Música
Cantora e compositora Savannah Lima concorre no Festival da Educadora com a canção “Odara”!

“Odara traz a ligação com os costumes construídos a partir da comunidade familiar ancestral, que resultam em memórias da infância, que são importantes para a preservação da afetividade”. Assim define sua nova composição a cantora soteropolitana, Savannah Lima. A multiartista (ela também é poetisa e atriz) transforma letras em canções desde os 12 anos e se apresenta nos palcos desde os 15, tendo pertencido à ala de canto da Banda Feminina Didá.
Durante sua trajetória de 17 anos de carreira, além da Banda Didá, a cantora dividiu o palco com artistas consagrados como: Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Ilê Aiyê, Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Arlindo Cruz. Também cantou com nomes da nova geração da música preta brasileira, como Majur, Bia Ferreira e a banda instrumental baiana Panteras Negras.
Sobre sua nova composição, “Odara”, ela explica que a mesma parte da sua relação com uma criança negra de nome Odara, que brincava, crescia e construía valores e afetos dentro dos laços familiares de uma família negra candomblecista. Em ioruba, o nome deriva da expressão “o dara” que significa “é bom”. Iorubá é um dialeto africano utilizado principalmente pelas religiões de matriz africana, entre elas o Candomblé. “Odara são todas as meninas e meninos negros, de pés descalços, simplicidade e amor das comunidades negras baianas”, diz.
Já começando com muita energia, a nova composição foi selecionada para participar do Festival da Educadora FM 2020, maior premiação da música na Bahia, cuja 18ª edição já é a recorde: 1.216 fonogramas registrados por 962 candidatos. Odara é uma delas e enche a compositora de orgulho. “Participar do Festival é a realização de um querer muito grande, que sempre me acompanhou. É a certeza de que a minha arte preta tem valor e qualidade de alto nível e que ela reverencia a história de minha gente. A expectativa, sem falsa modéstia, é ter a canção como a vencedora do Festival. Estou feliz e confiante”, diz Savannah. A música está dentre as finalistas para passar pelo voto popular na categoria “Música com Letra”. Para votar, acesse aqui.
Sobre ela
SAVANNAH LIMA viajou o Brasil com o espetáculo “Guerreiro”, do Circo Picolino; já comandou o Bloco Afoxé Filhas de Gandhy; apresentou-se no TedX São Paulo e no festival Universo Paralelo; formou-se atriz na Oficina de Performance Negra do Bando de Teatro Olodum; e atuou na peça Sortilégio II, com direção do premiado Ângelo Flávio, sendo o texto de Abdias do Nascimento. Idealizou, dirigiu e produziu o show “Oferendas”, exaltando a natureza, os Orixás e fortalecendo a luta no combate à intolerância religiosa, realizando apresentações em Salvador e São Paulo e atuou no filme ADA, da cineasta Rafaela Uchoa, pelo qual foi eleita como melhor atriz coadjuvante no Festival Palma Cine 2020.
Quer ouvir “Odara”?
Música
III Arraiá Reggae acontece de graça no Pelourinho com bandas e Djs

Nos dias 22, 23 e 24 de junho, das 18h às 23h, a Casa Cultural Reggae realiza a III Edição do Arraiá Reggae na Praça Jubiabá, Pelourinho. Com uma grade extensa, os amantes do gênero já terão uma alternativa para curtir o período junino na cidade. A festa é gratuita e terá vendas de comidas típicas.
Anfitriões tradicionais do Arraiá reggae, Kamaphew Tawa e a Banda Aspiral do Reggae vão guiar o evento, que contará ainda com: Jô Kallado e Banda, Banda Defensores da Natureza, Vivi Akwaba, Jahcaman e Banda Os Conscientes, Zion Sounds, Ronaldo Formigão e Banda Misturakaya e convidados.
O III Arraiá Reggae terá ainda Dj Akani, Dj Ras Peu e Dj Tau, que vão alimentar a line com sequências para animar o público regueiro fiel. A Praça Jubiabá será coberta, terá Espaço Kids com pula-pula e vendas típicas juninas.
SERVIÇO
O que: III Arraiá Reggae
Quando: 22, 23 e 24 de junho 2025
Onde: Casa Cultural Reggae (Praça Jubiabá, Pelourinho)
Quanto: Gratuito
PROGRAMAÇÃO
DIA 22/06
19h Dj Tau
20h Jo Kallado
21h Dj Akani
22h Kamaphew Tawa e banda Aspiral do Reggae
23h Encerramento
Dia 23/6
19h DJ Ras Peu
20h Defensores da Natureza
21h20 Jahcaman e banda Os Concientes
22h20 Dj Ras Peu
23:30 Encerramento
Dia 24/6
18h Zion Sounds
19h Vivi Akwaba
20h Kamaphew Tawa e banda Aspiral do Reggae
21h40 Ronaldo Formigão e banda Misturakaya
22h30 Encerramento
Música
Mamah Soares lança “Banho de Abô”

