Formação
Colunista do Soteropreta coordena campanha nacional “Negras que Movem”!

Nas últimas semanas, uma ação iniciada pela atriz Taís Araújo mobilizou famosas e fez surgir, também, um movimento que reúne profissionais de todo o Brasil em busca de um único objetivo: representatividade.
Por meio da campanha “Negras que Movem”, um grupo de 26 mulheres de diferentes estados e carreiras se uniram para divulgar seus projetos, fazer negócios entre si e influenciar mais profissionais para fazerem o mesmo.
“Nós vimos a publicação que Taís Araújo fez nas redes sociais homenageando a atriz Isabel Fillardis e percebemos como isso ganhou força. Muitas atrizes negras entraram na campanha e também falaram sobre a importância de Isabel e da própria Taís em suas trajetórias. Então, pensamos: por que não criarmos essa rede e mostrarmos mulheres negras que estão por aí movendo diversas áreas profissionais. Explica a publicitária Luciane Reis, colunista do Portal Soteropreta criadora do canal “Mercafro” e uma das integrantes do projeto. Ao lado da designer Taís Nascimento e da marketeira digital Vitorí da Silva, ela organiza o primeiro mês de ações do grupo.

Luciane Reis
No perfil do Instagram @negrasquemovem, são compartilhadas as histórias dessas profissionais. Além disso, também é disponibilizada uma forma de contato, para viabilizar as possíveis parcerias que venham a surgir. “No grupo há mulheres das mais diferentes carreiras, então é muito provável que você se identifique com alguma delas ou que necessite de algum serviço oferecido. É muito importante também mostrar essas histórias, de profissionais negras que estão fazendo sucesso pelo país, para que cada vez mais mulheres negras saibam que o local delas também é naqueles espaços”, comenta a jornalista Jaqueline Fraga, autora do livro “Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho” e que ao lado da educadora física Jéssica Remédios apoia as ações de comunicação do grupo.
As profissionais que fazem parte do projeto se conheceram por meio do Programa Marielle Franco, promovido pelo Fundo Baobá para a Equidade Racial. “O programa busca acelerar o desenvolvimento de lideranças femininas negras. Muitas de nós não nos conhecemos pessoalmente, já que é um grupo nacional, mas sentimos a necessidade de compartilhar nossas histórias e assim incentivar mais mulheres a se enxergarem em profissões que muitas vezes ainda são mais ocupadas por pessoas brancas”, comenta Taís Nascimento.
O “Negras que Movem”, aliás, nasce em meio ao movimento “Julho das Pretas”, que celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado no próximo dia 25. Segundo as organizadoras, o objetivo é que no futuro mais mulheres integrem a equipe e tenham seus trabalhos divulgados na plataforma.
“Começamos com esse grupo de 26 mulheres, mas sabemos o potencial que podemos alcançar, justamente por sabermos que somos milhares de mulheres negras movendo o país. Queremos contar essas histórias e queremos que elas se multipliquem cada vez mais”, destaca Vitorí da Silva.
Por se tratar de um movimento coletivo, a ideia é que nos próximos meses outras integrantes estejam à frente da coordenação do projeto. “Nós fazemos tudo em conjunto. Somos dezenas de mulheres atuando em diversas áreas e produzindo diferentes conteúdo. Tivemos uma equipe coordenando as ações para o ‘Julho das Pretas’ e nos próximos meses outras mulheres devem assumir essa função”, explica Jéssica Remédios.
Formação
Olodum lança projeto sobre revoltas negras e educação interétnica

O bloco afro Olodum lança nesta quinta-feira (23), às 9h30, na Casa oficial do bloco, no Pelourinho, o projeto Manifesto Revoltas Negras e a Educação Interétnica Olodum. A iniciativa integra o Programa Música e Educação: Paisagem Sonora e conta com a parceria do Ministério da Educação (MEC/SECADI), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e da Escola Olodum.
Com foco na promoção da cultura afro-brasileira e no fortalecimento da educação interétnica, o projeto oferecerá oficinas gratuitas de percussão samba-reggae, dança afro e confecção de máscaras africanas para jovens de Salvador, dentro da proposta temática África Viva, em homenagem ao Dia da África (25 de maio).
Além das oficinas, será apresentado um curso de formação continuada com carga horária de 60 horas, voltado à capacitação de educadores. O conteúdo abordará temas fundamentais da resistência negra, como o Quilombo dos Palmares, a Revolta dos Malês, a Conjuração Baiana, a Revolta da Chibata e a participação afrodescendente na Independência da Bahia, com base na Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.
A proposta é ampliar o alcance da educação interétnica em contextos escolares e comunitários, incentivando o reconhecimento das contribuições dos povos africanos e afro-brasileiros à formação do país.
Como parte da programação, o bloco realiza também um ensaio especial em celebração ao Dia da África, no domingo (25), a partir das 14h, na Praça das Artes, em frente à Casa do Olodum. O evento será aberto ao público e contará com apresentação da banda.
SERVIÇO
O que: Lançamento do projeto Manifesto Revoltas Negras e a Educação Interétnica Olodum
Quando: 23 de maio (quinta-feira), 9h30
Onde: Casa do Olodum – R. Maciel de Baixo, 22, Pelourinho – Salvador (BA)
Gratuito
O que: Ensaio especial do Olodum – Dia da África
Quando: 25 de maio (domingo), banda no palco a partir das 14h
Onde: Praça das Artes – Pelourinho
Gratuito
Foto: Magali Morares
Formação
Circuito “Filmes que Voam!” oferece oficinas gratuitas sobre distribuição audiovisual

