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Literatura

Oficina Enegrescência de Escrita Criativa está com inscrições abertas até 1º de fevereiro!

Jamile Menezes

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Estão abertas até as inscrições para a Oficina Enegrescência de Escrita Criativa (poemas e contos)até 1º de fevereiro de 2021. Podem participar residentes na Bahia, que ainda não tiveram publicações em livros (individuais ou em coletâneas) ou revistas literárias, em modo impresso ou digital.

O curso consiste em oferecer oficinas de criação literária (poemas e contos), introduzindo discussões analíticas de textos do campo da Teoria da Literatura e da Crítica Literária, assim como de leituras interpretativas de textos literários de autoras e autores relevantes da Literatura Negra brasileira, estabelecendo uma relação dialógica com a escrita das/os cursistas. No decorrer do curso, as/os cursistas produzirão, sob acompanhamento do/as formador/as, poemas e contos, os quais serão avaliados pelo/as escritor/as formador/as durante as oficinas, em modo síncrono e assíncrono.

AULAS

Serão realizadas as oficinas em modo síncrono, semanalmente ou quinzenalmente, preferencialmente aos sábados à tarde, com duração de 03 (três) horas cada, na plataforma Zoom Meeting. Em modo assíncrono, as/os cursistas encaminharão para os e-mails do/as formador/as os textos literários para serem avaliados e, posteriormente, enviadas as possíveis sugestões de leitura e mudanças aos textos.

Serão excluídas da Oficina as pessoas que faltarem a dois encontros sem envio de justificativas de ausência, sendo as vagas destinadas aos/às próximos/as da lista de inscritos/as. Receberão certificado de participação aquelas/es que frequentarem 75% dos encontros e cumprirem 75% das atividades assíncronas.

VAGAS

Serão ofertadas 30 (trinta) vagas, com 50% (cinquenta por cento) delas reservadas a pessoas autodeclaradas negras (pretas ou pardas), além de 08 (oito) vagas supranumerárias, sendo 02 (duas) reservadas a pessoas trans, travestis e não-binárias, 02 (duas) a indígenas, 02 (duas) a quilombolas e 02 (duas) a pessoas com deficiência. O critério de seleção será a ordem de inscrição.

OFICINEIRO/AS:

DAVID ALVES: é poeta e professor de língua portuguesa. Coordenador do Enegrescência, foi um dos organizadores e poetas da antologia Enegrescência – coletânea poética, publicada pela Editora Ogum’s Toques em 2016. Além disso, tem poemas nos Cadernos Negros Volumes 41 e 43 (no prelo), publicados pelo Quilombhoje Literatura (2018 e 2021), na coletânea Poéticas Periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana, publicada pela Editora Galinha Pulando (2018) e no e-book Manifesto Balbúrdia Poética: 80 tiros, produzido pela plataforma Mirada e CJA Edições em 2019. É Graduado em Letras Vernáculas (UFBA), Especialista em Estudos Étnicos e Raciais (IFBA) e Mestrando em Estudos Étnicos e Africanos (UFBA).

GONESA GONÇALVES: licenciada em Letras pela Universidade Federal da Bahia, estudante de Arquivologia, bolsista de Projetos Especiais e Pesquisadora no Grupo de Pesquisa Rasuras, na mesma instituição. Residente da Bienal de Buenos Aires, na Argentina (2019). Coordenadora do projeto literário Enegrescência, foi uma das organizadoras e poetas da antologia Enegrescência – coletânea poética. Possui publicações na Revista Organismo 5, O diferencial da Favela volumes 1 e 2, autora do livro Cata-ventos (2020).

