Música
Festival Rumpilezz resgata protagonismo da musicalidade de matriz africana!

O Festival Rumpilezz – Música e Pensamento será realizado dias 02, 03 e 04 de dezembro, com programação gratuita, totalmente virtual e com intérpretes para Libras. Promovido pelo Instituto Rumpilezz – formado pela Orkestra Rumpilezz, o programa educativo Rumpilezzinho – Laboratório Musical de Jovens e o Letieres Leite Quinteto – o Festival, nesta primeira etapa, conta com dois webinários, reunindo pesquisadores baianos, da Nigéria e de Cuba, e uma oficina formativa de aplicação do Método UPB, com trocas com músicos, musicistas e estudantes sobre processos criativos.
Idealizado pelo maestro e educador Letieres Leite, o Festival traz a música brasileira para o centro dos debates, revelando os seus conceitos fundamentais e estruturantes como consequência da diáspora negra. “Sempre percebi que existia um hiato na minha observação e compreensão da música brasileira em direção à sua complexidade rítmica, principalmente em relação à herança das suas músicas de matrizes africanas. E quando não referenciamos a música a partir de seus princípios rítmicos estruturantes, de certo modo, estamos negando a conexão com as suas raízes”, pontua Letieres Leite.
Fruto de mais de 30 anos de estudos e pesquisas do maestro sobre as organizações metodológicas das matrizes africanas, o Método UPB propõe, justamente, “ensinar a música popular brasileira a partir da consciência de um conceito estrutural ligado às suas raízes negras”, completa Leite.
Música e Pensamento
O maestro abre o webinário de apresentação do Festival ao lado da Professora Dra. Denise Carrascosa, a Professora Anne Rodrigues, e o historiador, músico e educador Fabrício Mota, às 19h, com transmissão no canal do Youtube da Rumpilezz. Em pauta, o Método UPB e organizações metodológicas das matrizes africanas, práticas musicais, e conteúdo político e histórico relacionados à diáspora negra. Na mesa seguinte, dia 03, às 18h, os pesquisadores e músicos da Nigéria e de Cuba, Prof. Dr. Félix Ayoh’OMIDIRE e Maestro Ceruto, se reúnem com o maestro Letieres e a pesquisadora, percussionista e diretora da Banda e Projeto Social Didá, Víviam Caroline, no webinário “Cartografando Pedagogias Negras no Ensino de Música de Matriz Africana”. Transmissão também no Canal da Rumpilezz.
Já no dia 04, das 19h às 21h, encerrando a programação deste ano, o próprio Letieres Leite ministra a oficina UPB Petrobrás, abordando a aplicação do método UPB nível básico, seu respaldo histórico, vivências e prática musical, contando com a participação de estudantes, músicos e musicistas que vivenciaram os processos formativos através do Método. A atividade é gratuita e aberta a todos os públicos, com inscrição prévia (de 24 a 30 de novembro) e sujeita à lotação (vagas limitadas).
O Festival Rumpilezz – Música e Pensamento conta com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Cultural. A primeira edição do Festival será retomada no primeiro semestre do ano que vem, com novas oficinas formativas, laboratórios de composição musical, concertos, uma playlist criada especialmente para o evento e quatro minidocumentários, que serão exibidos online e gratuitamente.
Serviço:
Festival Rumpilezz – Música e Pensamento
De 02 a 04 de dezembro
Gratuito
Programação:
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Webinário de abertura (apresentação do Festival, Método UPB, práticas musicais e conteúdo político e histórico relacionados à diáspora negra) – Dia 02 de dezembro, às 19h
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Participantes: Letieres Leite (músico e idealizador do Método UPB), Professora Dra. Denise Carrascosa (Doutora em crítica literária e cultural), Professora Anne Rodrigues (Pós-graduada em História Social e História da Bahia) e Fabrício Mota (historiador, músico e educador)
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Webinário “Cartografando Pedagogias Negras no Ensino de Música de Matriz Africana” – Dia 03 de dezembro, às 18h
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Participantes: Prof. Dr. Félix Ayoh’OMIDIRE (Nigéria), Maestro Ceruto (Cuba) e Víviam Caroline (Salvador – Bahia)
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Mediador: Fabrício Mota
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Provocadores: Letieres Leite e Professora Dra. Denise Carrascosa
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Transmissão: Youtube da Rumpilezz (youtube.com/
orkestrarumpilezz1)
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Oficina UPB Petrobrás Nível Básico – Dia 04 de dezembro, das 19h às 21h
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Ministrante: Letieres Leite
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Vagas limitadas
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Inscrições: de 24 a 30 de novembro: https://forms.gle/
47Z6xxziPThtxgPM8 -
Público livre (sujeito à lotação e mediante inscrição prévia)
Música
Mamah Soares lança “Banho de Abô”

