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Artes

3° Edição do Salvador Hip Hop acontecerá na Praça da Inglaterra!

Jamile Menezes

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Visioonárias

 

Shows de Rap, discotecagem com Dj’s, grafite e dança de rua são os elementos da cultura Hip Hop que integram a programação da 3° Edição do Salvador Hip Hop. O evento é realizado pela Prefeitura, em parceria com a Freedom Soul e será realizado no dia 1° de dezembro, a partir das 13h.
As ações ocorrerão na Praça da Inglaterra, Comércio, e será voltada para a celebração da cultura Hip Hop na cidade, tendo como protagonistas artistas locais em apresentações gratuitas. Nomes como Nova Era, Mr.Armeng, Cronista do Morro, Fashion Piva, Visioonarias, Underismo, Makonnen Tafari, DJ DMT, DJ Leandro e DJ Tau, farão parte da programação musical que também terá Batalha de Mc’s com premiação para os três primeiros colocados. A programação também conta com grafite de Ananda Santana e Ramsestencil , bem como uma Battle Crew entre quatro grupos de dança de rua soteropolitana U.A.S., B.D.E, Soul,Tá! e C.W.

Makonnen Tafari

Serviço : 
O que? Salvador Hip Hop 2019
Quando? 01 de Dezembro
Onde? Praça da Inglaterra -Comércio
Que horas? Das 13 às 21H
Evento Gratuito

Artes

Exposição ‘Olga Gómez – Alegria da Criação’ acontece no MAB

Ana Paula Nobre

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Olga Gómez
Foto: Márcio Lima

A artista plástica e diretora da Companhia A RODA de Teatro de Bonecos, Olga Gómez, inaugura a exposição ‘Olga Gómez – Alegria da Criação’ nesta quarta-feira (13), às 19h, no Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, aberta ao público. A mostra é um convite para conhecer a obra da artista argentina radicada na capital baiana desde 1986 e fundadora da premiada Companhia A RODA de Teatro de Bonecos, que acaba de completar 27 anos de existência. Através de desenhos, bonecos, brinquedos, sombras e cenografias de espetáculos produzidos ao longo de quatro décadas, os visitantes poderão adentrar seu universo criativo, em um ambiente que recria o ateliê de Olga. A exposição entra em cartaz no dia 14 de novembro e segue até 23 de fevereiro de 2025, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, com entrada gratuita.

Fomentada pelo Programa FUNARTE de Apoio a Ações Continuadas, do Governo Federal, a mostra conclui uma jornada criativa que começou no início do ano com o reparo da sede da companhia, restauro do acervo de espetáculos e diversas atividades de formação artística gratuitas. O objetivo da exposição é o de promover estímulos sensoriais no público. A própria Olga Gómez compartilha que “tem sido muito enriquecedora a resposta das pessoas, desde as crianças de Sussuarana até um cidadão de Nova York, diante de um mesmo trabalho, na mesma semana”. Todos tendem a demonstrar curiosidade, entusiasmo e interesse. “Cada um dos bonecos articulados representa um esforço por evoluir na ideia da animação da matéria, para oferecer algo interessante à plateia”, afirma a diretora artística da Companhia A RODA.

O desenho é a base das múltiplas criações de Olga Gómez. “Por isso, pensamos numa exposição que não só mostrasse o histórico da companhia no campo teatral, mas que recriasse o universo de uma artista que materializa suas ideias através do desenho para chegar a outras formas de expressão artística”, explica Stella Carrozzo, curadora da exposição e uma das fundadoras d’A RODA. Ela complementa dizendo que “o público poderá ver não só bonecos, cenografias e figuras de sombra, mas esculturas em madeira, autômatos e desenhos inéditos – e, claro, muita alegria, movimento, potência e amor à arte”.