LIDIANE FERREIRA: é escritora e professora de língua portuguesa. Coordenadora do Enegrescência, em 2016, foi uma das organizadoras e poetas da antologia Enegrescência – coletânea poética, publicada pela Editora Ogum’s Toques. Além disso, tem publicações nos Cadernos Negros Volumes 40 (conto), 41 (poemas), 42 (conto) e 43 (poemas, no prelo), organizados pelo Quilombhoje Literatura (2017, 2018, 2019 e 2021), tem poemas na antologia Um girassol nos teus cabelos – poemas para Marielle Franco, lançado pela Quintal Edições (2018), e na revista Organismo nº 5 (2019), além de um conto na Revista Laudelinas, organizada pela plataforma Mirada e NADA Studio Criativo (2020). Há um livro de poemas no prelo para publicação neste ano. É graduada em Letras Vernáculas (UFBA), Especialista em Educação em Gênero e Direitos Humanos (UFBA) e Mestranda em Estudos de Linguagens (UNEB).

SOBRE O ENEGRESCÊNCIA:

O Enegrescência é um coletivo interessado em enunciar as culturas negras através da educação, da literatura e das artes em geral, através de uma proposta quilombista, entendendo-as como pilares principais para a construção de uma sociedade menos desigual e menos hierarquizada, principalmente no que tange aos seus princípios e valores. Formado em 2014, o coletivo é composto pelas/os poetas Gonesa Gonçalves, Lidiane Ferreira e David Alves, que se conheceram no curso de Letras Vernáculas da Universidade Federal da Bahia.

O Sarau Enegrescência, que ocorre desde o ano de 2014, no Centro Cultural Casa de Angola na Bahia e no Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, é uma das principais atividades do coletivo, no qual visamos difundir obras de autores/as negro-brasileiros/as e africanos/as. Através dos saraus, pretendemos pôr em evidência a estética literária negra e afrodiaspórica, além de discutir questões referentes à identidade etnicorracial, africanidades e afrobrasilidades, mas também quaisquer assuntos relacionados a outros grupos socialmente marginalizados, como indígenas, mulheres e LGBTQIA+, sempre realizando um diálogo interseccional, sendo a literatura o elemento norteador destas discussões. Além da literatura e dos convidados que podem dialogar com tais questões, quando possível, temos apresentações musicais de bandas ou cantores de música afrodiaspórica, como o rap, o reggae, o samba, o soul, o jazz, tornando o ambiente, ao mesmo tempo, lúdico e reflexivo.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.


SERVIÇO


Oficina Enegrescência de Escrita Criativa

Inscrições: até 01/02/2021
Resultado das inscrições: 06/02/2021
Aulas da Oficina: 13 de fevereiro a 10 de abril de 2021

Idade mínima para participação: 14 anos (com autorização do/a responsável)
Atividades síncronas (discussão teórica e de textos literários): 18 horas
Atividades assíncronas (escrita e discussão de textos literários): 30 horas
Carga horária total da Oficina: 48 horas

+Informações: enegrescencia@gmail.com

Literatura

Anderson Shon recebe troféu HQMIX, o Oscar dos quadrinhos

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação
O escritor, poeta, quadrinista e educador baiano, Anderson Shon, recebeu o troféu HQMIX, o Oscar dos quadrinhos no Brasil, por seu quadrinho “Estados Unidos da África”, em cerimônia realizada na quarta-feira (11) em São Paulo. Escrita por Shon e ilustrada por Daniel Cesart, a história, que gira em torno do Rei Bantu, super-herói negro que sonha em ver sua terra unida, pacífica e livre, foi a vencedora na categoria melhor publicação independente de edição única.
“Estou muito feliz e grato por participar dessa premiação. Sempre gostei do mundo nerd, de ler quadrinhos e me sentir em outra dimensão, mas percebi que faltava algo e eram os super-heróis negros. Apesar da identificação com os personagens, eu não me via ali. Depois de adulto entendi a importância de me ver e ver meus pares em livros e desenhos. O quadrinho vem para que crianças negras se sintam representadas e, além disso, levar informação sobre o continente Africano. Ver meu trabalho conquistando pessoas é um ótimo retorno e espero que seja só o começo”, celebrou Anderson Shon.
“O troféu foi uma noite de celebração, diversidade, ocupação e resistência! Ainda não tenho palavras pra dizer o quanto estou feliz e realizado, mas elas virão”, completou Daniel Cesart.
Além da participação na cerimônia de premiação, o escritor também esteve presente na CCXP, maior festival de cultura pop do mundo, que aconteceu na última semana em São Paulo. Shon foi um dos artistas da Artists’ Valley, espaço destinado especialmente para quadrinistas, onde pode apresentar duas de suas obras: o premiado “Estados Unidos da África” e “Onde Mora a Poesia”.
Lançamento na África 
Em novembro, a HQ “Estados Unidos da África” foi lançada em Luanda, no continente africano, local onde se passa a história. Além do evento de lançamento, durante uma semana Shon e Casart promoveram ações educativas e expositivas, como a oficina de produção de HQ e a exposição EUÁfrica, também na capital de Angola.
“Não imaginava que esse projeto fosse chegar tão longe. Era um sonho poder lançar o quadrinho na África e realizar essas oficinas, criar uma conexão com a cultura local. Não é só sobre literatura. Para mim está sendo uma oportunidade de incentivar as pessoas a persistirem naquilo que desejam, assim como eu fiz”, comemora Anderson Shon.
A visita dos artistas à África foi realizada através do edital de mobilidade urbana da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult). O projeto contou com o apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Cultura, pelo edital de Mobilidade Cultural e Fundo Cicla.
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Literatura

