Artes
Virada Sustentável terá edição especial dos Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras!
Serão dois dias de negritude literária feminina na Virada Sustentável 2019, que acontece em Salvador de 8 a 10 de novembro. A proposta é do projeto Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras, idealizado e conduzido pela doutoranda em Literatura e Cultura, Dayse Sacramento. Aberta ao público, a programação dos Diálogos na Virada será nos dias 8 e 9 de novembro, na Sala Principal do Teatro Vila Velha (Campo Grande) e terá recital poético, yoga e meditação, oficinas de percussão, escrita e grafite, rodas de conversa e lançamento literário coletivo, com autoras negras.
O coletivo Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras vem construindo, desde o ano de 2017, um caminho de enfrentamento ao racismo e visibilização da produção literária de mulheres negras baianas. Por meio de encontros, seminários e saraus, o projeto tem como referência a escritora Conceição Evaristo, autora do livro “Insubmissas lágrimas de mulheres”, e já reuniu mais de 600 pessoas em suas ações, em Salvador e outros municípios, onde já esteve.
Na Virada Sustentável 2019, em Salvador, as mulheres negras e suas literaturas estarão representadas em uma programação bem diversa. Ela será aberta na sexta (8/11), às 19h, com um forte recital de poesia com Negafya, seguido de uma roda de conversa com a idealizadora do projeto, Dayse Sacramento, a dançarina e pesquisadora, Edeise Gomes e a jornalista, cantora e percussionista da Banda Didá, Viviam Caroline. A Banda Didá será a atração de encerramento do dia, com show aberto ao público.
Já no sábado (9/11), o dia começa com a instrutora de Yoga, Helena Rios, que fará um relaxamento com o público, a partir das 8h. É só chegar. Das 10h às 12h30, começam as Oficinas Insubmissas: “Imersão corpo tambor”, com Dedê Fatuma, “TRANS-A-PALAVRA”, com Sued Hosaná e “Graffiti”, com Singa. À tarde, a partir de 14h, a poesia será com Rool Cerqueira, seguido da Roda de conversa “O poder ancestral da cozinha para as mulheres negras”, com a Yalorixá Valnízia de Ayrá (Terreiro do Cobre), Angélica Moreira (Ajeum da Diáspora), Ana Célia Batista (Zanzibar) e mediação de Lilian Almeida (Dona Lili).
Às 17h, a programação é do “Ofó Obirin Dudú (Palavra de Mulher Preta)”, com lançamento coletivo das escritoras negras: Deisiane Barbosa, Kalypsa Brito, Rosane Jovelino e Negafya. O encerramento, às 19h30, será com pocket show da cantora Denise Correia. Toda programação é aberta ao público.
Programação
Diálogos Insubmissos na VIRADA SUSTENTÁVEL SALVADOR
LOCAL: Sala Principal do Teatro Vila Velha (Campo Grande)
08/11 – Sexta-feira
19h – Abertura: Negafya (Recital de poesia)
19:15 – Roda de conversa: Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras, com Dayse Sacramento, Edeise Gomes e Viviam Caroline
21h15 – Show: Didá Banda Feminina
09/11 – Sábado
8h – Yoga com Helena Rios
10h às 12h30 – Oficina Insubmissas
“Imersão corpo tambor”, com Dedê Fatuma
“TRANS-A-PALAVRA”, com Sued Hosaná
“Graffiti”, com Singa
14h – Recital de poesia com Rool Cerqueira
14h15 – Roda de conversa: O poder ancestral da cozinha para as mulheres negras, com Yalorixá Valnízia de Ayrá, Angélica Moreira (Ajeum da Diáspora), Ana Célia Batista (Zanzibar) e mediação de Lilian Almeida (Dona Lili)
17h – Ofó Obirin Dudú (Palavra de Mulher Preta) – Lançamento coletivo de escritoras negras, com Deisiane Barbosa, Kalypsa Brito, Rosane Jovelino e Negafya
SERVIÇO
O que: Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras na Virada Sustentável Salvador 2019
Quando: 8 e 9 de novembro
Quanto: aberto ao público
Onde: Sala Principal do Teatro Vila Velha (Campo Grande)
Foto Destaque: Lissandra Pedreira
Artes
Exposição “Plantações de Autoestima” tem oficinas gratuitas
Oficinas gratuitas com aulas de graffiti e de outras técnicas artísticas para crianças, jovens e adultos. É o que oferece a exposição “Plantações de Autoestima” idealizada pelos grafiteiros e artistas Sagaz & Pipino. Até 18 de dezembro, tudo isso será oferecido, além de uma roda de conversa com os artistas. Com carga horária de 2h, as atividades acontecerão nos espaços da Casa do Benin, no Espaço Axé e no Boca de Brasa Centro.