As imagens-alegoria vão ocupar o MAB, evidenciando a técnica e o estilo de Olga Gómez. Esculturas, bonecos, desenhos e cenografias dialogam com representações geométricas, conectando as obras com o espaço, unindo a abstração e a figuração. É preciso lembrar, ainda, que a exposição celebra os 27 anos de nascimento da Companhia A RODA. Marcus Sampaio, que também é um dos seus fundadores, juntamente com Olga e Stella, aponta que a mostra, assim, “abre uma janela para o público conhecer um pouco mais da amplidão criativa de Olga Gómez, que movimenta A RODA desde a sua formação, em 1997”.

Foto: Márcio Lima

Espaço interativo e atividades paralelas

Na exposição, alguns autômatos, brinquedos, sombras e bonecos articulados poderão ser acionados pelo público. Além disso, um grupo de pesquisa em animação que trabalha com Olga Gómez fará apresentações de um dos espetáculos da companhia – “O Combate” – e de cenas curtas, nas seguintes datas: 14, 15, 16, 17 e 24 de novembro. Dessa forma, o público terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o trabalho da companhia.

Outras atividades gratuitas serão as visitas guiadas para grupos, oferecidas tanto pela curadora da exposição quanto pelos mediadores do Museu de Arte da Bahia, os quais atuarão no sentido de favorecer uma construção conceitual e sensorial, de modo a abrir possibilidades de conexão entre o público e os trabalhos e espetáculos presentes na mostra. Essas mediações serão entendidas não como mecanismos de tradução da obra de Olga Gómez, mas, sim, como facilitadoras de um processo individual de interpretação e fruição da arte. As datas já previstas, inicialmente, para as visitas guiadas são: 14, 15, 16, 17, 19 e 20 de novembro.

Adicionalmente, foi realizado também um Curso de Mediação, gratuito, ministrado pela curadora da exposição, Stella Carrozzo, que contou com cinco aulas virtuais e uma aula presencial, realizadas entre outubro e novembro. Quanto a projetos futuros, Olga Gómez diz que há muito o que criar e mostrar, mas que, para isso, dois fatores são essenciais: “os editais de fomento à cultura e os corações entusiasmados de cada pessoa que se aproxima do nosso trabalho”.

Sobre a artista

Olga Gómez é artista plástica e diretora da Companhia A RODA de Teatro de Bonecos. Com formação em Belas Artes, atua como escultora, professora, pesquisadora e encenadora de formas animadas. Nascida em Buenos Aires, Argentina, escolheu Salvador, capital da Bahia, como lar em 1986. Desde 1997, lidera a Companhia A RODA, sendo responsável pela criação e construção de suas figuras e bonecos articulados. Sua influência vai além das fronteiras do grupo, colaborando com outros diretores e participando de mostras artísticas de artes visuais e de teatro, nacionais e internacionais. Destacam-se suas premiadas montagens “A Cobra Morde o Rabo” e “O Pássaro do Sol”. Em 2008, dirigiu o espetáculo “Amor & Loucura” que viajou por 15 estados e 55 cidades brasileiras. Sua mais recente peça é “Luiz e a Liberdade”, espetáculo de 2017 que utiliza fantoches para contar a história do abolicionista baiano Luiz Gama.

Foto: Márcio Lima

Sobre a companhia

A Companhia A RODA foi fundada em Salvador, Bahia, no ano de 1997 e, desde então, difunde o teatro de animação de bonecos por meio de oficinas e da criação e produção de espetáculos. A companhia leva aos palcos um teatro eminentemente visual, que fala a todas as idades, tanto pela força plástica de seus protagonistas esculpidos em madeira quanto pela temática de apelo mitológico e raiz popular. Sob direção artística de Olga Gómez, A RODA já apresentou o seu repertório atual de cinco espetáculos em importantes mostras artísticas no Brasil e no exterior. Por duas vezes participou do projeto Palco Giratório do SESC, circulando por mais de 60 cidades, ministrando oficinas e apresentando-se com os espetáculos “Amor & Loucura” (2008) e “O Pássaro do Sol” (2015). A companhia foi contemplada com prêmios locais e nacionais de teatro, entre eles o Braskem de “Melhor espetáculo Infantojuvenil” de 2010, com o espetáculo “O Pássaro do Sol”.

