Religião
Unzó Maiala realiza diálogo sobre Intolerância Religiosa no dia 21 de janeiro!


Foto Lissandra Pedreira
“Quais caminhos precisamos traçar para combater a Intolerância?” Essa é a pergunta tema da mesa de diálogo, que acontece no dia 21 de janeiro, realizada pelo Unzó Maiala, a partir das 10 da manhã, na Casa d’Itália (Campo Grande).
O terreiro de Candomblé de Nação Angola é localizado no bairro da Fazenda Garcia e é comandado pela Mameto de Nkisi Tandü, Laura Borges. Ela fala sobre o intuito do evento e a importância da discussão ampla do assunto. “O evento tem o objetivo de tentar combater e trazer uma referência diferente de pensamentos para a melhora na situação da intolerância religiosa, não só no aspecto da religião de matriz africana, mais em todas religiões.”
A roda de conversa busca alertar a cerca desta violência e visibilizar a luta pelo respeito a todas as religiões, além de estreitar as formas de combate ao racismo religioso. Irão compor o debate a Ialorixá, negra, mulher Trans e pedagoga Tiffany Odara, a ativista pelos Direitos Humanos e contra o racismo, católica e assessora de Koinonia, Camila Chagas (Advogada), da escritora, poeta e mulher preta de Axé, Maiara Silva, do assistente social e presidente da Mesa de Ogãs, Junior Afikodé (Alafin Oyó), a assistente social Rosa Bonfim e do multiartista, pesquisador e descendente indígena Caboclo de Cobre, Luiz Guimarães, dentre outros participantes .
O 21 de janeiro marca o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que foi oficializado em 2007, pela da Lei n.º 11.635, de 27 de dezembro. A data foi escolhida em homenagem a Mãe Gilda, do terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, localizado no bairro de Itapuã, em Salvador. Há 21 anos a Ialorixá faleceu, aos 65 anos quando sofreu um infarto, em consequência do crime de intolerância religiosa.
“Combater a desinformação é o primeiro caminho nesta luta pelo fim da intolerância religiosa. Por que não dizer de racismo religioso? Sabemos que a intolerância a nós – povo de matriz africana é também uma questão de cor de pele. Precisamos somar forças para romper as barreiras do preconceito e assegurar a todos o livre exercício dos cultos religiosos”, descreve Mameto de Nkisi Tandü.
O público pode acompanhar a conversa na Casa d’Itália (usando máscara e entrada sujeita à lotação do espaço) ou pela transmissão do Instagram do @unzomaiala.
O que: I Roda de Diálogo sobre o combate a intolerância religiosa
Data : 21 de janeiro
Horário: A partir das 10 horas
Local: transmissão pelo instagram.
Religião
Terreiro Zoogodò Bogum Malè Rundò recebe roda de conversa sábado (29)

O Zoogodò Bogum Malè Rundò, um dos mais tradicionais terreiros de Candomblé de Salvador, recebe o Projeto Okàn Dúdù para mais uma etapa do ciclo educativo. A roda de conversa será sobre saúde mental no candomblé e acolhimento aos yawò, neste sábado (29), a partir das 10h. Criado por Laísa Gabriela de Sousa, o projeto visa fortalecer os laços entre os membros da comunidade de axé, promovendo um espaço de escuta, troca de experiências e valorização das tradições afro-brasileiras.
“Nossa história é marcada pela resistência e pela força dos nossos ancestrais. O Okàn Dúdù vem para fortalecer essa caminhada, trazendo reflexões e conexões fundamentais para a nossa existência e continuidade”, destaca Laísa.
Fundado no século XIX, o Terreiro Bogum, liderado por Naadoji Índia Mello, é um importante referencial da nação Jeje-Mahi e tem papel fundamental na preservação da cultura e espiritualidade negra. “O Okàn Dúdù tem criado um espaço de diálogo que respeite a hierarquia do Candomblé, mas, também, que abre caminho para discussões sobre temas essenciais para a nossa comunidade, como acolhimento, combate ao racismo religioso, coletividade e pertencimento”, explica Laísa Gabriela, idealizadora do projeto.

