasileira, mas leva com orgulho suas raízes soteropolitanas, que marcam profundamente sua produção artística. Atriz, ativista e artista plástica, ela utiliza o bordado político como ferramenta de denúncia e elaboração artística, transformando linhas e tecidos em poderosos manifestos visuais.

Eva de Souza

Foto: Divulgação

A obra “Zamambaia” é um tributo à resistência diante das violências cotidianas, especialmente contra corpos negros e femininos. Com forte inspiração nas dores da humanidade, o bordado denuncia o racismo estrutural e a violência de Estado, ao mesmo tempo em que exalta a natureza como testemunha e força vital.

“Esse é o meu protesto contra as desumanidades, o esquecimento e o abandono. Zamambaia ilustra o racismo estrutural e a violência contra a mulher negra que perdura por gerações. A cada linha, um traço de pensamento e a construção de um desenho de ativismo”, afirma Eva.

Com formação em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Eva também é mestre em Gestão Cultural pela Universidade de Basel, em Berlim, e tem especialização em Mediação e Conflito pela Universidade de Berna. Sua trajetória começou nos palcos e galerias de Salvador, expandindo-se para exposições na Alemanha, Suíça e outros países europeus.

Eva de Souza

Foto: Divulgação

A artista celebra o reconhecimento internacional como um passo simbólico para as vozes e narrativas vindas da diáspora.

“Me orgulho por representar o Brasil na Europa com trabalhos que contribuem para um cenário artístico plural e diverso. Agora, me consolidei não apenas como uma artista suíço-brasileira, mas como uma artista imortal”, destaca.

Para conhecer mais sobre o trabalho de Eva de Souza, acesse seu portal oficial ou siga o perfil @evadesouzabluewin.ch nas redes sociais.

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Artes

Artista cabo-verdiana Daja Do Rosário promove oficina gratuita sobre corpo e memória

Iasmim Moreira

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Daja do Rosário

Salvador recebe entre os dias 10 e 18 de maio, a artista visual cabo-verdiana Daja Do Rosário para uma série de atividades que unem arte, ancestralidade e ecologia. A oficina principal, com o nome “Corpo – Indumentária / Transe”, será gratuita e tem vagas limitadas, acontecerá nos dias 14 e 15, das 14h às 17h, na Casa do Benin e no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BA).

O projeto propõe uma vivência colaborativa que combina práticas ancestrais com arte contemporânea. Os participantes serão convidados a criar esculturas-indumentárias a partir de fibras vegetais, como a ráfia, explorando o corpo, a memória e os gestos como forma de escuta e reverência à ancestralidade africana.

A experiência é destinada a artistas afrodescendentes que atuam em diferentes linguagens: artes visuais, arte têxtil, dança, performance, literatura, música, práticas de cura, escultura, saberes culturais e educação. As inscrições são feitas exclusivamente online, através do FORMULÁRIO

Resultado da experiência coletiva

Durante a imersão, 15 participantes em cada instituição desenvolverão peças únicas, simbólicas e pessoais, que ao final serão reunidas em uma grande escultura coletiva — um “corpo-fractal” que preserva as individualidades e promove um campo comum de diálogo e pertencimento. Além da inscrição, os participantes são incentivados a levar fibras e tecidos naturais que possam ser incorporados à criação.

Sobre Daja do Rosário

Daja Do Rosário é uma artista visual cabo-verdiana que utiliza sua obra para afirmar sua identidade como mulher afrodescendente. Crescida no sul da França, distante de suas raízes culturais, ela transforma sua trajetória pessoal em uma narrativa coletiva sobre as diásporas africanas. Através de autorretratos e esculturas com materiais reaproveitados — como ráfia, sacos, búzios e tecidos —, Daja combina tradição e contemporaneidade, criando composições que recontam histórias apagadas da África e reivindicam uma identidade plural, ancestral e politizada.