 

Serviço

O quê: Exposição Olga Gómez – Alegria da Criação

Abertura: Dia 13 de novembro (quarta-feira), às 19h

Mostra: De 14 de novembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025 (de terça-feira a domingo)

Horários: Das 10h às 18h

Onde: Museu de Arte da Bahia (MAB) – Corredor da Vitória, 2340, em Salvador

Entrada gratuita

 

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Artes

7º Novembro das Artes Negras acontece em Salvador

Ana Paula Nobre

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Foto: Lucas Malkut

O 7º Novembro das Artes Negras, projeto promovido pela Fundação Cultural do Estado/SecultBA (Funceb), celebra o mês da Consciência Negra contemplando a produção artística negra nas diversas linguagens. Na programação, a Funceb promoverá performance poética, shows musicais, apresentações de dança e teatro, além de performance de pintura ao vivo. Com o tema “Travessias Culturais: Artes Negras em movimentos”, todas as ações serão gratuitas nos bairros de Paripe, Itapoan e Alagados, abertas às comunidades e ao público em geral, a partir de 9 de novembro.

Com o Novembro das Artes Negras, a Fundação solidifica o diálogo e aproximação com artistas e produtores culturais negros e negras, promovendo a visibilidade e intercâmbio destas linguagens. As apresentações acontecerão no Cine Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas), Centro Cultural de Alagados (Alagados), na Associação de moradores de Plataforma, na Sede do Bloco Afro Malê de Balê (Itapoan) e no Colégio Estadual Barros Barreto (Paripe).

Pelo segundo ano, afim de ampliar a participação de artistas de outras localidades, parte da programação é fruto de seleção pública realizada entre setembro e outubro, e terá a artista de Juazeiro, Alessandra Paes, com a Live Paint “visão negra do sertão/urbano”; a plataforma artística DAN – Território de Criação, com o espetáculo “Santana”; a banda Cativeiro (Salvador), com o show “Pega Visão”.

O cantor Dja Luz (Lauro de Freitas), com o show “Minha Pele Preta”, a cantora Riane Mascarenhas (Cachoeira), com seu show “Reggar”; o poeta Nelson Maca (Salvador), com sua “Performance Thank You Exu”; os grupos soteropolitanos, Opanijé e Fúria Consciente, junto aos rappers Aspri RBF e Mr Dko, com o show de Hip-Hop “Paredão Ancestral”; e  Fábio Hainner (Lauro de Freitas), com o espetáculo de dança “Como continuar aqui?!”, e o o  Grupo de Arte Popular A Pombagem com “O Museu é a rua”.

Foto: Lucas Malkut

O Novembro das Artes Negras tem o propósito de visibilizar, potencializar e reconhecer as produções dos diversos agentes culturais negros do estado. Na programação, estará em destaque a convergência entre as artes, dialogando entre si com atividades transversais. Poesia, apresentações musicais, de dança e circenses, exposições, exibição e lançamentos de filmes, são algumas das ações envolvidas no projeto.

“A 7ª edição do Novembro das Artes Negras foi concebida como demanda de Estado, no sentido de fomentar a cultura afro-baiana e a cadeia produtiva da cultura, promover a democratização do acesso a equipamentos públicos, fomentar a diversidade cultural e atuar em função das políticas reparatórias e compensatórias previstas na constituição do estado da Bahia e no Estatuto da Igualdade Racial. Este ano, buscamos descentralizar as atividades pela cidade, de modo a ampliar o acesso da população às artes negras”, afirma a diretora geral da Funceb, Sara Prado.

Mais atrações, mais artes negras

Para ampliar e diversificar ainda mais a programação desta 7ª edição do Novembro das Artes Negras, fazendo jus ao tema “Artes Negras em movimentos”, a Funceb também levará aos mesmos locais show do rapper Vandal, o espetáculo “Dandara na Terra dos Palmares”, da Arte Sintonia Cia de Teatro, o solo do ator Sulivã Bispo “Koanza Do Senegal ao Curuzu”.

