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Teatro

Ator Danilo Cairo volta em cartaz com O Último Capítulo, agora virtual!

Jamile Menezes

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Foto Diney Araújo

Março de 2020, início da longa pandemia do novo coronavírus. Repentinamente, medidas de isolamento. O mudo se transpôs a virtualidade, afetando diretamente a cadeia produtiva cultural, especialmente a produção cênica. Neste novo contexto social virtual, o ator Danilo Cairo adaptou o espetáculo solo O Último Capítulo, para o que ele chama de linguagem híbrida – áudio visual com elementos cenicos do Teatro, e o transmitirá ao vivo pela YouTube em formato itinerante e interativo, com estreia no dia 09 de setembro (quarta) e temporada dias 14, 21 e 28 de setembro (segunda), sempre às 20h.
Na obra, o jovem Matias Deodato, um bacharel em Direito, que se afirma como um grande azarado no mundo e acumulador de infortúnios, decide colocar um ponto final na sua história, transmitindo tudo através de uma live dentro da casa da família em que foi criado desde criança, com o objetivo de realizar uma encenação do seu possível último dia de vida.
Casa Preta, espaço cultural no bairro do Dois de Julho, será palco para encenação e o compartilhamento das memórias da vida de Matias, a partir de cada cômodo e objetos espalhados em sua casa, bem como pensamentos sobre o sentido da existência, a metáfora da morte, as contradições do amor, as heranças da família e questionando o que vem a ser a felicidade e quais são os motivos que nós temos pra se manter vivos nos dias de hoje.
Pensando na temática do suicídio e outros assuntos relacionados a campanha nacional do Setembro Amarelo, Danilo Cairo e Toca de Teatro realizam a segunda edição do projeto TEM PSICOTERAPEUTA NA PLATEIA, em formato digital. O público assistirá ao espetáculo O Último Capítulo – inspirado em conto escrito em 1833 por Machado de Assis – e, em seguida, ocorrerá um bate-papo virtual com psicoterapeutas convidados.
É uma conversa com o público sobre o tema principal abordado (suicidio, depressão, etc.) e seus desdobramentos, ampliando as possibilidades de diálogos, esclarecimentos e aprofundamentos sobre o assunto apresentado. Entre os temas previstos estão: relações e impasses pessoais e emocionais em tempos pré e pós-pandemia, questões raciais e de gênero na sociedade, espetacularização da realidade na era digital, entre outros.
PROGRAMAÇÃO
09/09: ESTREIA
Tema: Suicídio e a Espetacularização na Era Digital
Convidado 01: Marcelo Veras – Psicanalista da Escola Brasileira de Psicanálise da UFBA, autor dos livros A loucura entre nós e Selfie, logo existo
14/09: SEGUNDO DIA
Tema: Suicídio e as Relações Pessoais em Tempos de Pandemia
Convidada 01: Soraya Carvalho – Psicologa graduada na UFBA, Psicanalista, idealizadora e coordenadora do NEPS – Nucleo de Estudo e Prevenção do Suicidio, Diretora da ABEPS – Associação Brasileira de Estudo e Prevenção do Suicidio, membro da ASULAC – Associação de Suicidologia da America-latina e Caribe, Diretora do Campo Psicanalítico de Salvador, membro da EPFCL – Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano, autora do livro: A morte pode esperar?
Convidada 02: Luana Lima – Professora, Psicóloga e Bacharel Interdisciplinar em Humanidades (UFBA), Doutoranda e Mestra em Bioética (UnB). Membro fundadora da Associação Brasileira de Estudo e Prevenção do Suicídio (ABEPS). Autora do livro: “Deverei velar pelo outro? Suicídio, estigma e economia dos cuidados”.
21/09: TERCEIRO DIA
Tema: Suicídio e as Questões de Raça, Gênero e Sexualidade
Convidada 01: Avimar Junior – Psicólogo (PUC-GO), psicanalista, mestre em educação (UFG), doutor em psicologia (UFBA) e estagio pós-doutoral em psicologia (UFBA).
Convidado 02: Paulo Navasconi – Psicólogo, membro do coletivo Yalodê-Badá. Mestre e Doutorando em Subjetividade e práticas sociais na contemporaneidade pela Universidade Estadual de Maringá. Professor e autor o Livro: Vida, Adoecimento e Suicídio: Racismo na produção do conhecimento sobre jovens negros LGBTTIs publicado no ano de 2019.
28/09: QUARTO DIA
Tema: Suicídio na Adolescência: um olhar sobre o comportamento juvenil
Convidada 01: Ludimila Nunes – Psicóloga , professora de psicologia clínica da UNEB, doutoranda em Artes Cênicas – UFBA,  Mestre em psicologia pela Universidade de Lyon – França, gestalt-terapeuta e terapeuta integrativa.  Atua há mais de 10 anos na área clínica com adolescentes e adultos.

Teatro

Multiartista Liz Novais faz performance “Estudos pra Cangasereia”

Ana Paula Nobre

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Foto: Nti Uirá

A multiartista, Liz Novais, apresenta a performance cênico musical “Estudos para Cangasereia”, nesta segunda-feira (2), às 18h, na sede do Malê Debalê, em Itapuã, aberta ao público. O trabalho é um dos dez contemplados com a Bolsa Estímulo Boca de Brasa e foi construído como uma intervenção de rua, movido através de uma figura mítica e sua própria história, buscando entender as relações entre as mulheres da sua família materna a partir de reflexões sobre afeto, raça, voz e ancestralidade negra. A performance contará com a preparação corporal de Samara Martins, Joarlei Sants como DJ e técnico de som e gravação de áudios de Felipe Bittencourt.