A circulação de filmes brasileiros ganha fôlego na programação do Circuito Filmes que Voam!, que realiza uma série de oficinas gratuitas sobre distribuição audiovisual entre os dias 19 e 23 de maio. A proposta, promovida pela produtora e distribuidora Borboletas Filmes, terá atividades online e presenciais em espaços culturais de Salvador e Região Metropolitana. As inscrições estão abertas no perfil @borboletasfilmes, no Instagram.
Voltadas a pessoas interessadas em compreender o mercado de distribuição, as oficinas compartilham a metodologia desenvolvida pela Borboletas Filmes para a circulação de obras audiovisuais nacionais, com ênfase no fortalecimento de audiências diversas e no cinema como ferramenta de transformação social.
A condução das oficinas ficará a cargo dos cineastas Camila de Moraes, Sidjonathas Araújo e José Pedro Minho. Camila, que também assina a direção do projeto, é uma cineasta, roteirista e jornalista preta, nascida no Rio Grande do Sul e radicada em Salvador há 15 anos. Fundadora da Borboletas Filmes, ela é uma das principais referências do audiovisual identitário no Brasil. Seu longa O Caso do Homem Errado (2017) foi o segundo documentário dirigido por uma mulher negra a entrar em circuito comercial no país, mais de 30 anos após o pioneiro Amor Maldito, de Adélia Sampaio.
“O audiovisual é uma linguagem apropriada para estimular engajamento e promover mudanças concretas no mundo. A proposta da oficina é pensar uma metodologia negra, para além de uma distribuição de impacto, mas construir pontes com audiências diversas e promover reflexões necessárias”, afirma Camila.
A programação tem início no dia 19 (domingo), com oficina online das 14h às 18h. A partir do dia 20, a formação percorre diferentes espaços culturais da capital e da RMS:
20/05 (segunda): Espaço Cultural Alagados (Uruguai)
21/05 (terça): Cine Teatro Lauro de Freitas
22/05 (quarta): Cine Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas)
23/05 (quinta): Casa da Música (Itapuã)
Todas as atividades presenciais acontecem das 14h às 18h.
Durante as oficinas, o público terá acesso a experiências práticas e estratégias de distribuição utilizadas pela Borboletas Filmes, produtora especializada em conteúdos audiovisuais que abordam identidade, raça, território e transformação social. A ação também busca estimular a formação crítica de espectadores e fortalecer redes locais de produção e exibição.
O projeto Circuito Filmes que Voam! foi contemplado pelos Editais da Paulo Gustavo Bahia e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura, via Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), com coordenação do Ministério da Cultura.
SERVIÇO
Oficinas “Distribuição Borboletas Filmes” – Circuito Filmes que Voam!
Quando: 19 a 23 de maio de 2025
Horário: das 14h às 18h
Programação:
19/05 (domingo): oficina online
20/05 (segunda): Espaço Cultural Alagados (Uruguai)
21/05 (terça): Cine Teatro Lauro de Freitas
22/05 (quarta): Cine Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas)
23/05 (quinta): Casa da Música (Itapuã)
Público-alvo: Interessados no mercado de distribuição audiovisual
Inscrições: @borboletasfilmes e @camila_d_moraes
Foto: Fabrício Rocha
Formação
‘Acessibilidade Cultural em Pílulas’ oferece formação gratuita para agentes culturais

Entre maio e julho, trabalhadores da cultura em Salvador terão a oportunidade de se qualificar gratuitamente em acessibilidade por meio do projeto Acessibilidade Cultural em Pílulas. A iniciativa é promovida pela empresa Dê Um Sinal – Assessoria em Acessibilidade, Inclusão e Diversidade, e propõe oficinas formativas voltadas à criação de ambientes culturais mais inclusivos, acolhedores e acessíveis.
A formação é voltada para gestores, artistas, produtores, educadores e demais profissionais da cadeia cultural. Serão seis oficinas, com início em 22 de maio e término em 3 de julho, realizadas em formato híbrido: encontros online via Google Meet e presenciais no Teatroescola, projeto residente no Teatro Jorge Amado, na Pituba. As atividades acontecem sempre das 18h às 20h.
A programação inclui temas como capacitismo, atendimento qualificado a pessoas surdas, cegas ou com baixa visão, deficiência intelectual e neurodivergência, além de uma introdução à Língua Brasileira de Sinais (Libras). As inscrições devem ser feitas por meio de formulário eletrônico disponível no perfil oficial da Dê Um Sinal no Instagram (@deumsinal).
De acordo com a idealizadora do projeto, Cíntia Santos, a proposta é formar cerca de 200 profissionais ao longo dos três meses de atividades.
“Nosso objetivo é contribuir para a democratização da cultura, garantindo que todos os públicos tenham acesso pleno aos espaços e experiências artísticas. A ideia é também fomentar redes colaborativas e novas ações formativas no futuro”, destaca.
As oficinas serão conduzidas por especialistas com e sem deficiência, promovendo uma troca plural de vivências e saberes. O projeto conta com apoio do edital Territórios Criativos, com recursos da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador, da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.
SERVIÇO
O quê: Oficinas do projeto Acessibilidade Cultural em Pílulas
Quando: De 22 de maio a 3 de julho de 2025
Horário: Das 18h às 20h
Formato: Híbrido (presencial e online)
— Online: via Google Meet
— Presencial: Teatroescola (Teatro Jorge Amado – Pituba, Salvador)
Foto: Beatriz Meneses