 

Programação:

Centro Cultural de Alagados (Alagados)

R. Silvino Pereira – Uruguai, Salvador

09/11 – SÁBADO

16h às 17h – Espetáculo de dança “Como continuar aqui?!”com Fábio Hainner

17h30 às 18h30 – Mostra Oficinas de Teatro com Caw Bonfim

10/11 – DOMINGO

15h – Espetáculo “Dandara na Terra dos Palmares”, com Arte Sintonia Cia de Teatro

 

Associação de Moradores de Plataforma

R. Sá Oliveira, 424-642 – São João do Cabrito, Salvador

13/11 – QUARTA-FEIRA

19h às 20h – Mostra Oficinas de Stand Up Comedy com Alan Miranda

 

Cine Teatro Solar Boa Vista

40301-110 – Engenho Velho de Brotas, Salvador

16/11 – SÁBADO

20h às 21h30 – Show “VANDAL  KONVIDAH Áurea Semiseria, Opanijé e Dnguni”

17/11 – DOMINGO

15h às 15h40 – Mostra Oficinas de Teatro com Robson Raycar

 

Colégio Estadual Barros Barreto (Paripe)

SN, R. da Austrália – Paripe, Salvador

21/11 – QUINTA-FEIRA

15h às 16h – Performance Thank You Exu, com Nelson Maca

16h30 às 17h30 – Show “Reggar”, com Riane Mascarenhas

22/11 – SEXTA-FEIRA

18h às 18h30 – “O Museu é a rua”, com Grupo de Arte Popular A Pombagem

19h às 20h20 – Solo “Koanza Do Senegal ao Curuzu”, com Sulivã Bispo

 

Cine Teatro Solar Boa Vista

40301-110 – Engenho Velho de Brotas, Salvador

23/11 – SÁBADO

19h às 20h – Espetáculo “Santana”, com DAN – Território de Criação

 

Sede do Bloco Afro Malê de Balê (Itapoan)

Alto do Abaeté, s/n – Itapuã, Salvador

30/11 – SÁBADO

17h às 17h40 –  Mostra Oficinas de Teatro e Dança com Daniele Souza e Renê Oliveira

18h10 – Live Paint “Visão negra do sertão/urbano”, com Alessandra Paes

18h10 às 19h30 – Show de Hip-Hop “Paredão Ancestral”, com Opanijé, Fúria Consciente, Aspri RBF e Mr Dko

20h às 21h30 – Show “Pega a Visão”, com Banda Cativeiro

01/12 – DOMINGO

18h às 19h – Show “Minha Pele Preta”, com Dja Luz

19h30 às 21h – Show do Bloco Afro Malê de Balê

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Artes

‘Dona Fulô e Outras Joias Negras’ será exibida em Salvador

Ana Paula Nobre

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Retrato de Dona Florinda, Salvador, sem data, Acervo do Instituto Feminino da Bahia | Foto: Divulgação

A exposição ‘Dona Fulô e Outras Joias Negras’, promovida pelo CCBB Salvador, será exibida no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC-BA), a partir do dia 7 de novembro (quinta-feira), data em que também será lançado ‘Florindas’, livro que complementa a exposição. Uma rara coleção de joias brasileiras conhecidas como Joias de Crioula, motivou a realização da mostra, que teve origem no encantamento e na posterior identificação de uma fotografia onde uma mulher negra aparecia plena de joias e ricamente vestida, revelando a prática implementada pelas “escravas de ganho” e mulheres libertas, que por vários caminhos evocavam sua história ancestral africana.

A foto era de Dona Fulô; o encantamento e a busca pela identidade da personagem, do colecionador baiano Itamar Musse. Após adquirir uma importante coleção de Joias de Crioula, recebeu de presente de Emanoel Araújo – artista, curador e museólogo, considerado um dos maiores expoentes da arte afro-brasileira – a foto de uma mulher negra com muitas joias, onde reconheceu imediatamente a pulseira que a mulher usava dentro de sua coleção. Resolveu, então, pesquisar a identidade da personagem e também saber mais sobre outras mulheres que possuíram preciosidades tão originais.