Daja do Rosário

Foto: Divulgação

 

SERVIÇO: 

O que: Oficina “Corpo – Indumentária / Transe”, com Daja do Rosário

Quando: 14 e 15, das 14h às 17h;

Onde: Casa do Benin e no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BA);

Valor: Gratuito;

Inscrições: através do FORMULÁRIO.

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Artes

CAIXA Cultural recebe exposição em homenagem a Jayme Fygura

Iasmim Moreira

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Jayme Fygura

A CAIXA Cultural Salvador abre ao público, a partir desta terça-feira (15), a exposição póstuma Jayme Fygura: De Corpo e Alma, que presta tributo ao artista plástico, poeta e performer Jayme Fygura, um dos nomes mais emblemáticos da cena cultural soteropolitana. A abertura oficial acontece na noite do dia 15, às 19h. A visitação segue até 6 de julho, de terça a domingo, das 9h às 17h30, com entrada gratuita.

A mostra é realizada pela Ernesto Bitencourt Galeria de Arte e tem curadoria do artista e pesquisador Danillo Barata. No espaço expositivo, o público poderá conhecer 32 pinturas em acrílico sobre tela e 23 objetos emblemáticos — entre esculturas em ferro, cabeças, falos de Exu, manuscritos e figurinos usados em performances do artista.

Jayme Figura

Foto: Daniel Lisboa

Também integram a exposição projeções audiovisuais e o documentário Sarcófago, dirigido por Daniel Lisboa, que mergulha no universo criativo de Fygura. Outro destaque é a exibição inédita de um show performático do artista, registrado pelo mesmo cineasta, além de recursos sonoros produzidos pelo próprio Jayme, como sua característica caixa de som.

“Suas esculturas, máscaras e pinturas exploram o corpo como território da violência e da reinvenção”, afirma o curador Danillo Barata. “Ao utilizar materiais reciclados e detritos urbanos, Jayme subverte a precariedade em potência criativa, tensionando a percepção do corpo negro e das estruturas de poder.”

A paleta de cores predominante nas obras — com tons de dourado, vermelho e azul — remete à simbologia das religiões de matriz africana, em especial aos orixás Obaluaiê e Exu, referências recorrentes no trabalho do artista.

Para o colecionador Ernesto Bitencourt, responsável pela preservação da obra de Fygura, a mostra é um reconhecimento da importância do artista para a arte contemporânea brasileira. “Jayme transformou dor em arte. Sua produção é um testemunho da força da cultura afro-brasileira e da resiliência diante das adversidades.”

Um legado de resistência

Jayme Fygura, conhecido como “o homem da máscara de ferro”, construiu uma trajetória artística marcada pela experimentação estética e pela crítica social. Explorando pintura, escultura, performance e indumentárias, ele articulou em sua obra elementos de ancestralidade, espiritualidade e política, sempre com forte apelo visual e simbólico. A máscara, um de seus principais signos artísticos, funcionava como instrumento de denúncia, proteção e afirmação, ressignificando o corpo negro como espaço de resistência. Jayme faleceu aos 64 anos de idade, em Salvador no domingo, 26 de novembro de 2023.

Programação educativa

Além da exposição, o projeto inclui ações educativas, como oficinas de criação de instrumentos musicais com materiais reciclados. Estudantes da rede pública de ensino participarão de visitas guiadas, com o objetivo de fomentar a reflexão sobre identidade, pertencimento e criatividade por meio da arte.

A exposição conta com recursos de acessibilidade, como interpretação em Libras, audiodescrição e placas em braile.

SERVIÇO

Exposição póstuma – Jayme Fygura: De Corpo e Alma
Local: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro
Visitação: 16 de abril a 6 de julho de 2025
Horário: Terça a domingo, das 9h às 17h30
Entrada gratuita
Informações: (71) 3241-4200 | Site CAIXA Cultural | @caixaculturalsalvador
Classificação indicativa: Livre

 

 

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