Religião
Roda Griô: Saberes Ancestrais das Ervas no Dia da Consciência Negra!
O Unzó Maiala que vem desenvolvendo atividades voltadas às mulheres negras, realiza no próximo dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, das 10h às 13h, a Roda Griô: Saberes Ancestrais das Ervas – com Dona Val, parteira, griô e erveira residente em Serra Grande, no sul da Bahia.
Com o objetivo de realizar uma troca de saberes sobre o poder das ervas para fins medicinais e terapêuticos, o Ciclo Katendê – o único círculo voltado a um Nkisi masculino – integra o projeto Matriarcalidade: o poder das yabás e a força geradora da vida, que conta com o apoio financeiro do edital Ela Decide, do Fundo ELAS e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
As inscrições para a Roda Griô: Saberes Ancestrais das Ervas – com Dona Val são gratuitas e estão disponíveis até o dia 18 de novembro em link disponível no perfil do Instagram @unzo Maiala (clique aqui – encurtador.com.br/hnNV8 ). A ser realizado no salão de festas do Unzó Maiala, localizado na I Travessa Padre Domingos de Brito, n° 34, o Ciclo Katendê tem apenas 30 vagas, estas voltadas às mulheres negras.
Dona Val possui forte conhecimento sobre as plantas e medicinas naturais, conhecimento que vem da sua trajetória de vida e ancestralidade indígena presente em sua família. “Eu nasci para ajudar as pessoas a chegarem e se desenvolverem no mundo com mais amor. Sou mais uma guardiã da cultura ancestral”, resume ela, que aos 69 anos já realizou mais de 500 partos no interior da Bahia.
Projeto
Desde setembro de 2019, o Unzó Maiala vem desenvolvendo atividades voltadas às mulheres pretas (Cis e Trans), através do projeto Matriarcalidade: O poder das Yabás e a força geradora da vida, que visa construir espaços de informação e discussão sobre o autocuidado, a saúde reprodutiva e os ciclos do corpo das mulheres da periferia de Salvador. Ciclos de formação referenciados no arcabouço cultural do Candomblé, através das representações das Yabás – Nkisi mulheres -, sendo elas, Ndandalunda, Nzumbarana e Angoroméia.
Religião
M.E. Ateliê da Fotografia realiza expo “Mães do Mundo – Mulheres de Axé”
No próximo dia 12/12, o M.E. Ateliê da Fotografia realiza o projeto “Mães do Mundo – Mulheres de Axé”, com lançamento do calendário anual junto a uma exposição na Ladeira do Boqueirão, Santo Antônio Além do Carmo.
Com o objetivo de valorizar e reverenciar o legado das mulheres que contribuem para a preservação e reverberação das religiões de matriz africana, o M.E. Ateliê da Fotografia traz pra exposição artistas convidados e suas obras autorais. O projeto tem uma seleção de 13 imagens de mulheres, sejam elas Mães de Santo ou não, e que tenham atuação ou trabalho sociocultural muito relevante na comunidade onde atuam, com destaque para Mãe Carmen, Egbomi Nice (Casa Branca) e Mãe Ana de Xangô.
Conhecida por Mãe Carmen do Gantois ou Mãe Carmen de Oxalá, Carmen Oliveira da Silva comanda o Candomblé do Ilé Iá Omi Axé Iamaxé, Terreiro do Gantois, em Salvador, desde que assumiu o posto de Ialorixá. Sendo iniciada no Candomblé para Oxalá, ao longo dessa trajetória, desempenha um papel fundamental na preservação das tradições de sua família, que possui ancestralidade africana, dando seguimento à missão que os Orixás designaram. Por seu trabalho, a Ialorixá já recebeu a Medalha 02 de Julho, pela Prefeitura Municipal de Salvador, entregue a personalidades baianas de destaque.
Outro nome na exposição é Egbomi Nice, uma das principais lideranças religiosas da Bahia, com história marcada pela defesa da cultura afro-brasileira. Mãe Egbomi recebeu a medalha Zumbi dos Palmares na Câmara Municipal de Salvador e foi a primeira ialorixá a ganhar uma comenda no Ministério Público da Bahia. Egbomi Nice tem cargo no Terreiro da Casa Branca, é IYÁ MASSÔ OYÁ- OXUM e IYÁ LULURE, no Rio de Janeiro, e Mãe ANIRERÊ da Casa de OXUMARÊ, em Salvador.