Porque essas joias simbolizavam a manutenção de sua cultura, a preservação da sua autoestima e a sua resistência a condição de mercadoria”.

Essa é a história que chega ao século XXI, contada nesta exposição e no livro ‘Florindas’ que narra a trajetória dessa descoberta – que vai muito além da apresentação das joias raras. Dividida em três núcleos, a exposição ‘Dona Fulô e Outras Joias Negras’ preenche os espaços expositivos do MAC com as histórias dessas mulheres que compraram sua liberdade com o trabalho nas ruas – e traz à tona fatos mantidos em silêncio por tantos anos, apresentando nomes como o de Florinda Anna do Nascimento e tantas outras mulheres pretas empreendedoras no Brasil.

Retrato de Dona Florinda, Salvador, sem data, Acervo do Instituto Feminino da Bahia | Foto: Divulgação

A mostra refere-se ao valor simbólico da construção cultural que vem com os negros escravizados e se transforma na convivência entre diferentes matrizes no novo continente. Refere-se às mulheres que escreveram e escrevem esta história de Florinda, Quitéria, Rita, Tia Ciata, Mãe Menininha ou Mãe Senhora. Faz referência às joias objeto da coleção e a outras joias: a herança da cultura afrodiaspórica nas obras de artistas negros contemporâneos, além de documentos e imagens do universo que propiciou o surgimento das Joias de Crioula, produzidas na clandestinidade por ourives da Bahia – não registrados “no Senado da Câmara”, muitos deles ”solteiros ou pardos forros” –, sob demanda de mulheres negras alforriadas.

NÚCLEOS DA MOSTRA

Histórias Florindas

Aqui é proposto ao visitante um mergulho no Brasil dos séculos XVIII e XIX, em especial na Bahia dos tempos de Colônia e Império, e na magnífica prática transgressiva implementada pelas escravas alforriadas, que por vários caminhos evocavam sua história ancestral africana.  ‘Histórias Florindas’ faz um sobrevoo sobre a Salvador que abriga o surgimento das Joias de Crioulas e os desdobramentos ao longo dos séculos até a atualidade. Em um ambiente imersivo, coloca as diferentes representações das épocas, dos artistas viajantes do século XIX aos primeiros fotógrafos que registram as mulheres, suas vestimentas e suas joias; de Pierre Verger às ganhadeiras de Itapuã. Tempos que convivem em uma mesma experiência.

Artistas

Pierre Verger; Adenor Gondim; Lady Maria Callcott; Vik Muniz; Rosa Bunchaft; Vicente de Mello; Carlos Julião; Jean Baptiste Debret; Joseph Leon Righini; Friedrich Salathé; William Smyth; Jean Leon Palliere; Jean Baptiste Grenier.

Raras Florindas

O segundo núcleo tem como centro a coleção de Joias de Crioula reunida por Itamar Musse. Elas são apresentadas em contato com os tecidos e com as fotos das mulheres paramentadas. O símbolo maior é Florinda Anna do Nascimento, Dona Fulô, cujas joias com que se deixa fotografar estão todas integradas a esta coleção.

Artistas

Pierre Verger; Adenor Gondim e Vicente de Mello.

Armas Florindas

O terceiro eixo, realizado pelas curadoras Eneida Sanches e Marília Panitz, apresenta um recorte da produção contemporânea de artistas brasileiros negros que emulam essa história e propõe novas transgressões poéticas.  Através de esculturas, vídeos, pinturas, objetos e outras mídias, os artistas fazem numerosos desdobramentos das joias de Dona Fulô: joias-folhas, joias-marés, joias-rezas, joias-roupas. Os recursos utilizados vão do uso do corpo como cofre para garantir a proteção de seus bens, ao aceno de liderança e autoridade para os desvalidos, e à espiritualidade – fundação sobre e ao redor da qual tudo se agrega e regenera.