O cantor, compositor e multiartista baiano Mamah Soares lança nesta quinta-feira (13) o single “Banho de Abô”, que chega a todas as plataformas digitais como um convite sonoro à ancestralidade, à cura e à dança. A faixa, marcada pela fusão entre os toques sagrados do candomblé e as linguagens da música eletrônica, conta com participação especial do pernambucano Otto e produção de Caio Leite, com coprodução do próprio Mamah.
Com mais de 25 anos de carreira, Mamah é reconhecido por sua atuação junto a nomes como Carlinhos Brown, BaianaSystem, Xênia França, Gloria Groove e até o canadense Shawn Mendes. Em “Banho de Abô”, o artista reafirma seu compromisso com a musicalidade afro-brasileira, reverenciando os orixás e a sabedoria das folhas sagradas, em especial Ossãe e Xangô — forças evocadas nos banhos de abô, rituais de purificação e proteção no candomblé.
O single mistura o ritmo do ijexá, popularizado na música brasileira por Gilberto Gil e João Donato, com cantos em iorubá e português, percussões tradicionais — como agogô, surdo virado e xequerê — e beats eletrônicos sutis. A sonoridade ainda é atravessada por elementos afro-cubanos, como os timbales, criando um som que reverencia o passado enquanto se abre ao presente.
“Essa música é uma oferenda sonora. Um chamado à memória ancestral e à cura do corpo e da alma”, define Mamah, que assina a composição ao lado de Ney Cardoso, músico do grupo Aguidavi do Jêje, referência na cena percussiva afro-baiana. Ney também contribuiu com a pesquisa e o aprofundamento nos significados das folhas e no uso do iorubá, idioma da África Ocidental que reforça o elo entre música, espiritualidade e identidade negra.
Lançado pelo selo Kaxambu Records, “Banho de Abô” reafirma o tambor como tecnologia ancestral, que segue pulsando mesmo nas pistas contemporâneas. “Com esse som, eu quero que as pessoas sintam o poder do tambor e da palavra como instrumentos de cura. É tradição e futuro caminhando juntos”, conclui Mamah.
Ouça “Banho de Abô” nas plataformas digitais.
Mais informações: @mamahsoares
Foto: José de Holanda
Música
Varanda Quabales traz block parties para o Nordeste de Amaralina

Nesta sexta-feira (13 de junho), o Nordeste de Amaralina será palco de mais uma edição do Varanda Quabales, evento gratuito que transforma a rua em frente ao Centro Cultural Quabales (Rua Aurelino Silva, 385) em um verdadeiro palco a céu aberto. A programação começa a partir das 17h e segue até as 22h, reunindo shows, discotecagem e uma jam session com artistas da cena instrumental baiana.
A noite começa com apresentação de Ragin Morais, conhecido como um dos vocalistas da Quabales Banda, que se apresenta em versão intimista de voz e violão. Em seguida, o público confere o show solo de OKINGBASS, com destaque para o groove do contrabaixo. Na sequência, os DJs Bennett, Sista Kátia e Una assumem a entrada da Quabales Banda, às 19h30.
Encerrando a programação, uma jam session reúne músicos da banda Quabales com instrumentistas da cena de jazz de Salvador, promovendo um intercâmbio criativo e espontâneo. O público também poderá participar do open mic, com microfone aberto para cantores, MCs e outros artistas interessados em se expressar.
Idealizado pelo músico Marivaldo dos Santos — multi-instrumentista baiano radicado entre Salvador e Nova York — em parceria com a produtora Fernanda Mello, o evento propõe uma experiência multissensorial inspirada no conceito de block party, festas de rua populares em bairros nova-iorquinos.
“A Quabales Banda traz para a rua energia contagiante e músicas autorais, citações e releituras de grandes sucessos”, destaca Marivaldo. “É um movimento cultural que leva o público a diferentes emoções e promove conexões entre artistas e comunidade”, complementa Fernanda.
SERVIÇO
Evento: Varanda Quabales
Data: 13 de junho de 2025 (sexta-feira)
Horário: Das 17h às 22h
Local: Rua Aurelino Silva, 385 – Nordeste de Amaralina, Salvador (BA)
Entrada: Gratuita
Foto: Rafael Paixao
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