Algumas oficinas serão ministradas por graffiteiros e graffiteiras profissionais como Pita, Niiny Santos, Patek, Zureta, Nath Arts, Black Shock, Hard Cores, Sista Kátia e pelas artistas visuais Eliade e Débora Santos, proporcionando aos alunos uma imersão no universo do Graffiti e de diferentes Técnicas Artísticas.
Os alunos aprenderão algumas técnicas iniciais, farão desde o esboço até a prática com tinta spray e outros tipos de materiais também serão utilizados durante as aulas em cada oficina. As inscrições para as aulas de Graffiti são para o público com idade a partir de 14 anos.
“Além de promover atividades artísticas, educação social e conscientização por meio da arte educadora. A oficina possibilita uma convivência de troca de saberes, de arte e instrução aos jovens para a arte urbana, do entendimento da ocupação da cidade através do Graffiti. Pois tenho convicção que eles necessitam de oportunidades de experimentar, de conhecer, ter contato com as práticas artísticas e do uso do spray, das cores, iniciando a criação de seu próprio Graffiti e expressão artística.”, revela o artista Pipino.
Já nas oficinas de Técnicas Artísticas, a classificação é livre para o público de todas as idades. Haverá oficinas de Carimbos Artesanais, Noções Básicas de Criação de Personagens, Mandala em Movimento: Oficina de Criação para Iniciantes e Marca Páginas Criativo de Papel: Crie Seu Bichinho Companheiro de Leitura.
De acordo com Sagaz, “a oficina tem como objetivo difundir as artes conectando o público diretamente com o momento criativo, fazendo com que tal processo participativo seja despertado, enriquecendo os olhares e outras formas de construir através da vivência artística. Entendendo a importância de compartilhar conhecimento, abrindo possibilidades da conexão dos artistas com o público para que facilite o acesso da produção artística.”, diz.
Informações adicionais e novas atualizações estarão no perfil do instagram @producoesnuances, as inscrições são através do formulário.
A exposição artística Plantações de Autoestima está instalada na Galeria da Cidade no Teatro Gregório de Mattos até 10 de janeiro de 2025, com entrada gratuita, os dias de visitação são de quarta a sábado de 14h às 18h.
O Curto Circuito das Artes, realizado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Funarte, Ministério da Cultura, Governo Federal, chega aos espaços culturais de Salvador entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025.
Confira datas e horários das oficinas:
05/12 | 14h às 16h – Pita, Oficina de Graffiti | Espaço externo do Boca de Brasa Centro
07/12 | 10h às 11h – Roda de conversa sobre Plantações de Autoestima com Sagaz & Pipino | Casa do Benin
11/12 | 14h às 16h – Zureta, Oficina de Graffiti | Espaço externo do Boca de Brasa Centro
13/12 | 09h às 11h – Débora, Oficina de Marca páginas criativo de papel: crie seu bichinho companheiro de leitura | Espaço Axé
13/12 | 10h às 12h – Patek, Noções básicas de criação de personagens | Casa do Benin
13/12 | 13h00 às 14h30 – Black Shock, Oficina de Criação de personagens | Casa do Benin
13/12 | 14h30 às 16h – Sista Kátia, Oficina de Graffiti | Casa do Benin
14/12 | 13h00 às 14h30 – Nath, Mandala em Movimento: Oficina de Criação para Iniciantes | Casa do Benin
14/12 | 14h30 às 16h – Hard, Oficina de Graffiti | Casa do Benin
18/12 | 14h às 16h – Ninny Santos, Oficina de Graffiti | Espaço Boca de Brasa Centro
SERVIÇO
O quê: Oficina gratuita de Graffiti e de Técnicas Artísticas
Onde: Casa do Benin, Espaço Axé e Espaço Boca de Brasa Centro
Quanto: Gratuito
Inscrições: formulário no perfil da @producoesnuances.
Fotos – Helder Akixel
Artes
Grupo Cultural Art’Mandaia movimenta Pernambués e Saramandaia
O Grupo Cultural Art’Mandaia realiza nos dias 7 e 14 de dezembro o sarau “O Som do Beco”, em Pernambués e Saramandaia. O Sarau é uma atividade que celebra a culminância do projeto O Som do Beco, que uniu música, educação e inclusão social. Durante meses, crianças e adolescentes de 8 a 17 anos destas comunidades participaram de oficinas gratuitas de música, aprendendo a tocar violão, guitarra, contrabaixo, teclado, cajon e percussão.
No dia 7 de dezembro, às 11h, o Grupo Cultural Art’Mandaia chegará à rua Pirapora, em frente à Escola Estadual Mariinha Tavares, Pernambués com a certificação dos participantes do projeto. No sábado seguinte, dia 14, será a vez dos moradores de Saramandaia receberem o sarau também às 11h com a gravação de um clipe na rua Amargosa, ao lado da Morada Flor de Liz, Saramandaia.