Já Ana Verônica Bispo dos Santos, conhecida como Mãe Ana de Xangô, é a sexta Ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador. Iniciada no candomblé com 23 anos por Mãe Stella de Oxóssi, é pedagoga e tinha como cargo anterior ao de Ialorixá, Otum Ogalá (substituta da responsável por cantar cânticos do Candomblé). Ela foi escolhida como líder religiosa do terreiro em dezembro de 2019, após o jogo de Ifá realizado por Balbino Daniel de Paula.
A mostra também conta com fotografias de Vovó Cici (Fundação Pierre Verger), Edvana Carvalho, Mãe Ana (Ilê Axé Opô Afonjá), Mãe Filhinha (Irmandade da Boa Morte), Negra Jhô, Rita Santos (Coordenadora Nacional da ABAM), Luedji Luna, Dete Lima (Ilê Aiyê).
Entre os artistas convidados estão Goya Lopes com ilustração no calendário e na exposição; Bida, com temática sobre Yansã; Oliver Dórea, sobre Ewa; Willi Carvalho, Oxum; Rodrigo Neri, Nanã; além de Junior Pakapin e Necko, com obras com foco em Iemanjá; Luciana Galeão, com releitura do Pano da Costa; e Faraó Tattoo, com um mosaico.
SERVIÇO:
“Mães do Mundo – Mulheres de Axé” [exposição] do M.E. Ateliê da Fotografia
Data: 12/12/2024
Horário: a partir das 19h30
Local: M.E. Ateliê da Fotografia, Ladeira do Boqueirão, 6 – Santo Antônio Além do Carmo
ATIVIDADES: lançamento do Calendário, exposição, bate-papo, exibição de documentário e oficinas.
Religião
Ilê Opô Oyá Sojú completa 40 anos em celebração com homenagens
O Ilê Asé Opô Oyá Sojú completou 40 anos no último sábado (14), e a celebração foi marcada pelo acirramento de uma placa e homenagens a personalidades importantes para a história do Terreiro, fundado em 1984 e tombado como Patrimônio Cultural de Lauro de Freitas, em 2022. Durante a festa, o Babalorixá Igor Mascarenhas (pai Igor de Odé) contou a trajetória do terreiro fundado por Mãe Elza de Oyá e entoou o hino, lançado na ocasião. O evento teve o apoio do Governo da Bahia através da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur).
“Ilê significa casa, Axé a força, Opô é coluna, sustentação, Oyá é a nossa Guerreira Iansã, Sojú é olhar, cuidar, tomar conta. A casa tem força e é sustentada e governada pela guerreira que cuida, esse nome que carrega a nossa Casa, diz muito sobre a nossa missão”, disse Pai Igor.
Ajodun para Yemanjá e Gamela de Xangô, foram homenageados Pai Ari de Ajagunā – Presidente da FENACAB e fundador do Ilê Axé Opô Ajagunã; Mameto Kamuricy do Terreiro São Jorge Filho da Gomeia – Portão; Obá Tossí – Ilê Asé Opô Oyá Sojú; Mãe Mariinha de Oyá – Yakekerê do Ilê Axé Opô Ajagunã; Pai Cesário de Xangô filho do Ilê Axé Opô Afonjá; Egbomy Cátia de Oyá – Primeira filha iniciada por Pai Igor; Egbomy Cláudia de Oyá – Otun Yakekerê do Ilê Axé Opô Ajagunã; Pai Luiz de Oxum – Axogun do Ilê Axé Opô Ajagunã; Pai Raykil de Oxaguiãn – Primeiro filho iniciado por Mãe Elza e Dra Sônia Neves filha biológica de Mãe Elza.
Religião
Projeto Agô Bahia lança Roteiro das Comunidades de Terreiros
“Nós vamos poder proporcionar aos visitantes uma experiência muito rica de conhecer as religiões de matriz africana, mas com todo o respeito. Visitar um terreiro de candomblé é adentrar um templo religioso, uma religião que exige determinados procedimentos”, destacou o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar, ao reforçar que o objetivo é incrementar o fluxo turístico neste segmento.