O cantor, compositor e multiartista baiano Mamah Soares lança nesta quinta-feira (13) o single “Banho de Abô”, que chega a todas as plataformas digitais como um convite sonoro à ancestralidade, à cura e à dança. A faixa, marcada pela fusão entre os toques sagrados do candomblé e as linguagens da música eletrônica, conta com participação especial do pernambucano Otto e produção de Caio Leite, com coprodução do próprio Mamah.
Com mais de 25 anos de carreira, Mamah é reconhecido por sua atuação junto a nomes como Carlinhos Brown, BaianaSystem, Xênia França, Gloria Groove e até o canadense Shawn Mendes. Em “Banho de Abô”, o artista reafirma seu compromisso com a musicalidade afro-brasileira, reverenciando os orixás e a sabedoria das folhas sagradas, em especial Ossãe e Xangô — forças evocadas nos banhos de abô, rituais de purificação e proteção no candomblé.
O single mistura o ritmo do ijexá, popularizado na música brasileira por Gilberto Gil e João Donato, com cantos em iorubá e português, percussões tradicionais — como agogô, surdo virado e xequerê — e beats eletrônicos sutis. A sonoridade ainda é atravessada por elementos afro-cubanos, como os timbales, criando um som que reverencia o passado enquanto se abre ao presente.
“Essa música é uma oferenda sonora. Um chamado à memória ancestral e à cura do corpo e da alma”, define Mamah, que assina a composição ao lado de Ney Cardoso, músico do grupo Aguidavi do Jêje, referência na cena percussiva afro-baiana. Ney também contribuiu com a pesquisa e o aprofundamento nos significados das folhas e no uso do iorubá, idioma da África Ocidental que reforça o elo entre música, espiritualidade e identidade negra.
Lançado pelo selo Kaxambu Records, “Banho de Abô” reafirma o tambor como tecnologia ancestral, que segue pulsando mesmo nas pistas contemporâneas. “Com esse som, eu quero que as pessoas sintam o poder do tambor e da palavra como instrumentos de cura. É tradição e futuro caminhando juntos”, conclui Mamah.
Ouça “Banho de Abô” nas plataformas digitais.
Mais informações: @mamahsoares
Foto: José de Holanda
Música
Varanda Quabales traz block parties para o Nordeste de Amaralina

Nesta sexta-feira (13 de junho), o Nordeste de Amaralina será palco de mais uma edição do Varanda Quabales, evento gratuito que transforma a rua em frente ao Centro Cultural Quabales (Rua Aurelino Silva, 385) em um verdadeiro palco a céu aberto. A programação começa a partir das 17h e segue até as 22h, reunindo shows, discotecagem e uma jam session com artistas da cena instrumental baiana.
A noite começa com apresentação de Ragin Morais, conhecido como um dos vocalistas da Quabales Banda, que se apresenta em versão intimista de voz e violão. Em seguida, o público confere o show solo de OKINGBASS, com destaque para o groove do contrabaixo. Na sequência, os DJs Bennett, Sista Kátia e Una assumem a entrada da Quabales Banda, às 19h30.
Encerrando a programação, uma jam session reúne músicos da banda Quabales com instrumentistas da cena de jazz de Salvador, promovendo um intercâmbio criativo e espontâneo. O público também poderá participar do open mic, com microfone aberto para cantores, MCs e outros artistas interessados em se expressar.
Idealizado pelo músico Marivaldo dos Santos — multi-instrumentista baiano radicado entre Salvador e Nova York — em parceria com a produtora Fernanda Mello, o evento propõe uma experiência multissensorial inspirada no conceito de block party, festas de rua populares em bairros nova-iorquinos.
“A Quabales Banda traz para a rua energia contagiante e músicas autorais, citações e releituras de grandes sucessos”, destaca Marivaldo. “É um movimento cultural que leva o público a diferentes emoções e promove conexões entre artistas e comunidade”, complementa Fernanda.
SERVIÇO
Evento: Varanda Quabales
Data: 13 de junho de 2025 (sexta-feira)
Horário: Das 17h às 22h
Local: Rua Aurelino Silva, 385 – Nordeste de Amaralina, Salvador (BA)
Entrada: Gratuita
Foto: Rafael Paixao
Música
Elinas lança samba-manifesto contra a violência de Estado

No dia 21 de junho, o músico Elinas lança o videoclipe da canção “Luiz Gama (Pra que a gente reaja)”, um samba-manifesto composto em 2015 que aborda a violência do Estado contra a população negra na Bahia. A música, que ecoa denúncias e resistências históricas, homenageia o advogado, jornalista, poeta e abolicionista Luiz Gonzaga Pinto da Gama.
Com direção de Marcelo Eme e edição do Estúdio Orin, o videoclipe conta com participações de Rogério Guarapiran no bandolim e Marcos Alma na captação sonora. O trabalho é uma produção independente e carrega o espírito de engajamento social e valorização da memória ancestral.
A escolha da data de lançamento — 21 de junho — não é por acaso. Nesse mesmo dia, em 1830, nasceu Luiz Gama, em Salvador. Filho de Luíza Mahin, mulher negra muçulmana liberta e figura revolucionária do Brasil colonial, Gama foi escravizado ilegalmente aos 10 anos. Alfabetizou-se aos 17, conquistou sua liberdade e, mais tarde, atuou como advogado, libertando mais de 500 pessoas escravizadas em São Paulo. Sua trajetória se tornou símbolo de resistência no movimento abolicionista e na luta do povo negro brasileiro.
“É uma canção que conclama o passado pra inspirar o presente. Pra que a gente reaja”, afirma Elinas, destacando o caráter político e poético da obra.
SERVIÇO
Lançamento do videoclipe: Luiz Gama (Pra que a gente reaja)
Data: 21 de junho de 2025
Artista: Elinas
Participações: Rogério Guarapiran (bandolim), Marcos Alma (captação sonora), Marcelo Eme (filmagem)
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