Artistas

Bauer Sá (BA), Charlene Bicalho (MG), Cris Tigra (MG), Eustáquio Neves (PB), Gilmar Tavares (BA), Janaina Barros e Wagner Leite (SP), Josafá Neves (DF), Lidia Lisboa (PR), Maré de Matos (SP), Moisés Patrício (SP), Nádia Taquary (BA), Paulo Nazareth (MG), Sidney Amaral (SP), Silvana Mendes (MA), Tiago Santana (BA), Hariel Revignet (GO), Antonio Obá (DF), Dalton Paula (GO) e Sonia Gomes (MG).

SOBRE O LIVRO

Complementa a exposição o lançamento do livro ‘Florindas’ – dividido nos volumes ‘Joias na Bahia’ e ‘Preciosa Florinda’ – que perpetua, em textos e imagens, a história de Florinda Anna do Nascimento e apresenta toda a coleção de joias do acervo de Itamar Musse. Organizado pelo próprio colecionador, Itamar Musse, e pelo editor Charles Cosac, o livro conta com a coordenação do historiador Eduardo Bueno e de Ana Passos. A publicação esclarece fatos capitais sobre as condições em que viviam as mulheres negras na Bahia dos séculos XIX e XX. E revela a impressionante história de Florinda Anna do Nascimento, carinhosamente chamada de Dona Fulô.

FLORES NEGRAS. FLORES LINDAS

Com estes versos Gilberto Gil homenageia Florinda no poema que escreveu especialmente para o livro. A publicação, reúne textos de outros personagens, entre os quais o do artista plástico Vik Muniz, autor da obra que ilustra a capa da edição. Ao longo de mais de 400 páginas, além de Gil e Vik Muniz, Eduardo Bueno, Giovana Xavier, Sheila de Castro Faria, Lilia Moritz Schwarcz, Mary Del Priore, Thaiz Darzé, Carol Barreto e Pedro Corrêa do Lago, entre outros, adornam a memória de Florinda com sentimentos profundos, lembranças e vivências pessoais.

Dona Fulô e Outras Joias Negras é realizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil em Salvador. O projeto, patrocinado pelo Banco do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, possui apoio do Museu de Arte Contemporânea da Bahia, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural e da Secretaria Estadual da Cultura. Tem concepção assinada pela 4Art Produções Culturais e conta com o acervo do IPAC – Coleção Itamar Musse.

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é uma rede de espaços culturais gerida e mantida pelo Banco do Brasil, com o objetivo de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura e valorizar a produção cultural nacional. A diversidade, a relevância e o ineditismo da programação do CCBB são os diferenciais que contribuem para democratizar o acesso à cultura.

Presente no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, está em avançado processo de instalação de sua nova unidade em Salvador. Na capital baiana, passa a ocupar o Palácio da Aclamação, histórico edifício do início do século passado e que, durante mais de cinquenta anos, foi residência oficial dos governadores da Bahia.

Mesmo antes de iniciar suas atividades no Palácio da Aclamação, o CCBB já realiza intervenções culturais na cidade de Salvador. Nesse contexto, promove sua segunda exposição na Bahia, em projeto que reafirma as origens e ancestralidade, suas narrativas e símbolos, a decolonização, dentre outras questões que oferecem caminhos para compreender a construção contemporânea de identidades e a contribuição da população negra na formação do Brasil.

SERVIÇO

O quê: Dona Fulô e Outras Joias Negras

Onde: Museu de Arte Contemporânea (MAC-BA) – Rua da Graça, 284, Graça, em Salvador

Abertura para o público: dia 7 de novembro (quinta-feira)

Lançamento do livro e conversa com o editor Charles Cosac, às 16h

Bate-papo com as curadoras Carol Barreto, Eneida Sanches e Marilia Panitz , às 19h

Visitação: de 7 de novembro de 2024 a 16 de fevereiro de 2025

Dias/Horários: terça-feira a domingo, das 10h às 20h

 

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