O projeto do Grupo Cultural Art’Mandaia proporcionou aos participantes a oportunidade de vivenciar a arte como ferramenta de transformação, ressignificando espaços e fortalecendo os laços comunitários.
Através de aulas ministradas por músicos com uma coordenação artística dedicada, “O Som do Beco” incentivou a descoberta de talentos e o desenvolvimento de habilidades que vão além da música, como a disciplina, a convivência em grupo e a valorização da cultura local. Agora, como resultado final dessa jornada, os alunos vão às ruas, becos e vielas para apresentar suas performances em apresentações gratuitas e abertas à comunidade.
O evento também marca o início de uma nova etapa para o projeto, que seguirá como uma caravana cultural, levando música para outros becos e vielas de Salvador.
Realizado pelo Grupo Cultural Art’Mandaia, o projeto “O Som do Beco” foi contemplado pelo edital territórios criativos, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Matos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador, e da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, Governo Federal.
Programação:
07/12, às 11h: Culminância do projeto e certificação dos alunos.
Local: Rua Pirapora, em frente à Escola Estadual Mariinha Tavares, Pernambués.
14/12: Gravação do clipe e apresentação.
Local: Beco – Rua Amargosa, ao lado da Morada Flor de Liz, Saramandaia.
Serviço:
O que: Sarau “O Som do Beco”.
Quando e Onde: 07/12, às 11h: Rua Pirapora, Pernambués. 14/12 às 11h: Rua Amargosa, Saramandaia.
Artes
Fotógrafo André Fernandes é premiado com ensaio “Orixás”
Com o ensaio “Orixás”, que destaca as divindades do Candomblé, o fotógrafo André Fernandes foi premiado no Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários, organizado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). A cerimônia de premiação aconteceu no Centro de Artes da Escola Internacional de Genebra (Ecolint), Suíça.
Estabelecendo-se como uma plataforma para artistas minoritários defensores dos direitos humanos, o concurso tem o fotógrafo André Fernandes como o único brasileiro premiado nesta edição. Na cerimônia, o artista recebeu o prêmio de menção honrosa, concedido por um painel de cinco juízes que destacaram a qualidade da obra e a relevância dos temas abordados para ampliar a conscientização e a compreensão dos direitos de minorias. Ao todo, oito artistas foram escolhidos em todo o mundo, atuantes de diversas áreas da arte.
Oxum Ọṣun
“Enquanto artista, essa é uma grande oportunidade de usar a arte para falar do Candomblé, para atingir mais pessoas e lançar luz sobre a beleza que é o Candomblé. É uma honra poder representar a Bahia e o Brasil em um espaço tão relevante para os Direitos Humanos, na capital humanitária do mundo. Então, dar visibilidade internacional para essas narrativas é uma forma de reverenciar as nossas memórias ancestrais. Participar disso tudo é incrível. Imaginar que, durante sete dias, estarei participando de diversos eventos e reuniões sobre arte, cultura e direitos humanos em nível internacional; que vou conhecer pessoas com histórias tão potentes nessa jornada e ter a oportunidade de participar da 17ª sessão do Fórum das Nações Unidas para Minorias, no Palácio das Nações, é muito gratificante. Eu acredito que, na minha volta, terei um olhar ainda mais apurado sobre esses temas, e uma responsabilidade de passar isso adiante”, reforça fotógrafo André Fernandes.
O projeto demorou mais de dois anos desde a concepção até a produção das fotos, em 2014, no Terreiro Ilê Axé Alaketu. “Orixás” é um ensaio fotográfico que revela as divindades do Candomblé com todas as suas vestes, adornos e indumentárias usadas nas obrigações e festas cíclicas do terreiro. Revela também os elementos que conectam os homens com o espírito ancestral dos Orixás.
Exu Èṣù
O fotógrafo André Fernandes ressalta que trabalhar temas relacionados à ancestralidade e memória afrodescendente é importante, principalmente no combate a estigmas.
“Todas as pessoas têm o direito de manifestar a sua fé, conceito amplamente defendido pela ONU na iniciativa chamada ‘Fé por Direitos’, de 2017. Então, ‘Orixás’ aborda temas relacionados à memória, ancestralidade e identidade. Além de preservar a memória afrodescendente, as fotografias possibilitam acender o debate e a reflexão sobre o Candomblé, tendo em vista que quanto mais gente estiver falando e desmistificando o tema, menos o preconceito existirá sobre a cultura e suas peculiaridades”, conclui.
O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Cultura da Bahia e Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). “Orixás” foi contemplado pelo edital Salvador Circula, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.