Escritora Dejanira Rainha lança livro infantil no sábado (14)

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

A escritora e professora, Dejanira Rainha, vai lançar seu livro infantil ‘Este cabelo é meu!’, ilustrado por André Cerino, pela Editora Adonis. A história se passa em torno de uma menina negra e a maneira como ela lida com questões como identidade e autoestima.

Depois de passar por Adonópolis, o espaço criado pela Editora Adonis em Americana (SP), a agenda de lançamentos segue para Salvador, onde o evento será realizado neste sábado (14), às 10 horas, na Livraria LDM do Shopping Bela Vista. A manhã terá as participações da atriz e poeta, Duda Santhana, e da declamadora e dançarina afro, Dandara Rohrs.

A escritora revela que o livro foi escrito atendendo a um pedido. “O livro surgiu do convite de escrever textos para uma creche pública de Mata de São João e o pedido era por histórias que valorizassem a diversidade de crianças da sala e, principalmente, das que sofrem preconceito racial, com seus cabelos, que se sentem menos bonitas porque não se sentem representadas”, conta.

“Como mulher negra, soteropolitana, nascida na periferia da Bahia e professora, essas questões sempre vêm até mim de alguma maneira: chegam pelas minhas crianças, por mim mesma, por usar o meu cabelo natural, e pelas minhas amigas negras que contam seus relatos”, completa.

No poema construído de modo quase musical, a família da personagem se faz presente de maneira muito representativa. “Existe uma questão muito curiosa que é o papel do pai naquela família, que diz ‘seu cabelo é lindo’, que faz cafuné… Há a representação do meu pai como figura também de um homem negro que valorizava, que dizia que eu não podia falar coisas negativas de mim mesma”, explica.

“Isso é uma curiosidade que acredito que o livro tem e que eu trago da minha própria história, de menina negra que foi muito incentivada pela figura paterna”, complementa Dejanira.

O trabalho de criação desenvolvido pelo ilustrador André Cerino também é destacado pela escritora. “As representações que esse livro traz, a partir da ilustração e do texto, é algo muito caro pra mim como escritora. E o texto infantil é sempre feito à quatro mãos. As do ilustrador são, sem dúvida, importantíssimas para esse imagético associado à literatura infantil”, reforça.

Sobre a escritora

Dejanira Rainha Santos Melo é professora, poeta e idealizadora do projeto social antirracista e antimachista “Biblioteca Social Afro-indígena Meninas do Subúrbio”, que tem sede em Alto de Coutos, subúrbio ferroviário de Salvador.

É idealizadora e coautora da  Festa Literária Escolar do Subúrbio Ferroviário (FLESF), juntamente com Jovina Souza. Pedagoga formada pela UFBA, é pós-graduada em Gestão Educacional e atua como professora há 30 anos, sendo 24 deles na rede municipal de ensino de Salvador, onde é concursada desde o ano 2000. Trabalha atualmente na Escola Municipal Alto de Coutos.