Foto: Divulgação
O ciclo educativo, que está em suas últimas rodas de conversa da circulação, abordou sete temáticas que dialogam com as vivências do povo de axé, incentivando a troca de conhecimentos entre gerações. A iniciativa, também, pretende ampliar seu impacto com a produção de um documentário e a realização de palestras em escolas, levando as discussões para diferentes espaços da sociedade.
Serviço
O quê: Roda de conversa do projeto Okàn Dúdú
Quando: 29 de Março de 2025 às 10h
Onde: Zoogodò Bogum Malè Rundò (Engenho Velho da Federação)
Entrada: Gratuita
Audiovisual
Mostra “Entre Axé” exibe curtas inéditos no Museu Afro-Brasileiro

Salvador completa 476 anos e o Instituto Calu Brincante, em parceria com a produtora Menina Bonita, realiza a mostra cinematográfica “Entre Axé” no Museu Afro-Brasileiro (MAFRO). Serão exibidos os curtas “Ecos de Cura” e “Roncó: No Mesmo Passo”, que exploram saberes, rituais e a resistência da cultura afro-brasileira na cidade mais negra fora de África.
O curta “Ecos de Cura”, dirigido por Cassia Valle e Luane Souto, desdobra o espetáculo Memórias Povoadas, mergulhando nos saberes ancestrais das mulheres negras e ressaltando a cura e o cuidado como formas de resistência. Já “Roncó: No Mesmo Passo”, dirigido por Anjos de Castro, mostra a fundação de um terreiro de candomblé nos arredores de Salvador, entrelaçando as histórias de três irmãos em uma jornada de fé e tradição.
Os curtas fazem parte da primeira edição do Cinerê – Circuito de Produção Audiovisual para Novos Cineastas Negros, realizado pela Pé de Erê Produções.
A Mostra “Entre Axé” veio para reafirmar Salvador como um centro de diversidade cultural e criatividade, onde novas histórias, protagonizadas por negros e negras, ganham cada vez mais visibilidade.
“Ao celebrar suas raízes, Salvador se coloca como um farol de resistência e afirmação cultural, onde as narrativas negras não só são preservadas, mas também projetadas para o futuro, construindo um legado de protagonismo e visibilidade para as gerações vindouras”, diz Cassa Valle.
A sessão é gratuita e aberta ao público. Sujeita a lotação.
SERVIÇO
O quê: Exibição dos curtas Ecos de Cura e Ronco no Mesmo Passo – Mostra “Entre Axé”
Onde: MAFRO – Museu Afro-Brasileiro, Pelourinho, Salvador
Quando: 29 de março de 2025, às 15h
Quanto: Gratuito
Fotos: Luane Souto
Religião
Terreiro Axé Omin Ifan recebe roda de conversa sobre legado ancestral

O Terreiro Ilê Axé Omin Ifan, em São Tomé de Paripe, em Salvador, receberá uma roda de conversa sobre acolhimento à população LGBTQIAPN+ e o legado ancestral através das gerações no candomblé, dia 22 de março (sábado), a partir das 10h.
A ação integra o projeto Okàn Dùdù, que articula saberes ancestrais e contemporâneos, conectando o candomblé às questões sociais.

Foto: Divulgação
A primeira edição do projeto conta somente com as pessoas de terreiro para debater importantes temáticas dentro da religião, como seus desafios e aproximações com a nova geração, compreendendo que a tradição depende da continuidade.
“Realizar itinerários formativos que fertilizam e diluem pontes entre os mais velhos e a juventude no candomblé é uma responsabilidade de todos nós, uma vez que a tradição implica em continuidade”, afirma Almerson Cerqueira, Bàbá Egbé do Ilê Axé Omin Ifan.