“A ideia é de convocar, a partir da minha autobiografia e da relação com o território, memórias de resistência, de acolhimento e de convocação da ancestralidade negra a partir da voz”, explica a artista.

O trabalho é fruto de um conjunto de investigações cênicas e musicais gestados desde 2019, a partir de experimentações de autorretrato na pandemia e com apresentações em 2022 e 2023 junto a outras artistas negras no projeto ‘Vozes Mulheres’, realizado na Casa da Música, em Itapuã. Na ocasião, o projeto contemplou trabalhos experimentais em processo de artistas negras da dança, música e teatro do território, com participações de artistas locais e bate papo com o público sobre esses processos criativos.

Foto: Nti Uirá

Para além do projeto, a artista reúne diversos trabalhos no teatro e música da cena baiana, participando de grupos como banda Motumbá (2012–2023), direção musical do espetáculo teatral Mulheres Malês (2018-2024) e mais recentemente, a direção musical do espetáculo Mukunã – Do Fio à Raiz (2024), solo de Vika Mennezes. “Estudos para Cangasereia” é resultado do trabalho de mentoria e apoio para iniciativas culturais, como parte das Escolas Criativas Boca de Brasa, por meio do termo firmado entre a Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda, Prefeitura Municipal de Salvador e o ICEAFRO, através dos recursos do Edital Polos Criativos Boca de Brasa. Mais informações no Instagram:@novaisliz/@moirasprodutora.

 

Serviço

O quê: Performance “Estudos Para Cangasereia” com Liz Novais

Quando: Dia 2 de dezembro (segunda-feira)

Horário: Às 18h

Onde: Boca de Brasa Apresenta – Malê Debalê, em Itapuã

Quanto: Gratuito

 

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Teatro

Vika Mennezes leva espetáculo “Mukunã: do fio à raiz” ao Teatro Gamboa

Ana Paula Nobre

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Foto: Diney Araújo

O Teatro Gamboa, em Salvador, recebe pela primeira vez o espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”, idealizado e encenado pela atriz, arte-educadora, pesquisadora, diretora e gestora cultural, Vika Mennezes, nos dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo), às 19h. Com ingressos a preços populares (R$10/5), o trabalho é uma jornada artística que une passado, presente e futuro, utilizando a narrativa pessoal da artista, que se passa quando uma mulher se confronta com a ancestralidade a partir do seu cabelo e vai do fio à raiz.

“O intuito de Mukunã é promover uma mudança significativa no cenário cultural da Bahia e na percepção das questões raciais e de gênero”, diz a atriz.

Vika Mennezes já atuou em 13 espetáculos teatrais e 11 obras audiovisuais. Todos os elementos dialogam com sua vivência com o racismo desde a infância, cuja violência estrutural transformou em arte empoderadora para ajudar outras pessoas a superar situações semelhantes. Existe também uma forte presença dos orixás e elementos da cultura afro-brasileira.

Foto: Diney Araújo

 

Serviço:

O quê: Espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”

Onde: Teatro Gamboa – Rua Gamboa de Cima, Salvador-BA

Quando: Dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo)

Horário: Às 19h

Ingressos: R$10/5, vendas no local e no Sympla 

 

 

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Teatro

Espetáculo Memórias Povoadas realiza ciclo de apresentações

Ana Paula Nobre

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Foto: Lucas Barral Amoedo

Neste Novembro Negro 2024, o espetáculo Memórias Povoadas realiza mais um ciclo de apresentações entre os dias 18 e 28 de novembro, em Salvador. Com o elenco composto pelas atrizes Cilene Ribeiro, Luane Souto, Lucila Laura, Preta Kiran, Rejane Maya e Thallia Anatália, a peça é dirigida por Cássia Valle, com co-direção e direção musical de Cell Dantas. Os temas que norteiam o trabalho são a visão estereotipada de força das mulheres pretas como uma fortaleza que suporta tudo e o sagrado feminino negro, passado de geração à geração. O trabalho estreou em setembro de 2022, como celebração pelo primeiro aniversário de fundação da Pé de Erê Produções.

“Até onde é saudável estar sempre pronta para a luta? Essa visão prejudica a saúde mental dessas mulheres e as mantém na base da pirâmide social, afinal ‘elas aguentam’. É negado o direito à fragilidade, à desistência. Elas precisam ser o tempo inteiro fortes para aguentar o que vem da sociedade, da família, de companheiros/as e de si mesmas”, aponta Cássia.

Inspirado no conceito de Teatro Instalação, imagens e arte cênica são bases complementares da composição artística, resultando em uma experiência interativa onde as pessoas são convidadas a construírem as suas próprias narrativas, levando o público a experimentar a diluição das fronteiras entre começo, meio e fim do espetáculo. Chegou a fazer seis temporadas em equipamentos culturais como: Teatro Makota Valdina, Teatro Vila Velha, Teatro Sesi Rio Vermelho, Teatro Sesi Casa Branca, Sala do Coro do TCA e Teatro Gregório de Mattos.

“Mulheres pretas sempre utilizaram de ervas para curar, de música e dança para afastar a tristeza e “o mal”, para criar um elo entre si. Sempre sentaram em roda para trabalhar e transmitir suas histórias através da oralidade. Deusas, bruxas, Iyágbás e Iyamins sempre fizeram parte dos mitos e das mitologias afro-diaspóricas e compõem a identidade do povo brasileiro. O sagrado feminino negro é ancestral e é transmitido de mãe para filha, de avô para neta”, explica a diretora.

 

PROGRAMAÇÃO NOVEMBRO 2024

18/11 Feira Literária do Subúrbio – FLISU

23/11, 30 /11 e 07 /12 Memórias Negras no MAFRO (Museu Afro Brasileiro)

28 /11 Novembro Negro na PGE (Procuradoria Geral do Estado).

 

 

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