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Literatura

FLICAJ 2024 destaca ancestralidade e cultura periférica

Ana Paula Nobre

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Negafyah
Negafyah | Foto: Divulgação

A Festa Literária de Cajazeiras (FLICAJ) começa nesta quinta-feira (5) com uma celebração vibrante da diversidade cultural e das raízes afro-brasileiras. Com o tema ‘Africanidades Brasileiras e Cultura Periférica’, o evento reunirá importantes nomes da música, literatura e artes em geral, promovendo reflexões sobre ancestralidade e resistência cultural no Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras.

A programação começará às 8h30 com a Batalha de Fanfarras, seguida das falas institucionais e um show de Sued Nunes. No Espaço Conversando com a FLICAJ, às 10h, a roda de conversa ‘A oralidade como tecnologia ancestral e de resistência periférica’ reunirá nomes como Negafyah, Jenifer Oliveira (Coletivo Zeferinas) e Rool Cerqueira, abordando a importância da oralidade na preservação das tradições periféricas.

Cássia Valle | Foto: Divulgação

A manhã será encerrada na Arena FLICAJ com a mesa literária ‘É a Bahia: Grande celeiro de literatura e outras artes no Brasil’. Participam Edvana Carvalho e Sulivã Bispo, com mediação de Ismael Carvalho, reforçando o papel central da Bahia na cultura brasileira.

A tarde será marcada pela performance Realeza Blocos Afro com figuras icônicas como Jeferson Mendes, Siry Brasil e Larissa Valéria, que vão exaltar a força dos blocos afros. Na sequência, a roda de conversa ‘Ancestralidade e Memória: 50 anos de Ilê Aiyê’ contará com o líder histórico Antônio Vovô do Ilê, Edmilson Lopes e a historiadora Valéria Lima.

A programação da tarde também incluirá lançamentos literários, como o livro do Professor Emiliano, com Lucas Reis e mediação de Daniele Costa, e, no Espaço Conversando com a FLICAJ, os livros ‘Contos para Erê’ e ‘Heroínas da Liberdade’, da autora Cássia Valle. O dia contará com a apresentação da Camerata da OSBA na Rota Cultural FLICAJ oferecendo ao público uma experiência musical diferenciada.

Sulivã Bispo | Foto: Divulgação

No final da tarde, a roda de conversa ‘A comédia baiana como instrumento de entretenimento e crítica social’ reunirá Matheus Buente, Naiara Bispo (Clube Daz Minina) e Nininha, prometendo uma discussão leve e provocativa. O encerramento do dia ficará por conta do show da cantora Raquel Reis que trará sua música para fechar o primeiro dia com entusiasmo.

FLICAJ: Uma celebração da diversidade cultural

A FLICAJ 2024 propõe um espaço de convergência cultural, reunindo grandes nomes da literatura e da música, além de promover oficinas, rodas de conversa e apresentações artísticas. Com o tema Africanidades Brasileiras e Cultura Periférica, o evento busca valorizar as raízes africanas e as manifestações culturais das periferias brasileiras, dialogando diretamente com o público jovem.

Durante os três dias de programação (de 5 a 7 de dezembro), Cajazeiras se transforma em um território vivo de arte e resistência, reafirmando seu papel como centro cultural. A presença de Djonga promete ser um dos momentos mais aguardados do festival, trazendo a força do rap para dialogar com a literatura e outras expressões artísticas.

A FLICAJ, anteriormente conhecida como FLIN, é um marco histórico que destaca a importância da cultura como instrumento de transformação social, criando um espaço de aprendizado, diversão e reflexão crítica.

Serviço

Tema: Africanidades Brasileiras e Cultura Periférica

O quê: FLICAJ 2024 – Festa Literária de Cajazeiras

Quando: De 5 a 7 de dezembro

Onde: Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras, Salvador

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